Arquivo da tag: internacionalização

Lemaf recebeu visita de pesquisador americano que é a referência mundial em biometria florestal

Harold Burkhart e John Welker (na região central da foto), acompanhados do reitor da UFLA e dos participantes da palestra proferida no Lemaf.
Harold Burkhart e John Welker (na região central da foto), acompanhados do reitor da UFLA e dos participantes da palestra proferida no Lemaf.

A interlocução entre a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e o Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia (conhecido como Virginia Tech) teve mais um avanço na última semana. Nos dias 30/6 e 1º/7, o pesquisador americano Harold Burkhart esteve no Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf), em atividades que visam à formalização de uma parceria entre as duas instituições. Harold Burkhart é reconhecido mundialmente pela excelência de sua produção na área de biometria florestal.

No dia 1º/7, o pesquisador ministrou uma palestra no auditório do Lemaf, para um público que reunia estudantes de pós-graduação e graduação, professores e outros profissionais. A apresentação feita por ele apontou diferentes formas de se fazer modelagem florestal a partir do uso de informações do melhoramento genético. O título da apresentação foi “Modeling Genetic Improvement Effects on Growth and Value of Forest Plantations”.

A palestra foi proferida em inglês e contou com uma tradução simultânea feita pelo vice-presidente e diretor de Tecnologia e Serviços Internacionais da maior empresa de consultoria florestal americana – American Forest Management (AFM), John Welker. O empresário acompanhou Burkhart na visita e também deu contribuições durante a exposição do conteúdo. A interação e a participação do público, ao final da palestra, deram mostras do interesse despertado pelo tema.

Antes do evento, no dia 30/6, Welker e Burkhart participaram de reunião com o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, para discutir as propostas de parceria e de realização de pesquisas conjuntas. Com orientações da Diretoria de Relações Internacionais (DRI), os pesquisadores deixaram a Universidade já de posse de documentos necessários à formalização futura de uma cooperação entre a UFLA e a Virginia Tech. Para a confirmação definitiva da parceria, ainda são necessários fluxos administrativos que a viabilizem. A proposta é que a integração contemple intercâmbio de estudantes e pesquisadores, possibilidades de estágios para alunos na empresa liderada por Welker, assim como a realização conjunta de pesquisas envolvendo eucalipto, pinus, sensoriamento remoto, entre outros.

Welker havia estado na UFLA em maio, quando já propunha parcerias na área de recursos florestais. Pela proposta, a relação entre a universidade e a empresa à qual está ligado possibilitaria a professores e estudantes a oportunidade para condução de pesquisas principalmente nas áreas de biometria e silvicultura. Em 2014, a AFM abriu uma subsidiária com sede em Curitiba (a Latin American Forest Management – LAFM), para a prestação de serviços a clientes internacionais interessados em investimentos florestais no México, América Central e América do Sul. Nos Estados Unidos, a AFM é uma das empresas integrantes da cooperativa florestal conhecida como Forest Modeling Research Cooperative (FMRC) sediada na Virginia Tech. Burkhart é coordenador/diretor dessa cooperativa, atuando na geração de produtos para as empresas cooperadas.

image027
Durante a estada de Harold Burkhart (à dir.) na UFLA, a formalização de uma parceria com a Virginia Tech foi objeto de conversas com o professor Scolforo .

O interesse na cooperação com a UFLA ocorre devido à experiência da instituição na área de biometria florestal de eucalipto. Além das produções da Universidade voltadas para o setor de biometria florestal, o conhecimento gerado na área de sensoriamento remoto também se tornou um atrativo para a formalização da cooperação. Para o professor Scolforo, o saldo da aproximação é positivo para estudantes e profissionais, assim como para a instituição como um todo. “Além de ser uma importante atividade de internacionalização, as relações com a Virginia Tech e com a LAFM dão projeção aos estudos e pesquisas em manejo e biometria florestal, realizados na UFLA, garantindo um reconhecimento por diferentes segmentos”, diz.

UFLA e ABC/Itamaraty assinam novo acordo para aperfeiçoamento de técnicos africanos na cultura do algodão

Reitor da UFLA, professor Scolforo e o embaixador Fernando José Abreu assinam acordo de cooperação. Foto Marcelo Guimarães - ABC
Reitor da UFLA, professor Scolforo e o embaixador Fernando Abreu assinam acordo de cooperação. Foto Marcelo Guimarães – ABC

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) deu mais um passo na trajetória de capacitação de profissionais africanos na cultura do algodão. Na sexta-feira (3/7), foi assinado o acordo que prevê o desenvolvimento do “Projeto Regional para o Aperfeiçoamento de Técnicos Africanos em Cotonicultura”, em cerimônia no Ministério das Relações Exteriores – Itamaraty. O projeto foi endossado pelo diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), embaixador Fernando José Marroni de Abreu, e pelo reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo. O evento contou com a presença de representantes do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).

O projeto tem como objetivo fortalecer as bases da cadeia produtiva do algodão e da agricultura familiar em países africanos. Estão previstos cursos anuais, teóricos e práticos, ministrados pela UFLA, com carga horária de 320 horas-aula.  Em princípio, a seleção dos países para cada versão ocorrerá com base em afinidade linguística.

De acordo com a ABC, em momento oportuno, será divulgado, por meio das embaixadas brasileiras na África, o edital detalhado para o processo seletivo. A depender dos resultados alcançados, poderá ser pensada a ampliação da iniciativa, com a realização de novas edições do curso, também para países em desenvolvimento de outras regiões.

A cerimônia de assinatura contou com a presença de representantes do Itamaraty e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Foto: Marcelo Guimarães - ABC
A cerimônia de assinatura contou com a presença de representantes do Itamaraty e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Foto: Marcelo Guimarães – ABC

O recurso para a realização do curso tem como origem o fundo criado para financiar projetos que beneficiem a cotonicultura brasileira e de países do continente africano, resultado do acordo entre Brasil e Estados Unidos no âmbito da organização Mundial do Comércio (OMC). O montante desse fundo foi calculado com base nos prejuízos sofridos pelo Brasil em decorrência dos programas de subsídios à produção de algodão nos Estados Unidos.

Durante a reunião, o reitor da UFLA destacou o aspecto social do projeto e a motivação da Universidade em ampliar a cooperação com países africanos, uma das metas previstas no Programa de Internacionalização. Além do projeto assinado, Scolforo apresentou outras propostas de colaboração, que preveem a ampliação do acordo para outras culturas e áreas do conhecimento. Entre as propostas, a oferta de cursos de graduação a distância para ampliar a capacitação dos técnicos e, consequentemente, as alternativas de desenvolvimento regional.

O reitor também agendou nova reunião, no Itamaraty, para tratar de projetos que visam aumentar o número de estudantes africanos nos programas de pós-graduação da UFLA, em especial, aqueles com interface em agricultura tropical.

Histórico da parceria

Em 2014, a UFLA desenvolveu o projeto intitulado “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão”, em parceria com o Ministério de Relações Exteriores – Itamaraty com foco na capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da África Subsaariana. O resultado foi tão positivo que a UFLA foi novamente convidada para dar sequência, como coordenadora, do projeto Cotton Victória, que prevê a promoção da cadeia produtiva e a melhoria técnica da cotonicultura nos países africanos.

No período de 3 a 17 de maio, cinco professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participam de uma missão técnica para diagnóstico da cultura do algodão em três países da África: Quênia, Tanzânia e Burundi. Participam da viagem os professores Antonio Carlos Fraga (DAG), Renato Mendes Guimarães (DAG), Wilson Magela Gonçalves (DAG), Alessandro Veloso Vieira (DEG) e Pedro Castro Neto (DEG).

A UFLA também é referência em tecnologia para a República Democrática do Congo (RDC), no âmbito do Projeto Vozes da África. Coordenado pelo professor Gilmar Tavares, o projeto de capacitação em Agroecologia, Agricultura Familiar e Extensão Universitária teve início em 2011, com o apoio e financiamento da ABC, e sucesso reconhecido pelo Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty.

 

UFLA e Universidade de Salamanca estudam parceria para oferecer dupla-titulação em programa de mestrado

Professores da UFLA fazem visita técnica à Universidade de Salamanca para formalizar a proposta para acordo de dupla-titulação
Professores da UFLA fazem visita técnica à Universidade de Salamanca para formalizar a proposta para acordo de dupla-titulação

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) avança no processo de internacionalização, visando ampliar as oportunidades de mobilidade discente em universidades de referência. Na semana passada (21 a 25/7), o pró-reitor de Pós-Graduação (PRPG), professor Alcides Moino Júnior e o diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Júnior, visitaram a Universidade de Salamanca (Usal), Espanha, para dar prosseguimento ao termo de cooperação entre as duas instituições visando à oferta de dupla-titulação em nível de Mestrado.

O convênio, ainda em tramitação, será específico para o Programa de Mestrado em Agrobiotecnologia, do Instituto Hispanoluso de Investigaciones Agrarias (Ciale), da Universidade de Salamanca, a 4ª universidade mais antiga do mundo.

Na UFLA, o acordo tem um destaque especial, já que as disciplinas previstas no programa espanhol poderão se enquadrar nas linhas de pesquisa de 17 programas de pós-graduação da UFLA: Agroquímica, Biotecnologia Vegetal, Botânica Aplicada, Ciência do SoloCiência dos Alimentos, Ciência e Tecnologia da Madeira, Ecologia Aplicada, Engenharia de Biomateriais, Engenharia Florestal, Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Genética e Melhoramento de Plantas, Microbiologia Agrícola, Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares e Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas.

Os professores da UFLA foram recebidos pelo coordenador do Programa, professor José Martínez Fernández, pelo professor Enrique Monte Vázquez (Grupo de Fitopatologia e Controle Biológico) e pela vice-reitora de Relações Internacionais, professora María Ángeles Serrano. A visita contou com a participação do profesor Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia da UFLA, em licença sabática na Universidade de Salamanca.

A proposta conjunta para a dupla-titulação teve início com a parceria entre o profesor Wagner Bettiol, o profesor Eduardo Alves e os profesores da Usal.

Na avaliação do professor Alcides, a receptividade da proposta sinaliza para um breve acordo, que beneficiará os estudantes da UFLA para a conquista da dupla titularidade e, ainda, deverá fortalecer o processo de internacionalização de diversos programas de pós-graduação da instituição.

Na UFLA existe um acordo de dupla-titulação com a Universidade de Lancaster (Reino Unido), para o nível de Doutorado, e um processo em tramitação com a Universidade de Delaware (Estados Unidos), para o Mestrado.

 

Pesquisadores e cafeicultores do Havaí recorrem à Epamig e UFLA para enfrentar a broca-do-café

Brasil recebe comitiva americana para enfrentar um desafio: a broca-do-café no  Havaí
Brasil recebe comitiva americana para enfrentar um desafio: a broca-do-café no Havaí

Uma comitiva do estado americano Havaí, composto de oito pesquisadores e cafeicultores, visitou nesta semana (29/6) a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Agência de Inovação do Café (InovaCafé) para aprofundar o conhecimento sobre uma praga que tem causado prejuízos às lavouras cafeeiras da ilha – a broca-do-café.

A visita foi coordenada pelo pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Júlio César de Souza, que estuda a praga há mais de 40 anos, e acompanhada pelos professores Antônio Nazareno Guimarães Mendes, Rubens José Guimarães, Virgílio Anastácio da Silva, Mário Lúcio Vilela Resende e do pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), Sérgio Parreiras Pereira.

Um dos objetivos da visita foi conhecer a realidade da broca-do-café nas condições do Brasil, pois a praga foi constatada recentemente na ilha americana e os produtores estão tendo grandes prejuízos.

De acordo com Júlio César, pesquisadores da Epamig e UFLA pretendem formar um intercâmbio com os pesquisadores havaianos para oferecer ajuda no enfrentamento à praga. “Nesse aspecto ficamos felizes, a Epamig e a UFLA são instituições de referência neste tema. É sinal que o nosso trabalho conjunto tem dado resultado.”, comenta.

O pesquisador ressaltou ainda o momento problemático que vivem os produtores havaianos, já que na ilha não são usados defensivos agrícolas químicos e a situação tem se agravado, com a broca se multiplicando geometricamente.

Vale destacar que em termos econômicos, a broca é a principal praga para o cultivo de robusta e a segunda mais importante para o café arábica. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), é o inseto que mais danifica a cafeicultura em todo o mundo.

No Brasil, estudos apontam o monitoramento do cafeeiro como alternativa para auxiliar o controle químico e biológico da broca-do-café. Essa praga preocupa os cafeicultores pela possibilidade de perdas qualitativas e quantitativas, já que a broca ataca as sementes dos frutos. A broca foi controlada no Brasil a partir da década de 1970 pelo uso do inseticida Endosulfan, que em 2013 teve sua comercialização suspensa devido à alta toxicidade e ao potencial de danos ao meio ambiente. Trabalho realizado em conjunto entre Epamig, Embrapa e UFLA busca validar novas alternativas para o controle da praga.

Texto da jornalista Marina Botelho –  bolsista da Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.

 

Tese produzida no PPGEF/UFLA dá origem a publicação na revista internacional PLoS One

ppgefPesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com a James Cook University (Austrália), trabalham em conjunto com a finalidade de compreender um importante questionamento na ecologia: como os sistemas ecológicos funcionam?

Essa parceria tem gerado frutos, tendo como exemplo a estudante de doutorado Deborah Apgaua, orientada pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da UFLA Rubens Manoel dos Santos. Ela publicou o primeiro capítulo de sua tese na revista internacional PLoS One (fator impacto 3.5), tendo como foco essa linha de pesquisa.

A professora Susan Laurance, da James Cook University, coorientadora da estudante Deborah, tem pesquisado o efeito da exclusão das chuvas em floresta tropical úmida da Austrália. A pesquisa investiga a alteração da composição de espécies arbóreas nessas florestas, causada por secas prolongadas, efeito das mudanças climáticas.

Nessa troca de conhecimentos, a Deborah contribuiu com as análises das características dos troncos e das folhas, sua relação com a condução de seiva e as taxas de crescimento das árvores. O trabalho foi motivado pelo objetivo de compreender as estratégias para condução de água pelas plantas, o que será essencial na manutenção das espécies no ecossistema.

O artigo Functional Traits and Water Transport Strategies in Lowland Tropical Rainforest Trees foi financiado por Australian Research Council, Skyrail Rainforest Foundation e Terrestrial Ecosystem Research Network . A estudante recebeu bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) durante o projeto.

Confira o artigo completo publicado na PLoS One

Camila Caetano (jornalista e bolsista Ascom/UFLA), com informações de Rute Aparecida da Silva (ASCOM/DCF) e do professor Rubens Manoel dos Santos.

Programa de Pós-Graduação em Zootecnia reforçou atividades de internacionalização no mês de junho

David Hopkins destacou a relevância de se contribuir na formação de jovens cientistas
David Hopkins destacou a relevância de se contribuir na formação de jovens cientistas

O Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZ) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu entre os dias 21 e 27 de junho a visita de David Hopkins, editor chefe da renomada revista Meat Science, pesquisador do NSW Department of Primary Industries e professor das Universidades de Charles Sturt e New England (Austrália).

À convite do PPGZ, Hopkins ministrou duas aulas aos estudantes da UFLA. Na primeira, foram repassadas dicas para a publicação de artigos em periódicos de alto impacto, como a Meat Science e, a segunda aula, abordou as tecnologias que melhoram a maciez da carne.

Hopkins ressaltou a importância de realizar trabalhos em colaboração com a UFLA, exemplificando com a pesquisa realizada pela estudante de doutorado Tharcilla Isabella Rodrigues – “Manipulation of fatty acid in lamb muscle” – que teve sua coorientação na Austrália e, na UFLA, dos professores Iraí­des Ferreira Garcia e Juan Ramon Pérez. A tese foi defendida no dia 23 de junho e teve Hopkins como um dos membros da banca examinadora.

Programa teve um grande número de atividades com a presença de professores e pesquisadores estrangeiros
Programareforça atividades com a presença de professores e pesquisadores estrangeiros

Além disso, Hopkins ponderou a relevância de se contribuir na formação de jovens cientistas. “Lecionar para esses estudantes permite que toda a comunidade científica apresente melhorias, visto que os jovens poderão trabalhar com maior qualidade nas pesquisas e artigos”, afirmou.

O coordenador do PPGZ, professor Marcio Machado Ladeira ressalta que no mês de junho o Programa teve um grande número de atividades com a presença de professores e pesquisadores estrangeiros, com o objetivo de aumentar a internacionalização da pós-graduação da UFLA.

Além do professor Hopkins, em junho, o PPGZ também contou com a visita dos professores Jon Schoonmaker (EUA), Norman St. Pierre (EUA), Aires Oliva Teles (Portugal), e ainda de professores da Austrália, Colômbia, Inglaterra, Estados Unidos e Nigéria, que participaram da Conferência Internacional sobre Forragens em Clima Quente na UFLA, com destaque para a participação do editor chefe do periódico Grass and Forage Science Alan Hopkins (Inglaterra), e também do professor Robert Dixon (Austrália), que aproveitou a ocasião para ministrar uma aula no PPGZ sobre “Novas tecnologias para manejo de animais no pasto”.

O professor Jon Schoonmaker ministrou aulas de Bovinocultura de Corte no PPGZ com o tema “Programação fetal em bovinos de corte” e na graduação sobre “A bovinocultura de corte nos Estados Unidos”.  O professor Norman St. Pierre lecionou uma aula sobre “Modelos estocásticos em ciência animal” para os estudantes de pós-graduação.

Já o professor Aires Oliva Teles, além de ministrar uma aula no PPGZ sobre sua área de atuação, também firmou uma linha de pesquisa entre a UFLA e a Universidade do Porto sobre a nutrição e saúde de peixes.

Para o coordenador do PPGZ, a participação de pesquisadores renomados permite que os estudantes adquiram conhecimentos proeminentes, que fazem toda diferença na formação profissional. “Poder ter contato com novas tecnologias que são desenvolvidas em outras universidades é de extrema importância”, conclui Marcio Ladeira.

As visitas dos professores Robert Dixon e David Hopkins tiveram o apoio financeiro da Fapemig, por meio do “Projeto estruturante para aumentar e consolidar a inserção internacional do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da UFLA”.

Texto: Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA

Curso de Inverno na Alemanha está com as inscrições abertas para estudantes

internacionalizacaoO Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Deutscher Akademischer Austauschdienst – DAAD) oferece para jovens estudantes brasileiros, ou residentes no Brasil, o curso de inverno Hochschulwinterkurs – um programa com duração que varia entre quatro e seis semanas, proporcionando conhecimentos sobre o idioma e a cultura alemã. As atividades do curso serão realizadas nos meses de janeiro e fevereiro de 2016.

Os melhores candidatos recebem uma bolsa de aproximadamente 2.850 euros. Com esse valor, o bolsista arcará com os custos de passagem aérea, alojamento, alimentação e curso (taxas). O seguro de saúde é custeado pelo DAAD (além da bolsa).

A chamada para o curso estará aberta até o dia 15/7. O programa tem como público-alvo estudantes universitários e pesquisadores que já tenham bons conhecimentos de alemão (B1) e excelente desempenho acadêmico.

Pré-requisitos

  • Nacionalidade brasileira ou residência permanente no Brasil;
  • Rendimento Acadêmico igual ou superior a 8,0 (para graduandos e mestrandos);
  • Conhecimento de alemão do nível intermediário B1 (certificado OnDaF).

Acesse o edital completo.

Todas as informações sobre os cursos estão disponíveis no portal do DAAD.

Para outras informações sobre a bolsa, é possível entrar em contato pelo do e-mail betina@daad.org.br e pelo telefone (21) 2553-3296.

Camila Caetano – jornalista, bolsista/UFLA.

Pesquisadores podem organizar workshops pelo programa Researcher Links – inscrições até 13/7

internacionalizacaoPesquisadores experientes brasileiros podem se unir a pesquisadores britânicos para a organização de workshops destinados a capacitar pesquisadores em início de carreira. Essa possibilidade é oferecida pelo programa Researcher Links, coordenado pelo British Council, pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O programa tem o apoio de recursos do Newton Fund.

Os interessados têm até 13/7 para apresentar suas propostas de trabalho, preenchendo formulário no site do global do British Council. No entanto, devem consultar o regulamento na fundação de amparo à pesquisa de seu estado para fins de orçamento (categoria Eventos). A ideia é que cada workshop seja coordenado por dois pesquisadores sêniores, um do Reino Unido e outro brasileiro. As sessões devem ser conduzidas em inglês, com duração variando de três a cinco dias e público de 15 a 20 participantes (de cada país). As propostas selecionadas deverão ser colocadas em prática até março de 2016.

O programa oferece apoio financeiro de até 43 mil Libras Esterlinas para custear o workshop. As propostas de workshops devem trazer benefício social para o Brasil, demonstrando impacto direto ou indireto para populações vulneráveis ou de baixa renda. Os temas elegíveis são agricultura; clima e meio ambiente; energia renovável e limpa; educação; crescimento econômico inclusivo; saúde (doenças negligenciadas); água e saneamento; alimentação e nutrição (incluindo segurança alimentar); mudança demográfica/migração/urbanização; infraestrutura para desenvolvimento; desastres humanitários e emergências; governança, sociedade e conflito; coleta, análise e qualidade de acesso a dados relevantes aos índices de desenvolvimento.

Minas Gerais é um dos 17 estados brasileiros que podem participar da chamada de propostas. A Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) é uma das que aderiram ao programa.

Requisitos para inscrição

O pesquisador brasileiro deve estar filiado a uma Universidade ou a instituições ou centros de pesquisa públicos, ou privados sem fins lucrativos, nos Estados cujas fundações de amparo à pesquisa tenham aderido à chamada de propostas. Também devem ser sêniores, conseguindo demonstrar a relevância de seu trabalho na área de conhecimento escolhida.

Para encontrar pesquisadores no Reino Unido que possam ser parceiros na proposta, os candidatos podem recorrer à International Unit, instituição que auxilia organizações brasileiras a encontrar organizações com interesses similares no Reino Unido para projetos do British Council financiados pelo Fundo Newton. Outros detalhes podem ser solicitados pelo e-mail newton@international.ac.uk. O assunto da mensagem deve ser “Researcher Links – Brazil call“.

Consulte o edital completo no site do global do British Council.

Outras informações, em português, no site do British Council,Brasil.

Professor dinamarquês ministrará curso sobre softwares para análise de dados sensoriais

O professor Per e a doutoranda Isabel Amorim
O professor Per e a doutoranda Isabel Amorim

O Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária oferecerá à comunidade acadêmica o curso “R for Sensometrics”. O curso será ministrado nos dias 30/6 e 1º/7, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas, na sala 21 do Departamento de Ciências Exatas (DEX). Nele, serão abordados softwares voltados à análise de dados sensoriais, com exposição de teoria e atividades práticas. Serão apresentados dois softwares livres (PanelCheck e ConsumerCheck) e quatro pacotes do software R (SensR, ordinal, lmerTest e SensMixed).

O desenvolvedor dos softwares, professor Per Bruun Brockhoff, da Technical University of Denmark (DTU), será o ministrante do curso. As inscrições* podem ser feitas até o dia 26 de junho, na Sala de Pós-Graduação do DEX ou com o professor Renato Ribeiro de Lima.

Durante a visita, o professor Per também será membro da banca de defesa de tese de Isabel de Sousa Amorim, do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária. A discente apresentará a tese “Visual interpretation of F test results based on effect size”, no dia 29, às 14 horas.

O professor Per desenvolve pesquisas em Sensometria, área da ciência que aplica métodos estatísticos para analisar dados sensoriais. Ele foi o orientador estrangeiro da doutoranda Isabel no período em que ela participou do programa Ciências sem Fronteiras (CSF), em Lyngby, Dinamarca.

A visita do professor Per ao Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária é fruto de uma parceria que se concretizou através do CSF. O Programa pretende continuar incentivando alunos e pesquisadores a participar do CSF, assim como convidar professores de outros países para ministrarem cursos e palestras, efetivando as práticas de internacionalização.

 

*Para participação, é necessário levar notebook com os softwares PanelCheck, ConsumerCheck, R e os pacotes do R: lmerTest, SensMixed, SensR e Ordinal instalados.

Da UFLA para o Mundo: professor Flávio Borém é prestigiado em eventos e representações internacionais

Professor Flávio Borém: embaixador da UFLA e dos cafés especiais brasileiros em eventos internacionais
Professor Flávio Borém: embaixador da UFLA e dos cafés especiais brasileiros em eventos internacionais. Ao fundo, painel com os principais palestrantes do evento, entre eles, o professor

O Brasil, maior produtor de café do mundo, tem muitos promotores do produto e amantes desta nobre bebida espalhados pelo mundo. Porém, quando se fala em ciência por trás de uma xícara de café especial, o nome do professor Flávio Meira Borém, do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), é referenciado e destacado em fóruns e eventos nacionais e internacionais.

Com foco na descoberta dos atributos que envolvem a qualidade superior e a distinção dos cafés, o professor Borém tem envolvido sua equipe em pesquisas com alto impacto no mercado de cafés especiais. A diferença é que os estudos não ficam restritos a artigos compartilhados apenas no meio acadêmico, os resultados têm ganhado o mundo por meio de palestras em renomados eventos internacionais, em que o professor Borém reforça sua aptidão como embaixador dos cafés especiais brasileiros e, como consequência, a imagem positiva das pesquisas e dos projetos desenvolvidos na Universidade.

Borém participa da reunião da Alliance for Coffee Excellence – ACE, com sede em Portland – Estados Unidos
Borém participa da reunião da Alliance for Coffee Excellence – ACE, com sede em Portland – Estados Unidos

O resultado desse reconhecimento pode ser confirmado pelo convite que recebeu para fazer parte da Alliance for Coffee ExcellenceACE, com sede em Portland – Estados Unidos. A organização internacional é responsável pela realização dos principais concursos de cafés especiais em diferentes países, como o Cup of Excellence. O professor Borém é o primeiro professor/pesquisador a fazer parte do conselho diretor, que reúne representantes de diferentes segmentos. Ele vai, inclusive, participar da elaboração das normas técnicas que nortearão os próximos concursos.

Borém também é o único brasileiro integrante do Comitê de Normas Técnicas da Specialty Coffee Association of America – SCAA, maior associação comercial de café do mundo, criada em 1982 para avaliar e propor normas de qualidade estabelecidas para o comércio de cafés especiais. O convite foi justificado pela reconhecida produção científica e tecnologias desenvolvidas na UFLA, que favorecem a contínua melhoria da qualidade do café produzido no mundo.

Vitrine internacional

Durante reunião anual da SCAA, em Seattle, com representações americanas e brasileiras
Durante reunião anual da SCAA, em Seattle, com representações americanas e brasileiras

Parte dos resultados dessas pesquisas foi apresentado, em abril, durante a 27ª reunião anual e simpósio da SCAA, em Seattle – Estados Unidos, considerada um dos maiores eventos de cafés especiais do mundo. Para um público seleto e diversificado, o professor apresentou, por mais de uma hora, a palestra “Beyond wet and dry: breaking paradigms in coffee processing”, que reuniu tecnologias para a produção de cafés especiais com atributos de sustentabilidade.

A apresentação fez tanto sucesso que o presidente do Symposiom SCAA 2015, Peter Giuliano, tem compartilhado o vídeo como uma rica aula para inspirar o debate sobre velhos paradigmas, comparando as informações apresentadas

como “ouro puro”.  Entre os temas abordados, os estudos recentes sobre a qualidade do café, incluindo a interação entre genótipo e ambiente; além das tecnologias pós-colheita, com destaque para o processamento de secagem e armazenamento voltados para prolongar a qualidade dos cafés especiais.

Borém fez o lançamento e do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”
Borém fez o lançamento do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”

Durante o evento, para marcar ainda o reconhecimento internacional de suas pesquisas, Borém fez o lançamento e do Handbook of Coffee Post-Harvest Technology, a versão inglesa do livro “Pós-Colheita do Café”, lançado pela Editora UFLA em 2010. A nova versão traz um guia sobre o processamento, secagem e armazenamento do café, com a tradução do americano Joel Shler.

Na UFLA, o professor é coordenador do Núcleo de Estudos em Pós-colheita do Café (Pós-Café) e editor da Coffee Science, única revista técnico-científica especializada em cafeicultura. Editada pela UFLA, a publicação é uma iniciativa do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da cultura do café no Brasil.

Assista a apresentação do professor Borém na reunião da SCAA, nos Estados Unidos