Fapemig já recebe propostas dentro do Programa Pesquisador Mineiro

Pelo segundo ano consecutivo, a Fapemiglança o edital do Programa Pesquisador Mineiro (PPM), que irá fornecer um ‘grant’ a pesquisadores e tecnólogos para o desenvolvimento de seus projetos de pesquisa. ‘O objetivo deste Programa é valorizar o profissional com alta produtividade e, ao mesmo tempo, atrair pesquisadores de outras regiões’, conta o presidente da Fundação, José Geraldo de Freitas Drumond.

Este ano, serão concedidas 210 cotas, divididas em três grupos. O primeiro, contendo 100 cotas, é destinado a pesquisadores nível 1 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Este grupo havia ficado de fora da primeira edição do PPM. Eles receberão mensalidades no valor de R$1 mil durante 24 meses. O segundo grupo, também contendo 100 cotas, é aberto a qualquer pesquisador que queira se candidatar. E o terceiro, de 10 cotas, é destinado a tecnólogos. Para as propostas aprovadas nestes dois grupos será concedido um total de R$48 mil, divididos em 24 mensalidades de R$2mil.

Entre os pré-requisitos, os candidatos devem possuir reconhecida liderança em sua área de atuação. No caso do pesquisador, é indispensável o título de doutor e produção científica e tecnológica de alta qualidade nos últimos cinco anos. O pesquisador inovador (tecnólogo), por sua vez, deve possuir, no mínimo, diploma de nível superior, vínculo permanente com instituição de ensino e/ou pesquisa e atuação em atividades de desenvolvimento tecnológico nos últimos cinco anos.

Avaliação
Para se candidatar ao PPM, o pesquisador deve ter um projeto de pesquisa financiado por órgão oficial de fomento sendo desenvolvido. Mas a comissão responsável pelo julgamento das propostas irá concentrar sua avaliação no plano de trabalho do pesquisador, e não em seu projeto de pesquisa. É muito importante, também, que o proponente atualize seu currículo Lattes, pois o desempenho e a produtividade serão analisados.

Atenção! Os pesquisadores que foram aprovados no Edital Universal 2007 ou que pretendem enviar propostas ao Universal de 2008 não podem se candidatar ao PPM. Candidaturas simultâneas resultarão na desclassificação das propostas. ‘Hoje, a Fapemig possui uma carteira completa de opções de financiamento. O proponente deve escolher aquela que lhe é mais adequada’, explica o diretor científico da Fundação, Mario Neto Borges. Os contemplados passarão a receber as mensalidades a partir de julho de 2008.

As propostas para o edital 03/2007 devem ser encaminhadas até 24 de março por meio do AgilFAP, sistema de submissão eletrônica de projetos da Fapemig. Para quem ainda não possui cadastro, o primeiro passo é acessar http://agilfap.fapemig.br/ , fornecer seus dados e criar uma senha pessoal. Com o cadastro concluído, o coordenador do projeto já pode acessar a plataforma do sistema, utilizando seu CPF como identificação (login) e a senha escolhida. O pesquisador já cadastrado deve se lembrar de atualizar seus dados antes de enviar o projeto.

Para acessar o edital clique em www.fapemig.br/editais . Outras informações com a Central de Informações da Fapemig: ci@fapemig.br

Assessoria de Comunicação Social
Telefones: (31) 3280-2141/ 2105

acs@fapemig.br

Propostas para manutenção de equipamentos de custo elevado já são recebidas

Junto com o seu Edital Universal, a Fapemig lança o edital 02/2008 ‘Manutenção de Equipamentos de Custo Elevado e Imprescindíveis ao Desenvolvimento da Pesquisa Científica e Tecnológica em MG’. Esta é a terceira edição do edital e, em 2008, serão destinados R$2 milhões às propostas aprovadas.

Podem se candidatar instituições privadas sem fins lucrativos e instituições públicas. O edital irá atender a pedidos de manutenção de equipamentos com valor superior a R$100 mil e que estejam fora do prazo de garantia. Uma exigência é a contrapartida financeira da instituição proponente de, no mínimo, 10% do valor do serviço. As propostas não podem ultrapassar o limite de R$100 mil. Além da manutenção, está prevista a contratação de técnicos por meio da Bolsa de Apoio Técnico (BAT) da Fapemig.

As propostas devem ser enviadas até 4 de abril, somente por meio eletrônico. Os pesquisadores já cadastrados no AgilFAP, sistema de submissão eletrônica da Fapemig, devem atualizar seus dados antes de encaminhar a proposta. Aqueles que ainda não possuem cadastro devem acessar http://agilfap.fapemig.br/ , informar seus dados e criar uma senha pessoal. O próximo passo é preencher o formulário de solicitação e enviá-lo.

O edital está disponível no endereço www.fapemig.br/admin/editais/upload/Edital%2002-08%20Manutencao.pdf.

Outras informações com a Central de Informações da Fapemig: ci@fapemig.br

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Fapemig lança Edital Universal 2008

Após um ano marcado por conquistas importantes, como o repasse integral do orçamento e a reformulação de sua estrutura interna, a Fapemig inicia 2008 com expectativa de investimentos ainda maiores em ciência, tecnologia e inovação. E o primeiro edital do ano acaba de ser lançados: o Edital Universal, que irá financiar pesquisas em todas as áreas do conhecimento.

O Edital Universal destinará R$23 milhões às propostas aprovadas. O valor é pouco maior que o disponibilizado no Edital de 2007. Para o diretor científico da Fundação, Mario Neto Borges, um reajuste maior seria desnecessário, pois a modalidade alcançou um bom equilíbrio entre propostas apresentadas e aprovadas. ‘No ano passado, 56% da demanda qualificada foi atendida, o que é um bom índice’, explica.

Algumas novidades foram introduzidas. A partir de agora, todo projeto cujo orçamento for cortado em mais de 30% durante sua análise será desclassificado. O objetivo é que o pesquisador peça o valor que realmente for necessário para o desenvolvimento de seu trabalho. ‘Alguns pesquisadores, já pensando no corte das Câmaras de Assessoramento, jogavam o valor para o alto. Isso não é necessário. O conselho é preparar um orçamento adequado à proposta’, diz Mario Neto. A nova regra já será aplicada no edital Universal e valerá para todos os outros lançados pela Fapemig.

Vale destacar, ainda, uma mudança nos itens de custeio. A partir de 2008, a Fapemig passa a considerar livros como material de consumo. Além disso, os projetos de pesquisa devem trazer muito bem detalhadas as atribuições e responsabilidades de cada membro da equipe que irá realizar o trabalho.

Submissão
Outro ponto muito importante é que os pesquisadores que enviarem propostas ao Edital Universal não podem se candidatar no Programa Pesquisador Mineiro, e vice e versa. ‘A Fapemig, hoje, possui uma carteira completa de opções de financiamento. O proponente deve escolher aquela que lhe é mais adequada’, pondera o diretor científico. Essa instrução está presente no item 3 do edital e sua não observância resultará na desclassificação do projeto.

As propostas para o Edital Universal serão recebidas até 14 de março, somente por meio eletrônico. O pesquisador ainda não cadastrado no AgilFAP, sistema para submissão, avaliação e acompanhamento de propostas utilizado pela Fapemig, deve acessar http://agilfap.fapemig.br/ , informar seus dados e criar uma senha pessoal. O próximo passo é preencher o formulário de solicitação e enviá-lo. Quem já possui cadastro deve atualizar seus dados antes de encaminhar a proposta.

Para visualizar o edital, basta acessar www.fapemig.br/admin/editais/upload/Edital%2001-08%20Universal.pdf.

Dúvidas devem ser esclarecidas com a Central de Informações pelo e-mail ci@fapemig.br

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A Andifes manifesta preocupação com o orçamento das IFES em 2008

No último dia 10, a diretoria da Andifes esteve em audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad e com o secretário da SESu, Ronaldo Mota. Estiveram presentes os reitores Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), José Carlos Ferraz Hennemann (UFRGS), Edward Brasil (UFG), Josué dos Passos Subrinho (UFS), Ícaro Moreira (UFC), Ana Dayse Dórea (UFAL), Malvina Tuttman (UNIRIO) e o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino.

O reitor Arquimedes afirmou ao ministro que os recursos orçamentários definidos na proposta orçamentária para 2008, bem como os compromissos do governo com os reajustes salariais de docentes e de técnicos, com os programas de expansão e com o Plano Nacional de Assistência Estudantil são imprescindíveis para o funcionamento de cada IFES.
O ministro afirmou que todos esses compromissos estão entre as prioridades do MEC e as perspectivas são de plena manutenção.

Os reitores também solicitaram ao MEC apoio para resolver o problema das procuradorias jurídicas das IFES que estão sendo desmontadas. Haddad se comprometeu a marcar audiência nos próximos dias com o advogado geral da União para tratar do assunto.
Em relação à rede de integração e permuta de conteúdos multimídia (RedeIfes), o ministro renovou o compromisso de destinar às IFES uma das quatro subfreqüências que comporão a banda a qual o MEC terá direito na TV digital brasileira. Tal decisão permitirá o acesso de todas as IFES a um canal aberto da TV digital.

A Andifes reiterou a importância da reunião anual de trabalho dos reitores com o Presidente da República, ocasião em que a entidade pretende discutir prioritariamente a autonomia das universidades federais.

Uma nova audiência com o MEC está prevista para o final do mês. Na oportunidade será discutida uma agenda política prioritária do MEC e da Andifes para 2008.

(Fonte: Assessoria de Comunicação da Andifes)

Estratégia educacional brasileira

Folha de São Paulo, Opinião, 09 de janeiro de 2008

RUDÁ RICCI

Assim, parece ser a hora de repensarmos toda a porta de saída do ensino regular e o ingresso no mundo do trabalho

Com a criação da USP, em 1934, nascia um pensamento científico com vocação ao poder político. Essa vocação do mundo universitário cresceu, atingiu cargos de elaboração governamental, gerou referências para a esquerda. Mas, nos anos 90, houve uma acelerada e radical inversão da realidade universitária.

Ao redor de 80% das vagas se concentraram em faculdades particulares, dado o ´boom´ de abertura de universidades privadas no interior do país. Houve avanços: as vagas noturnas das particulares interiorizaram o estudo universitário e abriram oportunidades a mulheres e trabalhadores. Mas o crescimento foi desordenado e provocou a queda da qualidade.
A ´Geografia da Educação´ (MEC) revelou que as faculdades particulares do país possuem o dobro de alunos por sala que as públicas, menos doutores e um ínfimo número de docentes com dedicação exclusiva. Há uma impressão generalizada de que houve muita ingerência política na abertura de cursos.

Marilena Chaui, num dos encontros da Anped (maior encontro nacional de educação), lamentava a transformação da universidade brasileira de instituição em organização. Explicava que uma instituição se volta para a sociedade, e a organização, para si mesma, voltada para sua sobrevivência e seu crescimento.

Agora, ficamos sabendo pelo censo da educação superior que o número de formados em universidades públicas caiu 9,5% nos últimos dois anos. O problema é mais grave na medida em que se sabe que as faculdades do interior brasileiro enfrentam grandes dificuldades desde 2005.

A inadimplência chega à média de 40% (caso de São Paulo, Estado mais rico do país). A concorrência entre pequenas faculdades chega às raias do desespero. O ataque ao ensino médio é cada vez maior e, muitas vezes, obriga uma faculdade a se conveniar com uma rede de ensino médio para obter a fidelização do futuro universitário.

Caem as matrículas no ensino médio (1,5% entre 2004 e 2005 e 1,4% entre 2005 e 2006) e aumenta a procura pela modalidade EJA-médio (educação de jovens e adultos-ensino médio) em 10% entre 2005 e 2006, motivada pela oferta de postos de trabalho. Projeta-se para 2008 a criação de 2,5 milhões de novos empregos.

Assim, parece ser a hora de repensarmos toda a porta de saída do ensino regular e o ingresso no mundo do trabalho. O Brasil possui uma cultura de valorização do título universitário para ingresso e evolução no mercado de trabalho. Mas a proliferação de vagas nas faculdades particulares banalizou o ensino acadêmico.

É de questionar, portanto, os motivos para não transformarmos o ensino médio e a EJA em modalidades próprias, e não ´ritos de passagem´.

No caso do ensino médio regular, trata-se de passagem para o mundo universitário. No caso da EJA, de certificação para postos de trabalho, normalmente semiqualificados.
Qual seria o motivo para não transformar, como ocorre na Europa (sul da Alemanha, em especial), o ensino médio e a EJA em modalidades específicas, de alto padrão de qualidade, para formação de quadros técnicos totalmente direcionados para a vocação regional do mercado de trabalho?

Haverá, possivelmente, nos próximos anos, um movimento de oligopolização do ensino universitário privado do país. Em alguns casos, grupos econômicos mais agressivos e com menor vocação educacional avançarão o sinal para fazer um bom negócio a partir da crise cada vez mais profunda de pequenas instituições acadêmicas. A luta pela sobrevivência será mais aguda e é necessário redirecioná-la para que não se torne selvagem.

Um acordo nacional estratégico da educação brasileira precisa ser firmado para definir as identidades de cada segmento do ensino brasileiro, sua vocação e seu foco de atuação, assim como os vasos comunicantes entre eles, por meio de programas de extensão definidos não como marketing institucional, mas como projeto de desenvolvimento do país.

Afinal, continuaremos com os velhos rituais de passagem, que limitam o ensino médio e a EJA às técnicas de memorização de fatos e informações a serem descarregados nos exames de seleção à universidade ou reproduzidos em atividades repetitivas de postos de trabalho constantemente ameaçados pelas novas tecnologias ou subemprego?

Um dia, Florestan Fernandes perguntou-se a respeito do objetivo do ensino universitário, seu papel social para o país. O mundo acadêmico se limitou a tal ponto que não temos mais nenhum acadêmico que se faça a mesma pergunta.

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RUDÁ RICCI, 45, sociólogo, mestre em ciências políticas e doutor em ciências sociais, é membro da Executiva Nacional do Fórum Brasil de Orçamento e do Observatório Internacional da Democracia Participativa. É autor, entre outras obras, de ´Terra de Ninguém´.

O Reuni, a CPMF e as Universidades federais, artigo de Ronaldo Mota

JC, de 09 de Janeiro de 2008

“Temos confiança que as ações na educação superior pública federal não sofrerão redução significativa”

Ronaldo Mota é secretário de Educação Superior do MEC. Artigo enviado pelo autor ao “JC e-mail”:

Matéria veiculada pelo jornal “Folha de SP”, de 30 de dezembro de 2007, com o título “Diminui o número de formandos nas Universidades públicas”, merece uma abordagem mais detalhada pela importância do tema e pela reflexão que ele demanda, em especial quanto às Universidades federais especificamente.

Uma observação relevante, que merece o devido destaque, diz respeito ao esclarecimento de que Universidades públicas compreendem tanto as Universidades federais como as dos sistemas estaduais (aqui inclusas as Universidades públicas estaduais e municipais).

Quanto à queda observada no número de formandos nos anos recentes, interessante ressaltar que nas Universidades federais ocorreram pequenas flutuações nos anos 2003-2006, sendo que neste quadriênio, de acordo com dados do Inep, a média de formandos é de 85.534, portanto, 34% maior do que a média no quadriênio anterior (1999-2002), que foi de 63.670 formandos.

Acerca da queda de formandos de 9,5% entre 2004 e 2006, apontada pela matéria, cabe destacar que dos 19.177 formandos a menos, 16.636 são reduções observadas nas Universidades estaduais, responsáveis, portanto, por 87% da queda observada no período.

Trabalhar com médias é sempre mais seguro e recomendável, evitando flutuações espúrias resultantes de programas especiais transitórios de curta duração, como, por exemplo, cursos especiais, em convênios com municípios e estados, para professores em exercício sem título superior.

Essa é a provável causa de um especial pico de formandos em 2004. A título de exemplo, uma Universidade estadual em 2004 apresentava 10.000 formandos nessa categoria, sendo tal número zerado em 2006, explicando metade da redução de concluintes entre 2004 e 2006.

Quanto à expansão de ingressantes, no caso das Universidades federais, o positivo aumento de novos estudantes (média de ingressos de 124.508 entre 1999-2002 e 154.074 entre 2003-2006), correspondendo a um incremento de 24%, teve como conseqüência positiva a incorporação de mais jovens de baixa renda.

Essa expansão, especialmente de oriundos de classes mais populares, tem demandando políticas específicas tais como o atual plano de assistência estudantil que quadruplicará os recursos, passando dos aproximadamente 50 milhões em 2007 para 120 milhões em 2008 e com previsão de 200 milhões em 2009, para minimizar nosso tradicional desperdício de talentos.

Os dados oficiais do Inep demonstram um crescimento permanente das matrículas de graduação nas Ifes (2001: 502.960, 2002: 531.634, 2003: 567.850, 2004: 574.584, 2005: 579.587 e 2006: 589.821). Da mesma forma, destacável é o crescimento permanente e significativo (da ordem de 10% ao ano) do número de estudantes de pós-graduação nas federais.

Adicionalmente, tem sido clara a diminuição do número médio de meses necessários para conclusão de mestrados e doutorados. Por sinal, como desejável, refletindo níveis de eficiência e excelência conjugados.

A situação atual do parque das Universidades federais é bastante diferente do começo desta década, permitindo que novas e mais ousadas ações sejam implementadas na direção de explorar melhor o potencial que o sistema claramente tem.

As dificuldades com custeio, a carência de reposição de docentes e técnicos administrativos, que caracterizam o final da década passada e o começo desta, foram fatores de inibição para implementar novas políticas que estimulassem novos modelos acadêmicos, que combatessem a evasão, e que projetassem um novo patamar de eficiência e de utilização adequada do potencial de atendimento.

Assim, mais recentemente, ao serem triplicados os recursos de custeio de 2004 a 2007 (o ano de 2003, a título de exemplo, o custeio ficou em torno de 350 milhões, sendo que em 2007 ultrapassa 1 bilhão e 200 milhões), ampliadas significativamente as contratações docentes e de técnicos administrativos, tais ações permitiram que observássemos uma expansão do número de oferta de vagas, já visível nestes anos, mas que será mais expressiva a partir dos próximos (incluindo forte crescimento nos anos de 2007 e 2008), já colhendo frutos de vigorosa expansão do sistema das Universidades federais em curso.

Tal expansão pode ser expressa pela criação de 10 novas Universidades federais, implementação de duas criadas anteriormente, criação de 65 campi e envio de mais três Universidades a serem criadas a seguir.

A conseqüência mais importante de vermos superadas as necessidades mais imediatas foi justamente podermos pensar e programar o futuro de uma forma mais consistente, exatamente o que pretende o programa Reuni.

Assim, para enfrentar a questão da eficiência e estimular novos modelos acadêmicos, o Reuni, Programa de Expansão e Reestruturação Acadêmica das Universidades Federais, aumentará significativamente o índice de conclusão nos cursos presenciais de graduação.

O espírito geral do Decreto que cria o Programa Reuni é praticamente dobrar o número de estudantes de graduação presenciais nos próximos cinco anos (hoje em torno de 10 estudantes por professor, tendo como meta 18), combater a evasão, hoje da ordem de 40% e a ampliação de cursos noturnos.

Quanto à evasão, cada Universidade, dentro de suas especificidade buscará atingir 10% com políticas que vão de reestruturação acadêmica ao simples aproveitamento de vagas que surjam durante o curso, política esta que tem permitido a várias federais já atingirem hoje esta meta de evasão.

Os resultados preliminares do Reuni apontam que serão ofertadas mais 400 mil matrículas nos próximos cinco anos, fazendo com que após flutuarmos em torno de 500 mil (graduação presenciais) durante muito tempo, este número irá para algo em torno de 900 mil.

Se somarmos com os alunos a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB), realizados através das Universidades federais, que deverá atender mais 300 mil estudantes nesse período (4-5 anos), teremos 1 milhão e duzentos mil matrículas. Adicionalmente, nas propostas apresentadas e aprovadas no Reuni serão financiados o surgimento de mais de 600 cursos de pós-graduação.

Em resumo, o Reuni, com adesão voluntária de 100% das Universidades federais, sempre aprovada por expressiva maioria em seus Conselhos Superiores, terá o papel de crescer substancialmente a oferta de novas vagas, com qualidade, projetando um crescimento do número de formandos para mais de 200 mil, correspondendo a um acréscimo da ordem de 160%.

Importante destacar que a primeira parcela de recursos de investimentos (R$ 250 milhões) já está disponível para as primeiras 42 Universidades Federais que tiveram seus planos homologados pelo MEC.

Com relação aos problemas recentes, decorrentes da não aprovação pelo Congresso Nacional da continuidade prevista da arrecadação do CPMF, demandando uma revisão no orçamento da ordem de 40 bilhões, o ministro Haddad esteve reunido com o presidente Lula na semana passada e o Reuni teve reafirmada sua importância prioritária e a garantia de sua execução, em todos os sentidos, custeio, investimento e pessoal.

Educação é área estratégica e assim continuará sendo tratada pelo Governo Federal. Destacável que entre as vagas autorizadas para provimento e que foram confirmadas, mesmo no cenário das dificuldades atuais, aquelas das Universidades federais foram preservadas e respondem pela maioria das autorizações no funcionalismo público, expressando claramente a prioridade da área.

Assim, é compreensível e desejável que a equipe econômica tenha o tempo necessário para os ajustes que precisarão ser feitos. No entanto, temos confiança que as ações na educação superior pública federal não sofrerão redução significativa.

Quanto às questões salariais de docentes e técnico-administrativos das Universidades federais, já negociadas com as categorias e ainda não enviadas enquanto projetos de lei, temos confiança e expectativa positiva que esses acordos serão considerados e até fevereiro reavaliados e confirmados oficialmente.

Nota da Redação: A matéria a qual se refere o artigo pode ser lida no link:

www.jornaldaciencia.org.br:80/Detalhe.jsp?id53413

Censo Escolar indica possibilidade de fraude

Zero Hora, 10 de janeiro de 2008

Ministério desconfia que prefeituras e governos estaduais inflaram os números para receber mais dinheiro

O número de matrículas na Educação Básica caiu 2,9 milhões no ano passado no Brasil – uma queda de 5,35%.

Em algumas cidades, segundo os resultados finais do Censo Escolar 2007 do Ministério da Educação, a redução atingiu até 77% em relação ao total de alunos informado em 2006. O ministério desconfia que os censos anteriores estavam inflados.

O que não está claro ainda é se as matrículas que desapareceram eram resultado de fraudes ou de falhas técnicas. Dos 2,9 milhões de alunos a menos, 2,2 milhões eram da rede pública. O governo desconfia que prefeituras ou secretarias estaduais podem ter informado um número maior de alunos para receber mais verbas federais. Por isso, os resultados, com publicação prevista para hoje no Diário Oficial da União, serão enviados à Controladoria-geral da União.

Em termos absolutos, a maior queda – menos 1,1 milhão de alunos – ocorreu no Ensino Fundamental, justamente o nível de ensino em que, desde 1998, a repartição de verbas está vinculada ao número de matrículas. O ministro Fernando Haddad, no entanto, evita falar em fraudes:

– Até prova em contrário, vamos tratar como erro de informação, que será apurado. Acho delicado avançarmos numa direção que pode ser injusta com gestores públicos.

Os 20 municípios com maiores quedas em termos proporcionais são todos de pequeno porte. Hidrolina (GO) lidera a lista, com redução de 77% de matrículas nas escolas municipais, seguido por Serra Negra (SP), com 70%, e Lavandeira (TO), com 56%. No caso das redes estaduais, Santa Catarina apresentou a maior redução: 12,9%, o equivalente a menos 109 mil alunos. Logo atrás vem a Bahia, com 9,79% de estudantes a menos – ou 147.071 matrículas.

Um mesmo aluno chegava a ser contado oito vezes

Diferentemente dos censos anteriores, que se baseavam apenas no número de estudantes informado pelas escolas, o novo levantamento, batizado de Educacenso, lista o nome e dados pessoais dos alunos, como filiação e endereço.

– Intuíamos que havia alguma coisa de errado com o Censo Escolar. E o que descobrimos é que muitos alunos eram contados mais de uma vez, pelas mais variadas razões – disse Haddad.

Segundo ele, foram detectados casos em que o mesmo estudante era contabilizado até oito vezes. Isso ocorreu em cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) ou em escolas que recebem alunos de outros estabelecimentos para atividades complementares no chamado contraturno, isto é, fora do horário de aula.

Haddad citou o Distrito Federal (DF), onde as matrículas de EJA eram computadas conforme o número de disciplinas cursadas pelo estudante. Assim, um aluno matriculado em português e matemática, por exemplo, era contado duas vezes. Haddad enfatizou que, pelo menos no DF, esse procedimento não estaria vinculado a nenhum tipo de fraude.

O principal indício de problemas no antigo censo eram as discrepâncias em relação à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. Em 2006, a Pnad estimou em 36 milhões o número de estudantes de Ensino Fundamental e de Ensino Médio em escolas públicas, enquanto o censo escolar apontou a existência de 37,6 milhões de matrículas. Uma diferença, portanto, de 4,3%.

A imprecisão dos dados causava desperdícios. É o caso do programa do livro didático, em que o MEC acabava enviando mais exemplares do que o necessário. O MEC estima que os três níveis de governo – federal, estadual e municipal – invistam cerca de R$ 80 bilhões por ano no Ensino Básico.

Com a redução de 4% das matrículas nas escolas públicas, Haddad diz que R$ 3 bilhões passarão a ser melhor aplicados.

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“A difícil rota do desenvolvimento: empresários e agenda pós-neoliberal”, Eli Diniz e Renato R. Boschi – Este livro trata do estudo do empresário industrial enquanto ator econômico e político nas etapas mais recentes do capitalismo brasileiro, caracterizadas pelo esgotamento do modelo nacional desenvolvimentista, em face das mudanças da ordem internacional, ocorridas nas décadas de 1980 e1990. Neste sentido, o foco das investigações concentrou-se na análise das formas de reação do empresariado diante do impacto das reformas orientadas para o mercado, que, ao lado da conquista da estabilização econômica, constituíram o traço marcante dos dois governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002. Retoma, assim, essa reflexão, procurando desvendar as percepções e atitudes do empresariado em relação ao primeiro governo Lula, em contraste com as mudanças operadas sob o governo de seu antecessor, que levaram os diferentes segmentos empresariais a um grande esforço adaptativo em termos de sua estrutura de representação de interesses e de suas formas de ação política. (UFMG)

“TV Digital e Produção Interativa – A Comunidade Manda Notícias”, Fernando Crocomo – antever a revolução que a implantação da TV digital provocará no Brasil é um grande desafio para quem não é do ramo, porque implica em compreender, antes da chegada dessa tecnologia, o que mudará no relacionamento entre emissoras e telespectadores. A relação passiva e unilateral em vigor dará lugar a uma interatividade jamais imaginada pelos que inventaram o formato tradicional ou acompanharam a consolidação da televisão como é hoje conhecida. Boa parte das dúvidas, relacionadas tanto à tecnologia quanto aos tipos de programas a serem disponibilizados, poderá ser dirimida com esta leitura. (UFSC)

“Ensino de Zoologia: Ensaios Didáticos”, Elineí Araújo de Almeida – o livro conta com 11 artigos, elaborados individualmente pela autora e em parceria com pesquisadores das Ciências Zoológicas, técnicos-biólogos do DBEZ, docentes do Departamento de Microbiologia e Parasitologia (DMP/CB) e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema/UFRN), além de professores da UFPB e da USP. (UFRN)

“Educação Infantil: Políticas e Fundamentos”, Jorge Fernando Hermida (Org.) – é uma coletânea de textos sobre educação infantil organizado com textos escritos por conceituados professores de educação do país, que discutem sobre todos os aspectos que envolvem a educação infantil, a partir de experiências desenvolvidas no nordeste brasileiro. (UFPB)

Sai o calendário escolar do 1º Semestre Letivo de 2008

Assessoria de Comunicação

A Pró-Reitoria de Graduação divulgou o Calendário Escolar que deverá organizar a vida acadêmica dos estudantes e professores para o 1º semestre Letivo de 2008. As atividades começam no dia 21 próximo, onde ocorrerá a primeira etapa de matrícula (atualização de cadastro e recolhimento de taxa). Solicitações como inscrição em disciplinas isoladas, recepção de calouros, matrícula de obtenção de novo título entre outras estão agendadas ao longo dos meses de janeiro e fevereiro. O início das aulas do primeiro semestre letivo de 2008 está programado para dia 3 de março, segunda-feira. O calendário contem agendamento de procedimentos e eventos que dizem respeito às atividades acadêmicas até julho de 2008, data também de encerramento do 1º semestre letivo. A versão na íntegra do calendário poderá ser acessado pelo site da pró-reitoria de graduação: www.prg.ufla.br.

Pós-graduação a distância: Ufla abre inscrições

Diego Silva Nascimento

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) está com inscrições abertas para o programa de pós-graduação Lato sensu a distância. São mais de 50 cursos distribuídos nas áreas de Educação, Biologia, Ciências Agrárias, Administração, Meio Ambiente, Engenharia, Veterinária, Informática e Zootecnia. Os candidatos poderão enviar a pré-matrícula até o dia 30 de março.

:: Experiência

Criado em 1987 o programa de pós-graduação Lato sensu a distância da Ufla conta atualmente com mais de nove mil alunos matriculados (em todo o Brasil e exterior). Os cursos são coordenados pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) em parceria com a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe).

:: Legislação

A Ufla é credenciada pelo Ministério da Educação (MEC), através da portaria nº 687, de 16/3/2006, publicada no D.O.U em 17/3/2006, seção 1, página 22 para o oferecimento do programa de pós-graduação Lato sensu a distância.

:: Informações

Para detalhes sobre o funcionamento dos cursos e inscrição os candidatos devem acessar www.openufla.com.br ou ligar (35) 3829-1843.