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UFLA recebe especialistas e discute febre amarela com comunidade

Organizadores e palestrantes na Mesa-Redonda sobre Febre Amarela

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) reuniu, na última terça-feira (15/3), representantes do poder público, professores, especialistas, alunos e a comunidade para debater um assunto de saúde pública que vem preocupando as autoridades nos últimos meses, principalmente em Minas Gerais. Trata-se da febre amarela, que já matou 110 pessoas no estado, conforme levantamento mais recente da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em Lavras, há confirmação por teste de laboratório, da morte de um macaco em decorrência da doença. O evento – Mesa-Redonda sobre Febre Amarela – foi realizado no Salão de Convenções da Universidade e teve a coordenação do Núcleo de Estudos Uma Saúde, do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) da UFLA.

A professora Christiane Maria Barcellos da Rocha, do DMV, abriu os trabalhos e disse que um dos objetivos do encontro foi reunir profissionais de diferentes áreas para discutir caminhos e estratégias de combate à febre amarela. “Esse é o primeiro grande evento do Uma Saúde. Nós defendemos a promoção da saúde coletiva, com o envolvimento multiprofissional”, ressaltou.

Coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Regional de Saúde de Varginha, Monique Borsato Silva Filardi destacou a pertinência do evento que proporcionou a oportunidade de informar à população as ações do governo de enfrentamento à doença. A febre amarela é uma enfermidade grave e pode levar à morte, além de não ter tratamento específico.

Com isso, a Secretaria de Saúde passou a atuar em três grandes frentes: redução da incidência da doença, impedimento da transmissão urbana e localização da circulação viral para orientar as medidas de controle. Além dessas ações, Monique lembrou que um dos grandes desafios das autoridades é ampliar a distribuição e aplicação da vacina. A regional de Varginha, que atende Lavras, já imunizou quase 140 mil pessoas entre janeiro e março de 2017, de acordo com a SES.

Evento reuniu estudantes e comunidade

A doutora Ana Carolina Campi Azevedo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais, é especialista em vacinação contra a febre amarela e esclareceu algumas características da doença. Ela explicou, por exemplo, que a enfermidade não é contagiosa e, portanto, não pode ser transmitida de pessoa para pessoa e que a única forma de prevenção é a vacinação. No meio urbano, a transmissão ocorre por meio do mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya.

A especialista considera importante que os profissionais da saúde estejam atentos aos sintomas da doença, uma vez que alguns deles podem ser confundidos com os de outra enfermidade. “Em algumas situações, os sintomas são tão difíceis que o paciente morre e descobre o motivo depois”. Ana Carolina esclareceu ainda a situação das pessoas que precisam tomar a vacina e aquelas que necessitam consultar o médico antes de recebê-la, como é o caso das gestantes e daqueles com 60 anos ou mais.

Tragédia de Mariana

Depois da participação dos convidados, houve uma mesa-redonda que recebeu perguntas a respeito da doença. Uma delas questionou se o desastre ambiental de Mariana, em novembro de 2015, contribuiu para o surto de febre amarela em algumas regiões de Minas. Na visão de Olindo Assis Martins Filho, da Fiocruz/MG, embora não haja comprovação cientifica, a tragédia pode ter influenciado para aumento dos casos da doença do estado. O especialista observou que o assunto tem sido tema de discussão entre pesquisadores do instituto, no entanto ainda não há uma conclusão a respeito da matéria.

Filho, porém, acredita não ser possível, por enquanto, relacionar o acidente ambiental às novas ocorrências da febre amarela. “Eu poderia associar o desastre de Mariana com eventos de febre amarela em Ribeirão Preto, no Sul de Bahia, no Rio de Janeiro? Não tem sentido. Pode ter ocorrido pelo desastre de Mariana uma contribuição sim e, por isso, Minas Gerais foi o primeiro estado a fazer a notificação (aumento dos casos da doença). Foi um desastre de proporções muito grandes, mas não foi um fator isolado. Há outros fatores que devem ser considerados”, opinou.

A Mesa-Redonda sobre Febre Amarela teve o apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG). O reitor da UFLA, o professor José Roberto Soares Scolforo, foi representado no evento pelo pró-reitor de Extensão e Cultura, o professor João José Granate de Sá.

Texto: Rafael Passos, jornalista – bolsista DCOM/Fapemig.

Campanha de vacinação contra febre amarela imunizou mais de 1500 pessoas na UFLA

A vacinação contra febre amarela realizada no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) alcançou um público de 1568 pessoas, incluindo servidores do quadro, funcionários terceirizados e estudantes. O número atendeu ao planejado pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), em parceria com a Vigilância Epidemiológica de Lavras.

De acordo com a coordenadora de Saúde da Praec, professora Kátia Poles, os quatro dias de campanha na UFLA tiveram uma função estratégica. “Trazer a vacinação para a comunidade da UFLA é uma medida muito importante para intensificar a cobertura vacinal no município, já que Minas Gerais é considerada uma área endêmica para febre amarela”, avalia.

Da esq.p/dir.: Cláudia Abrantes, Kátia Poles e Sarah Siqueira, profissionais da Coordenadoria de Saúde em atuação durante a campanha na UFLA.

A campanha foi realizada nos dias 2/3, 3/3, 6/3 e 7/3, no prédio da Coordenadoria de Saúde (câmpus histórico). Do total de pessoas vacinadas na instituição, a participação de estudantes foi de aproximadamente 60% e a de funcionários e servidores foi de 40%.

Sobre a febre amarela

É doença grave, transmitida, em áreas silvestres, principalmente pelo mosquito Haemagogus ; já nas áreas urbanas, o principal transmissor é o Aedes aegypti. Para a prevenção coletiva contra a doença, é necessário que a população esteja atenta a todas as recomendações feitas para que não haja acúmulo de água parada, evitando a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também transmite outras doenças. Para proteção individual, a vacina é a indicação.

Saiba mais no site do Instituto Biomanguinhos (Fiocruz) e no Portal Saúde (Ministério da Saúde)

 

Ampliada na UFLA campanha de vacinação contra febre amarela

Imagem ilustrativa. Fonte: Fiocruz

A Coordenadoria de Saúde da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ampliou o prazo da campanha de vacinação que está sendo realizada na instituição contra a febre amarela. Nesta segunda etapa, além de servidores e funcionários terceirizados, estudantes também podem comparecer à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) para receber a dose. A vacinação ocorrerá na segunda e na terça-feira (6/3 e 7/3), enquanto durarem as doses disponíveis. O atendimento no local será das 8h15 às 11h30 e das 13h às 16h30. 

A campanha é fruto de uma parceria entre a Praec/UFLA e a Vigilância Epidemiológica do município. A ação é feita no prédio da Coordenadoria de Saúde (câmpus histórico). Os interessados devem comparecer ao local portando o cartão de vacinação. A vacina é direcionada àquelas pessoas que não foram vacinadas, ou às pessoas que não sabem (ou se esqueceram) se já passaram pela imunização.

 

Não podem ser vacinadas as pessoas que:

– tenham mais de 60 anos;
– estejam em tratamento com corticoide em altas doses;
– estejam imunodeprimidas;
– estejam com febre;
– tenham se vacinado há menos de dez anos;
–  e gestantes.

 

Sobre a febre amarela

Trata-se de uma doença grave, transmitida, em áreas silvestres, principalmente pelo mosquito Haemagogus ; já nas áreas urbanas, o principal transmissor é o Aedes aegypti. Para a prevenção coletiva contra a doença, é necessário que a população esteja atenta a todas as recomendações feitas para que não haja acúmulo de água parada, evitando a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também transmite outras doenças. Para proteção individual, a vacina é a indicação.

 

Saiba mais no site do Instituto Biomanguinhos (Fiocruz) e no Portal Saúde (Ministério da Saúde)