Renda do produtor rural sul-mineiro aumenta em agosto, devido principalmente ao leite

índices agrícolasA renda do produtor rural do Sul de Minas Gerais aumentou no mês de agosto, conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE). Os cálculos consideram o Índice de Preços Recebidos (relativos aos preços recebidos pelos produtos comercializados pelos produtores) e Índice de Preços Pagos (relativo aos preços pagos aos insumos para produção).

De acordo com a pesquisa, coordenada pelo professor Renato Fontes, pode-se observar que os preços dos insumos agrícolas aumentaram, porém, não na mesma proporção em que os preços recebidos pelo produtor. O IPR apresentou alta de 1,97%, ou seja, a renda real do produtor agrícola da região no mês de agosto obteve um aumento significativo.

Esta elevação da renda é ocasionada principalmente pela continuação da melhora do preço do leite, que vem se acumulando desde o início de 2013, obtendo no mês de agosto uma expressiva alta de 5,29% em relação ao mês anterior, o que gera, no acumulado do ano, alta de 9,90%.

Para o professor Renato Fontes, essa ótima fase que o preço do leite recebido pelos produtores vem passando está relacionada principalmente com o menor investimento por parte dos produtores de leite no passado, devido aos preços ruins que desestimularam a produção. Isso acarretou menor produção e oferta do produto, reforçada pela questão sazonal (entressafra), somada à demanda firme que os laticínios apresentam na disputa pela matéria-prima.

Outro responsável pelo acréscimo na renda do produtor no mês de agosto foi o grupo das hortaliças, que obtiveram uma elevação nos seus preços em média de 1,00%. Já o café se manteve estável, ajudando a manter a renda do produtor no mês com elevação: essa commodity vinha apresentando baixas desde o começo do ano e foi o maior vilão da renda dos produtores da região.

Os insumos apresentaram resultados difusos. Alguns tiveram alta, como o fertilizante super simples, com 5,71% e fungicida, com elevação de 3,85%; outros, no entanto, apresentaram redução, como o herbicida (queda de 3,15%) e semente de milho (2,5%). O IPP apresentou alta de 0,56% no mês.