Indicadores agrícolas sinalizam alívio no campo

Depois de três meses em que as estimativas da UFLA indicaram queda no faturamento no campo, os indicadores agrícolas sinalizaram uma reversão da economia rural em agosto de 2011, em que a renda do setor agropecuário superou os custos de produção, conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas.

De acordo com o professor Ricardo Pereira Reis, no caso específico do mês de agosto, o Índice de Preços Recebidos (IPR) teve uma alta de 3,41% e o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas ficou mais caro 0,98%. Em maio, a renda no campo caiu 0,72%, quedas de 3,85% em junho e de 0,87% em julho. No acumulado dos últimos doze meses (setembro/2010 a agosto/2011), o IPR está em 25,25% e o IPP, alta de 4,64%.

 As contribuições para a melhoria da renda agrícola em agosto vieram do setor graneleiro: para o arroz foi pago 8,7% a mais do que no mês anterior; o feijão teve alta de 5,08% e o milho ficou mais caro no campo, 12,16%. O setor leiteiro também viveu um momento de tranquilidade, com alta de 9,59% para o leite tipo B e aumento de 6,08% para o tipo C. Já a cotação do café não sofreu alterações de preços no mês.

Entre os itens que compõem os hortifrutigranjeiros, as maiores altas ficaram concentradas nos seguintes produtos: banana (2,04%), batata (5,81%), cenoura (5,75%), couve (9,09%), pimentão (16,92%), repolho (8,65%), tomate (9,49%) e frango abatido, cuja alta foi de 5,88%. E entre os produtos que ficaram mais baratos no campo, destacam-se: cebola (-7,5%), mandioca (-7,69%) e quiabo, com queda de 0,98%.

Entre os insumos agrícolas, as maiores altas em agosto ficaram localizadas nos fertilizantes (1,57%), sementes e mudas (8,68%), maquinas e equipamentos (0,68%) e frete do leite, cuja alta para o pecuarista foi de 21,74%. As maiores quedas nos insumos ficaram com os fungicidas, herbicidas, inseticidas, antibióticos, vermífugos e vacinas.