Em assembleia, professores da UFLA rejeitam proposta do governo

Cibele Aguiar

Reunidos em assembleia na tarde dessa segunda-feira (30), cerca de 100 professores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) decidiram, por unanimidade, recusar a proposta apresentada pelo governo para a carreira docente. A assembleia também deliberou sobre os encaminhamentos do Comando Nacional de Greve (CNG/Andes-SN), que se reunirá na próxima quarta-feira (1º), em Brasília, às 21h, com os representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Após a rejeição da proposta, os depoimentos dos professores presentes na assembleia sinalizaram para a tentativa de construção de uma contraproposta que englobe a desejada reestruturação da carreira de magistério superior.

Entre os assuntos em pauta, os encaminhamentos do CNG sobre alguns pontos relativos à proposta do governo para serem deliberados na assembleia local. Entre eles, os princípios da carreira, como a divisão em 13 níveis, os percentuais fixos por titulação, a incorporação de steps constantes entre os níveis, a relação entre os regimes de dedicação (20 e 40 horas e dedicação exclusiva), a existência de carreira única e a paridade entre ativos e aposentados.

Outros pontos colocados em discussão foram o aumento do montante proposto pelo governo e a redução dos prazos para implantação dos reajustes, a distribuição equânime dos recursos com correção das distorções e a rejeição dos Grupos de Trabalho como metodologia de negociação e instrumento de regulamentação da carreira.

Na quarta-feira (1º), os professores da UFLA se reúnem com o Comando Local de Greve dos Técnicos Administrativos para deliberações sobre a greve e ações conjuntas. Nesta terça-feira, a greve dos professores completa 75 dias e a dos técnicos administrativos da UFLA 50 dias.

Na UFLA, cerca de oito mil estudantes permanecem sem aulas.  É necessário o encerramento da greve para a reorganização do calendário escolar, que será colocado em debate por uma comissão especial que terá a participação de representantes da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e representações estudantis e sindicais, sendo posterirmente levado à votação pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

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