Inflação foi influenciada por desacelerações nos preços dos alimentos e vestuário

IPCNo mês de junho, a taxa de inflação calculada por pesquisa realizada no Departamento d e Administração e Economia da UFLA (DAE) ficou em 0,86%. A tendência foi contrária ao mês anterior, quando o índice foi o maior do ano: 1,87%. No acumulado do ano, o IPC da UFLA está em 8,23%.

A desaceleração da inflação de junho ficou localizada principalmente nos alimentos in natura, que subiram em um ritmo menor que nos meses anteriores, com alta de 13,62%. Os produtos semielaborados ficaram mais caros 1,43%, enquanto os industrializados, 4,58%. No geral, os alimentos tiveram alta de 2,9%.

Com a antecipação das promoções da moda inverno, outro setor que ajudou a segurar a inflação de junho foi o de vestuário.  “Com os indicadores de venda em queda, os empresários buscam evitar a formação de estoques, aumentando a liquidez, o que leva o varejo a reduzir os preços”, explica o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa. Em junho, o grupo vestuário teve um aumento de 2,64%.

Outro apontamento do professor é de que a cada R$100,00 gastos por um consumidor, R$27,00 são com alimentos e R$14,80 com despesas de vestuário. “Praticamente quase a metade do orçamento dos consumidores é gasta com essas duas categorias”, afirmou.

Outras categorias pesquisadas pela UFLA tiveram os seguintes aumentos de preços: bebidas (0,08%); material de limpeza (2,43%); higiene pessoal (0,62%); educação e saúde (0,2%) e despesas de transporte, com alta de 0,8%.

Não foram identificados aumentos, na média, dos setores ligados aos gastos com moradia, serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e lazer. Já no grupo bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), a pesquisa identificou queda media nos preços pesquisados, -2,28%.

Cesta básica

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma ligeira alta, de 0,07%. No mês de maio, seu valor foi de R$475,08 e no mês de junho, esta despesa subiu para R$478,40. Os maiores aumentos foram registrados nos derivados lácteos.