Fapemig lança novo edital para agronegócio

[Belo Horizonte, 04/09/07]

Vinte editais lançados (o equivalente a todo o ano de 2006) e a soma de R$ 67,4 milhões em recursos é o recorde que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) acaba de alcançar com o lançamento do edital 20/07, Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico no Agronegócio Mineiro. Serão alocados R$ 2,5 milhões para o edital, que visa promover a adaptação e o desenvolvimento científico e tecnológico das cadeias produtivas do leite, do café, da fruticultura, da olericultura e da área de tecnologia de alimentos em Minas Gerais.

O apoio ao agronegócio já é tradição entre as modalidades oferecidas pela Fapemig, como parte do Programa da Rede Estadual de Ciência e Tecnologia para a Inovação Agroindustrial, coordenada pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes-MG). A Câmara de Ciências Agrárias da Fapemig (CAG), responsável por julgar projetos da área, é também a que mais recebe solicitações na instituição.

A reconhecida vocação de Minas Gerais para o setor levou o governo do estado a apoiar ações que permitam a agregação de valores aos produtos agropecuários e a elevação da competitividade da agroindústria, a fim de promover o desenvolvimento do agronegócio regional.

A Rede de Inovação Agroindustrial foi criada diante da demanda por tecnologias que gerem soluções para satisfazer as necessidades do produtor rural, tendo como referência a qualidade de vida da sociedade e a perspectiva de contribuição do setor agropecuário para o desenvolvimento sustentável do Estado. ‘É importante lembrar que, por trás dos produtos agroindustriais de sucesso dentro e fora do Brasil, há um investimento pesado em pesquisa. Minas Gerais se destaca como referência não apenas na produção, mas também na pesquisa e desenvolvimento de soluções para a área das Ciências Agrárias’, diz o diretor científico da Fapemig, Mario Neto Borges.

Em 2006, a versão do edital de apoio ao agronegócio superou todas as anteriores, destinando a soma de R$ 2,6 milhões às propostas aprovadas: 35 no total, incluindo projetos voltados para cafeicultura, pastagens, leite, queijo, beneficiamento de frutos, entre outros.

O edital 20/07 recebe solicitações até 31 de outubro, por meio do sistema ÁgilFAP. Para consultá-lo, basta acessar o link na página da Fapemig (www.fapemig.br):

Assessoria de Comunicação Social
Fone: (31) 3280-2105/2141/2106/2113
Email: acs@fapemig.br

Novas instalações do Departamento de Ciência da Computação

O Departamento de Ciência da Computação foi criado em 2000 e seu corpo docente atua nos cursos de Bacharelado em Ciência da Computação e Sistemas de Informação, além dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Administração de Redes Linux, Administração de Sistemas de Informação, Tecnologia de Redes de Computadores, Informática em Educação, Melhoria de Processo de Software, Produção de Software, MBA em Governança de Tecnologia da Informação e Modelo de Maturidade e Capacidade de Processo
Dentre as diversas atividades desenvolvidas pelo departamento para a promoção do conhecimento científico e tecnológico, destacam-se os grupos de pesquisa criados recentemente como GOIC, PqES e JOGRAPI, atuando nas áreas de Engenharia de Software, Banco de Dados, Otimização e Inteligência Computacional, Hardware, Redes de Computadores e Informática na Educação.

Atualmente, o DCC conta com 23 docentes, sendo 16 doutores e 7 doutorandos. Possui quatro Laboratórios de Graduação, quatro Laboratórios de Pesquisa, um Laboratório de Educação Continuada, um Centro de Pesquisa e Tecnologia –o Uflatec e um Núcleo de Tecnologia Educacional.

O departamento promove ainda ações de Extensão, por meio de atividades desenvolvidas por professores e estudantes, como a Empresa Junior e Cooperativa Tecnolivre, que ministram cursos, prestam consultoria à comunidade, realizando eventos como o Congresso de Ciência da Computação e Sistemas de Informação, Semana de Ciência da Computação, workshops, seminários, contribuindo para que o conhecimento transponha os muros da Universidade, chegando até a sociedade.

O DCC é também responsável pela edição da Revista InfoComp – Revista de Ciência da Computação, conceituada com o Qualis B nacional na área multidisciplinar no ano de 2006, pela Capes.

A missão do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Lavras é ‘desenvolver o ensino, a pesquisa e a extensão nas áreas de computação e informática, fundamentadas na ética, qualidade e organização, contribuindo para a formação humana, científica e tecnológica de toda a sociedade’.

Para o descerramento da placa foram convidados o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, o chefe do Departamento de Ciência da Computação Guilherme Bastos Alvarenga, o coordenador do Curso de Graduação em Ciência da Computação, Heitor Augustus Xavier Costa e o coordenador do Curso de Sistemas de Informação, André Luiz Zambalde.

Professor Jair Campos de Moraes e Myriane Stella Scalco recebem premiação

Em sessão solene dos Conselhos Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Lavras e do Conselho Deliberativo da Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe), foi realizada (4/09) a entrega do Prêmio Faepe de Mérito Universitário – Categoria Ensino e do Prêmio Faepe de Mérito Técnico-Administrativo – Categoria Nível Superior.

Na solenidade foram agraciados: o professor Jair Campos de Moraes do Departamento de Entomologia e a técnico-administrativo Myriane Stella Scalco.

Fizeram parte da mesa de abertura, o reitor e presidente dos Conselhos Superiores da Universidade Federal de Lavras, Antônio Nazareno Guimarães Mendes, Valéria da Glória Pereira Brito, secretária dos Conselhos Superiores da Ufla, Luiz Antônio Lima, presidente do Conselho Deliberativo da Faepe, Magno Antônio Patto Ramalho, presidente da comissão encarregada da atribuição do Prêmio Faepe de Mérito Universitário – Categoria Ensino, Tales Márcio de Oliveira Giarola, presidente da Comissão encarregada da atribuição do Prêmio Faepe de Mérito Técnico -Administrativo – Nível Superior e os agraciados Jair Campos de Moraes e Myriane Stella Scalco.

Homenageados:

Prof. Jair Campos de Moraes
·Formado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura de Lavras em 1979.
·Mestre em Entomologia também pela Esal em 1989 e Doutor em Fitotecnia, na área de concentração em Produção Vegetal, pela Universidade Federal de Viçosa em 1994.
·É revisor dos periódicos Neotropical Entomology, Ciência e Agrotecnologia, Revista Árvore e Bragância.
·Publicou 48 artigos científicos em periódicos indexados, 3 capítulos de livros, 28 trabalhos e 92 resumos em anais de congressos.
·Participou de 33 bancas examinadoras de dissertações de mestrado, 9 teses de doutorado, 17 exames de qualificação, 13 trabalhos de conclusão de curso de graduação e 36 monografias de cursos de especialização.
·Orientou 20 dissertações de mestrado, quatro teses de doutorado, 12 monografias de especialização e seis trabalhos de conclusão de cursos de graduação. Orienta atualmente dois mestrandos, três doutorandos e 5 estudantes de iniciação científica.
·Foi professor homenageado e patrono de dezenas de turmas do curso de agronomia da Universidade Federal de Lavras.
·É professor associado, bolsista de produtividade em pesquisa nível 2 do CNPq, lotado no Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras.
·O professor doutor Jair Campos de Moraes é o docente agraciado com o Prêmio Mérito Faepe – categoria Ensino, no ano de 2007.

Myriane Stella Scalco

·Formada em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura e Ciências de Machado em 1980
·Mestre em 1983 e doutora em Agronomia em 2000, área de concentração em Fitotecnia, pela Universidade Federal de Lavras.
·Ingressou no Serviço Público Federal em 1986, no Centro Nacional de Engenharia Agrícola – Cenea, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Sorocaba-SP, como Pesquisadora Adjunta VI, onde desenvolveu atividades relacionadas à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e treinamento nas áreas de Irrigação e Drenagem, Tecnologia de Aplicação de Defensivos, Aviação Agrícola, Manejo de Microbacias Hidrográficas, Aerofotogrametria e Foto-interpretação, entre outras.
·No Ministério da Agricultura atuou também como responsável pelo Setor de Sementes do Laboratório de Referência Vegetal – Jundiaí.
·Foi redistribuída para a Universidade Federal de Lavras – Departamento de Agricultura, em julho de 1994, onde ocupa o cargo de Engenheira Agrônoma e atua especialmente na área de Agricultura irrigada.
·Desenvolve atividades de pesquisa e extensão e apóia atividades de ensino em disciplinas de graduação (culturas do trigo, irrigação de culturas anuais, frutíferas e café) e de pós-graduação dos Departamentos de Agricultura e de Engenharia (Manejo de irrigação das culturas, Uso de software para manejo da irrigação).
·Nos últimos cinco anos publicou seis trabalhos completos em periódicos técnico-científicos, 41 artigos e resumos e 22 apresentações em anais de congressos, simpósios e outros eventos técnicos.
·Como pesquisadora da Ufla concluiu uma orientação de mestrado, 11 orientações de iniciação científica e 10 orientações de bolsistas em nível de graduação, mestrado e doutorado no convênio Ufla – Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.
·Participou em treze bancas de trabalhos de conclusão em graduação e pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização Lato-sensu), em 6 comissões julgadoras (avaliação de relatório de livre-docência e seminários de pós-graduação).
·Atualmente coordena o projeto de pesquisa multi-institucional em cafeicultura irrigada envolvendo o Instituto Agronômico de Campinas – IAC, a Universidade de Uberaba – Uniube e a Universidade Federal de Lavras, no convênio Ufla – Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.
·Participa como colaboradora da equipe técnica de outros quatro projetos de pesquisa financiados pela Fapemig e pelo Consórcio-Café, nos quais co-orienta uma tese de doutorado e duas de mestrado, além de quatro estudantes de iniciação científica.
·É responsável técnica e administrativa pela área de pesquisa em cafeicultura irrigada do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Agronegócio Café – Cepecafe, da Ufla e faz parte da comissão editorial, como editora executiva, do Revista Científica Coffee Science.
·A Engenheira Agrônoma doutora Myriane Stela Scalco é a servidora Técnico-Administrativa agraciada com o Prêmio Mérito Faepe – categoria nível superior no ano de 2007.

Inauguradas as novas instalações do Departamento de Ciências dos Alimentos

O Departamento de Ciência dos Alimentos foi fundado em 1972 pelo desdobramento do antigo “Departamento de Química e Tecnologia” originando, os Departamentos de Química, Solos e Ciência dos Alimentos.

Em 1976, foi criado o curso de Pós-Graduação em nível de Mestrado em Ciência dos Alimentos que registra 289 dissertações defendidas.

O curso de Doutorado iniciou-se em 1991, sendo reconhecido pelo Conselho Federal de Educação no mesmo ano. Até o momento, conta com 88 Teses defendidas por representantes de quase todos os estados brasileiros e de três outros países da América Latina, e têm por objetivo a formação de docentes, pesquisadores e profissionais das diversas áreas da Ciência dos Alimentos. A demanda anual de alunos pelos cursos de Mestrado e Doutorado tem sido crescente, em decorrência da formação de recursos humanos bem qualificados, o que tem contribuído para o desenvolvimento da ciência nas diferentes regiões do país por meio das pesquisas desenvolvidas, gerando publicações científicas de excelência.

A partir do ano de 1999, o DCA passou a ofertar os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, em ‘Nutrição Humana e Saúde’; ‘Processamento e Controle de Qualidade em Carne, Leite, Ovos e Pescado’; ‘Pós-Colheita de Frutos e Hortaliças: Manutenção e Qualidade de Alimentos Vegetais” e “Tecnologia e Qualidade de Alimentos Vegetais’.

Em nível de extensão foi criado no DCA, no ano de 2002, o curso ‘Alimentos e Alimentação Humana: abordagens técnicas de serviços’ e em 2003, foi iniciado o curso de Graduação em Engenharia de Alimentos.

O Departamento de Ciência dos Alimentos, em seu início, contava com cinco docentes e dois servidores técnico-administrativos; atualmente tem em seu quadro 21 professores efetivos e dois professores substitutos, lotados nos em diferentes setores e seis servidores técnico-administrativos efetivos e seis terceirizados.
O DCA atende estudantes do Curso de Graduação em Engenharia de Alimentos, Agronomia, Medicina Veterinária, Química e Zootecnia, atendendo ainda estudantes do Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência dos Alimentos (Mestrado e Doutorado), e dos quatro cursos de Pós-Graduação Lato Sensu.

O Departamento de Ciência dos Alimentos participa de diversas atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão, em várias áreas do conhecimento relacionadas com a Ciência dos Alimentos.

Para o descerramento da placa alusiva às novas instalações, foram convidados: o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, o pró-reitor de Pesquisa José Roberto Soares Scolforo, o deputado federal Reinaldo Lopes, o ex-deputado federal Sérgio Miranda, a chefe do Departamento Maria de Fátima Piccolo Barcelos, a coordenadora do Curso de Graduação em Engenharia de Alimentos Fabiana Queiroz Ferrua e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos Eduardo Valério de Barros Vilas Boas.

A inauguração das novas instalações do Departamento de Ciência dos Alimentos é parte integrante das comemorações dos 99 anos da Universidade Federal de Lavras.

Departamento de Educação inaugura novas instalações

A instalação regimental do Departamento de Educação – DED, ocorreu em 1986, ainda no contexto da Escola Superior de Agricultura de Lavras e seu efetivo funcionamento se deu a partir de 1992.

A início do DED foi coincidente com a fase que antecedeu o processo de transformação da Esal, enquanto “escola superior”, em Ufla, como “instituição universitária”.

Em termos de infra-estrutura, o DED ficou provisoriamente instalado por cerca de 15 anos em salas cedidas pelo Departamento de Administração e Economia, no Pavilhão Guaracy Vieira, até dezembro de 2006, quando foram disponibilizadas as atuais instalações, recém-construídas.

Desde então, continua o DED sua trajetória de construção das Ciências Sociais e Humanas na Ufla, promovendo a permanente discussão do processo educativo em todas as suas interfaces, diretamente com os estudantes de graduação ou pós-graduação, seja no âmbito do Ensino propriamente dito, seja na Pesquisa ou ainda, na Extensão.

O Departamento de Educação é composto por 8 docentes e 1 técnico- administrativo.

Para o descerramento da placa alusiva à inauguração, foram convidados o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, Ângelo Constâncio Rodrigues, chefe do Departamento de Educação, professor Lucimar Leão Silveira e professora Elizabeth Fernandes Ciocciola.

O evento é parte integrante das comemorações dos 99 anos de fundação da Universidade Federal de Lavras.

Ufla inaugura Centro de Convivência

Inaugurada hoje (4/09) o Centro de Convivência da Universidade Federal de Lavras. O evento é parte integrante das comemorações dos 99 anos da Ufla.

Presentes à solenidade o reitor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, deputado federal Reginaldo Lopes, ex-deputado Sérgio Miranda, presidente da Executiva Municipal do PDT em Belo Horizonte/MG, Roberbal Souto, gerente do Banco do Brasil, agência de Lavras, Rilke Tadeu Fonseca de Freitas, presidente do Conselho Deliberativo e a diretora da Fundecc Iara Alvarenga Mesquita Pereira, Edson Ampélio Pozza, diretor da Faepe, Samuel Pereira de Carvalho, diretor da AdUfla, representantes da Associação dos Pós-Graduandos e Diretório Central dos Estudantes.

Nos últimos anos a Ufla experimentou um expressivo crescimento em todos os indicadores relacionados às suas atividades de ensino (graduação e pós-graduação), de extensão e de pesquisa. Os indicadores quantitativos relacionados ao número de estudantes, de cursos e de programas aumentaram em mais de 100%.

O projeto desse Centro de Convivência prevê a construção de uma praça, contendo um teatro de arena com cobertura removível, onde os diversos segmentos da Universidade terão um ponto de congraçamento, amplamente democrático para suas manifestações. Em torno da praça será construído um bloco com o espaço principal ocupado por um restaurante com cozinha industrial, com capacidade para atender 900 refeições diárias, em dois ambientes (bandejão e self-service). Além do restaurante serão criados espaços menores para colocação de vários serviços condizentes com a Universidade, tais como: agência de correios, copiadoras, farmácia, livraria, sanitários, circulações e uma sala especial para recreação (jogos e leitura). As construções terão o padrão de acabamento adotado pela Ufla, que tem como características a segurança, funcionalidade, qualidade e simplicidade.

A primeira etapa do projeto contempla espaço físico para o Diretório Central de Estudantes – DCE, todos os 13 Centros Acadêmicos de Graduação e a Associação de Pós-graduandos – APG, além de um laboratório central de informática dotado de 140 computadores para uso dos estudantes, contou com o apoio financeiro do Banco do Brasil, em contrato que tem a interveniência da Fundecc. A área construída é de aproximadamente 800 m2.

Presidente do CNPq: “Teremos de fazer escolhas”

Jornal da Ciência, 31/08/07

Marco Antonio Zago diz “escolha preferencial” do órgão é pelo aumento do número de bolsas de pesquisa

Anunciado há pouco pelo governo federal, o Plano de Ação para C&T e Inovação a ser desenvolvido no próximo quadriênio conta com previsão de recursos totais da ordem de R$ 39 bilhões.

Para o desenvolvimento do Plano, está previsto importante incremento do orçamento do CNPq.

Os recursos para a maior agência de fomento do país terão aumentos anuais, chegando a quase R$ 700 milhões nos próximos três anos, incluindo recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da C&T (FNDCT).

Segundo projeção do próprio MCT, em 2010 o CNPq estará concedendo 95 mil bolsas de pesquisa, que resultarão na formação de 16 mil doutores.

No último dia 24, o recém-empossado presidente da agência, Marco Antonio Zago, esteve na Unicamp para falar sobre o financiamento da pesquisa no Brasil. Uma platéia atenta e perquiridora lotou o auditório da Biblioteca Central, onde o convidado falou por quase duas horas, expondo números, analisando panoramas e respondendo perguntas.

Após o evento, Zago concedeu a seguinte entrevista ao Jornal da Unicamp:

– O Plano de Ação do MCT para o próximo quadriênio conta com uma previsão de recursos totais da ordem de R$ 39 bilhões. Esse valor atende às necessidades do país?

O caso não é se atende ou não. Diria que ele representa um aumento substancial em relação ao que temos disponível hoje. Isso é uma boa notícia. Para absorver essa quantidade de recursos, será necessário um certo volume de atores no campo de C&T. Um volume maior que esse seria difícil de ser absorvido nesse período.

– O Plano de Ação também faz uma previsão otimista sobre o número de bolsas de pesquisa a serem concedidas pelo CNPq, que passaria das 68 mil em 2006 para 95 mil até 2010. Esse salto quantitativo também será acompanhado por um aumento no valor das bolsas?

Isso não está fora de questão, mas temos de entender que os recursos disponíveis são limitados. O planejamento está sendo feito levando em conta o aumento do número de bolsas. É claro que esse volume total pode eventualmente ser diminuído para comportar um aumento no valor das bolsas. Como os recursos são limitados, teremos de fazer escolhas, ou para um lado ou para o outro. Por enquanto, a nossa escolha preferencial é pelo aumento do número total de bolsas. Entretanto, algum tipo de ajuste terá de ser feito.

– Alguns pesquisadores acham que há um desequilíbrio entre o volume de recursos destinados ao financiamento de bolsas e o fomento à pesquisa. O CNPq pretende aumentar o percentual de recursos para fomento à pesquisa na mesma proporção em que está elevando o número de bolsas concedidas?

O crescimento do número de bolsas concedidas será acompanhado de um aumento no fomento à pesquisa. Uma parte significativa do aumento de recursos para C&T vem do FNDCT, principalmente dos Fundos Setoriais, o que significa um crescimento tanto para bolsas como para fomento.

– O fato de uma parcela substancial dos recursos ter como origem os Fundos Setoriais também significa dinheiro carimbado para algumas áreas pré-determinadas?

Com a legislação atual, isto é obrigatório. Os recursos dos Fundos Setoriais têm de ser aplicados em atividades relacionadas às áreas para as quais eles estão voltados. Isso é administrado pelos comitês gestores, que definem sua destinação. Entretanto, existe em andamento no Congresso Nacional um projeto de lei que regulamenta o FNDCT e desvincula a aplicação dos recursos de sua origem. Isso modificaria bastante esse quadro.

– Alguns pesquisadores cobram uma parcela maior de recursos para bolsas na área das ciências humanas, alegando que as áreas tecnológicas estariam sendo privilegiadas. Como o senhor avalia essa postura?

O CNPq tem a missão fundamental de desenvolver ciência, tecnologia e inovação. A ciência tem dois componentes. Um deles se refere às aplicações e inovações tecnológicas para atender às demandas imediatas. O CNPq tem uma participação nesse tipo de atividade e deverá intensificá-la. Por outro lado, há um componente da ciência que não tem uma aplicação imediata prevista, mas que também precisa ser promovida. E isso está sendo feito. Falo isso com muita tranqüilidade porque eu mesmo venho dos setores relacionados à ciência básica. Nós acabamos de lançar o Edital Universal no valor de R$ 100 milhões, que acomoda qualquer tipo de pesquisa. É o maior edital universal já lançado pelo CNPq.

– Outra dificuldade enfrentada pelos pesquisadores está relacionada ao processo de importações. O CNPq pretende atuar para facilitar o trabalho destes cientistas?

O CNPq já administra programas com essa finalidade, como o Importa Fácil. Ao contrário do que muitos pensam esse programa não se limita aos pesquisadores que recebem recursos do CNPq. Qualquer pesquisador que utilize, por exemplo, recursos das agências de fomento estaduais, também pode usá-lo. Esse programa funciona bem, mas minha impressão pessoal é que muitos pesquisadores não estão habituados a utilizá-lo. Por isso, pretendemos fazer uma campanha de esclarecimento, que envolverá inclusive os servidores do CNPq que trabalham nessa área. Ao lado disso, existem alguns problemas relacionados à importação que não estão na área de competência do CNPq nem do MCT. Nós poderemos atuar como intermediários dos pesquisadores, mas para determinadas situações não temos competência legal para resolver. Um exemplo é a importação de material biológico, que está sujeita a regras novas criadas pela Anvisa (Agência Nacional de Defesa Sanitária). Se estas normas forem revistas o trabalho dos pesquisadores seria facilitado.

– Na sua gestão, o senhor pretende fazer alguma modificação na política de parcerias com as fundações de amparo à pesquisa nos Estados?

Pretendo intensificar essa política por tratar-se de um programa bem-sucedido, que favoreceu a criação de fundações de amparo à pesquisa e está fortalecendo os sistemas regionais de C&T. Por estas razões, o CNPq continuará com essa política de aproximação e interação.

– A comunidade científica sempre defendeu a autonomia orçamentária para o CNPq como forma de evitar eventuais cortes de verba. O senhor compartilha dessa opinião?

O CNPq tem um certo grau de autonomia orçamentária. Acontece que o sonho é uma coisa e a realidade é outra. E a realidade da gestão de orçamento no governo federal tem de se subordinar às regras que nem sempre os pesquisadores gostariam que fossem aplicadas às suas áreas de atuação. Mas hoje entendo que essas regras são essenciais para compatibilizar o todo. Não há como cada um ter tudo o que gostaria. Mas temos regras que impedem o contingenciamento de recursos para C&T.

– O governo acredita que esse contingenciamento tende a diminuir gradativamente nos próximos anos. Qual a sua expectativa?

É positiva porque isso já está ocorrendo. E se isso está ocorrendo, não tenho nenhum motivo para duvidar que continue ocorrendo.

– O Brasil vem aumentando significativamente sua produção científica, mas ainda não conseguiu traduzir a geração de conhecimento em iniciativas no setor produtivo capazes de gerar riqueza. De que maneira o CNPq pretende participar nesse contexto?

Pretendemos participar, mas não podemos ter a ilusão que o CNPq será o único órgão a resolver esta situação, assim como não podemos ter a ilusão de que as universidades vão apresentar uma solução definitiva. Tenho a impressão que a área acadêmica já fez bastante, no sentido de desmistificar essa questão. Hoje, não é mais considerado crime falar sobre transferência de tecnologia para as empresas. Mas para que isso ocorra efetivamente são necessárias políticas do governo, que envolvem o financiamento de grandes volumes de recursos, bem como iniciativas dos empresários, que precisam mudar sua visão a esse respeito e aperfeiçoarem a gestão de seus negócios. Governo, academia e empresas têm de atuar juntos. Tenho a sensação de que isso está progredindo. O diálogo está acontecendo e as ações conjuntas estão surgindo. O CNPq participa, principalmente fazendo com que algumas de suas linhas tradicionais, antes voltadas apenas para pesquisa, passem a incluir o componente tecnológico e de inovação. Temos, por exemplo, bolsas de iniciação tecnológica, em que o estudante desenvolve o seu projeto numa empresa, devidamente orientado por um pesquisador. Esse tipo de iniciativa é importante para criar uma cultura diferente. (Clayton Levy – Jornal da Unicamp, 27/8)

Pesquisadores discutem em Brasília incentivo à pesquisa em educação de jovens e adultos

Agência Brasil, 04/09/07

Brasília – O Ministério da Educação promove, hoje (4) e amanhã em Brasília, reunião com pesquisadores dos projetos selecionados pelo ‘Programa de Incentivo à Pesquisa em Educação de Jovens e Adultos’. Os pesquisadores vão discutir nove estudos financiados pela parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, que serão desenvolvidos no período de 2007 a 2009.

O objetivo dos projetos é estimular a formação de uma rede de cooperação entre as instituições para desenvolver pesquisas científicas e tecnológicas voltadas para a formação de trabalhadores, que sejam integradas à educação de jovens e adultos e à formação de mestres e doutores.

Os estudos serão desenvolvidos por 16 instituições de ensino superior e tecnológico. O investimento soma R$ 3,5 milhões, sendo que cada projeto receberá R$ 889 mil por ano. Na reunião, além da apresentação dos projetos, serão definidas as estratégias de acompanhamento que será feito pelo Ministério da Educação.

Comissão debate projetos culturais das universidades mineiras

As iniciativas desenvolvidas na área de cultura pelas universidades mineiras serão debatidas pela Comissão de Cultura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A reunião, solicitada pela deputada Gláucia Brandão (PPS), será nesta terça-feira (31/8/07), às 15 horas, no Plenarinho III.

Para discutir o assunto foram convidados o diretor de Arte e Cultura da PUC-MG, José Márcio Barros; o coordenador de Cultura e Artes da Fundac-BH, entidade mantenedora do Uni-BH e o diretor de Ação Cultural da UFMG, Maurício José Laguardia.

Assessoria de Comunicação – 31 – 2108 7715

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Com quantos tolos se faz uma república? Padre Correia de Almeida e sua sátira ao Brasil oitocentista”, Maria Marta Araújo –Traz uma abordagem da micro-história e constrói uma trajetória para a vida do intelectual e político padre José Joaquim Correia de Almeida (1820-1905). Dessa forma, a obra pode ser lida como uma espécie de história do pensamento político por via da literatura, sendo uma contribuição original e relevante, tanto para a história literária mineira, como para um melhor entendimento do campo social brasileiro no século 19. (UFMG)

“Tecnologia de gestão – por uma abordagem disciplinar”, Gelson Silva Junquilho, Mônica de Fátima Bianco, Ricardo Roberto Behr e Susane Petinelli Souza (Orgs.) – Este é o segundo livro da série Tecnologia e Gestão e Subjetividade, construído a partir do trabalho dos seus pesquisadores e dos conferencistas do III e IV seminários sobre Gestão Organizacional Contemporânea, realizados nos anos de 2002 e 2004, em Vitória. Trata-se de uma coletânea provocativa, na medida em que, focalizando questões subjetivas, leva o leitor, se for docente, a repensar suas próprias práticas no cotidiano acadêmico, enquanto outros leitores poderão refletir sobre as suas experiências profissionais. (UFES)

“Caderno CRH nº 49”, Centro de Recursos Humanos da UFBA – Com um dossiê central sobre “Educação e desigualdades sociais”, coordenado pela Profa. Maria Lígia Barbosa, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A publicação também traz um conjunto de artigos de temática livre, organizado pelas editoras da revista. Essa edição veicula a contribuição de autores de reconhecida qualificação acadêmica da comunidade científica nacional e internacional, cujos textos revelam tanto a variedade de perspectivas na abordagem das temáticas tratadas como pesquisas originais que sustentam novas reflexões. (UFBA)

“Aprendendo a Libras e reconhecendo as diferenças: um olhar reflexivo da inclusão”, Luiz Albérico – expõe uma nova proposta para o ensino Língua Brasileira de Sinais (Libras), desenvolvida a partir de pesquisas na área da educação com surdos. O livro apresenta uma metodologia desenvolvida para facilitar a aprendizagem do ensino da Libras de uma pessoa ouvinte para outra ouvinte, e mostra como funciona a aprendizagem da linguagem para os surdos. (UFPE)

“Café Rural: Noções da Cultura”, de Roberto Tonzoni e Nelson Geraldo de Oliveira – a obra procura trazer informações sobre a Cafeicultura a todos os interessados nessa magnífica planta: o Cafeeiro. O livro aborda de forma resumida os principais tópicos sobre a cultura. O livro é uma coletânea de informações de Manuais Consagrados, conhecidos por Lavradores, Técnicos e pesquisadores do Café. (UFRRJ)

“Conjugalidades, Parentalidades e Identidades Lésbicas, Gays e Travestis”, Miriam Grossi, Anna Paula Utziel e Luiz Mello (Orgs.) – os novos arranjos familiares, as novas parcerias e seus sentidos são motivos de debates no Brasil e em vários países. Colaboram para discutir, repensar e ampliar questões como maternidade, paternidade, casal, família e amor fora da norma heterocêntrica. No Brasil, este debate vem crescendo e ganhando espaço na sociedade civil. A contribuição acadêmica tem sido inestimável para o diálogo no espaço das discussões e propostas de leis e conquistas de direitos, sempre proporcionando a construção de novos olhares sobre estes temas. Esta coletânea, com sua perspectiva transdisciplinar, reúne reflexões de áreas da Psicologia, Direito e Ciências sociais, em estudos realizados no Brasil, Argentina, Chile, Espanha e França. (UFSC)

“Ferramentas para descomplicar a atenção básica em saúde mental”, Mário Sergio Ribeiro (Org.) – a obra tem o objetivo de facilitar a abordagem dos problemas relativos à saúde mental. O Livro é dividido em três partes: Identificando Problemas, Diagnosticando os Problemas e Intervindo Sobre os Problemas Diagnosticados. É ilustrado com casos ou vinhetas clínicas para individualizar situações relativas ao sofrimento mental ou aos transtornos mentais específicos. Além disso, aborda opções terapêuticas e a tomada de decisão entre cuidar ou encaminhar os usuários a especialistas. Com 296 páginas, a obra é fruto de um trabalho conjunto de professores de psiquiatria da Faculdade de Medicina da UFJF, discentes e técnicos do Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário (HU) e profissionais da rede básica e especializada em saúde mental do SUS de Juiz de Fora. (UFJF)

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Universidade Federal de Lavras