CIM/UFLA e CNA desenvolvem estudo sobre o mercado florestal de produtos não madeireiros

Com o apoio do Centro de Inteligência em Mercados (CIM/UFLA), um questionário será submetido aos produtores rurais – e os resultados poderão contribuir para a formulação de políticas públicas para o setor

Durante a 34ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural, realizada na quinta-feira (18/2), na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou o desenvolvimento do estudo sobre o mercado florestal de produtos não madeireiros, que tem como objetivo o levantamento de informações estratégicas do setor.

Os resultados obtidos com a pesquisa vão servir de subsídio para a formulação de propostas de inclusão das demandas dos segmentos de seringueira (borracha natural), pínus (resina) e acácia-negra (tanino), no Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas, do MAPA. De acordo com a assessora técnica da Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA, Camila Soares Braga, o Plano Nacional deve incluir estratégias para impulsionar o desenvolvimento do setor de produtos não madeireiros. “Nosso objetivo é recolher o máximo de informação possível para mostrar ao Ministério que esse setor é significativo para o país”, afirmou a assessora.

Com o apoio do CIM/UFLA, um questionário será disponibilizado às principais instituições ligadas à produção silvicultural não madeireira, a exemplo da borracha natural, resina, tanino e látex. Entre as perguntas que compõem o documento, estão o principal destino dos produtos, organização dos produtores, seguro rural e mão de obra. “É um questionário para identificar o nível de importância e satisfação do setor florestal em cada tema abordado”, explica Camila.

O coordenador de pesquisas e serviços em gestão do CIM/UFLA, Diego Humberto de Oliveira, explica que “o CIM já participa no desenvolvimento de alguns trabalhos no setor florestal. Além dos ganhos para o ensino, pesquisa e extensão na UFLA nesse segmento, com a possibilidade de inserção de estudos econômico-financeiros e de política agrícola, em âmbito nacional, especialmente por meio do MAPA, essa nova pesquisa fortalecerá nossa multidisciplinaridade. Acreditamos que essa diversificação de segmentos é extremamente importante para continuarmos desenvolvendo projetos relevantes para a agronegócio no Brasil”, ressaltou o coordenador.

Atualmente, oito estudantes de Engenharia Florestal da UFLA compõem a equipe de pesquisas em gestão estratégica e inteligência competitiva do CIM.

Reunião ordinária

A Câmara Setorial também discutiu a necessidade de atualização da Norma Reguladora 31, do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece as normas de segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. A CNA pretende propor a revisão do texto ainda este ano, buscando melhor adequação da norma às rotinas de trabalho na área rural. A rigidez da norma em vigência vem causando preocupação do setor, devido à dificuldade no cumprimento de todos os seus itens. “A CNA participa ativamente das discussões sobre essa pauta e está preocupada com a situação dos agricultores e pecuaristas que vêm sofrendo com fiscalizações do Ministério do Trabalho e Previdência Social”, disse o assessor jurídico da CNA, Eduardo Queiroz.

Além dos representantes da Embrapa, MAPA e de associações, participaram da reunião José Manoel Monteiro de Castro, da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), e o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e presidente do Sindicato Rural de Parapuã, José João Auad Junior.

Vanessa Trevisan (Assessora de Comunicação InovaCafé), com Assessoria de Comunicação CNA.