Greve nas universidades: governo não altera proposta e enviará Projeto de Lei ao Congresso

Cibele Aguiar

Em reunião realizada nessa quarta-feira (1º), para a definição da proposta apresentada pelo governo para o reajuste e reestruturação da carreira docente, as representações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino – Andes –SN e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Tecnológica – Sinasefe informaram que não assinariam o termo de acordo, rejeitando a proposta em atendimento à decisão aprovada pelas assembleias realizadas nas instituições que representa.

Em nota, o Andes-SN ressaltou a disposição para negociar, se o governo dialogar com a lógica da proposta apresentada pelo sindicato, já que representa grande parcela da categoria.

Representando o governo na mesa de negociações, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MGOP), Sérgio Mendonça, reafirmou que não apresentará uma contraproposta.

A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceitou assinar o termo de acordo que assegura o reajuste aos professores, o que na prática sinaliza o indicativo de fim da greve nas instituições que a entidade representa.

Para o secretário Sérgio Mendonça, “o acordo está aberto para que Andes e Sinasefe assinem a qualquer momento. Vamos assinar com o Proifes e enviar até o dia 31 um Projeto de Lei ao Congresso Nacional”.

O secretário informou ainda que pretende iniciar na próxima semana as negociações com os servidores técnico-administrativos, representados pelo Sinasefe e pela Fasubra, a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores nas Universidades Brasileiras.

Nesta quinta-feira, a greve dos professores completa 77 dias e a dos técnicos administrativos da UFLA 52 dias. Na UFLA, cerca de oito mil estudantes permanecem sem aulas.

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Foto: site Andes-SN