A partir desta quinta-feira (23/4), servidores docentes e técnico-administrativos da UFLA podem submeter propostas para participar do Programa de Bolsa Institucional de Pesquisa (Pibic/UFLA). O programa concederá bolsas para pelo menos 30 estudantes de graduação da Universidade, que estejam credenciados pela Praec para ocuparem vaga reservada no Programa de Bolsa Institucional da UFLA, com contrato de 1º/6/2015 a 31/5/2016.
Os alunos participantes serão inseridos em projetos de pesquisa registrados no Sigaa e deverão dedicar 12 horas semanais às atividades dos projetos, cumprindo um plano de trabalho estabelecido pelo orientador. Ao final da bolsa, deverão apresentar um relatório técnico e os resultados da pesquisa no Congresso de Iniciação Científica da UFLA (Ciufla).
Inscrições
As inscrições de propostas devem ser feitas pelo orientador, por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas – Sigaa. O prazo para inscrição de propostas e cadastro de dados bancários do estudante vai até as 16 horas do dia 13/5.
A proposta eletrônica enviada deverá conter: documento de credenciamento de estudante, emitido pela Praec, para ocupar vaga reservada no programa de bolsa institucional, com contrato de 1º/6/2015 a 31/5/2016; e certificado de aprovação da Comissão de Ética no Uso de Animais e parecer aprovado do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, quando for o caso. A proposta também deverá indicar o projeto de pesquisa, registrado no Sigaa, ao qual o plano de trabalho será vinculado; e, se for projeto migrado do SIG, deve estar editado para contemplar todos os dados necessários para avaliação. Somente serão aceitos arquivos nos formatos: .pdf; .doc; .jpg; .jpeg; .png; .xls e .docx, com tamanho de até 3Mb.
Avaliação e resultado
As propostas serão avaliadas pelo mérito e relevância acadêmica do projeto de pesquisa apresentado. O edital prevê o oferecimento de pelo menos 30 bolsas, que terão vigência de 1º de junho de 2015 a 31 de maio de 2016. Cada proponente poderá solicitar até 3 bolsas. A PRP deverá divulgar o resultado a partir de 22 de maio, em seu site (www.prp.ufla.br).
Secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Filho, ressalta importância do setor cafeeiro em workshop na UFLA
A Agência de Inovação do Café (InovaCafé) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) promoveu na quarta-feira (15/4) o workshop “Agência de Inovação do Café (InovaCafé): soluções por meio da tríplice hélice”. O objetivo do evento foi reunir representantes de instituições públicas e privadas ligadas ao setor cafeeiro, ouvindo suas demandas, bem como apresentar a InovaCafé como espaço de convergência entre essas instituições, a UFLA e o governo.
O workshop contou com a presença do Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho e do deputado estadual Emidinho Madeira, vice-presidente da Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Estiveram presentes representantes de instituições e entidades de classe e, dentre elas, foram apresentadas as demandas da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, Conselho Nacional do Café (Faemg), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Diretor da Inovafé, professor Luiz Gonzaga, destaca benefícios do modelo em tríplice hélice
Para abrir o evento, a vice-reitora da UFLA, Édila Vilela Von Pinho, apresentou a Universidade e ressaltou que, trabalhando com café, direta ou indiretamente, a UFLA possui 128 docentes, incluindo engenheiros agrônomos, biólogos, administradores e profissionais de outras áreas. Assim, consolida-se como um importante polo de convergência de atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação relacionada ao setor.
O diretor da InovaCafé, Luiz Gonzaga de Castro Júnior, apresentou o modelo de gestão baseado na Tríplice Hélice, que tem como base a parceria: as instituições apresentam suas demandas, a universidade responde a essas questões com projetos e serviços e o governo fomenta e regulamenta o processo. A ideia é que essas “instituições participem com a gente de um conselho consultivo da Inovacafé, que por sua vez visa a soluções de problemas por meio de produtos, serviços e métodos tecnológicos e de inovação para a sociedade.”
Para o professor de cafeicultura Rubens José Guimarães, o evento alcançou seu objetivo: “Pude perceber que os representantes das instituições sentiram na Inovacafé um ponto de convergência de todos os elos e esse foi o maior ganho do workshop. Podemos dizer que formamos um embrião de um conselho consultivo”, e ainda completa: “É apenas o início de muito trabalho de interação”.
A Inovacafé é apresentada como espaço de articulação entre academia, mercado e governo. Representações nacionais apresentam suas demandas.
Para dar continuidade, portanto, ressalta-se a importância do modelo da tríplice hélice, o que inclui o apoio do governo. De acordo com o secretário João Cruz, em Minas Gerais o café é o segundo item na pauta de exportações. “A Secretaria de Agricultura está atenta aos desafios do produtor rural mas, para ajudá-los, temos que transcender as fronteiras do governo. A pesquisa pura e simplesmente não é suficiente para o setor se desenvolver, temos que levar a tecnologia para o produtor”, destacou, ressaltando, portanto, a importância das parcerias e desenvolvimento de todos os elos da cadeia produtiva.
O deputado estadual Emidinho Madeira comentou também a dificuldade que os pequenos cafeicultores passam, uma vez que o conhecimento prático não é suficiente para uma produção sustentável. Uma das demandas apresentadas pelo deputado foi o fato de muitas vezes os produtores terem que se virar em cima de “boatos”, sem dados reais sobre quantidade de sacas anuais, por exemplo, e acabam sendo prejudicados.
A Agência de Inovação do Café
A Agência de Inovação do Café (InovaCafé) é sediada no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). No entanto, a Agência não é uma instituição à parte ou somente um espaço físico. Ela se consolida como uma entidade de articulação entre a UFLA e outras instituições estaduais, nacionais e até internacionais.
Um dos objetivos da criação da InovaCafé, em 2014, foi o de superar um abismo entre o conhecimento produzido na Universidade e a sociedade que demanda soluções para o setor. Dessa forma, “o princípio da InovaCafé é buscar soluções por meio de produtos, serviços e métodos tecnológicos e de inovação para a sociedade”, aponta o diretor da Agência, Luiz Gonzaga.
Dentre outras missões, a Agência formula e desenvolve projetos de extensão em interface com a pesquisa que proponham soluções inovadoras e transformadoras para os problemas relacionados ao café em múltiplas dimensões: políticas, ambientais, culturais, sociais, tecnológicas, territoriais e administrativas, em atuação multidisciplinar envolvendo outras agências e setores da UFLA.
Fazem parte da InovaCafé:
Setor de Cafeicultura do Departamento de Agricultura;
Polo de Excelência do Café – PEC da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais – Sectes/MG;
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café – INCT/Café do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq;
Núcleo de Estudos em Cafeicultura – NECAF, do Departamento de Agricultura;
Secretaria administrativa da Revista Coffee Science;
Bureau de Inteligência Competitiva do Café da Sectes-MG/Fapemig;
Centro de Inteligência em Mercados do Departamento de Administração e Economia;
Centro de Trainee em Mercados do Departamento de Administração e Economia;
Centro de Armazenamento e Controle de Defensivos Agrícolas;
Laboratório de Análises Avançadas e Biotecnologia.
Polo de Tecnologia em Pós-Colheita do Café;
Polo de Tecnologia em Qualidade do Café;
Coordenação Institucional do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café;
Unidade de Torrefação de Café;
Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QICafé)
Unidade de Difusão Virtual de Tecnologias – Café Web TV da Sectes-MG/Fapemig e a ligado à Rede Social do Café
Texto: Marina Botelho – Jornalista/bolsista Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.
O programa de Titulação Simultânea da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Universidade de Lancaster, do Reino Unido, prossegue gerando resultados importantes para as atividades de internacionalização. Na sexta-feira (17/4), o pesquisador da instituição inglesa Nicholas Ostle proferiu palestra para os estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS). O evento deixou lotado o Anfiteatro de Nutrição de Plantas, no Departamento de Ciência do Solo (DCS).
Iniciando a palestra, professor Ostle comentou com os presentes que estava pela primeira vez no Brasil. O tema abordado por ele durante boa parte da tarde – Plant-soil interactions in disturbed forests: research on the forest floor in Boreal and Tropical forests – referiu-se às interações entre plantas e solo em florestas tropicais e boreais que possuem ecossistemas alterados por mudanças nas condições ambientais. De acordo com a coordenadora do PPGCS, professora Fátima Maria de Souza Moreira, a parceria entre as duas universidades tem sido produtiva para o Programa. “Dois estudantes do DCS já foram para Lancaster e estamos articulando a vinda de estudantes de lá para cá”, relata.
Antes da palestra, Ostle participou de reuniões no Departamento de Biologia (DBI), setor de Ecologia. Ele também conheceu toda a estrutura do DCS, oportunidade em que se reuniu com a equipe do departamento para discussão de programas e projetos. A agenda de atividades se estendeu até esta segunda-feira (20/4), quando ele integrou a banca de avaliação da defesa da tese de doutorado de Teotônio Soares de Carvalho.
Teotônio esteve na universidade inglesa em 2012. Sua defesa é a segunda na UFLA a realizar-se pelo programa de dupla titulação com Lancaster. A primeira ocorreu em 27/3, no Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada. Para ele, a experiência no Reino Unido foi uma forma importante de complementar sua formação. “Tive a oportunidade de participar de conferências e discussões sobre a ecologia do solo, além de ter recebido
Da esq. p/ a dir.: profª. Maria Lígia de Souza Silva (coordenadora adjunta do PPGCS), prof. Ostle (Lancaster), Teotônio e profª. Fátima.
acompanhamento de um professor considerado um dos líderes mundiais na área de ecologia de ecossistemas”, relata. “Além disso, há os ganhos culturais desse processo, e o fato de nos inserirmos em uma comunidade acadêmica muito receptiva”.
A tese de Teotônio teve como título “Land-use change and soil bacterial communities in the Brasilian Eastern Amazon: implications for conservation and ecosystem function” (Mudança no sistema de uso da terra e comunidades microbianas do solo na Amazônia brasileira: implicações para conservação da biodiversidade). A orientação na UFLA foi da professora Fátima. O coorientador foi o professor James M. Tiedje, da Michigan State University (EUA). Também fizeram parte da banca: professora Siu Mui Tsai (Esalq/USP- diretora do Centro de Energia Nuclear na Agricultura), professora Patrícia Cardoso (DBI/UFLA), professor Ostle (Lancaster University) e professor Richard Bardgett (University of Manchester – Reino Unido). Estiveram também presentes na audiência da defesa, entre outros, os coorientadores Jos Barlow (Lancaster University) e Ederson Jesus (Embrapa Agrobiologia).
A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2015 como Ano Internacional dos Solos. Com a medida, a intenção é sensibilizar a sociedade, já que a degradação desse recurso natural representa ameaça ao meio ambiente e à economia. Motivados pela celebração, o Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (DCS/UFLA) e o Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo (PPGCS) doam à Biblioteca Universitária a coleção completa dos Proceedings e Papers do First International Congress of Soil Science, de 1927.
O material, que irá enriquecer o acervo da UFLA, fazia parte da biblioteca pessoal do professor do DCS Luiz Roberto Guimarães Guilherme. São oito volumes contendo os trabalhos publicados no Primeiro Congresso Internacional de Ciência do Solo, realizado em Washington, Estados Unidos. As obras passarão a integrar a Coleção Especial de Livros da Biblioteca da UFLA e poderão ser consultadas por quem deseja informações históricas relevantes sobre a área de Ciência do Solo. Os livros foram entregues à coordenadora de Desenvolvimento do Acervo da Biblioteca, Maria da Consolação Rodrigues Gonçalves.
Para o professor Luiz Roberto, o objetivo principal da doação é tornar o material acessível a um maior número de pessoas, contribuindo para que um conteúdo histórico esteja disponível para a construção de novos conhecimentos. O diretor da Biblioteca Universitária, Nivaldo Calixto Ribeiro, comentou a relevância das doações. “A Biblioteca Universitária tem a finalidade de atender ao ensino, à pesquisa e à extensão da UFLA, pautando sua atuação na democratização do acesso à informação. Assim, entendemos que doações como as recebidas recentemente do DCS, e de outros departamentos, têm sido de grande importância para o desenvolvimento do nosso acervo”, conclui.
Também o Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, que ocorrerá em Natal (RN) no mês de agosto, terá programação especial voltada para a comemoração do Ano Internacional dos Solos, com a participação de professores do DCS e do PPGCS como palestrantes convidados.
A Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) divulgou apoio e incentivo às ações referentes ao Ano Internacional do Solo no país. De acordo com essa organização científica, os solos estão ligados, direta ou indiretamente, a mais de 95% da produção mundial de alimentos. Apesar de precisarem de milhões de anos para se formar, os solos podem se degradar pela erosão em poucos anos de utilização, ficando improdutivos ou com baixa capacidade de produção de alimentos, pastagens, biocombustíveis e outros recursos deles dependentes.
Com o crescimento previsto pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para a população mundial, a demanda pela produção de alimentos tende a crescer. Dos 7 bilhões de habitantes existentes no planeta, o número passará a mais de 9 bilhões, elevando de 1,64 bilhões as toneladas de alimentos consumidas atualmente para 2,6 bilhões em 2050 – trata-se de um aumento de 60% em 40 anos. A conjuntura exige, entre outras ações, a conservação do solo, o aumento da eficiência dos sistemas de produção agrícola, a institucionalização de políticas públicas para gestão adequada do recurso natural, a mudança no comportamento dos cidadãos e a aplicação imparcial da legislação ambiental brasileira.
DCS e PPGCS em atividade
Com disposição para contribuir com a parte científica desse novo desafio – que irá exigir simultaneamente maior produção de alimentos e a redução dos impactos ambientais causados pelo uso intensivo do solo – o Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo segue como o único da UFLA com conceito 7 na Capes, nível máximo de qualificação e evidência de forte inserção internacional. Desde sua criação, o DCS tem a tradição de combinar embasamento teórico e prático para a solução de problemas que afetam a agricultura brasileira.
A história do Departamento começou quando, em 1964, foi inaugurado o Laboratório de Fertilidade do Solo, no Instituto de Química John Wheelock, que funcionava no câmpus histórico da UFLA. Já no câmpus novo, o Setor de Solos passou a integrar o Departamento de Química e Tecnologia, que em 1973 deu origem aos Departamentos de Química (DQI), Ciência dos Alimentos (DCA) e DCS.
O Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Solos Nutrição de Plantas teve início em 1976, com o curso de mestrado. O doutorado veio em 1994. Antes da existência do Programa, o DCS tinha entre suas atividades a oferta de disciplinas na área de Ciência do Solo para os cursos de graduação da Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal) e o atendimento a produtores rurais, com o setor de análises de amostras de solo, plantas, adubos e corretivos.
O V Encontro Mineiro de Administração Pública, Economia Solidária e Gestão Social (Emapegs) será realizado nesta quinta e sexta-feira – 23 e 24 de abril, no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O evento conta com o apoio de 11 instituições de ensino superior com o objetivo de instigar enriquecedora discussão acerca da temática.
Realizado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), o encontro é organizado pelo Núcleo de Estudos em Administração Pública e Gestão e Social (Neapegs), inserido no Programa de Pós-Graduação em Administração Pública (PPGAP), Graduação em Administração e Administração Pública, Departamento de Administração e Economia (DAE), com o apoio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Lavras (UFLA), da Empresa Júnior Alfa Pública, PETI Administração Pública e Centro Acadêmico de Administração Pública.
O tema dessa edição será “Participação social nas decisões públicas”. Além da apresentação de 90 trabalhos científicos avaliados pelo sistema de blind-review, contará com apresentações culturais e discussões com os principais estudiosos de Minas Gerais e do Brasil sobre Administração Pública, Economia Solidária e Gestão Social.
O Emapegs tem como objetivo promover a reflexão de conhecimentos teóricos e empíricos por meio dos diversos pesquisadores, docentes e discentes das universidades e de núcleos de pesquisa que desenvolvem temas relacionados e que têm na Administração Pública, de maneira geral, e na Gestão Social, de maneira particular, o foco de seus estudos e pesquisas. O evento possibilitará discutir e compreender as diferentes realidades acerca dessas temáticas bem como divulgar pesquisas e promover o encontro de pesquisadores e instituições regionais e nacionais.
A campanha de conscientização sobre o desperdício de alimentos no Restaurante Universitário (RU/UFLA) chamou a atenção da comunidade acadêmica nesta semana. Usuários do RU ficaram atentos à pirâmide de alimentos in natura que foi exposta no restaurante, mostrando a quantidade de comida desperdiçada apenas nos jantares do mês de março. Eles também se engajaram na campanha, ao postar fotos na rede social com o prato sem sobras, após as refeições.
A pirâmide de alimentos in natura possui 396 kg. Segundo a orientadora do projeto extensão SOBRA ZERO, professora Mariana Mirelle, essa quantidade de 396 kg seria suficiente para alimentar 660 pessoas ou 164 famílias. De acordo com ela, o desperdício no almoço é bem maior, contudo, como o projeto ainda está em fase inicial ficou inviável fazer a pesagem dos alimentos desperdiçados na principal refeição do RU, entretanto, na próxima campanha o objetivo é fazer todo esse levantamento.
A estudante de Química Carol Bernardes Moreira conta que sempre teve o costume de servir apenas o suficiente para a sua refeição, evitando assim qualquer tipo de desperdício. “As pessoas precisam se conscientizar e evitar que alimentos sejam jogados fora, por isso, tais campanhas são muito importantes”, afirma a estudante.
Da esq. p/ a dir.: a professora Mariana Mirelle, s nutricionista do RU Emília Cristina Mões Oliveira, e as estudantes Laryssa Teodoro e Iara Oliveira.
O projeto extensão SOBRA ZERO também é executado pelas alunas de Nutrição da UFLA Laryssa Teodoro e Iara Oliveira, e supervisionado pela nutricionista responsável pelo RU Emília Cristina Mões Oliveira. A campanha ocorreu entre os dias 13/4 e 17/4.
Para interagir com os estudantes que frequentam o restaurante e incentivá-los a não desperdiçar alimentos, será sorteada uma cesta de café da manhã para aqueles que postaram uma foto após a refeição, mostrando o prato limpo, sem restos de alimentos, com a hashtag: #SOBRAZERO
O consultor empresarial em cortes de carnes Marcelo Bolinha, que possui 30 anos de atuação no setor, esteve pela primeira vez em Minas Gerais para ministrar o curso “Manipulação e Cortes de Carnes”. O evento ocorreu nos dias 14 e 15 abril, na Universidade Federal de Lavras (UFLA), e foi promovido pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), por meio de sua Comissão de Zootecnia, com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
De acordo com o zootecnista Adauto Ferreira Barcelos, representante do CRMV-MG, o objetivo do curso foi levar conhecimento aos profissionais dos estabelecimentos comerciais, sendo também uma oportunidade de aperfeiçoamento para médicos veterinários, zootecnistas e estudantes dessas áreas. Adauto relatou que o curso foi realizado por meio do Programa de Educação Continuada, projeto mantido pelo CRMV-MG, que incentiva ações na atualização técnica através de apoio institucional e/ou financeiro.
“Conheci o Marcelo Bolinha na Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários); ao ter contato com o seu trabalho, vi que poderia trazê-lo para Minas Gerais, para realização do curso, sendo que Lavras foi a primeira a ser contemplada, pois a cidade necessita desse tipo de aperfeiçoamento. Nossa intenção élevar o curso para outros locais de Minas”, afirmou Adauto.
Para Marcelo Bolinha, o curso é de extrema importância para que carnes de qualidade sejam oferecidas à população. “Fui a alguns locais que fornecem carnes em Lavras e vi que muita coisa deve ser mudada”, afirma o consultor.
Visando o aprimoramento nos cortes, o médico veterinário e proprietário de uma casa de carnes de Lavras, Álvaro Carvalho Oliveira, buscou mais conhecimentos no curso. “O meu objetivo é investir em carnes nobres, por isso o curso foi primordial”, comentou.
Estiveram presentes profissionais de diferentes localidades, como Belo Horizonte, Juiz de Fora, Cambuquira, dentre outras. A médica veterinária Lívia de Oliveira, que trabalha em um abatedouro de frango em Cambuquira, comentou que, por meio do curso, é possível agregar conhecimentos sobre outros tipos de carnes, como a bovina e a suína.
Para a médica veterinária Karine Rabelo, que trabalha em um entreposto bovino e suíno em Belo Horizonte, o curso possibilitará que ela oriente melhor os funcionários que lidam diariamente com os cortes de carne. Já para a recém-formada em Medicina Veterinária Nathália Alessandra, a oportunidade foi única. “Trabalho em uma empresa de Belo Horizonte que presta consultoria, dessa forma, o curso foi de extrema relevância para obter mais experiência”, afirmou Nathália.
Foram 16 horas de curso, divididas igualmente entre teoria e prática, abrangendo: higiene em estabelecimentos comerciais; organização e apresentação das carnes para comercialização; cortes de bovino, ovino, suíno e aves; desossa com agregação de valor e zero desperdício; cortes inovadores; gerenciamento de câmara fria; entre outros temas.
A Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe), fundação de apoio à Universidade Federal de Lavras (UFLA), comunica que obteve uma liminar na Justiça Federal, em Belo Horizonte, que autoriza o restabelecimento da transmissão da TV Universitária (TVU) através do canal 13 (VHF). Assim, tanto a TVU como a Rede Minas já podem ser sintonizadas em Lavras e região.
A TVU, além de estar novamente disponível em todos os bairros da cidade de Lavras, encontra-se em um processo de reformulação e modernização. Até o final do mês de abril, o jornal diário das 19h30 – Universitária Notícias – estará reformulado, com novo cenário, apresentador e vinhetas, além de uma nova abordagem em suas notícias. Ainda, em processo de produção, novos programas pretendem compartilhar o conhecimento gerado na UFLA com a comunidade.
Além disso, o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, tem participado de diversas reuniões em Brasília, no Ministério das Comunicações, para a concessão do canal digital.
Texto: Diter Stein – assessor de Comunicação da Fundecc e Faepe
A Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe) e a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural promoveram, na última semana, um workshop para discutir temas relativos à Gestão e Desenvolvimento das Fundações de Apoio. O evento ocorreu no Centro de Treinamento do Câmpus Histórico da UFLA e se dirigiu a professores, pesquisadores, pós-graduandos, técnicos administrativos e demais interessados.
Participaram do workshop, além de profissionais da UFLA, da Faepe e da Fundecc, gestores e profissionais das fundações de apoio da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Durante o evento, os participantes partilharam ideias e experiências, com o intuito de melhorar a eficiência na gestão administrativa e financeira de projetos. As reflexões resultantes poderão subsidiar a pauta do próximo Encontro Anual de Dirigentes das Fundações de Apoio às Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (Faipes MG), a ser realizado no próximo semestre em São João del Rei.
Entre os temas abordados nos dois de evento estão a melhoria na relação entre universidade e fundação, a gestão da propriedade intelectual no ambiente acadêmico, a captação e gestão de projetos na iniciativa privada e pública, além da apresentação dos casos práticos de gestão da Rádio e TV, das fundações de apoio da UFOP e da UFU.
Foi divulgado, no decorrer do workshop, o Plano Estratégico das Fundações Faepe e Fundecc, elaborado para o período de 2015 a 2018, bem como as ações que já estão sendo implementadas para a melhoria da qualidade dos serviços prestados. Outra atividade que fez parte da programação foi a entrega do prêmio Inovação à colaboradora do Setor de Compras Marcela Gonçalves da Silva Tiradentes, que apresentou maior pontuação na caixa de sugestões da campanha Prêmio Ideia, pelo qual os colaboradores foram incentivados a apresentar ideias que resultassem em benefícios reais para as suas fundações, em seu plano estratégico.
Para o diretor executivo das fundações de apoio à UFLA, professor Rilke Tadeu Fonseca de Freitas, o evento trouxe resultados concretos. “Foram dois dias de intensas trocas de experiência. As dificuldades das fundações são as mesmas, a diferença é a maneira como cada uma delas resolve as mesmas questões. Ficar dois dias buscando soluções em conjunto para questões comuns, acredito, foi a grande riqueza desse encontro”, avaliou.
Rádio e TV Universitária
Gestores e colaboradores da Rádio e da TV Universitária da UFLA, diretores e gerentes da Faepe e jornalistas da Assessoria de Comunicação da Universidade reuniram-se em uma das tardes do evento. Eles discutiram a gestão, a produção de conteúdo e o reposicionamento dos veículos. A assessora na gestão da TV e da Rádio Educativa da UFU Marília Reis foi uma das palestrantes, que promoveu também dinâmica de grupo entre os participantes. Ela enfatizou os pontos relevantes a serem considerados quando há necessidade de promover mudanças. “As diretrizes institucionais, a missão e os valores, no processo para novos projetos, novos programas e um novo modo de fazer, tem que ser de conteúdo educativo; sem este norte é impossível se planejar a curto, médio e longo prazo.”
Com informações e fotos de Diter Stein, assessor de Comunicação da Faepe e Fundecc.
Feira da reforma agrária ocorreu na tarde de 16/4, na área da Cantina Central da UFLA.
Nesta quinta-feira (16/4) a Universidade Federal de Lavras (UFLA) chegou a seu último dia de programação da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária. Uma sessão de cine-debate, uma feira com exposição de gêneros alimentícios produzidos em acampamentos do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e a mesa-redonda “Universidade, Movimentos Sociais e Reforma Agrária” encerraram as atividades da Jornada, que teve em Lavras a duração de três dias.
Na noite de 14/4 ocorreu abertura do evento, no anfiteatro do Departamento de Educação (DED), conduzida pelas instituições organizadoras: o DED foi representado pelo o professor Celso Vallin, o Levante Popular da Juventude por Victor Mendes e o MST por Bruno Diogo. Em seguida, deu-se o debate sobre “Agroecologia, Meio Ambiente, Gente e Reforma Agrária Popular”. Fizeram apresentações sobre o tema os pós-graduandos da UFLA Gleison Roberto da Silva e Iberê Marti. Cerca de 40 pessoas estiveram presentes.
Já no dia 15/4, “A educação do campo e a questão da reforma agrária popular” norteou o debate, realizado no Pavilhão 5, à noite. As apresentações iniciais foram feitas pela integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação do Campo da Universidade Federal de Minas Gerais (LeCampo/UFMG), Sônia Maria Roseno, e pelo membro da coordenação regional do MST Marcos Bertachi.
Quem passou, na tarde do dia 16/4, pela área da Cantina Central encontrou um estande do MST, onde estavam à venda e em exposição alimentos produzidos nos assentamentos de Campo do Meio e de Guapé. Com a feira, a comunidade acadêmica pôde conhecer o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Movimento. Produtos como pimenta, feijão, café, açúcar mascavo e diferentes tipos de doces despertaram o interesse de quem estava no local.
No mesmo horário, um grupo se reuniu para assistir ao filme “O Veneno está na mesa” e debater o uso de agrotóxicos. O último item da programação ocorrerou às 19h, no DED. O dirigente do MST no sul de Minas Henrique do Prado Samsonas e a professora do Departamento de Administração e Economia (DAE) Maria de Lourdes Souza Oliveira abordaram temáticas relativas ao assunto “Movimento Social, Universidade e Reforma Agrária Popular”.
Sobre a Jornada
A Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária é realizada simultaneamente em dezenas de universidades brasileiras, com eventos distribuídos entre 30/3 e 30/4. De acordo com o site do MST, o objetivo da inciativa é incentivar o compromisso das universidades com a questão da reforma agrária, aproximando a academia das questões vivenciadas no campo. As programações envolvem debates, exibições teatrais, filmes e visitas a assentamentos e feiras.
Avaliação de organizadores
Cine-debate com apresentação do filme “O veneno está na mesa”.
De acordo com o professor Celso, as discussões do evento evoluem com a perspectiva de que a reforma agrária clássica, restrita à distribuição da terra, já não atende às necessidades brasileiras atuais. “Muitos países do mundo, que hoje são países desenvolvidos, promoveram essa reforma clássica no passado, em grande parte motivados por interesses da própria classe burguesa. Atualmente, o que precisamos no país é algo que está sendo chamado de reforma agrária popular, acompanhada de uma política de estado que permita ao assentado produzir com tecnologia. É necessário que as comunidades tenham agroindústrias, cooperativas e outras formas de incentivo à pequena agricultura”, explica.
Considerando essa premissa, o professor diz que as universidades podem dar sua contribuição ao movimento. “Criar novos modelos de produção é um desafio grande. Quando as instituições de ensino superior, com toda sua capacidade de pesquisa, são parceiras no processo, podem ser úteis na promoção de um novo jeito de fazer agricultura no país”. O professor avalia, ainda, que eventos como esta Jornada provocam o envolvimento dos estudantes e dos movimentos estudantis, colaborando para sua formação humana e social.
Ao analisar os benefícios de toda essa programação para o MST, Marcos Bertachi destaca a importância do envolvimento das universidades. “Há alguns anos o MST está em diálogo com as universidades e com professores. Entendemos que a pauta da reforma agrária não é nossa; ela deve ser discutida por toda a sociedade. As instituições de ensino superior são um dos lugares propícios para isso, porque é onde se produz o conhecimento”, reflete.