Ufla participa de pesquisas com palmeiras oleíferas para Biodiesel

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) é uma das instituições parceiras do projeto nacional que prevê um avanço nas pesquisas com palmeiras oleíferas para a produção de Biodiesel. Em um prazo de três anos, 16 entidades de todo o país, coordenada pela Embrapa Agroenergia, vão executar o projeto “Pesquisa. Desenvolvimento e Inovação” (PD&I), o Propalma, para a produção do óleo e aproveitamento econômico de co-produtos e resíduos

 

O Propalma visa a promover o domínio tecnológico e a domesticação para incorporar e utilizar palmáceas selecionadas pela sua densidade energética e distribuição territorial como matérias-primas para a produção comercial dos óleos. Além disso, busca remover os gargalos tecnológicos para o aproveitamento econômico de co-produtos e resíduos inserindo as regiões de ocorrência dessas palmáceas na geopolítica de produção de bicombustíveis (biodiesel, etanol e carvão vegetal), adubos e rações.

 

De acordo com o coordenador do projeto, o pesquisador da Embrapa Agroenergia Leonardo Bhering, serão avaliadas quatro palmeiras oleíferas potencialmente viáveis para a produção do biodiesel. “O projeto reforçará as pesquisas com o babaçu, o tucumã, o inajá e a macaúba. Acredita-se que pode ser um grande avanço nas pesquisas dessas espécies, melhorando a diversidade e também fornecendo subsídios para delinear estratégias de condução dos cultivos ou do extrativismo sustentável, com aumento da produção e domesticação”, declara Bhering.

 

O pesquisador ressalta, ainda,  que as espécies foram escolhidas pelo elevado potencial de produção de óleo, pela produção de biodiesel com matérias-primas regionais e pelo incentivo aos Arranjos Produtivos Locais (APL), podendo ser uma nova fonte de renda para os agricultores familiares. O estabelecimento de APL’s pode atender à necessidade de suprimento contínuo de matérias-primas para a produção de biodiesel e otimizar o uso da terra e o balanço energético global. “Nesse tipo de APL é vantagem a formação de associações ou cooperativas de produtores que instalem unidades de esmagamento das matérias-primas”.

 

As ações do projeto, financiado pela Finep e aprovado em junho deste ano, serão desenvolvidas em todas as regiões do país, especialmente nos estados do Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Piauí, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. Participam das pesquisas a Embrapa Agroenergia e outras unidades localizadas em diversas regiões do pais: Amapá (Macapá), Amazônia Ocidental (Manaus/AM), Amazônia Oriental (Belém/PA), Cerrados (Brasília/DF), Roraima (Boa Vista), Meio-Norte (Teresina/PI), Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro/RJ) Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília/DF). Entre as universidades parceiras estão as federais de Lavras, do Maranhão, de Minas Gerais, de Viçosa, de Brasília, do Paraná e do Piauí; e a Universidade Estadual de Montes Claros.

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