Num Grande
Livro -Três Grandes Histórias

Poucas são as instituições de ensino superior no Brasil que podem se orgulhar de ter 100 anos de vida. É o caso da Universidade Federal de Lavras (UFLA), fundada por Samuel Gammon. Tendo como primeira sede uma pequena casa em cujos cômodos as aulas começaram no dia 5 de setembro de 1908, com apenas quatro alunos, a UFLA superou as expectativas do seu idealizador. Hoje ela é referência em ciências agrárias no país.

O sonho do imigrante Samuel Gammon que deixou para sempre o lar paterno nos Estados Unidos para desempenhar no Brasil uma missão educadora e humanitária está consolidado. Ele foi um daqueles homens que vêm ao mundo só para fazer o bem, e servir de exemplo para as futuras gerações. Não há preço que pague as lições edificantes que ele passou a jovens de futuro incerto que se abrigaram em seu ateneu.

 

Na imaginação de Samuel Gammon, a sua Escola teria “provavelmente, vasta influência na vida e na história dessa parte do Estado de Minas”. Ele foi modesto, já que a Escola Agrícola de Lavras e suas sucessoras, a Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) e a Universidade Federal de Lavras, influenciaram toda a agricultura e pecuária nacional com as tecnologias que criaram por si mesmas e com aquelas que introduziram de forma pioneira no Brasil.

 

Essa saga que se iniciou com missionários chegando em Lavras em canoas e carros de boi, carregando livros, lápis e bancos escolares, está toda documentada neste livro. Ele revela dias de vinho e rosas e também sérias crises financeiras que quase levaram as instituições ao fechamento. Tudo foi superado com idealismo e sacrifícios pessoais de funcionários, professores e dirigentes.

 

Como último ato das celebrações dos seus 100 anos de existência, a Universidade Federal de Lavras estará promovendo o lançamento, no próximo dia 2 de setembro, às 16 horas, no Salão de Convenções da UFLA, do livro “A Terra Prometida de Lavras”, um resgate de uma história que não poderia deixar de ser contada.

 

A autoria é do maior especialista do Brasil na redação e produção de livros históricos, o jornalista João Castanho Dias, que produziu, dentre outras obras “O Leite na Paulicéia” (Livro do Ano – Jornal Estado de São Paulo), “Raízes da Fertilidade” (patrocínio Bunge, Cargill e Yara), “O Pio da Esperança” (patrocínio da Fosfertil e CESP) e “500 anos de Leite no Brasil” (patrocínio Nestlé).

 

O livro “A Terra Prometida de Lavras”, que contou com a colaboração de 13 pessoas que conheciam de perto a história da instituição, tem capa debruada de papelão 18, com laminação fosca BOPP e sobrecapa em papel couche fosco LD 150g. São 160 páginas com formato 27 x 27 cm, lâminas 4 x 4 cores em couche fosco LD 150, com lombada quadrada costurada, guardas em couche fosco LD 150 g, apresenta mais de 150 fotos, 35 documentos, vários box com depoimentos e está escrito numa linguagem envolvente.

 

O capítulo 1 – Uma febre no meio do caminho – trata da fase inicial do Instituto Gammon, ainda em Campinas e o processo de mudança para Lavras, em decorrência da febre amarela. O capítulo 2 – A escola que o Brasil precisava – detalha a fase inicial da Escola Agrícola em Lavras, com inúmeros documentos da época, inclusive com o primeiro programa de disciplinas. O capítulo 3 – Dias de vinho, valsa e rosas – relata a época de ouro da Escola Agrícola de Lavras a partir da década de 30, com muitas conquistas e comemorações, inclusive da contribuição cultural para a cidade. No capítulo 4 – A geração de ouro do esporte – são detalhados grandes feitos esportivos de uma época áurea, onde vários campeões brasileiros e sul-americanos se destacaram no atletismo e em esporte coletivos, como futebol, basquete e vôlei. O capítulo 5 – O guardião da centenária história – é dedicado ao Museu Bi Moreira, com detalhes interessantes de peças do seu acervo, retratando a história da UFLA. O capítulo 6 – O nó górdio da federalização – retrata uma agonia de seis anos, que foi mais ou menos o tempo que durou o processo de federalização, período em que 19 professores e 32 funcionários ficaram dois anos (1964 e 1965) sem receber salários para que a ESAL não fechasse. O capítulo 7 – Universidade de referência nacional – é um relato da fase mais recente da UFLA, mostrando toda sua evolução e um detalhamento do plano da ação da universidade para os próximos 30 anos.

Pelo conteúdo dessa obra, pelo que representou a antiga Escola Agrícola de Lavras, a Escola Superior de Agricultura de Lavras e pelo que representa hoje a Universidade Federal de Lavras para o desenvolvimento da agropecuária na região, em Minas Gerais e no Brasil, o livro “A Terra Prometida de Lavras” é um marco que irá trazer saudades aos que viveram esse período e um exemplo de dedicação, trabalho e esforço na preservação de um ideal para as futuras gerações, mostrando que: “O que torna um sonho irrealizável não é o sonho em si, mas sim a inércia de quem sonha”.

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