Censo revela: Brasil tem 6,5 milhões de universitários

Cibele Aguiar

Em 2010, o Brasil contabilizou 6,3 milhões de estudantes em cursos de graduação e 173 mil na pós-graduação. Segundo dados preliminares do Censo da Educação Superior divulgados nesta segunda-feira (7), o número de graduados superou a expectativa do Ministério da Educação (MEC) na década 2001-2010, passando de 390 mil em 2001, para 973,8 mil em 2010. A coleta de dados do Censo da Educação Superior é realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Os números relativos às universidades federais também surpreendem: em 2002, ingressaram em cursos de graduação nas universidades federais 148,8 mil estudantes, chegando a 302,3 mil em 2010.

Em nota divulgada pelo MEC, o ministro Fernando Haddad ressaltou o período como a melhor década do ponto de vista de acesso à educação superior, em todos os tempos, tanto em termos relativos como absolutos. “Praticamente triplicamos o número de pessoas formadas em nossas universidades”, ressaltou.

Esses estudantes estão matriculados em 29.507 cursos de graduação presenciais e a distância, distribuídos em 2.377 instituições de ensino superior, públicas e privadas.

Os dados do Censo também revelam que este crescimento foi mais equilibrado quanto à distribuição regional. A região Nordeste, por exemplo, tinha 15% das matrículas em 2001 e alcançou 19% em 2010; e a região Norte, que tinha 4,7% das matrículas, termina a década com 6,5%.

O Censo também mostra que a educação presencial e a distância atende pessoas com perfis diferentes. Para o ministro Haddad, a educação a distância cresce e proporciona a outro público o acesso à educação superior.

Licenciaturas –Também foi registrado aumento no número de ingressantes em cursos de licenciaturas, representando 21% do total de matriculados em 2010, incluindo cursos presenciais e a distância. Enquanto em 2001 concluíram cursos de biologia 78 mil estudantes, em 2010 foram 160 mil; em física, esse número passou de 18 mil em 2001, para 42 mil em 2010; em matemática, os concluintes passaram de 60 mil para 86 mil e, em química, de 26 mil para 53 mil.

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