Expansão das Ifes: planejamento e gestão ligados à qualidade da educação

Trabalhar para obter uma estrutura eficaz de planejamento e gestão da educação superior. Esse é o foco principal do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, apresentado, na tarde desta quinta-feira (26/07), pelo secretário executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim, durante o 1º Seminário Nacional do Reuni. O evento contou com a participação do secretário da Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Duvanier Paiva Ferreira, do presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), e do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães.

Para o secretário Henrique Paim, outra característica importante do programa é o respeito à autonomia universitária. Não há, portanto, um modelo único a ser seguido por todas as instituições. ´As políticas públicas serão construídas conjuntamente, respeitando as especificidades de cada instituição e de cada região do país´, explicou.

O presidente da Capes, Jorge Guimarães, falou sobre a importância das universidades explicitarem no planejamento suas metas para a pós-graduação. ´É importante que as instituições apresentem suas fortalezas e também suas fraquezas para podermos avançar de forma quantitativa e qualitativa´.

O professor Arquimedes Ciloni fez um relato do histórico da expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), demonstrando que a Andifes se preocupa, desde a sua criação, com essa demanda da sociedade. ´O Reuni caracteriza mais um avanço nesse sentido e, dessa forma, a Associação apóia a intenção do Governo Federal em implantar o programa´, afirmou.

De acordo com o professor Arquimedes Ciloni, a Andifes apresentou ao MEC uma série de questionamentos quanto à operacionalização, ao financiamento e ao respeito à diversidade institucional constantes no Decreto do Reuni. Uma das questões apontadas por ele é a dificuldade de implantação de 18 alunos para cada professor de graduação, uma vez que o padrão internacional aceito é o de 16 alunos por professor, levando-se em consideração, também, a pós-graduação.

Para o presidente da Andifes, é importante que se analise a viabilidade de todos os pontos constantes no Reuni e que se apresentem propostas que garantam oportunidades para todas as Ifes, respeitando a vocação de cada instituição. ´Precisamos entender a expansão como um projeto permanente e, como tal, necessida oferecer às Ifes perspectivas quanto a recursos humanos e financeiros que a sustente´, concluiu.

Reuni

O programa se propõe a reforçar iniciativas para a ampliação das vagas e a elevação da qualidade da educação superior. Entre os objetivos propostos para os próximos cinco anos, estão a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presencial para 90% e também o aumento da relação de alunos de graduação por professor para 18. Hoje, a relação é de dez alunos por professor.

Opiniões

´Os atores são os importantes neste caso. E, certamente, a qualidade desses atores que executam o projeto é tão ou mais importante que o projeto em si´. – secretário da Educação Superior, Ronaldo Mota.

´A Andifes defende enfaticamente o processo de expansão que as Instituições Federais de Ensino Superior vêm conseguindo implementar. Mas precisamos entender a expansão como um projeto permanente e, como tal, necessida oferecer às Ifes perspectivas quanto a recursos humanos e financeiros que a sustente´. – presidente da Andifes e reitor da UFU, Arquimedes Diógenes Ciloni.

´O Seminário possibilitou um aprofundamento bastante interessante sobre o Decreto do Reuni. Com isso, podemos dizer que avançamos consideravelmente quanto aos esclarecimentos que necessitamos a cerca desse programa. Precisamos, agora, discutir os prazos´. – segundo vice-presidente da Andifes e reitor da UFT, Alan Barbiero.

´O Reuni é muito bem-vindo. A perspectiva de que possamos acrescentar 20% no nosso corpo discente é extremamente positiva. O que precisamos agora é debater as formas como o programa será implementado´. – reitor da UnB, Timothy Martin Mulholland.

´O Reuni é uma grande oportunidade que se apresenta para que cada Instituição Federal de Ensino Superior pense e apresente o seu projeto e a sua estratégia, tanto do ponto de vista conceitual da educação como um todo, quanto da expansão da sua graduação e pós-graduação. Dessa maneira, contribui para o desenvolvimento da educação brasileira´. – reitor da UFMT, Paulo Speller.

´O Reuni é uma grande oportunidade para as Instituições Federais de Ensino Superior, uma vez que o Governo Federal se dispôs a investir em planejamentos que as instituições já vinham fazendo de forma isolada. O grande mérito do Decreto é que as Ifes possuem total autonomia de estratégia e liberdade para determinarem qual o momento adequado para ingressar no programa. Esse é um projeto amplo, desejado e com grande expectativa de conquistas´. – Diretora Geral da FFFCMPA, Miriam da Costa Oliveira.

´Essa é uma conquista para a educação e esse debate das universidades com o Governo Federal é extremamente importante. Este é um momento histórico e as Instituições Federais não podem perder de vista a busca constante da inclusão dos estudantes na educação superior´. – Coordenadora Nacional do Fonaprace, Corina Martins Espíndola.

´O Decreto representa um momento de revigoração do sistema federal de ensino superior, que apresenta uma proposta para a sua reestruturação e a sua expansão e aspectos que flexibilizam o conceito de universidade´. – Coordenador do Forgrad, Marcos Laffin.

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

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