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Defendida primeira dissertação do Mestrado em Física

SONY DSCResultado da associação ampla entre as universidades federais de Lavras (UFLA), de Alfenas (Unifal) e de São João del Rei (UFSJ), o Programa de Pós-Graduação em Física teve hoje (25/2) sua primeira defesa de mestrado. A turma que conclui o curso neste semestre ingressou no início de 2012. O desafio de ser o primeiro a defender a dissertação foi do discente Henrique Garcia Paulinelli, orientado pelo professor do Departamento de Ciências Exatas (DEX) Onofre Rojas Santos.

Paulinelli admite que há grande responsabilidade em inaugurar a série de defesas do Programa, e demonstra certa satisfação, dizendo que o curso atendeu às suas expectativas. “Foi tudo dentro do que eu esperava encontrar”, resume. O mestrando explica que o trabalho buscou estudar uma cadeia de spins numa estrutura atômica com o objetivo de extrair propriedades físicas termodinâmicas, tais como o emaranhamento quântico térmico. O título dado à dissertação foi “Cadeia de Spin Dímero-Plaqueta Ortogonal com acoplamento Ising-Heisenberg”.

Na mesa de honra que abriu a cerimônia de defesa estavam o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física, professor Sérgio Martins de Souza; a coordenadora da área de Física, professora Solange Gomes Faria Martins; o chefe do DEX, professor João Domingos Scalon e o pró-reitor adjunto de pós-graduação, professor Tadayuki Yanagi Junior (que representou o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo).

O professor Yanagi Junior lembrou que a caminhada da pós-graduação da UFLA começou em 1955, quando havia apenas dois programas. Hoje, 38 anos depois, são 32 programas, construídos com o esforço de professores, alunos e técnicos. Ele parabenizou o grupo de Física e o DEX pelo momento marcante vivido nesta primeira defesa. O orgulho pela estruturação do Programa de Pós-Graduação em Física estava também na fala do chefe do Departamento. O professor Scalon elogiou a movimentação do grupo de Física e manifestou-se satisfeito por participar da solenidade.

Para a coordenação do Programa, a necessidade agora é de formar um grupo de estudantes capacitados, consolidar o mestrado e partir, futuramente, para o doutorado. O professor Souza disse que os desafios são numerosos, e muitos já foram superados. Já a professora Solange emocionou-se ao falar sobre a constituição do grupo docente e da luta empreendida por eles ao longo do tempo.

Fizeram parte da banca, além do orientador, a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Maria Teresa Thomaz e o professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Marcelo Lyra.

O primeiro mestre formado

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Henrique Garcia Paulinelli terminou a graduação em 2007 na cidade de Formiga, Minas Gerais, localizada a cerca de 120 km de Lavras. Agora, com o título de mestre, faz planos de buscar avanços profissionais. Também tem intenção de cursar o doutorado. Pela complexidade de sua área de estudo, ele explica a escolha: “sempre tive muita curiosidade, e muita afinidade com o que se estuda em Física”, diz Paulinelli.

Um pouco mais sobre o Programa

Hoje o Programa de Pós-Graduação em Física tem 11 alunos e 7 professores (sendo 6 permanentes e 1 colaborador). O processo seletivo para ingresso de novos alunos é semestral, com oferecimento de seis vagas em Lavras. O professor Souza conta que as primeiras turmas não possuíam alunos vindos da graduação da UFLA, pois ainda não haviam sido formados os primeiros profissionais. “Tínhamos um receio sobre qual seria o perfil do aluno do Programa; depois vimos que eles vieram de outras instituições com uma tremenda garra, superando todas as dificuldades”. Agora, o Programa prepara-se para mais um “bom desafio” (como define o professor Souza): terá um estudante com deficiência visual – Felipe Brás – que acabou de concluir o curso de Física na UFLA e foi aprovado em primeiro lugar no processo seletivo para a turma que ingressa em 2014.

 

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal já formou 300 mestres

image005Depois do ingresso da primeira turma no curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, em 1993, já são 300 mestres formados. A defesa de número 300 realizou-se ontem (19/02), no anfiteatro do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf).

Sob a orientação da professora do Departamento de Ciências Florestais (DCF) e Pró-Reitora de Graduação, Soraya Alvarenga Botelho, a dissertação intitulada “Estoque de carbono no estrato arbóreo de reflorestamento em restauração e remanescente florestal” foi defendida pela discente Helane França Silva. Graduada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Helane emocionou-se ao agradecer a todos pelo apoio recebido na UFLA durante o curso.

Entre outros resultados, o trabalho mostrou que uma área florestal restaurada há 21 anos tem conseguido cumprir sua função ambiental no que se refere ao estoque de carbono. Também foi demonstrada a importância dos programas de restauração de áreas degradadas e da manutenção das florestas nativas.

Fizeram parte do banca, além da orientadora, a co-orientadora e professora da Universidade de Brasília (UnB) Sabina Cerruto Ribeiro e o professor do Departamento de Ciências do Solo (DCS) Carlos Alberto Silva.

O mestrado em Ciências Florestais

O curso foi recomendado pelo Grupo Técnico Consultivo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (GTC/CAPES) em 1992. Atualmente, são oferecidas 20 vagas para seleção anual de discentes. De acordo com o coordenador do Programa, professor Anderson Cleiton José, a procura pelo curso é sempre grande. “Ao longo do tempo, recebemos alunos do Brasil todo, desde o Acre até o Rio Grande do Sul”, relata o professor, informando também que, com a internacionalização, tem-se a presença também de discentes de países da América do Sul, como Colômbia e Peru. “Nossa avaliação desses 22 anos é positiva: sabemos que aceitação do mercado é muito boa para os profissionais que passaram pelo Programa, tanto em órgãos públicos como nos privados”, avalia o coordenador.

 

Mestrado em Ciência da Computação teve a primeira defesa de dissertação – veja fotos

image006Cerca de 40 pessoas reuniram-se hoje, às 8h, no Salão dos Conselhos, prédio da Reitoria, para assistir à primeira defesa de dissertação do Mestrado em Ciência da Computação. O trabalho, desenvolvido pelo aluno Renato Resende Ribeiro de Oliveira, chama atenção por oferecer a possibilidade de uma aplicação concreta nas rotinas da sociedade. Ele desenvolveu um programa de computação capaz de controlar automaticamente uma rede de sensores sem fio. Esses dispositivos são úteis, por exemplo, na detecção de incêndios ou no controle da irrigação do solo. Durante a apresentação, ele ponderou que ainda são necessários outros estudos, mas comemorou os resultados obtidos durante a pesquisa.

A dissertação teve como orientador o professor Tales Heimfarth, que presidiu a banca, integrada pelos professores do Departamento de Ciência da Computação (DCC), Raphael Winckler de Bettio (co-orientador) e Luiz Henrique Andrade Correia. O membro externo convidado foi o professor da Universidade de São Paulo (USP) Cláudio Fabiano Motta Toledo. Com o título “Programação Genética Aplicada à Geração Automatizada de Aplicações para Redes de Sensores sem Fio”, a dissertação é um marco para o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC), implantado em 2012.

 

As considerações da mesa

Conduziram a abertura da cerimônia a vice-reitora da UFLA, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho (que representou o reitor, professor José Roberto Soares Scolforo); o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Alcides Moino Júnior; o chefe do Departamento de Ciência da Computação (DCC), professor Joaquim Quinteiro Uchôa e o coordenador do PPGCC, professor Wilian Soares Lacerda.

O Professor Lacerda iniciou as atividades afirmando que o Programa entrou em atividade em 2012 com conceito 3, atribuído pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Agora, a meta é chegar ao conceito 4 e, futuramente, implantar o Doutorado. Para isso, afirmou contar com o apoio de professores, alunos, técnicos e com a administração da UFLA.

Em seguida, o professor Uchôa destacou os esforços dos membros do Departamento para que as conquistas fossem alcançadas. Disse que a luta foi árdua para implantação do Programa e elogiou a iniciativa dos professores que se dispuseram a incrementar sua qualificação profissional com o compromisso de fortalecer o DCC. Também manifestou a expectativa de que em três ou quatro anos já estejam comemorando a abertura do Doutorado.

Já o professor Moino Júnior ressaltou a persistência da equipe do Departamento de Ciência da Computação para tornar viável a implantação do Programa, diante das crescentes exigências da Capes.

Finalizando a fase de abertura, a professora Édila lembrou que o curso de Ciência da Computação tem papel importante na UFLA. Implantado em 1997, foi o primeiro da Universidade a não se inserir no ramo das ciências agrárias. “Esse fato é um marco, porque ajudou a tornar nossa instituição mais plural”, comentou.

 

Trajetória de “aluno UFLA”

Agora titulado mestre, Oliveira veio de Belo Horizonte para cursar a graduação em Ciência da Computação na UFLA. Concluiu o curso em 2011 e, em seguida, ingressou na primeira turma de mestrado do PPGCC/DCC. Diz que deve permanecer em Lavras, já que se casou e estabeleceu-se na cidade.

A vice-reitora, professora Édila, demonstrou contentamento especial em assistir à defesa de Oliveira, que, segundo ela, deu importante contribuição à Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP/UFLA) em 2009, quando ainda era bolsista. “Ele ajudou na informatização das inscrições do Congresso de Iniciação Científica da UFLA e dos programas institucionais de bolsas”, relata.

Já o orientador, professor Tales Heimfarth, também destaca a pró-atividade do então mestrando. “Desde a graduação ele é um bom aluno, com ótimas notas, tendo demonstrando autossuficiência durante o mestrado, chegando a alcançar três publicações muito relevantes, frutos deste trabalho”, destaca Heimfarth.

Oliveira também elogia o Programa, afirmando que, apesar de ser a primeira turma, os docentes já estavam preparados para o que viria pela frente. “O interessante foi que aprendemos muita coisa juntos – alunos e professores”, avalia.

 

Sobre o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação

O PPGCC foi criado em 2012 e oferece atualmente nove vagas a cada semestre. De acordo com seu coordenador, professor Lacerda, o número de inscritos para a seleção é crescente a cada novo processo. Ele informa que a maior parte dos alunos vem da graduação em Ciência da Computação, mas o programa é interdisciplinar e está aberto a receber profissionais, por exemplo, das áreas de Engenharia, Matemática e Física.

Os cursos na área de computação formam profissionais capazes de desenvolver hardwares e softwares que possam atender às demandas da sociedade. No caso do Mestrado, o objetivo é também preparar recursos humanos com base científica e tecnológica para a condução de pesquisas, desenvolvimento de novas tecnologias e atuação na docência do ensino superior. Os interessados no PPGCC podem obter outras informações no site http://www.prpg.ufla.br/computacao/ .