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Reunião na reitoria da UFLA é passo inicial para implantação do Instituto de Ecomobilidade no Brasil

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Da esq. p/ dir.: prof. Giovanni, Andrea, prof. Victor, prof. Scolforo, prof. Arthur e prof. Chalfun.

As estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o condutor é responsável, direta ou indiretamente, por 90% dos acidentes de trânsito. Uma boa forma de eliminar esse fator de risco, garantindo maior segurança no trânsito, é o investimento em pesquisas voltadas à mobilidade sustentável, com veículos eletrificados, carros autônomos e conectados, e novas estruturas e serviços de mobilidade e energia. Para que a Universidade Federal de Lavras (UFLA) dê sua contribuição a essa área de estudos, o reitor, professor José Roberto Soares Scolforo, recebeu em reunião, na tarde dessa terça-feira (4/8), a equipe que propõe a estruturação do Instituto de EcoMobilidade no Brasil.

Participaram da reunião, além do reitor, o diretor de Relações Internacionais da Universidade, professor Antônio Chalfun Júnior, e a chefe de Gabinete, Ana Carla Marques Pinheiro. No grupo que apresentou a proposta estavam os professores do Departamento de Engenharia Arthur de Miranda Neto e Giovanni Francisco, acompanhados do professor da Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines (UVSQ) e diretor científico do Instituto Vedecom, Victor Etgens, e da advogada e doutoranda da UVSQ e do Vedecom, Andrea Martinesco.

A proposta de parceria feita à UFLA é para que a instituição se torne parceira e sedie um dos polos do Instituto de Ecomobilidade no Brasil, que tem como principal proponente o professor Arthur. Trata-se de uma estrutura público-privada que adaptará as pesquisas da área de mobilidade e transporte à realidade brasileira, somando competências da academia e da indústria do país, de forma a criar novas a tecnologias, desenvolver pesquisas de ruptura, criando uma competência de alto nível na área da ecomobilidade.

A Direção Executiva da Universidade acolheu a proposta e reconheceu o interesse público do projeto. A expectativa é de que o Instituto seja instalado em área próxima ao Parque Tecnológico, dispondo, inclusive, de pista de teste para veículos e todo o ecossistema sustentável. No entanto, ainda será necessário que o grupo de trabalho formalize a proposta e defina as próximas ações necessárias. “Da mesma maneira pela qual a UFLA deu sua contribuição à agricultura desse país, queremos, sim, trabalhar e contribuir para o mundo da mobilidade, do transporte. A importância desse projeto é muito clara para mim”, afirmou professor Scolforo, lembrando também dos projetos de internacionalização e da meta de posicionar a UFLA entre as melhores universidades do mundo.

Diferentes ações de aproximação com o governo e com industriais estão previstas pela equipe. Com o apoio da reitoria da universidade e também da DRI, o grupo de trabalho será formado pelos professores Arthur de Miranda Neto, Victor Etgens e Giovanni Rabelo, pela pesquisadora Andrea Martinesco, e por membros da indústria.

O Instituto Francês Vedecom será parceiro no projeto. Com atividades iniciadas na França em 2014, o Vedecom é uma parceria público-privada ligada à indústria e relacionada com a mobilidade verde, associando mais de 46 atores dos diferentes setores da indústria automotiva, fabricantes de equipamentos, escolas e universidades, atores do setor de serviços da mobilidade e governos federal, estadual e municipal na França. Sua estrutura de pesquisa mescla aspectos de pesquisa fundamental e aplicada, reunindo industriais e acadêmicos em um programa multidisciplinar. É com base nessa experiência que se estrutura no Brasil o Instituto de Ecomobilidade.

Sobre a equipe que está à frente da propostaIMG_2523

Victor Etgens, físico especialista na área de materiais, coordena projetos científicos importantes associando atores públicos e privados, trabalhando com grupos multidisciplinares. Em 2015, ganhou o prêmio AEF Universidades-Empresas na categoria Pesquisa e Inovação pela cátedra que criou sobre novos materiais para eletrificação de veículos. Victor está está na UFLA participando de um projeto proposto pelo professor Arthur, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Nos próximos três anos ele desenvolverá atividades na instituição por um período de sete meses (não contínuos).

Andrea  Martinesco é advogada e servidora pública do Ministério Público Federal de Curitiba. Cursa doutorado em direito na UVSQ, França. Atuando no Instituto Vedecom, trabalho nos aspectos jurídicos relacionados à colocação de veículos autônomos em vias públicas. No Brasil, é colaboradora do mesmo projeto proposto pelo professor Arthur de Miranda Neto. Na proposta do Instituto de EcoMobilidade no Brasil, é responsável pelas questões de regulamentação e legislação dos veículos inteligentes.

Professor Arthur atua no DEG e é membro fundador de um laboratório instalado atualmente na Unicamp e colaborador ativo do Laboratório de Robótica Móvel (LRM) da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos). Participa no cenário internacional nas questões relacionadas com mobilidade e veículos inteligentes. Na UFLA, é líder do recém-criado Laboratório de Mobilidade Terrestre e coordenador da Empresa Robótica Jr. da UFLA. Tem como tema principal de pesquisa Sistemas Híbridos de Localização e Veículos Inteligentes. Realizou Pós-doutorado (2012) em Percepção multi-sensorial e Ego-localização 2D na França. Possui doutorado em Tecnologia e Sistemas de Informação pela Universidade de Tecnologia de Compiègne, França, e em Engenharia Mecânica pela UNICAMP.

Professor Giovanni, também do DEG, atua na UFLA desde 1992. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica e Instrumentação e Análise de Sinais, com ênfase em Metrologia com aplicação multidisciplinar. É também advogado e seu envolvimento neste projeto abrange as questões jurídicas e de regulamentação.

A UFLA e a UVSQ

A DRI/UFLA conduz o estabelecimento de um acordo de dupla-titulação com a universidade francesa. No momento, dois alunos de doutorado estão na França, sendo eles orientados pelos professores Arthur e Giovanni. Há a previsão de que três pós-doutorandos, professores da UFLA, também passem um tempo na instituição francesa em 2016.

UFLA recebeu a visita de John Paul McTague, pesquisador referência em biometria florestal

John Paul McTague (ao centro) visitou laboratórios no Lemaf
John Paul McTague (ao centro) visitou laboratórios no DCF

O professor John Paul McTague, que atua nas Universidades da Georgia e Estadual da Carolina do Norte (EUA), visitou os laboratórios do Departamento de Ciências Florestais (DCF) no dia 3/8. Ele foi recebido pelo reitor, professor José Roberto Soares Scolforo. Ambos trataram de parcerias em projetos que envolvem biometria florestal – área na qual o professor McTague é ativamente envolvido. Além das universidades, John Paul também é pesquisador da empresa Rayonier.

Uma das parcerias é desenvolvida por meio do programa TECHS (Tolerância de Eucaliptos Clonais aos Estresses Hídrico e Térmico), que avalia a tolerância de 18 clones de eucalipto em 35 regiões brasileiras. O objetivo é realizar o zoneamento da capacidade produtiva do eucalipto, gerando estimativas mais realistas para as diferentes regiões, considerando as particularidades térmicas e hídricas de cada uma delas. A UFLA inseriu-se no projeto devido ao conhecimento gerado em biometria florestal e sensoriamento remoto, e visando a ampliação em cooperações internacionais. O projeto envolve instituições de pesquisa, universidades nacionais e estrangeiras e empresas.

 

Professor do DZO participa de palestra e curso na Universidade Estadual da Carolina do Norte

Professor José Camisão de pé no saguão da reitoria.
Professor do DZO está em viagem para os Estados Unidos, onde cumprirá atividades acadêmicas na Universidade Estadual da Carolina do Norte.

O professor do Departamento de Zootecnia (DZO) José Camisão de Souza está nos Estados Unidos representando a Universidade Federal de Lavras. Ele foi convidado pela professora e pesquisadora Charlotte Farin para proferir palestra na Universidade Estadual da Carolina do Norte (North Carolina State University – NC State). Em sua apresentação, o professor falará sobre pesquisas desenvolvidas por ele e por membros dos programas de pós-graduação da Zootecnia e das Ciências Veterinárias.

Durante a viagem, o professor participará também de um curso sobre “inseminação artificial na espécie caprina”. Todas as atividades serão desenvolvidas no Department of Animal Science da NC State, no decorrer da primeira quinzena de agosto. De acordo com o José Camisão, o convite gera uma oportunidade importante para o estabelecimento de uma relação de parceria contínua. “É um passo importante no intercâmbio de informações e experiências com uma instituição que já formou, inclusive, professores da UFLA, como Alfredo Scheid Lopes e Vicente Paulo Campos”.

José Camisão é professor titular na UFLA e tem vínculo profissional com a instituição desde 1990. Possui experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Controle da Foliculogênese Ovariana, atuando principalmente nos seguintes temas: bovinos, reprodução, leite, bovino e equinos.

Internacionalização: Professores da UFLA visitaram universidades americanas

Prof. Pablo Jourdan, Laene, Thelma, Patricia, Renato e alunos UFLA em OSU Columbus
Professores Pablo Jourdan, Maria Laene, Thelma, Patricia e Renato, acompanhados de estudantes da UFLA em OSU Columbus.

Dentro das atividades desenvolvidas no Projeto de Internacionalização dos Programas de Pós-graduação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professores da instituição realizaram diversas visitas-técnicas em universidades dos Estados Unidos. Integraram esse grupo a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia-PPGF, Maria Laene Carvalho; a vice-coordenadora do PPGF e vice-chefe do Departamento de Agricultura (DAG) Patrícia Paiva, o professor do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal Renato Paiva e a professora do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária Thelma Safadi.

O propósito da viagem foi de estabelecer contatos com professores das universidades americanas com as quais o PPGF tem efetuado constantes parcerias. “As visitas e parcerias estabelecidas entre a UFLA e as universidades americanas vêm ao encontro dos objetivos do Programa de Internacionalização da UFLA, que reúne ações em desenvolvimento na Instituição e traça metas para os próximos 15 anos, com a finalidade de aumentar a competitividade acadêmica em diferentes eixos (Ambiente Educacional Bilíngue; Produção Científica e Tecnológica Internacionalizada; Visibilidade Internacional e Cooperação Internacional)”, afirma a professora Patrícia Paiva.

Na University of Kentucky, Lexignton-KY, os professores tiveram a oportunidade de visitar o Plant Science Department. Conheceram as instalações e laboratórios, e se reuniram com os professores e pesquisadores Allan Bruce Downie, Lynnette Dirk, Barbara Willard e Shariyn Perry, os quais apresentaram suas linhas de pesquisa.

Da esq. p/ a dir.: Leandro, Patricia, Laene, Lynnette, Bruce, Izabel, Barbara e Renato

Também assistiram a seminários apresentados pelos estudantes Izabel Costa Neta e Leandro Vilela Reis, aproveitando para discutir os resultados relatados e propor novas estratégias. Novas parcerias de pesquisa e intercâmbio de estudantes foram estabelecidas.

Na Ohio State University, Columbus-OH, recepcionados pelo professor Pablo Jourdan, os docentes da UFLA visitaram a Biblioteca, o Centro de convivência, além dos laboratórios, estufas e jardins do Ornamental Plant Germplasm Center do Department of Horticulture & Crop Science. Reuniram-se com o pesquisador David Francis, que se deslocou do campus de Wooster para encontrar o grupo.

Um importante momento da visita foi o encontro com os estudantes da UFLA do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior. A universidade parceira destacou o trabalho conjunto realizado com os alunos da UFLA.

thelma  georgia tech
Professora Thelma, na Georgia Tech.

Os professores também visitaram a University of Georgia, Athens-GA, na qual participaram do evento Trial Gardens, em que os jardins do Department of Horticulture são abertos ao público para visitação, conhecimento e avaliação de preferência de plantas ornamentais. Eles também se reuniram com o professor John Ruter para apresentação e discussão de suas pesquisas e definição de possibilidades de intercâmbio.

Já na Georgia Tech, Atlanta-GA, a professora Thelma Safadi, que finaliza o seu pós-doutoramento na área de Séries Temporais – Análise de Wavelets, sob a supervisão de Brani Vidakovic, recepcionou os demais professores da UFLA nas visitas às instalações dessa universidade, que atua em diferentes áreas.

“A realização de ações de internacionalização na instituição refletirá um novo patamar de integração global e ainda mais possibilidades de crescimento”, conclui a professora Patrícia Paiva.

Camila Caetano- jornalista, bolsista/UFLA

Professores e estudantes da UFLA participam de congresso internacional na Alemanha

congresso-alemanhaOs professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Maria Laene Moreira de Carvalho (Departamento de Agricultura), José Marcio Rocha Faria (Departamento de Ciências Florestais) e Anderson Cleiton José (coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal) estiveram presentes no Seed Longevity Workshop of the International Society for Seed Science (ISSS) em Wernigerode, Alemanda.

Na ocasião, os professores apresentaram trabalhos de pesquisas desenvolvidas na UFLA. Também participaram do Congresso a pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia Valkíria Fabiana da Silva e as estudantes do mesmo programa Raquel Maria de Oliveira Pires e Bárbara Gomes Ribeiro. As estudantes também realizaram apresentações.

A ISSS é uma organização profissional de cientistas de sementes, comprometida com a promoção e fomento da investigação, educação e comunicação na compreensão científica de sementes, em todos os aspectos, da ciência pura e aplicada, desde a biologia molecular à ecologia.

O evento ocorreu no início do mês de julho. Alguns alunos e ex-alunos da UFLA, que residem na Europa, também estiveram presentes.

Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA

 

Programa de Formação de Professores Brasileiros de Espanhol prorroga inscrição

INTERNACIONALIZACAO2Interessados em realizar o Curso de Capacitação em Pedagogia e Didática para o ensino de espanhol como língua estrangeira, no âmbito do Programa de Formação para Professores Brasileiros de Espanhol GCUB-ICC, podem realizar as inscrições até o dia 26 de julho.

A iniciativa resulta do Acordo de Cooperação assinado em 2014 entre o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) e o Instituto Caro y Cuervo e tem como objetivo capacitar estudantes no último ano do curso de graduação em Letras – Espanhol, professores de espanhol em exercício na rede pública de ensino e em universidades associadas ao GCUB.

Serão ofertadas 30 vagas e o Programa será desenvolvido na cidade de Bogotá, Colômbia, no período de 31 de agosto a 2 de setembro de 2015, na modalidade presencial, com duração de cinco (5) semanas.

Os candidatos selecionados serão isentos das taxas do curso e receberão auxílio financeiro no valor de U$ 750 (setecentos e cinquenta dólares americanos).

A publicação dos resultados será no dia 31 de julho.

Para acessar o edital e mais informações veja abaixo:

GCUB Edital 001/2015

Descrição do Programa

Termo Aditivo ao Edital GCUB

Edital de Prorrogação GCUB

(Os arquivos estão salvos na pasta de julho)

Camila Caetano – jornalista, bolsista/ASCOM

 

UFLA assina acordo de cooperação internacional com o Rikilt Institute of Food Safety

Parceria com o principal instituto de segurança de alimentos da união europeia deverá abrir novas oportunidades de pesquisa

Rikilt Institute of Food Safety, na cidade de Wageningen (Holanda).
Rikilt Institute of Food Safety, na cidade de Wageningen (Holanda).

Micotoxinas, resíduo de drogas veterinárias, agrotóxicos e dioxina em alimentos e ração animal, além de estudo da integridade e autenticidade de alimentos. Essas são linhas de pesquisa que a Universidade Federal de Lavras (UFLA) já desenvolve e deverão ser ainda mais fortalecidas com o acordo de cooperação técnica, educacional e científico, recentemente oficializado com o Rikilt Institute of Food Safety, na cidade de Wageningen (Holanda).

Considerado o principal instituto de segurança alimentar da união europeia, Rikilt é uma organização independente e sem fins lucrativos, voltada para pesquisas sobre a detecção e identificação de contaminantes químicos em alimentos e ração animal, e as interações destas substâncias na cadeia alimentar.

O acordo de cooperação começou a ser discutido em 2013, quando o professor Luís Roberto Batista, do Departamento de Ciências dos Alimentos (DCA/UFLA), desenvolveu o pós-doutorado no Rikilt. Desde então, as parcerias foram intensificadas e ampliadas para novas linhas de pesquisa. Para o professor, o acordo é uma importante contribuição para o processo de internacionalização da UFLA, permitindo o treinamento de professores, técnicos e estudantes de pós-graduação em metodologias analíticas voltada para a segurança de alimentos.

Referência Mundial

O Instituto contribui para o monitoramento de toda a cadeia de produção de alimentos, incluindo a qualidade e segurança dos alimentos, avaliação da transferência e toxicidade de contaminantes químicos na cadeia alimentar e identificação de riscos emergentes. Desenvolve tarefas legislativas e políticas de apoio para o governo holandês e demais organismos internacionais da Comissão Europeia.

De acordo com o professor Luiz Roberto, o Rikilt tem instalações de alta qualidade e sua força reside na versatilidade de conhecimentos analíticos e equipamentos – a sinergia de imuno-química, química analítica, toxicologia, microscopia, bionanotecnologia, fingerprinting multivariada e X-omics. Além disso, o Instituto é o Laboratório Nacional de Referência (NRL) para análise de micotoxinas e, sob sua chancela, são coordenados vários projetos financiados pela União Europeia relacionados com a alimentação humana e animal. Além disso, também sedia a European Food Safety Authority (EFSA) e tem um longo histórico na avaliação e interpretação de dados de Sistema de Alerta Rápido para Alimentos e Ração – Rapid Alert System Food and Feed (RASFF).

Histórico da parceria

Visita ao Rikilt, em 2013, com a presença de professores da UFLA e diretores do instituto
Visita ao Rikilt, em 2013, com a presença de professores da UFLA e diretores do instituto

A UFLA é uma das instituições brasileiras que possuem projetos em conjunto com o Rikilt. Ainda na década de 1990, quando a UFLA era Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), o professor José da Cruz Machado, do Departamento de Fitopatologia (DFP/UFLA) fez o pós-doutoramento no Instituto holandês. Desde então, um memorando de intenções assinado entre as duas instituições possibilitou uma série de projetos colaborativos, incluindo outros centros de pesquisa de Wageningen.

Em 2008, o professor Machado participou de uma visita técnica a diferentes centros de pesquisa da Holanda, incluindo Rikilt, oportunidade em que retomou a antiga parceria com os colegas da época, que passaram a ocupar cargos de direção. Em 2013 e 2014, o professor participou de novas visitas ao Instituto, tendo como foco de estudos a área de micotoxinas. Segundo o professor, a trajetória de parcerias ainda alimenta o sonho de ser criado um centro avançado de pesquisas em ciências agrárias na UFLA, o que contribuiria sobremaneira para a instituição dar um salto no processo de internacionalização.

Em setembro de 2013, o diretor de Relações Internacionais da UFLA, professor Antônio Chalfun Junior, acompanhado dos professores Luciano Paiva (Departamento de Química) e Renato Paiva (Departamento de Biologia), visitaram Rikilt Institute of Food Safety. Participaram da reunião o diretor do Rikilt, professor Robert van Goncon, professor Gijs Kleter, e o diretor da Wageningen University para Assuntos com a América Latina, professor Peter Zuurbier.

Em nova oportunidade, o professor Luiz Roberto Guimarães Guilherme (Departamento de Ciências do Solo) também realizou visita técnica no Rikilt e teve a oportunidade de observar a estrutura do Instituto, bem como os processos de monitoramento de controle de contaminantes químico de alimentos e de desastres ambientais com compostos radioativos e agrotóxicos.

Na avaliação do pró-reitor de Pesquisa, professor José Maria de Lima e do diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Junior, o acordo vai permitir uma capacitação diferenciada do corpo técnico, docente e discente da UFLA em técnicas avançadas em segurança alimentar. “O acordo vem coroar os esforços de várias gerações e diferentes áreas do conhecimento para fortalecer a pesquisa em segurança alimentar na Universidade”, destacou o professor José Maria.

 

Professor da UFLA apresenta tecnologia na Bélgica

Luiz LimaO professor Luiz Antônio Lima, do Departamento de Engenharia (DEG), participou, no dia 16 de junho, da Desertland II – Conference on Desertification and Land Degradation, realizada na Bélgica. Na ocasião, ele apresentou uma de suas tecnologias, capaz de medir a velocidade das gotas e a intensidade da chuva.

Essa tecnologia foi gerada a partir de pesquisa para quantificar a energia cinética das gotas de chuva simulada no túnel de vento do Laboratório Internacional de Eremologia da UNESCO. A partir dos dados obtidos pelo doutorando Matheus Colares, do Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos da UFLA, o conhecimento da energia cinética possibilita descobrir o potencial erosivo da chuva, além do potencial de geração de energia elétrica a partir da chuva (essa alternativa vem sendo avaliada no meio científico através de superfícies piezoelétricas).

O desenvolvimento dessa tecnologia contou com o apoio da Hidrofoco, empresa incubada na Incubadora de empresas de Base Tecnológica da UFLA (Inbatec), que testou os dados e auxiliou nas medições de energia cinética de simuladores de chuva em outro laboratório, na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos.

Protótipo da máquina capaz de medir a intensidade da chuva e velocidade das gotas
Protótipo da máquina capaz de medir a intensidade da chuva e velocidade das gotas

De acordo com Luiz Lima, a Hidrofoco irá produzir e comercializar a nova tecnologia: “A expectativa é começar a fornecer o equipamento em um prazo de três meses”.  O perfil do consumidor provável para esse equipamento são pesquisadores e técnicos ligados à climatologia e estudos de erosão de solos.  “Exemplares do equipamento já foram produzidos pelo Laboratório Nacional de Pesquisas de Erosão de Solos dos Estados Unidos”, mencionou o professor.

Atualmente, o cenário da inovação tecnológica enfrenta grandes desafios, sobretudo no sentido de transformar pesquisas em produtos e serviços que agreguem qualidade e valor à vida das pessoas, ainda que indiretamente. Luiz Lima transpõe esta barreira à medida que sua tecnologia passa a ser desenvovolvida e comercializada pela Hidrofoco.

Amanda Castro – jornalista. Assessoria de Inovação e Empreendedorismo da UFLA

 

Professor da UFLA foi convidado especial da International Silage Conference – mudanças climáticas e erros de manejo foram o foco da apresentação

professor Thiago Bernardes apresenta resultados de pesquisa durante a 17ª International Silage Conference
professor Thiago Bernardes apresenta resultados de pesquisa durante a 17ª International Silage Conference

No período de 1 a 3 de julho, o Brasil sediou pela primeira vez a International Silage Conference, considerada a mais importante para os pesquisadores que trabalham com silagem no mundo. O evento foi realizado em piracicaba, tendo como instituição anfitriã a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Universidade de São (Esalq/USP). Apenas doze pesquisadores foram convidados como prelecionistas especiais, entre eles, o único brasileiro foi o professor Thiago Bernardes, do departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (DZO/UFLA).

Durante a apresentação, com a presença de pesquisadores de diferentes partes do mundo, o professor ressaltou as práticas mais comuns no Brasil para a produção de silagem, incluindo os desafios e avanços nos últimos anos. De acordo com o professor, o convite é resultado do impacto de um artigo recentemente publicado pelo grupo de pesquisa da UFLA no Journal of Dairy Science, um dos periódicos mais importantes da área de Zootecnia.

O artigo traz um levantamento realizado com cerca de 300 produtores de 25 estados brasileiros, sobre as práticas de confecção e uso de silagens em fazendas leiteiras. No estudo, ficou evidenciada a existência de dois grandes grupos de produtores, aqueles que possuem recursos financeiros e que adotam tecnologias e o outro grupo, geralmente caracterizado pelos pequenos que ainda sofrem com falta de equipamentos e insumos. Este segundo grupo geralmente confecciona silagem de pior qualidade, pois não possuem máquinas para se realizar a colheita na época correta, os quais dependem de empréstimo de equipamentos. Os grandes produtores, de forma geral, confeccionam silagens de qualidade satisfatória, mas enfrentam falta de mão de obra.

Por meio dos resultados desta pesquisa foi possível concluir que os produtores brasileiros necessitam de mais linhas de crédito para adquirir equipamentos e de uma extensão rural mais eficiente, de forma que haja uma conexão segura entre as pesquisas que são desenvolvidas e as práticas que são aplicadas.

“Ambos os grupos têm sofrido com as mudanças climáticas, principalmente a seca, que afeta a produtividade das culturas, além de erros de manejo, que são considerados básicos para quem está na atividade”, enfatizou.

Além do professor Thiago Bernardes, sete integrantes do Núcleo de Estudos sobre Forragicultura (Nefor) participaram da conferência para apresentação de trabalhos na forma de pôsteres.

Oportunidades no programa Fulbright – inscrições prorrogadas até 20 de julho

internacionalizacaoAs inscrições para três programas do programa Fulbright – Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e o Brasil –  foram prorrogadas para o dia 20 de julho. As oportunidades oferecidas são para professores ou pesquisadores com comprovada experiência nas áreas de Ciências Agrárias, com preferência em manejo de águas para produção de culturas, ou sistemas de pastagem (Universidade de Nebraska); e ainda para os que preferem desenvolver atividades de pesquisa em um semestre acadêmico no Kellogg Institute for International Studies (Universidade de Notre Dame).

Há ainda oportunidade para aqueles que tenham interesse em realizar atividades de ensino e pesquisa nas áreas de relações; movimentos ou políticas raciais; estudos feministas/de gênero; antropologia cultural; sociologia ou economia política; história; estudos culturais; comunicação (UMass ­ Amherst).

Para a Cátedra Fulbright em Ciências Agrárias na Universidade de Nebraska é necessário ter no mínimo cinco anos de experiência profissional qualificada na área e ter concluído o doutorado até 31 de dezembro de 2009, dentre outros requisitos, que podem ser consultados por meio do Edital completo. Um dos benefícios é a remuneração no valor de US$ 22,000, para manutenção e passagem aérea de ida e volta.

Na Cátedra em Democracia e Desenvolvimento Humano da Universidade de Notre Dame também é necessário que o candidato tenha no mínimo cinco anos de experiência profissional qualificada na área e ter concluído o doutorado até 31 de dezembro de 2009, além das demais exigências acessíveis no Edital completo.

Já na Cátedra em Estudos Brasileiros UMass ­‐ Amherst é preciso ter dez anos de experiência profissional na área de ciências humanas ou sociais com produção intelectual compatível e ter concluído o doutorado até 31 de dezembro de 2006. A remuneração oferecida é no valor de US$ 18,000, para manutenção e passagem aérea de ida e volta. Mais informações devem ser consultadas no Edital completo.

Além disso, uma nova oportunidade é oferecida pela Fulbright , o  Institutional Linkages Through Fulbright Specialists Programque envolve Instituições brasileiras em cooperação com países lusófonos: Angola, Cabo Verde, Moçambique ou Timor Leste. As propostas deverão incluir a permanência de um especialista norte-americano durante três semanas em um dos países de língua portuguesa acima mencionados e mais três semanas no Brasil. Para esse programa as inscrições estarão abertas até 31 de agosto.

Mais informações podem ser obtidas no site da Fulbright Brasil, que está com um novo layout, proporcionando fácil acesso aos editais disponíveis, além de depoimentos e entrevistas.

Texto: Camila Caetano – bolsista/UFLA