Capes abre inscrições para intercâmbio entre Brasil e França

Portal Capes, 27/07/07

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) recebe inscrições, até 2 de outubro, para o Programa Capes-Brafitec. O programa é realizado com a Conferência dos Diretores de Escolas Francesas de Formação de Engenheiros, para apoiar parcerias entre instituições de ensino superior do Brasil e da França, na área das engenharias. Há financiamento para intercâmbio de estudantes de graduação e mobilidade de docentes. As atividades terão início em março de 2008.

Cada parceria receberá até R$ 120 mil, por ano, para financiamento das passagens aéreas, diárias e bolsas de estudos. Além disso, as equipes brasileiras receberão recursos de custeio no total de R$ 10 mil. De acordo com a coordenadora adjunta da Cooperação Internacional da Capes, Fátima Battaglin, o Capes-Brafitec possibilita que estudantes de engenharia brasileiros e franceses cursem disciplinas em nível de graduação, em instituições parceiras. “O aluno estará inserido na instituição parceira do outro país durante um ou dois semestres. Nesse período, além dos conteúdos próprios do curso, irá aprender uma nova língua e ter contato com uma nova cultura” destaca. Para participar do intercâmbio, os estudantes devem ter concluído 50% dos créditos requeridos pelos respectivos cursos.

A coordenadora destaca ainda a importância do programa para os professores. “Durante as missões de trabalho, os docentes participam de planejamentos conjuntos, fazem palestras e ministram aulas no país parceiro”, explica. O período máximo de permanência é de 60 dias.

Avaliação – As propostas serão avaliadas, em uma primeira etapa, por consultores da Capes. Serão considerados aspectos como a coerência da proposta, objetivos, e relevância do tema. A seleção final será feita em novembro próximo, durante reunião conjunta Brasil-França. Serão considerados o mérito acadêmico-científico das propostas e o interesse de cada agência financiadora. Saiba mais sobre o Capes-Brafitec. (Fátima Schenini)

Expansão das Ifes: planejamento e gestão ligados à qualidade da educação

Trabalhar para obter uma estrutura eficaz de planejamento e gestão da educação superior. Esse é o foco principal do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, apresentado, na tarde desta quinta-feira (26/07), pelo secretário executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim, durante o 1º Seminário Nacional do Reuni. O evento contou com a participação do secretário da Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Duvanier Paiva Ferreira, do presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães.

Para o secretário Henrique Paim, outra característica importante do programa é o respeito à autonomia universitária. Não há, portanto, um modelo único a ser seguido por todas as instituições. ´As políticas públicas serão construídas conjuntamente, respeitando as especificidades de cada instituição e de cada região do país´, explicou.

O presidente da Capes, Jorge Guimarães, falou sobre a importância das universidades explicitarem no planejamento suas metas para a pós-graduação. ´É importante que as instituições apresentem suas fortalezas e também suas fraquezas para podermos avançar de forma quantitativa e qualitativa´.

O professor Arquimedes Ciloni fez um relato do histórico da expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), demonstrando que a Andifes se preocupa, desde a sua criação, com essa demanda da sociedade. ´O Reuni caracteriza mais um avanço nesse sentido e, dessa forma, a Associação apóia a intenção do Governo Federal em implantar o programa´, afirmou.

De acordo com o professor Arquimedes Ciloni, a Andifes apresentou ao MEC uma série de questionamentos quanto à operacionalização, ao financiamento e ao respeito à diversidade institucional constantes no Decreto do Reuni. Uma das questões apontadas por ele é a dificuldade de implantação de 18 alunos para cada professor de graduação, uma vez que o padrão internacional aceito é o de 16 alunos por professor, levando-se em consideração, também, a pós-graduação.

Para o presidente da Andifes, é importante que se analise a viabilidade de todos os pontos constantes no Reuni e que se apresentem propostas que garantam oportunidades para todas as Ifes, respeitando a vocação de cada instituição. ´Precisamos entender a expansão como um projeto permanente e, como tal, necessida oferecer às Ifes perspectivas quanto a recursos humanos e financeiros que a sustente´, concluiu.

Reuni

O programa se propõe a reforçar iniciativas para a ampliação das vagas e a elevação da qualidade da educação superior. Entre os objetivos propostos para os próximos cinco anos, estão a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presencial para 90% e também o aumento da relação de alunos de graduação por professor para 18. Hoje, a relação é de dez alunos por professor.

Opiniões

´Os atores são os importantes neste caso. E, certamente, a qualidade desses atores que executam o projeto é tão ou mais importante que o projeto em si´. – secretário da Educação Superior, Ronaldo Mota.

´A Andifes defende enfaticamente o processo de expansão que as Instituições Federais de Ensino Superior vêm conseguindo implementar. Mas precisamos entender a expansão como um projeto permanente e, como tal, necessida oferecer às Ifes perspectivas quanto a recursos humanos e financeiros que a sustente´. – presidente da Andifes e reitor da UFU, Arquimedes Diógenes Ciloni.

´O Seminário possibilitou um aprofundamento bastante interessante sobre o Decreto do Reuni. Com isso, podemos dizer que avançamos consideravelmente quanto aos esclarecimentos que necessitamos a cerca desse programa. Precisamos, agora, discutir os prazos´. – segundo vice-presidente da Andifes e reitor da UFT, Alan Barbiero.

´O Reuni é muito bem-vindo. A perspectiva de que possamos acrescentar 20% no nosso corpo discente é extremamente positiva. O que precisamos agora é debater as formas como o programa será implementado´. – reitor da UnB, Timothy Martin Mulholland.

´O Reuni é uma grande oportunidade que se apresenta para que cada Instituição Federal de Ensino Superior pense e apresente o seu projeto e a sua estratégia, tanto do ponto de vista conceitual da educação como um todo, quanto da expansão da sua graduação e pós-graduação. Dessa maneira, contribui para o desenvolvimento da educação brasileira´. – reitor da UFMT, Paulo Speller.

´O Reuni é uma grande oportunidade para as Instituições Federais de Ensino Superior, uma vez que o Governo Federal se dispôs a investir em planejamentos que as instituições já vinham fazendo de forma isolada. O grande mérito do Decreto é que as Ifes possuem total autonomia de estratégia e liberdade para determinarem qual o momento adequado para ingressar no programa. Esse é um projeto amplo, desejado e com grande expectativa de conquistas´. – Diretora Geral da FFFCMPA, Miriam da Costa Oliveira.

´Essa é uma conquista para a educação e esse debate das universidades com o Governo Federal é extremamente importante. Este é um momento histórico e as Instituições Federais não podem perder de vista a busca constante da inclusão dos estudantes na educação superior´. – Coordenadora Nacional do Fonaprace, Corina Martins Espíndola.

´O Decreto representa um momento de revigoração do sistema federal de ensino superior, que apresenta uma proposta para a sua reestruturação e a sua expansão e aspectos que flexibilizam o conceito de universidade´. – Coordenador do Forgrad, Marcos Laffin.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Novos lançamentos das editoras universitárias

“Chrônicas Alagoanas II – notas sobre poder, operários e comunistas em Alagoas”, Luiz Sávio de Almeida – Reproduz quatro ensaios sobre a formação do movimento operário em Alagoas: aborda a exploração da mulher na implantação da indústria têxtil, o movimento grevista que paralisou a rede ferroviária de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte, realizado em 1909, e aponta as raízes históricas do comunismo em Alagoas. (UFAL)

“Riscos ambientais – análise e mapeamento de Minas Gerais”, Geraldo César Rocha – Mostra como se faz a análise e o mapeamento de uma trilogia dos riscos (naturais, tecnológicos e sociais), mostrando resultados de pesquisas realizadas em Minas Gerais. (UFJF)

“Territórios de Confrontos: Campina Grande 1920-1945”, Fábio Gutemberg Ramos Bezerra de Souza – A questão central da obra é a análise das tensões e múltiplas formas dos moradores viverem na cidade de Campina Grande nas décadas de 1920-1940. O autor busca compreender como jornaleiros, operários, artistas, carregadores, donas de casa, prostitutas, industriais e agricultores viviam; onde moravam, amavam, se divertiam e trabalhavam; como usavam os espaços e territórios da cidade num período em que sua área central passava por um processo de reforma urbana. (UFCG)

“O amor e o diabo em Angela Lago – a complexidade do objeto artístico”, André Mendes – Esse trabalho familiariza o público com conceitos de arte, de leitura e de literatura extremamente modernos, sem que o custo da viagem pela teoria seja a aridez de leitura. Em momento nenhum o leitor se entedia: André compartilha conosco o prazer da familiaridade com conceitos complexos e com isso aparelha seus leitores para uma compreensão do encantamento que a obra de Angela Lago provoca. (UFMG)

“Desafios da Educação Básica – a pesquisa em educação”, Cleonara Maria Shwartz, Janete Magalhães Carvalho, Regina Helena Simões e Vânia Carvalho de Araújo (Orgs.) – A obra reúne uma coletânea de textos de estudiosos da educação básica, que apesar de diferentes enfoques e abordagens, se unem em torno de uma preocupação: valorizar as reflexões sobre os desafios a serem considerados na luta por uma educação básica de qualidade. (UFES)

“Formação, Saberes e Representações: história de vida de Helena Ferrari Teixeira”, Vantoir Roberto Brancher – Neste livro, o autor se propôs a conhecer os saberes e as representações de Helena Ferrari Teixeira, vereadora e professora atuante na década de 40 na cidade de Santa Maria. Conhecer e analisar a história de vida desta professora singular, de significativa importância para a história das mulheres no Brasil, na educação e na política, foi um dos objetivos deste trabalho. Para (re)construir a história, o autor utilizou o Método Biográfico Histórias de Vida, na modalidade Oral, alicerçado-se em outras formas de documentação tais como jornais, fotografias, depoimentos e outras pesquisas já realizadas. (UFSM)

“Ensino-Trabalho-Cidadania: Novas marcas ao ensinar integralidade no SUS”, Roseni Pinheiro, Ricardo Burg Ceccim, Ruben Araujo de Mattos (Orgs.) – Apresenta iniciativas concretas de inovações pedagógicas e educativas implantadas nos mais diversos recantos do Brasil. Os textos, escritos por 47 profissionais, estão organizados regionalmente, respeitando as especificidades de cada local. Desse amplo painel fazem parte projetos implantados no Acre, Juazeiro do Norte, Campo Grande, Botucatu, Belo Horizonte, Londrina, Santa Maria e Caxias do Sul. (UFF)

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Ufla divulga complemento de edital

UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS – UFLA
COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSO SELETIVO – COPESE
2º PROCESSO SELETIVO DE 2007 (VESTIBULAR)
COMPLEMENTAÇÃO DO EDITAL Nº 86 – COPESE/UFLA

A COPESE informa, para conhecimento dos interessados, que os candidatos da “Lista de Espera” do 2º Processo Seletivo 2007 (Vestibular), Edital nº 86 – COPESE/UFLA, realizado em julho/2007, independentemente do curso que optaram no ato da inscrição, poderão também manifestar interesse por matricular-se nos cursos noturnos de Educação Física (Licenciatura) ou Matemática (Licenciatura). A manifestação do interesse pela vaga poderá ser efetuada na Internet (www.drca.ufla.br ou www.copese.ufla.br) ou na DRCA (Prédio da Reitoria), no período de 7 a 16.8.2007, nos seguintes horários: das 7h15 às 10h45 e das 13h15 às 16h45.

O preenchimento das vagas decorrentes desses cursos será feito somente após a última chamada, em todos os demais cursos. Os candidatos serão convocados por ordem de pontuação, tendo preferência o mais bem classificado entre aqueles que manifestaram interesse por essas vagas.

INFORMAÇÕES: DRCA/Ufla,
Tel: 35.3829.1134/1135/1561/1562;
e-mail: drca@ufla.br;
www.drca.ufla.br.

Seminário discute integração da educação, saúde, ciência e tecnologia

Portal MEC, 25/07/07

Os ministérios da Educação, da Saúde e da Ciência e Tecnologia promoverão nos dias 1º e 2 de agosto o seminário Os Hospitais Universitários e a Integração Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia. O encontro será realizado no Parlamundi, na 915 Sul, em Brasília.

O seminário colocará em discussão a melhoria do Sistema de Informações dos Hospitais Universitários Federais (Sihuf), a matriz de alocação de recursos, a busca de maior inserção da rede de hospitais universitários no Programa Nacional do Ministério da Saúde (Telessaúde) e a apresentação da expansão da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) do Ministério de Ciência e Tecnologia. Vão participar diretores, superintendentes e servidores dos hospitais universitários, diretores e coordenadores de unidades de telemedicina e coordenadores do projeto-piloto nacional de telessaúde. O Ministério da Educação apresentará o Sihuf e a matriz de alocação de recursos orçamentários.

O Sihuf foi criado em 1997 para coletar e armazenar dados sobre o perfil dos hospitais universitários, identificar problemas e buscar alternativas para o desenvolvimento de ações de pesquisa, ensino e atividade assistencial. A matriz, criada em 1999, utiliza os indicadores do Sihuf para distribuir os recursos complementares para o custeio dos hospitais universitários.

O objetivo do Ministério da Educação é modernizar o sistema de coleta e garantir consenso no processo da distribuição orçamentária. Para alcançar essa finalidade, serão revistos os critérios existentes.

Rede — O Ministério da Ciência e Tecnologia lançará a Rede Universitária de Telemedicina. Ela conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e com o apoio da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue). A rede será responsável pela implantação da infra-estrutura física, serviços e aplicações em redes eletrônicas para integrar iniciativas de telemedicina existentes nos hospitais universitários. Na primeira etapa, serão beneficiadas 19 unidades hospitalares em 14 estados. O projeto de implantação da infra-estrutura, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), será expandido a partir deste ano para outros 38 hospitais do País.

Telessaúde — O Ministério da Saúde apresentará o projeto Telessaúde, no qual está inserido o projeto-piloto nacional aplicado à atenção básica, em fase de implementação. Um dos objetivos do projeto é desenvolver ações de apoio à qualificação da atenção básica por meio de processos de educação permanente. O projeto-piloto nacional atenderá cerca de 900 pontos de conexão, preferencialmente localizados em unidades básicas de saúde (UBS). Também será abordado o convênio firmado entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, por meio da RNP, para incentivar o surgimento de núcleos de telessaúde nos estados que estejam fora do projeto-piloto. Essa parceria prevê a implantação de 32 pontos nesses estados, que também farão parte da Rute.

Brasília recebe reitores para debater expansão

Portal MEC, 25/07/07

Será realizado nesta quinta-feira, 26, e na sexta, 27, no auditório do Parlamundi, em Brasília, o 1° Seminário Nacional do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Estarão presentes o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o secretário de educação superior, Ronaldo Mota, além de reitores, pró-reitores de planejamento, administração e graduação de instituições federais de todo o País.

Nos dois dias de reunião, Mota apresentará a versão preliminar das diretrizes do Reuni, aspectos políticos e indicadores, elaborada por representantes de universidades federais de todo o Brasil. Na sexta-feira, o ministro Fernando Haddad apresentará as expectativas em relação ao programa de reestruturação.

Assessoria de Imprensa da SESu

Instituto do Milênio gera novas tecnologias para estudo de estrelas e galáxias

Portal CNPq, 24/07/07

A astrofísica é considerada uma ciência de fronteira pelas pesquisas científicas que ampliam sem cessar os limites do universo conhecido e pelo desenvolvimento de instrumentação de ponta necessário às freqüentes descobertas, dois aspectos importantes para o avanço da ciência do Século XXI. O Instituto do Milênio para Evolução de Estrelas e Galáxias na era dos Grandes Telescópios, projeto apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), é centrado na montagem e no uso dos novos telescópios SOAR e Gemini, colocados à disposição dos cientistas brasileiros.

Os projetos SOAR e Gemini são consórcios internacionais dos quais o Brasil é membro participante e contribuiu com mais de US$ 20 milhões, a maior parte repassada pelo CNPq. O país ingressou no Projeto Gemini em 1993 e no projeto do Southern Astrophysical Research (SOAR) em 1995.

O Projeto Gemini é composto por dois telescópios com espelhos de 8 metros de diâmetro. O Gemini-Norte, localizado no Havaí, foi inaugurado em 1999, enquanto o Gemini-Sul, no Chile, começou a funcionar em 2002. É um projeto de US$ 180 milhões em consórcio com EUA, Inglaterra, Canadá, Austrália e Argentina.

Já o SOAR entrou em operação experimental em 2004 e consiste de um telescópio com espelho de 4,3 metros de diâmetro, localizado em Cerro Pachon, Chile, na mesma montanha onde se encontra o telescópio Gemini-Sul. Também é um consórcio entre o Brasil, National Optical Astronomical Observatory (NOAO), University of North Carolina e a Michigan State University. A Fapesp também apoiou a construção e a parte científica brasileira dos trabalhos é coordenada pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCT). O custo do telescópio foi de US$ 28 milhões.

O balanço da produção científica do Instituto do Milênio entre 2001 e 2004 resultou em 350 artigos em revistas de primeira linha. Os artigos dos projetos instrumentais só serão produzidos após a finalização dos instrumentos e outros testes, o que deve acontecer a partir de 2008. Mais informações sobre a produção podem ser encontradas em www.astro.iag.usp.br/~imilenio/.

Divulgação científica nas escolas

Dez mil cópias de CD-ROM com hipertexto de Astronomia e Astrofísica com imagens e animações, para PC, MAC e Linux, produzido por Kepler de Oliveira e Fátima de Oliveira, foram feitos dentro do Instituto do Milênio. Os CD-ROMs foram distribuídos a escolas em todo o país, dentro das Olimpíadas Brasileiras de Astronomia (OBA).

O Projeto Telescópios na Escola (TnE) – originalmente denominado Educação em Ciências Com Observatórios Virtuais – foi montado com recursos da Fundação Vitae e, posteriormente, vem recebendo apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP, FAPESP e CNPq. Seu objetivo é estimular o ensino de ciências por meio da astronomia. Quatro observatórios estão operacionais e trabalhando com escolas de nível fundamental e médio em Florianópolis, Valinhos, São José dos Campos e Rio de Janeiro.

Instrumentos desenvolvidos dentro do Instituto do Milênio

O principal objetivo foi o desenvolvimento de instrumentos astronômicos altamente complexos e precisos para o SOAR e o Gemini. Foram feitos projetos de engenharia para mais de 1500 peças: espectrógrafo SIFS, de campo integral, o espectrógrafo STELES, de alta resolução espectral, e o imageador no infravermelho SPARTAN.

Espectrógrafo SIFS

É um espectrógrafo de campo integral, cuja imagem é feita por grande quantidade de fibras ópticas. No caso do SIFS são 1300 fibras, que cobrem uma pequena área no céu. Para a região observada são obtidos 1.300 espectros ao longo da superfície do objeto. Esse tipo de instrumento é também chamado espectro-imageador. Na figura abaixo é mostrado o instrumento instalado no SOAR, que deve ser concluído em um ano.

Espectrógrafo de alta resolução STELES

A alta resolução espectral permite obter “abundâncias químicas” com grande precisão. No Instituto do Milênio foram desenvolvidos os desenho óptico, o desenho mecânico preliminar e foram comprados os detectores CCD, projeto de segunda geração para o SOAR.

Câmera imageadora no infravermelho SPARTAN

Teve participação brasileira importante, embora fosse de responsabilidade da Michigan State University, outro parceiro do SOAR. O Instituto do Milênio contribuiu com um dos quatro detectores infravermelhos, além do envolvimento de um astrônomo e um engenheiro óptico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Abaixo o espectrógrafo completo, que segue para o Chile ainda em 2007.

A cidade como sala de aula

O Globo, 25/07/07

FERNANDO PIMENTEL

O Brasil vive um momento muito especial. A estabilidade monetária, o crescimento econômico, a redução da pobreza e da desigualdade social são conquistas inequívocas, que se revestem de ainda maior importância por terem sido alcançadas em ambiente de absoluta normalidade democrática.

São sinais animadores, porém, insuficientes para nos colocar no patamar do que se denomina uma “nação desenvolvida”, ao qual só se chega com investimento em educação.

Promover uma educação de qualidade deve ser o objetivo de qualquer governo, seja municipal, estadual ou federal. Mas é ilusão deixar essa tarefa apenas com poder público e educadores.

O desafio terá que ser vencido coletivamente, por toda a sociedade.

E, hoje, o principal obstáculo a ser enfrentado é a distância entre quantidade e qualidade do ensino oferecido a nossos alunos.

A maioria absoluta das crianças brasileiras já tem acesso à escola, mesmo nas regiões mais pobres. Nos grandes centros, a rede municipal progressivamente atende a todas as crianças de até cinco anos de idade, e há muito já existem vagas suficientes para todos no ensino fundamental. Falta agora garantir a permanência na escola, transformandoa em local atrativo, que ofereça ensino de qualidade e também prepare o aluno para as demandas do mundo moderno.

A escola tem que acompanhar o ritmo da sociedade. Puxado pela tecnologia, o mundo passa por uma revolução cotidiana, com reflexos no fluxo de informações e no tipo de conhecimento adquirido. São mudanças que exigem ampla readequação de conteúdos, práticas e metodologias de ensino. Além de sintonizados com as novas tecnologias, escolas, professores e alunos devem estar conectados com a construção de novos valores de sociabilidade e ética.

Esse desafio exige que passemos a encarar a educação de qualidade como responsabilidade de todos, não só dos governos. Pais, igrejas, universidades, empresas e ONGs podem e devem ser parceiros desse esforço, sem o qual nosso salto para o grupo de nações desenvolvidas pode ficar pela metade. Em outras palavras: precisamos de ação imediata e conjunta.

O modelo de escola integrada, já adotado de forma pioneira e arrojada em 33 unidades do sistema educacional de Belo Horizonte, é uma proposta efetiva nessa direção.

Não se trata apenas de manter alunos o dia inteiro em sala de aula.

Nem de construir prédios grandes e caros e duplicar a folha de pessoal — modelo já tentado em outras cidades e incompatível com os orçamentos públicos vigentes. Educação de qualidade depende basicamente da formação e da motivação do material humano envolvido no processo de ensino.

A experiência da capital mineira se desenvolve através de uma rede de “arranjos educativos locais”, em que todos os parceiros têm responsabilidades, tarefas claras e o objetivo comum de construir esse novo modelo de ensino. Fora do turno escolar e em espaços cedidos pela comunidade, o aluno tem atividades paradidáticas monitoradas por estudantes universitários, devidamente coordenados por um instrutor. São aulas nos parques, deveres de casa nos salões paroquiais ou nas igrejas evangélicas, esportes nas quadras e clubes dos bairros, e muitas outras possibilidades que se abrem nesse caminho inovador e criativo.

Além de garantir as aulas e o rigor acadêmico, a escola torna-se pólo coordenador de um conjunto de interações com a sociedade, permitindo ao jovem se relacionar com o conhecimento e as experiências de seu contexto social e familiar. Assim, surgem lideranças positivas pelo exemplo e pela convivência, que vão desde o pastor ou o padre até o padeiro, a esteticista do salão da esquina ou o professor de capoeira que cedeu sua academia e seu tempo ao projeto.

Enfrentar os desafios do presente com os olhos postos no futuro: essa é a prática da escola integrada. Ao fim e ao cabo, o sucesso terá sido transformar a cidade numa grande e acolhedora sala de aula.

Mais vagas para universidades

Correio Braziliense, 25/07/07

Planejamento autoriza seleção de 337 professores.

O Ministério do Planejamento autorizou a contratação por concurso público de professores para 337 vagas para as universidades federais. A quantidade específica para cada unidade será definida pelo Ministério da Educação e deve ser divulgada hoje. Os aprovados deverão ser nomeados a partir de setembro deste ano, mas o provimento dos cargos vai depender da existência de vagas na data da nomeação. Cada universidade será responsável pela realização do concurso que vai preencher seus cargos específicos.

Como ainda não existem editais, não foi confirmado o salário previsto para os professores. Nas seleções recentes da Universidade de Brasília valores variaram entre R$ 383 e R$ 2 mil, a depender da formação exigida (graduação, mestrado ou doutorado) e o tipo de cargo de professor (visitante, substituto, etc). Professores que passam ao corpo fixo da universidade recebem também uma gratificação de estímulo à docência, de R$ 897.

Maioria dos cursos superiores têm iniciação científica, diz Enade

Portal UOL, 25/07/07

Uma nova análise do questionário socioeconômico aplicado aos estudantes que fizeram o Enade (Exame Nacional de Desempenho) no ano passado revela que, para 39,03% deles, os cursos de graduação oferecem programas de iniciação científica com aproveitamento curricular.

Já 12,2% disseram que existe aproveitamento, mas sem regulamentação pelo centro de ensino, e 6,5% apontaram a falta de aproveitamento dos conhecimentos para o currículo.

A análise foi divulgada na última sexta-feira (20), no boletim do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), sobre os resultados do exame divulgados no dia 31 de maio.

Em relação a programas de extensão, o resultado do questionário aponta que eles são oferecidos em 58,4% dos cursos superiores, sendo 40,5% com aproveitamento curricular, 12% sem regulamentação para o aproveitamento e 5,9% sem integralização curricular.

Programas de monitoria, em que os próprios estudantes ajudam outros colegas, estão presentes em 57,45% dos cursos superiores, segundo a análise do Inep. Já 11,5% das respostas indicam que não há oferta de monitoria, e 31,3% não souberam informar.

Entre os 386,5 mil estudantes que fizeram o exame no ano passado, 52,7% consideraram bem integrado o currículo de seus cursos, com vinculação clara entre as disciplinas. Para 36,2% deles, o currículo é relativamente integrado, e 6,5% responderam que o currículo é pouco integrado.

Em relação aos laboratórios, 55,7% consideraram os equipamentos atualizados e conservados; para 9,4%, são atualizados, mas mal conservados; e, para 10,2% dos estudantes, os equipamentos estão conservados, mas são desatualizados. As opções ‘Desatualizados e mal conservados’ e ‘Não há laboratório no meu curso’ tiveram, respectivamente, 5,0% e 19,7% das respostas.

Com o Enade de 2006, o Ministério da Educação concluiu o ciclo de avaliações de todas as áreas do conhecimento. O primeiro grupo avaliado foi nas áreas de saúde e agrárias, em 2004, seguido por engenharias e licenciaturas, em 2005, e ciências sociais aplicadas e jurídicas, no ano passado.

(As informações são da Agência Brasil)