Inflação: IPC da Ufla aponta 5,94% em 2006

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculada pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), acumulou uma taxa de 5,94% no ano de 2006. Em 2005, esta taxa de inflação ficou acumulada em 3,46% e, em 2004, 7,8%.

Em 2006, as maiores altas de preços ocorreram nos grupos despesas com educação e saúde, com aumento médio acumulado de 23,15%, seguido dos gastos com lazer, com alta de 10,07%; moradia, 5,97; serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), 4,85%; gastos com alimentação, 3,98%; vestuário, 3,32%; bebidas, 1,49% e despesas de transporte, que acumulou uma alta de 0,55%.

Entre os demais bens de consumo e serviços levantados pela Ufla no ano de 2006, ocorreu uma deflação (queda na média dos preços pesquisados). Os bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática) ficaram mais baratos 8,93%; material de limpeza, -7,23% e itens de higiene pessoal, com queda média acumulada no ano em 1,76%.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas acumulou uma alta de 5,89% em 2006. Em janeiro, seu valor era R$250,53, passando a R$265,31 no mês de dezembro.

Inflação de dezembro

O DAE/Ufla também divulgou a inflação de dezembro, cuja taxa foi de 0,59%. No mês anterior, este índice havia sido 0,52%.
Entre os itens que mais subiram de preços em dezembro, estão aqueles associados aos grupos alimentos (1,61%) e serviços gerais (1,34%). Também em dezembro, foram registradas altas de preços nos setores de bebidas (0,48%), gastos com lazer (0,42%), material de limpeza (0,33%), vestuário (0,2%) e bens de consumo duráveis, cuja alta no mês foi de 0,16%.

Entre os segmentos que compõem a categoria alimentos, a maior alta ficou com os produtos in natura, 4,66%. Os alimentos semi-elaborados e os industrializados também ficaram mais caros em dezembro, com aumentos médios de preços de 1,6% e 0,08%, respectivamente. Por itens, os maiores aumentos foram: alface (13,24%); cenoura (14,92%); abacate (14,51%); mamão (24,17%); laranja (19,49%); pêra (20,71%); feijão (6,13%); carne suína (6,61%); farinha de milho (6,61%); mortadela (11,01%) e óleos (9,0%).

Os demais grupos pesquisados pela Ufla em dezembro tiveram queda média de preços no mês: despesas de transporte (-0,15%), higiene pessoal (-0,05%) e educação e saúde (-0,01%). Em média, não houve alterações de preços nos itens que compõem a categoria moradia.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou em R$265,31 em dezembro, contra um valor de R$254,82 no mês anterior, registrando uma alta de 4,11%

Campo recupera renda no final de 2006

Após a crise do setor agrícola, que se iniciou em junho de 2005 e se propagou neste ano, os indicadores da economia rural sinalizam uma melhora no campo nos últimos meses de 2006. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário teve uma recuperação neste ano de 7,06%. Nos dois últimos meses do ano, o preço do café valorizou para o cafeicultor 40,73% e a média de preços do milho, feijão e arroz teve uma alta nos quatro últimos meses de 2006 de 43,42%.

Em dezembro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 7,41%, influenciado pelas cotações dos grãos, principalmente o café, que teve alta para o cafeicultor de 15,54% e o milho, que foi pago ao produtor 17,44% a mais em relação ao mês passado.

Contribuíram também para a melhoria da renda agrícola em dezembro, os preços pagos a algumas categorias de produtores de hortifrutigranjeiros, com alta de 12,28% pela venda da banana; 9,09% pela abóbora; 20,0% pelo preço da beterraba; 41,67% de alta no preço da couve-flor e 3,94% pelo preço recebido pelos ovos. Entretanto, alguns hortifrutigranjeiros tiveram quedas de preços para o produtor, a exemplo da batata (-6,25%); pimentão (-36,67%); tomate (-39,47%) e frango abatido, cujo preço de venda no segmento primário foi de -20,69%. Já a arroba do suíno teve uma alta de 6,25% no setor primário.

No caso da produção de leite, os pecuaristas receberam 1,04% a menos pela venda do leite fluido tipo C e pelo leite tipo B, esta queda foi de 1,05%.

Dezembro foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas tiveram alta inferior ao aumento da renda agrícola. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários subiu 1,04%. Entre os 187 itens pesquisados, as maiores altas se localizaram nos setores ligados aos formicidas (10,43%), bernicidas (9,64%), inseticidas (5,66%) e manutenção de equipamento, com alta para o produtor rural de 3,54%. As maiores quedas para o produtor rural foram: herbicidas(-6,72%), vermífugos (-7,41%) e animais de tração, cuja queda foi de 14,29%.

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas da Ufla recebe diploma de destaque na pesquisa em Cuba

A doutoranda do Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras(Ufla), Regla Toujague L. Rosa, pesquisadora do Instituto de Geofísica e Astronomia (IGA), Centro do Ministerio de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (CITMA) de Cuba recebeu, na avaliação anual (2006) dos projetos executados pelo IGA/CITMA, diploma de Resultado Destacado do Ano pelo Relatório Final do Projeto intitulado ‘Estimación preliminar del riesgo en la salud humana por exposición a arsénico y plomo en la mina Delita y sus alrededores, Isla de la Juventud’.

O projeto foi executado por pesquisadores do Departamento de Estudos Geoambientais do IGA e coordenado por Regla Toujague L. Rosa, como parte de seus estudos de doutorado sob a orientação do prof. do Departamento de Ciência do Solo da Ufla e pesquisador bolsista do CNPq, Luiz Roberto Guimarães Guilherme. A pesquisadora Regla Toujague L. Rosa é bolsista do convênio PEC/PG do CNPq.

Fapemig lança livro que conta seus 20 anos de história

Uma noite de comemoração e presenças ilustres marcou o lançamento do livro ‘Fapemig 20 anos – A construção do futuro’. O evento aconteceu no último dia 11, no Conservatório da UFMG, com a presença de figuras que foram importantes para a história da instituição, como funcionários, ex-funcionários, colaboradores e parceiros. Autoridades das áreas de Ciência, Tecnologia, Ensino, Pesquisa e Inovação, como o Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Paulo Kleber Duarte Pereira, e o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, José Israel Vargas, também participaram da comemoração.

O livro traz uma narrativa da história da fundação, com ênfase para os últimos cinco anos. A publicação teve como organizadora a presidente do Conselho Curador da Fapemig e professora da PUC-MG, Lucilia de Almeida Neves Delgado. Os autores se debruçaram sobre a história da Fapemig, buscando analisar sua trajetória, através de uma pesquisa bibliográfica, documental e iconográfica detalhada. ‘Além disso, foram realizadas entrevistas com pesquisadores, dirigentes e técnicos vinculados à instituição, utilizando-se a metodologia de história oral,’ disse a organizadora.

A autoria do texto foi dividida entre Lucilia Neves e uma equipe de quatro professores, da UFMG, PUC Minas e Fapemig, dentre eles, o diretor científico da instituição, Mario Neto Borges. Para o presidente da Instituição, José Geraldo de Freitas Drumond, que assina a abertura da edição, ‘o livro é o registro de uma história curta, para uma instituição, mas prodigiosa em realizações’.

O lançamento do livro encerrou as comemorações dos 20 anos da Fundação, que marcaram todo o ano de 2006. ‘Chegamos a este aniversário comemorando a emancipação da Fapemig, pelos recordes de editais e apoios em todos os setores do desenvolvimento científico-tecnológico e de inovação no Estado’, destacou o presidente da Fundação, José Geraldo de Freitas Drumond.

Fapemig lança novos programas para 2007

Em sua última reunião de 2006, o Conselho Curador da Fapemig aprovou a criação de cinco novos programas que prometem fortalecer ainda mais a área de Ciência, Tecnologia e Inovação em Minas Gerais. Batizado de ‘pacote do bem’, o conjunto das propostas representa um investimento estimado de R$16 milhões. Estes recursos serão adicionais aos já comprometidos com outros programas que, em 2007, também receberão reforços financeiros.

Como ressalta a presidente do Conselho Curador da Fapemig, Lucilia de Almeida Neves Delgado, isso será possível porque o governo aumentou significativamente o orçamento da Fundação para o próximo ano. ‘O orçamento do tesouro de 2007 será quase o dobro do valor repassado neste ano. Com esta ampliação, foi possível atender às propostas da comunidade científica, fundamentais para a qualificação de novos pesquisadores e para o desenvolvimento da pesquisa e pós-graduação’, completa.

A demanda foi apresentada pelo Fórum dos Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior (Fórum das IPES) em novembro, durante o encontro, em Ouro Preto, do Programa Fapemig no Interior. Após estudos técnicos e financeiros elaborados pela FAPEMIG, o documento foi analisado e convertido nas cinco propostas aprovadas.

A primeira proposta refere-se ao aumento da cota de bolsas para os cursos que receberam nota 3 ou 4 na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Estas notas são normalmente atribuídas a cursos novos ou cursos em processo de consolidação. Devido ao seu grande número no país, dificilmente o número de bolsas conseguidas é suficiente para atrair bons alunos e oferecer condições de dedicação em tempo integral ao seu trabalho. A cota adicional aparece como um estímulo para os candidatos e uma oportunidade de melhoria para os cursos em questão. Vale destacar que esses cursos não recebem bolsas do CNPq. A cota será concedida pelo período de duas avaliações da Capes, após esse período a continuidade da concessão fica condicionada à melhoria da nota de avaliação da Capes.

A segunda proposta cria a taxa de bancada dentro do Programa de Pós-Graduação da Fapemig (PAPG) e será concedido às instituições em número de cotas correspondentes às bolsas de doutorado concedidas pela Fapemig. Este recurso adicional se destina à manutenção e melhoria das atividades necessárias à qualificação de novos doutores. Espera-se que os recursos, que devem ser aplicados em despesas de capital e custeio, tenham impacto positivo na formação destes profissionais.

O Programa Pesquisador Mineiro (PPM) é uma nova modalidade de apoio que irá beneficiar pesquisadores que estejam conduzindo pesquisas científicas e tecnológicas que tenham relevância para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Estão previstas duas categorias: pesquisador cientista e pesquisador inovador (tecnólogo). O programa prevê a concessão de 300 cotas de bolsas e sua chamada se dará por meio de edital específico.

A quarta proposta é a criação do Programa Estadual de Cooperação Acadêmica (Procad-MG). Nos moldes do programa de mesmo nome lançado pela Capes, o Procad-MG é voltado para a pós-graduação e propõe a implantação de redes de cooperação acadêmica. São duas modalidades: uma promove a cooperação de instituições que já tem seus cursos de pós-graduação consolidados com aquelas que ainda estão se formando. A segunda modalidade incentiva as instituições, com cursos de pós-graduação já consolidados, a se associar para busca de excelência em áreas de destaque e de interesse do Estado. Os projetos serão apoiados por meio do financiamento de diversos itens incluindo missões de estudo e de pesquisa e docência. Esse programa também terá edital específico para recebimento das propostas.

Por fim, a criação do Programa de Apoio à Grupos de Pesquisa Emergentes procura fixar o pesquisador no Estado e gerar novos núcleos de pesquisa. A modalidade, que será apresentada por meio de edital, corresponde a um apoio indispensável a grupos e pesquisadores jovens, que ainda têm dificuldade em captar recursos, ou precisam de financiamentos específicos não cobertos pelas modalidades existentes hoje na FAPEMIG. A expectativa é que esse Programa induza, ainda, a formação de competência científica também no interior do Estado.

Segundo o diretor científico da Fapemig, Mario Neto Borges, o próximo passo é estabelecer as normas e o formato dos editais relativos a estes programas para sua implementação ao longo de 2007. O pacote também foi apresentado à Capes com a solicitação de uma contrapartida para algumas das propostas. A entidade está analisando as proposta com a perspectiva de apoio aos programas. ‘Esse conjunto de programas cria modalidades de apoio que, juntamente com as já existentes, cobrem todo o leque de financiamentos que uma agência de fomento deve oferecer’ afirma o diretor.

Um aspecto louvável do pacote de programas, na opinião da presidente do Conselho Curador, é o fato dele ter sido elaborado a partir da interlocução com as Instituições de Ensino Superior. ‘Dessa forma, contemplamos os pontos considerados realmente importantes pelo nosso público-alvo’, completa Lucilia. Como conclui o presidente da Fapemig, José Geraldo de Freitas Drumond, ‘esse é mais um importante passo para que a Fundação se consolide como o principal agente indutor do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação no Estado de Minas Gerais’. Segundo reafirma Drumond, ‘a Fundação pôde alcançar este patamar de investimento graças à confiança que o Governo do Estado depositou na atual administração da instituição, cujo trabalho conjunto com o Conselho Curador e o apoio decidido das instituições de ensino, ciência e tecnologia do Estado, fizeram com que pudéssemos habilitar um orçamento cada vez mais crescente. Ao comemorarmos os 20 anos de criação, estamos alçando novos e importantes programas que vão definir e mudar os rumos da ciência, tecnologia e inovação mineiras nos próximos 10 anos.’

Outras informações com a Central de Informações da Fapemig: ci@fapemig.br

Prorrogadas as inscrições para o curso pré-universitário gratuito da Ufla

As inscrições para o curso pré-universitário gratuito da Universidade Federal de Lavras (Ufla) – PRÉ-UNI foram prorrogadas até o dia 16 de janeiro de 2007.

São 220 vagas para o 1º semestre de 2007.

Podem participar da seleção alunos de baixa renda que concluíram o 3º ano do ensino médio em escolas públicas.

Os interessados devem procurar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais – Praecc – Campus Histórico da Ufla.

Mais informações pelo telefone (35)3829-1582

Ufla abre inscrições para cursos a distância

A Universidade Federal de Lavras (Ufla)está com matrículas abertas para 48 cursos de Pós-Graduação a distância no período de 18 de dezembro de 2006 a 16 de março de 2007.

São oferecidos cursos em diversas áreas, tais como, administração, agronomia, biologia, computação, educação, engenharia, arquitetura e urbanismo, matemática, meio ambiente, saúde, veterinária e zootecnia.

Detalhes estão disponíveis em www.openufla.com.br ou pelo telefone (35)3829-1843

Projeto do CBP&D/Café sobre compactação do solo recebe destaque no meio acadêmico

O projeto ‘Propriedades físicas e geotécnicas de um Latossolo Vermelho-Amarelo cultivado com cafeeiro’, desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), no âmbito do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café CBP&D/Café, coordenado pela Embrapa Café, tem chamado a atenção da classe acadêmica pela importância de suas contribuições para a sustentabilidade da cafeicultura.

A avaliação do impacto da mecanização na sustentabilidade do solo rendeu ao graduando de Engenharia Agrícola da Ufla, Carloeme Alves de Oliveira, o destaque 2006 no Prêmio Bunge Fertilizantes para Iniciação Científica. O trabalho, desenvolvido na Fazenda Experimental da Epamig em Patrocínio (MG), com recursos do CBP&D/Café, foi orientado pelo coordenador do projeto e professor de Física do Solo, Moacir de Souza Dias Junior. Além desta premiação, o projeto foi tema de tese de doutorado, defendida na Ufla, por Gislene Aparecida dos Santos e também é objeto de estudo do mestrando Cezar Francisco Araújo Junior.

Impactos no solo

Minas Gerais é o maior estado produtor do Brasil, com mais de 50% da produção total, sendo grande parte do cultivo em solos originalmente sob vegetação de cerrado. Nas regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a cafeicultura tem se desenvolvido de forma destacada em razão da alta tecnologia aplicada, sendo mecanizada em todas as suas etapas, da fase de implantação à colheita, o que induz à necessidade da utilização de máquinas e implementos agrícolas durante todo o ciclo da cultura.

O uso intensivo da mecanização em lavouras cafeeiras tem-se tornado preocupante devido à possibilidade de compactação do solo ao longo dos anos, o que pode levar a uma redução da produtividade. O monitoramento das propriedades físicas do solo e o desenvolvimento e uso dos modelos de capacidade de suporte de carga possibilita a identificação dos sistemas de manejo de plantas daninhas mais resistentes ou suscetíveis à compactação e permite o planejamento das atividades mecanizadas, visando evitar ou minimizar a compactação dos solos.

Vários são os efeitos que a compactação do solo pode causar às plantas: demora na emergência, diminuição no tamanho, presença de folhas com coloração não característica, sistema radicular superficial e raízes mal formadas. No solo, a compactação ocasiona aumento da sua densidade e da resistência mecânica; diminuição na porosidade total, no tamanho e continuidade dos poros; redução na absorção de nutriente, infiltração e redistribuição de água; redução da condutividade hidráulica; redução das trocas gasosas e aumento da capacidade suporte de carga do solo.

Controle do mato

Segundo Dias Junior, o controle do mato é um aspecto importante a ser considerado durante o ciclo do cafeeiro, que deve ser considerado não apenas para a obtenção de altos índices de produtividade, mas também no sentido de preservar o solo e prolongar a vida útil dos cafeeiros. As operações mecânicas recomendadas para a eliminação das plantas daninhas podem ser feitas através de capina mecânica, com grade de discos, enxada rotativa ou roçadeira, associadas ao uso de herbicidas ou não.

O projeto, ainda em desenvolvimento, avalia como os manejos das plantas daninhas afetam a capacidade de suporte de carga dos solos e a sua suscetibilidade à compactação, contribuindo para a decisão do produtor sobre a utilização de um ou outro sistema de manejo.

O gerente geral do Programa Café da Epamig, Paulo Tácito Gontijo Guimarães, coordenador de uma linha de pesquisa dentro projeto, explica que o solo, por meio de suas propriedades físicas, influencia diretamente o desenvolvimento das plantas, com reflexos no aproveitamento de água, no desenvolvimento de raízes, na vida microbiana e eficiência de adubos, fertilizantes e defensivos, o que determina as condições de produtividade da cultura.

Primeiras avaliações

Resultados preliminares do ensaio instalado na Fazenda Experimental da Epamig, em Patrocínio, Cerrado Mineiro, chamam a atenção dos pesquisadores. Na primeira avaliação sobre a linha de tráfego, em profundidade de 0-3 cm, o manejo de plantas daninhas que tornou o solo mais suscetível à compactação foi o realizado com a enxada rotativa, que também promoveu maior compactação nas demais profundidades, assim como o manejo realizado com a grade de discos.

Nas entrelinhas de plantio, na profundidade 0-3 cm, o manejo de plantas daninhas que tornou o solo mais suscetível à compactação foi o realizado com a grade de discos, enquanto que nas demais profundidades os manejos que promoveram maior compactação do solo foram os realizados com a enxada rotativa e com a roçacarpa. Assim, a enxada rotativa, a grade e roçacarpa são equipamentos não recomendáveis para o manejo sustentável da lavoura de café.

Servidor Federal terá plano de saúde único

A partir do próximo ano, todos os servidores públicos federais, ativos ou inativos, e seus dependentes e pensionistas, terão acesso a uma modalidade de assistência à saúde com um padrão mínimo de atendimento, conforme normas definidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS.

Atualmente, apenas 41,8% dos servidores possuem plano de saúde, 90% deles com co-participação do governo, mas como não existe padronização ou critérios rígidos para os contratos e convênios, cada órgão ou entidade define com a operadora, os serviços a serem prestados. Em conseqüência, existem no Poder Executivo 136 planos de saúde diferentes, com disparidades tanto no modelo do contrato, quanto na qualidade do serviço prestado.

Com a regulamentação, as operadoras terão de se adequar às normas definidas em portaria a ser publicada na primeira semana de dezembro. Essas normas, assim como a nova política de saúde suplementar do governo federal, foram apresentadas aos dirigentes de recursos humanos durante o 2º Encontro Nacional de Serviço de Perícia Médica e de Saúde Ocupacional dos Servidores Públicos Federais e no 4º Encontro Nacional de Dirigentes de Recursos Humanos do SIPEC, realizado na Academia de Tênis de Brasília, nos dias 28, 29 e 30 de novembro de 2006.

Quem já tem plano de saúde de órgão ou entidade não precisa se preocupar, pois todos os contratos ou convênios atuais serão respeitados. Além disso, são os órgãos e as operadoras que terão de se adequar às novas regras, não os servidores. Também não haverá carência para os que migrarem.

Os órgãos poderão escolher entre cinco modalidades para prestar assistência à saúde do servidor: rede do SUS; convênios com operadoras de plano de saúde na modalidade autogestão; contratos com operadoras de plano de saúde; serviço prestado diretamente pelo órgão (mediante a edição de um regulamento próprio, conforme as regras da portaria regulamentadora); ou auxílio indenizatório para ressarcimento de despesas.

No caso da opção pelo contrato com operadoras de plano de saúde, isso terá de ser feito, obrigatoriamente, na modalidade autogestão, no qual a organização, sem fins lucrativos, institui e administra o programa de assistência à saúde. A grande vantagem é que são reduzidos os gastos que seriam feitos com a intermediação das empresas de plano de saúde que hoje existem no mercado.

Além disso, a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, a quem caberá a supervisão dos contratos e convênios, terá participação nas reuniões de conselho deliberativo das operadoras, com direito a fazer proposições.

Os órgãos e entidades atuarão como co-patrocinadores, pagando uma parcela mensal de no mínimo R$ 42,00 (prevista na PLOA 2007). Como a receita é oriunda de recursos de ‘custeio’, os que já pagam parcela maior podem manter o valor. O servidor poderá arcar até o limite de 10% da sua remuneração, como co-participação nos procedimentos utilizados junto ao plano de saúde. O gasto da União estimado para universalização desse benefício é de R$ 520 milhões, tomando como base os R$ 42,00 .

As operadoras, por sua vez, terão de seguir, rigorosamente, o Termo de Referência que será editado junto com a portaria e que prevê assistência médica ambulatorial, hospitalar, odontológica, fisioterápica, psicológica e farmacêutica, compreendendo partos e tratamentos, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, quando necessária a internação hospitalar, e atendimento às doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde.

A portaria indica também quem pode ser beneficiário do plano de assistência à saúde. A principal novidade está na inclusão, como dependente, do companheiro ou companheira que tenha união homoafetiva estável com servidor, desde que comprovada a co-habitação por um período mínimo de dois anos.

Ufla promove II Reunião Científica: Gênero, Sexualidade e Educação

Acontece nos dias 15 e 16 a II Reunião Científica: Gênero, Sexualidade e Educação Nós (Des) Atando Nós promovida pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), através do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Formação de Educadoras e Educadores do Departamento de Educação, juntamente com discentes do curso de Especialização em Educação da disciplina Temas em Educação Sexual – segundo semestre 2006 – e a coordenação da professora Cláudia Ribeiro, Chefe do Departamento de Educação e Vice-Coordenadora do GT23 – Gênero, Sexualidade e Educação – ANPED – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação.

Além de dar continuidade às ações realizadas no Projeto “Construindo Práticas a Partir dos Compromissos com a Defesa dos Direitos Sexuais na Infância e Adolescência no Combate ao Abuso e Exploração Sexual”, acontecerá o lançamento da terceira versão deste projeto aprovado pelo MEC através do edital PROEXT/SESu 2006, a II Reunião Científica do Núcleo que objetiva intercambiar saberes, experiências na temática de gênero, sexualidade e educação na formação inicial e continuada docente.

O início das atividades será às 18h30 do dia 15 de dezembro no Salão de Convenções da Ufla, onde será realizado o lançamento do livro Qualidade da Educação Infantil: o que pensam e querem os sujeitos deste direito, uma realização da Campanha Nacional pelo Direito à Educação em parceria com o MIEIB e apoio da Save the Children. A publicação é o resultado de uma pesquisa de âmbito nacional referente ao entendimento sobre o tema Qualidade na Educação Infantil. Esta consulta foi realizada em três regiões do Brasil: Sul (Rio Grande do Sul), Sudeste (Minas Gerais) e Nordeste (Pernambuco). A coordenação desta pesquisa na região Sudeste ficou a cargo da profª Cláudia Ribeiro.

Após o lançamento do livro, acontecerá, no mesmo local, Mesa Redonda intitulada “Ética, Gênero e Homossexualidade” com as presenças do prof. Anderson Ferrari, da Universidade Federal de Juiz de Fora, da profª Constantina Xavier, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e das professoras do DED/Ufla Cláudia Ribeiro e Ila Maria Silva de Souza.

Este ano a II Reunião Científica: Gênero, Sexualidade e Educação – Nós (Des) Atando Nós, realizará, também, dois Mini-Cursos que ocorrerão no sábado, dia 16. O primeiro será às 8h com o tema “Homossexualidades e o Processo Educativo” com o prof. Anderson Ferrari e o segundo terá início às 13h30 com o tema “A sexualidade feminina como discurso: subjetividades, formação docente e práticas pedagógicas”, com a profª Constantina Xavier.

Trabalhando na construção de um olhar crítico e propositivo frente aos diversos problemas que afetam a instituição escolar bem como a sociedade como um todo, é que o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Formação de Educadoras e Educadores, do Departamento de Educação da Ufla traz à discussão temas com os quais docentes se deparam em seu cotidiano escolar, procurando aprofundamento de questões e conhecimentos relacionados ao processo de formação inicial e continuada destes docentes em seus diversos níveis de atuação que vão da educação básica ao ensino superior.

As inscrições para os Mini-Cursos são limitadas e as informações poderão ser obtidas na secretaria do Departamento de Educação, através do telefone (35) 3829-1445.

Universidade Federal de Lavras