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IPP/IPR: Sul de Minas teve aumento da renda média rural em novembro

índices agrícolasEm novembro, a renda média rural no sul de Minas Gerais apresentou elevação de 17,12%. O Índice de Preços Pagos (IPP) subiu 2,12% no período. Os valores foram  detectados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) em seu trabalho mensal de coleta e divulgação do IPP e do Índice de Preços Recebidos (IPR), referentes à venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais.

O coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes, ressalta que todos os grupos de commodities pesquisados tiveram elevação de preços, o que pode ser explicado pelo início do período da entressafra na região, com menor oferta de produtos ao mercado consumidor, além da precificação dos riscos incontroláveis inerentes ao setor produtivo agrícola, possíveis de ocorrer no desenvolvimento das atividades. Os destaques são para o grupo das carnes, com alta de 15,61%; de grãos, com alta de 8,86%; e de verduras e frutas, com elevação superior a 5%.

No grupo das carnes, a de frango teve aumento de 14,88%, a de suínos subiu 18,84% e o peixe teve valor 28,91% maior. Os números são reflexos da migração do consumo da carne bovina para outros tipos de carne, obedecendo a um dos princípios básicos da economia: produtos substitutos disputam a preferência do consumidor. O professor Renato explica que, se o consumidor percebe a elevação de determinado produto, passa a fazer outras opções. Os produtos alternativos, tendo uma oferta estática no período, acabam sofrendo aumento de preços à medida que ocorre o crescimento dessa demanda.

Os resultados dos insumos demonstraram elevação de preços, principalmente entre os adubos. No calendário agrícola, o período atual é de necessidade de compra de adubos para a fertilização do processo produtivo. Esses insumos poderão apresentar elevação ainda maior, decorrente da relação entre o preço do Dólar e do Real, já que são cotados em moeda internacional.

IPP/IPR: renda agrícola ficou negativa no Sul de Minas em outubro

índices agrícolasO Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR) e o Índice de Preços Pagos (IPP), referentes à venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais em outubro. O decréscimo da renda média rural na região foi de 1,73% no último mês, no entanto, o acumulado do ano é positivo, com taxa de 37,48%. O IPP manteve-se estável no período.

A renda média vinha apresentando elevações consecutivas nos dois meses anteriores. De acordo com o professor do DAE Renato Fontes, coordenador da pesquisa, as perspectivas de melhoria climática explicam os resultados de queda apurados em outubro. A presença de chuvas no cinturão produtivo favorece o plantio e o desenvolvimento dos produtos agropecuários. Os grupos das commodities café e verduras apresentaram quedas significativas, o que puxou o índice para o campo negativo. Destacou-se a queda de preço do agrião e da alface, com baixas que superaram 13%.

O grupo das carnes apresentou novamente alta nos preços, com elevação média de 8,04%. Na carne suína, a elevação foi de 20% e a bovina teve incremento de preço de 9,31%. Para o professor Renato Fontes, o aumento de preço em todos os tipos de carne é reflexo da alta da carne bovina, ocasionado pelo período da entressafra do boi e pelo aumento das exportações nacionais, que causaram elevação de preço no mercado interno. Os consumidores, em uma ação de defesa contra este aumento, modificam o seu consumo, passando a demandar outros tipos de carne, levando a acréscimos de preços em todos os produtos. A situação de desalinhamento entre oferta e demanda provoca consequentes variações de preço ao mercado.

Os resultados relativos a insumos demonstram estabilidade.

Com informações do professor Renato Fontes (DAE).

Efeito climático já afeta a produção agropecuária, causando aumento de preços

IPP-IPREm setembro, todos os grupos que compõem a pesquisa do Índice de Preços Recebidos (IPR) e Índice de Preços Pagos (IPP), referentes à produção agrícola no Sul de Minas Gerais, apresentaram elevação nos seus preços. A pesquisa é feita mensalmente pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE). O IPR, que diz respeito à venda dos produtos agrícolas, aumentou em 13,54% no último mês; já o IPP, referente aos insumos gastos pelos produtores rurais, manteve-se estável, com uma variação positiva de 0,03%.

Os grupos que se destacaram pela alta foram: grãos (15,28%), café (9,53%) e carnes (7,33%). Dentro desses grupos, a saca do milho (21,64%), a carne de frango (18,46%) e o café 9,53% apresentaram grande elevação. O leite também obteve alta, de 6,90%. A pesquisa conclui que, em 2014, a renda média do produtor rural no sul de Minas Gerais apresenta alta de 42,34%.

Para o coordenador da pesquisa, professor Renato Elias Fontes, “essa situação de majoração nos preços de forma geral das commodities agropecuárias advém pelo impacto climático da seca, que vem afetando por demasia a região”. Ele ressalta que a água é um importante insumo no processo produtivo agropecuário, básica para o desenvolvimento dos seres vivos, vegetais e animais. “Dessa forma, a produção fica muito comprometida, pois mesmo que sejam utilizadas tecnologias de irrigação e variedades mais resistentes à seca, a falta de chuva é sentida na produção agropecuária de diversas maneiras”, aponta.

O professor também percebe dificuldades para as culturas de verão, como milho, soja e feijão, que têm sua semeadura por agora: “Não se consegue realizar o plantio, pois o solo não possui umidade suficiente para a semente germinar. Para as culturas perenes, como o café e pomares, a lavoura não se desenvolve bem e diversos tratos culturais como adubação e pulverizações não podem ser realizadas”.

A criação de animais fica comprometida pela falta de alimentos para o rebanho e pelo desconforto térmico dos animais. O professor Renato Fontes aponta, como resultado, a queda da oferta do produto, ou seja: há menos produtos disponíveis no mercado e isso faz com que os preços desses produtos subam.

 

IPP/IPR: renda média do setor rural teve elevação em agosto

índices agrícolasEm agosto, houve elevação do Índice de Preços Recebidos (IPR) e do Índice de Preços Pagos (IPP) na produção agrícola no Sul de Minas Gerais. Os índices são calculados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA). No IPP, o crescimento foi de 3,13%, e no IPR, de 0,10%.

A renda média acumulada em 2014 é de 28,80%. De maio a julho, o IPR esteve em queda, retomando o crescimento em agosto, em decorrência, principalmente, da elevação do preço da saca de café, que subiu 17,92%, chegando ao valor de R$ 459,00 nesse último período pesquisado. Juntamente com a alta do café, destaca-se a elevação da cana em 8,08%. As carnes mantêm trajetória de alta durante o ano: em agosto a elevação foi de 3,24%.

De acordo com o professor do DAE Renato Fontes, coordenador da pesquisa, a elevação do preço das carnes deve-se ao momento de entressafra, ou seja, à situação em que há redução da oferta de carne bovina, já que o rebanho confinado ainda não está pronto para chegar ao mercado. Outro fator é a retomada do maior ritmo de exportações, com destaque para a exportação para a Rússia, que ajudou no escoamento da produção de carnes.

Em contrapartida, o grupo dos grãos apresentou queda nos preços, com redução média de 21,47%. O feijão (com redução de 22,61%) e o milho (com redução de 20,95%) são os destaques no grupo. O professor Renato explica que a excelente safra de inverno que teve o milho aumentou sua disponibilidade no mercado interno. “Há também as boas perspectivas de produção da safra americana, que caminha para uma elevada produtividade com excelente produção”, avalia. Esses fatores contribuem para o abastecimento do mercado mundial com milho em oferta considerável.

No ramo dos insumos houve estabilidade. Destaca-se a elevação daqueles referentes a produtos veterinários utilizados na produção leiteira, que tiveram alta de 0,26%.

Com informações do professor Renato Fontes (DAE/UFLA).

IPR/IPP: julho apresentou queda na renda agrícola; acumulado do ano continua positivo

IPP-IPRO Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR) e o Índice de Preços Pagos (IPP) do mês de julho: o preço de venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais apresentou queda de 1,74 % e o os preços dos insumos agrícolas (IPP) tiveram aumento 0,4%.

No acumulado do ano, entretanto, a renda média permanece com alta de 23,93%. As quedas foram registradas apenas a partir de maio, período no qual a redução total da renda já chegou a 17,46%, incluindo-se os resultados de julho. No mês passado, os grãos e a cana apresentaram as maiores diminuições no preço de venda (15,09% e 14,6%, respectivamente), o que se justifica pelo período de safra, em que há um aumento da oferta.

Também no acumulado geral deste ano, os grãos e a cana de açúcar fecharam o mês com índice negativo (-13,90% no caso dos grãos e -1,37% para a cana). Já o café segue com saldo positivo no ano (50,88%), apesar de vir apresentando sucessivas quedas de preço desde abril.

Os preços recebidos pela carne aumentaram 8,28%. De acordo com o professor do DAE Renato Fontes, a explicação está nas condições climáticas, que afetam a engorda do gado, e no período de realização da copa do mundo, quando ocorreu crescimento no consumo de carnes – sem haver estoque disponível – levando a uma elevação dos preços.

Entre os derivados agropecuários, houve aumento médio de 1,37%. Como também explica o professor Renato, no caso desses produtos é possível segurar a variação de preços da matéria-prima por algum tempo, não repassando seus custos imediatamente ao consumidor.

Quanto à elevação dos preços dos insumos agrícolas, os fertilizantes são um dos principais grupos em que houve aumento. A redução na oferta desses produtos, ocasionada pelos entraves a sua produção, tornou os preços de aquisição mais altos para os produtores. Segundo o professor Renato, a expectativa do mercado de fertilizantes é de retração na produção durante o segundo semestre, o que pode intensificar o problema.

Entrada da safra pressiona preços agrícolas – renda do produtor na região cai

IPP-IPRO Índice de Preços Recebidos (IPR), referente à venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais, teve queda de -9,63% no mês de maio. De acordo com pesquisa realizada no Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE), esse é um reflexo do aumento da produção de alguns grupos, que força a redução dos preços.

No acumulado de 2014, a renda média do produtor rural na região apresenta alta de 27,61%, mas demonstra um viés de baixa. Isso porque a agropecuária, de uma maneira geral, está entrando no auge de sua safra, o que representa uma maior oferta de produtos e pressão para que os preços baixem, devido à alta oferta, conforme explica o coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes.

Em maio, destaca-se a queda de preços ocorrida no grupo dos grãos (-7,86%), incluindo o feijão (-15,21%). As carnes também tiveram seu preço reduzido (-3,02%), mesmo com elevação da bovina, em torno de 15,10%. Frango, peixe e principalmente a carne suína (-34,40%) apresentaram queda.

A saca do café também sofreu baixa nesse período, saindo de preços na casa dos R$490,00 para R$430,00. Conforme o professor Renato Fontes, esse novo preço representa a entrada da nova safra cafeeira no mercado, que vem ocorrendo de maneira sem sobressaltos climáticos até o momento. Porém, o mercado ainda está em análise sobre a real condição e tamanho da safra brasileira, castigada pelo veranico do ano de 2014. Caso sejam confirmadas as piores situações, a tendência é de que o preço do café se recupere após a pressão de oferta da colheita atual, que vai até o mês de setembro.

O grupo leite também apresentou redução (-6,71%), demonstrando principalmente uma demanda menor por produtos lácteos. Essa redução no consumo faz com que haja mais leite no mercado e pressione os preços para baixo.

Outro grupo que contribuiu para a pressão no IPR foi o das frutas, pois apresentou uma expressiva redução de -18,84%. Abacate (-76,45%), laranja (-56,57%) e tangerina (-50,00%) foram alguns dos responsáveis por isso; porém, o morango, mamão e banana apresentaram elevação dos preços.

IPP

O Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais no Sul de Minas Gerais, apresentou queda de -0,45% no mês de maio. A cifra demonstra estabilidade nos custos de produção agropecuária na região.

 

IPP/IPR: renda agrícola no Sul de Minas cresceu 4,41% em abril – percentual é o menor de 2014

IPP-IPRA renda média rural no Sul de Minas cresceu 4,41% em abril. No entanto, o percentual foi o menor registrado em 2014. Os números são do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), que divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR) e o Índice de Preços Pagos (IPP).

No ano, até agora, a renda média teve alta de 36,76%, com destaque para o grupo do café. Em janeiro a saca de café estava no valor de R$258,00, tendo chegado, em abril, a R$ 500,00 – uma alta de 94,06%. De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes, a grande variação no preço deve-se à insegurança do mercado de café. Especialistas em cafeicultura acreditam que a seca do início de 2014 poderá afetar a colheita de 2015, e “qualquer risco na oferta do produto leva ao aumento do preço”, explica o professor.

Também o grupo de frutas e verduras teve elevação nos preços, tendo sido esse aumento de 53,70% para as frutas (destaque para o abacate, a tangerina e o morango) e de 35,85% para as verduras (destaque para couve-flor, pepino e batata). No caso das carnes, verificou-se estabilidade, com pequena queda de 0,33%. De acordo com a pesquisa, em 2014 as baixas foram nas carnes de porco (-8,17%) e de peixe (-12,14%), enquanto a carne de frango subiu 6,80% e a bovina teve aumento de 18,71%. Esta última, no entanto, sofreu queda de 19,51% em abril, com o aumento da oferta de animais para abate.

Quanto ao IPP, ele teve queda de 0,35%, relacionada à diminuição no preço dos grãos que são a base da ração para animais da pecuária de leite e de corte.

 

Renda média do produtor rural regional recua novamente

índices agrícolasA conclusão foi obtida por dados levantados no Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE): o preço dos insumos agrícolas permaneceu estável, mas a queda dos preços recebidos pelos produtores (puxada especialmente pelo café e grãos) levou a uma perda na renda do produtor rural do Sul de Minas Gerais. A pesquisa, coordenada pelo professor Renato Fontes, levou em conta os Índices de Preços Recebido – IPR (relativo aos preços recebidos pelos produtos comercializados) e Índices de Preços Pagos – IPP (relativo aos preços pagos aos insumos para produção).

O grupo café vem sendo, desde o início de 2013, o grande vilão dos produtores do Sul de Minas, pois a commodity já acumula no ano uma queda de -28,67% em seu preço. “Esse fato pode ser explicado pela teoria econômica: o excesso de oferta de café leva a um excedente do produto no mercado internacional, deprimindo cada vez mais os preços para os produtores. Outros países onde o café é produzido, como Colômbia e Vietnam, vêm apresentando altos incrementos na produção do grão, intensificando o problema”, explica o professor Renato Fontes.

Outro grupo que se mantém em baixa no acumulado de 2013 é o grupo dos grãos (arroz, feijão e milho): está em queda de -3,87% na comparação com o mês anterior e apresenta baixa de -9,98% no acumulado de 2013.

Já o grupo das hortaliças vinha acumulando baixas de preços há alguns meses, mas reverteu a tendência de quedas em outubro. Houve elevação de 1,20% e acúmulo de alta de 17,09% em 2013. Para o professor Renato Fontes, ainda pode ocorrer uma boa reação nos preços dos hortifrúti, por causa da aproximação do verão – um provável aumento nas chuvas pode diminuir a oferta dos produtos e pressionar seus preços.

O leite vem se destacando por estar em alta desde o início do ano. Essa alta no acumulado de janeiro a outubro é de 13,50% e, no comparativo com o mês anterior, o leite obteve nova alta, de 0,89%. O preço atingiu um patamar elevado e agora a tendência é de se estabilizar, uma vez que a demanda pelo produto também está mais estável e a oferta tende a se elevar internamente – pela proximidade do período das águas, que favorece a desenvolvimento do pasto e consequentemente melhora de alimentação do rebanho leiteiro.

 

Renda média do produtor rural volta a cair – preço do café é um dos responsáveis

índices agrícolasNo mês de setembro, o Índice de Preços Recebidos (IPR), referente a venda dos produtos agrícolas e o Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais no Sul de Minas Gerais, ficaram em baixa. O IPR apresentou queda de -2,65% e o IPP ficou com uma ligeira baixa, de -0,04%. “Foi um mês extremamente ruim para a renda do produtor rural. No período, somente o grupo do leite apresentou elevação de preço, em 2,79%”, avalia o professor Renato Fontes (DAE/UFLA), coordenador da pesquisa.

De janeiro a setembro de 2013, o IPR, na sua estruturação em grupos, demonstrou resultados de elevação de renda para os produtores de hortaliças e frutas em 15,89% e pecuaristas de leite em 12,69%, enquanto os produtores de grãos apresentam uma diminuição na renda de -6,85%.

O café foi, novamente, o destaque negativo, pois vem apresentando queda da renda de -21,35%, no período. Para o professor Renato Fontes, “queda do preço do café é o principal responsável pelo fato da renda média dos produtores apresentar resultado negativo no ano (em -3,92% até o momento). Pelas características produtivas da região Sul de Minas Gerais, a commodity café tem elevada importância na composição da renda média”.

Somente em setembro, o café teve seu preço reduzido em -7,24% e, conforme explica o professor Renato Fontes, essa queda de preço é muito bem entendida e referendada pela teoria econômica: neste período está havendo a finalização da colheita do produto, gerando custos altos para os cafeicultores, que precisam vendê-lo para pagar as contas. Com isso, há uma elevação da oferta, ou seja, há mais café no mercado causando a redução dos preços.

O IPP apresentou redução de -0,04%. Os insumos agropecuários como ração, defensivos, vacinas e parasiticidas apresentaram queda de preços e foram os insumos que mais contribuíram para a baixa do IPP.

 

Renda do produtor rural sul-mineiro aumenta em agosto, devido principalmente ao leite

índices agrícolasA renda do produtor rural do Sul de Minas Gerais aumentou no mês de agosto, conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE). Os cálculos consideram o Índice de Preços Recebidos (relativos aos preços recebidos pelos produtos comercializados pelos produtores) e Índice de Preços Pagos (relativo aos preços pagos aos insumos para produção).

De acordo com a pesquisa, coordenada pelo professor Renato Fontes, pode-se observar que os preços dos insumos agrícolas aumentaram, porém, não na mesma proporção em que os preços recebidos pelo produtor. O IPR apresentou alta de 1,97%, ou seja, a renda real do produtor agrícola da região no mês de agosto obteve um aumento significativo.

Esta elevação da renda é ocasionada principalmente pela continuação da melhora do preço do leite, que vem se acumulando desde o início de 2013, obtendo no mês de agosto uma expressiva alta de 5,29% em relação ao mês anterior, o que gera, no acumulado do ano, alta de 9,90%.

Para o professor Renato Fontes, essa ótima fase que o preço do leite recebido pelos produtores vem passando está relacionada principalmente com o menor investimento por parte dos produtores de leite no passado, devido aos preços ruins que desestimularam a produção. Isso acarretou menor produção e oferta do produto, reforçada pela questão sazonal (entressafra), somada à demanda firme que os laticínios apresentam na disputa pela matéria-prima.

Outro responsável pelo acréscimo na renda do produtor no mês de agosto foi o grupo das hortaliças, que obtiveram uma elevação nos seus preços em média de 1,00%. Já o café se manteve estável, ajudando a manter a renda do produtor no mês com elevação: essa commodity vinha apresentando baixas desde o começo do ano e foi o maior vilão da renda dos produtores da região.

Os insumos apresentaram resultados difusos. Alguns tiveram alta, como o fertilizante super simples, com 5,71% e fungicida, com elevação de 3,85%; outros, no entanto, apresentaram redução, como o herbicida (queda de 3,15%) e semente de milho (2,5%). O IPP apresentou alta de 0,56% no mês.