Campo recupera renda no final de 2006

Após a crise do setor agrícola, que se iniciou em junho de 2005 e se propagou neste ano, os indicadores da economia rural sinalizam uma melhora no campo nos últimos meses de 2006. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário teve uma recuperação neste ano de 7,06%. Nos dois últimos meses do ano, o preço do café valorizou para o cafeicultor 40,73% e a média de preços do milho, feijão e arroz teve uma alta nos quatro últimos meses de 2006 de 43,42%.

Em dezembro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 7,41%, influenciado pelas cotações dos grãos, principalmente o café, que teve alta para o cafeicultor de 15,54% e o milho, que foi pago ao produtor 17,44% a mais em relação ao mês passado.

Contribuíram também para a melhoria da renda agrícola em dezembro, os preços pagos a algumas categorias de produtores de hortifrutigranjeiros, com alta de 12,28% pela venda da banana; 9,09% pela abóbora; 20,0% pelo preço da beterraba; 41,67% de alta no preço da couve-flor e 3,94% pelo preço recebido pelos ovos. Entretanto, alguns hortifrutigranjeiros tiveram quedas de preços para o produtor, a exemplo da batata (-6,25%); pimentão (-36,67%); tomate (-39,47%) e frango abatido, cujo preço de venda no segmento primário foi de -20,69%. Já a arroba do suíno teve uma alta de 6,25% no setor primário.

No caso da produção de leite, os pecuaristas receberam 1,04% a menos pela venda do leite fluido tipo C e pelo leite tipo B, esta queda foi de 1,05%.

Dezembro foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas tiveram alta inferior ao aumento da renda agrícola. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários subiu 1,04%. Entre os 187 itens pesquisados, as maiores altas se localizaram nos setores ligados aos formicidas (10,43%), bernicidas (9,64%), inseticidas (5,66%) e manutenção de equipamento, com alta para o produtor rural de 3,54%. As maiores quedas para o produtor rural foram: herbicidas(-6,72%), vermífugos (-7,41%) e animais de tração, cuja queda foi de 14,29%.

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