Realizado terceiro momento “Quem somos nós”

O terceiro momento abordou o tema “Históricos e perspectivas de extensão na Ufla”, que aconteceu ontem, dia 29 de novembro, às 18 horas, no Salão de Convenções.

Com o objetivo de repassar informações referentes ao crescimento e desenvolvimento da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ao longo desses 100 anos, assim como a expansão da universidade, em âmbito nacional e internacional por meio do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, foi realizado primeiro momento do evento “Ufla: Quem somos nós”, que aconteceu no Anfiteatro do Departamento de Agricultura, dia 13 de novembro.

A primeiro momento, foi realizado no Ginásio Poliesportivo e contou com a presença de estudantes de graduação e de pós-graduação com vínculo em programas institucionais, PET, PIBIC, Bolsistas Institucionais (Monitoria, Rede, Extensão, Atividade, Preuni), Grupos e Núcleos de Estudos, Centros Acadêmicos, APG e Empresas Juniores.

Além de informações históricas sobre a Escola Agrícola de Lavras, Escola Superior de Agricultura de Lavras e Universidade Federal de Lavras, foi apresentado o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e informações sobre o crescimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Ufla participa do Projeto Rondon no Pará e Piauí

A Universidade Federal de Lavras(Ufla) aprovou junto ao Ministério da Defesa dois projetos para a operação Grão-Pará do Projeto Rondon 2008.

A operação envolverá os estados do Pará e Piauí. No Piauí, a equipe da Ufla atuará na cidade de Boa Hora e terá a coordenação do professor Carlos Eduardo Silva Volpato. No Pará, a equipe atuará na cidade de Oeiras e terá a coordenação da professora Ila Maria da Silva Souza.

Entre os dias 19 e 23 de novembro os coordenadores visitaram as cidades de atuação e se reuniram com o prefeito e lideranças locais para traçarem o plano de trabalho, que será executado no mês de janeiro de 2008.

Desde 2005, quando o Projeto Rondon voltou a ser realizado, esta será a quarta participação da Universidade. Em 2005 esteve na Amazônia. Em 2006 em Roraima e em 2007 no Pará.

Jovens se dizem desencantados com o Brasil

O Globo, 29/11/07

Chico de Gois

Violência e políticos são apontados, em estudo com adolescentes, como os maiores motivos de vergonha

Pesquisa realizada por Unicef, Fundação Itaú Social e Instituto Ayrton Senna mostra o desencanto dos jovens com o Brasil. Quando perguntados sobre quais motivos tinham para se orgulhar do país, 29% não quiseram ou não souberam responder, enquanto 11% afirmaram que “nada” lhes dá orgulho. Foram entrevistados 3.010 jovens em 206 municípios e 210 indígenas de 15 cidades, todos na faixa etária de 15 a 19 anos. Entre os que encontraram algum motivo de orgulho, 15% identificaram as riquezas, as belezas naturais e as praias, e 10% optaram pelo futebol. Dos representantes das classes D e E, 34% não opinaram. Para 20% dos indígenas, o povo e o cidadão brasileiro são motivos de orgulho, resposta de 5% dos demais entrevistados. Do lado oposto, o que mais envergonha os jovens entrevistados é a segurança pública, empatada com a política e os políticos. Em resposta espontânea, 20% apontaram cada um desses três problemas. Entre os indígenas, 23% não souberam ou não quiseram responder.

Entre os indígenas, quase metade sente-se discriminada A corrupção política é, na visão dos jovens, o que mais causa problemas sociais no Brasil: 27% dos entrevistados têm essa opinião, enquanto 17% apontaram a discriminação racial e 15%, a falta de segurança.

Entre os indígenas, a discriminação racial está no mesmo patamar da corrupção política, com 17% das respostas. Na Região Centro-Oeste, a corrupção política foi apontada como um dos principais males do país: 35% têm essa opinião, quase o mesmo percentual do Sudeste, 33%. Os jovens se dividiram ao apontarem caminhos para o ambiente político. Ao escolherem a expressão com a qual mais concordavam, 47% disseram que “a política é um ambiente muito contaminado, por isso o jovem deve buscar outros canais de participação”. Percentual praticamente igual dos que têm visão oposta: 48% responderam que “a participação política é um canal importante demais para deixar de ser utilizado pelos jovens”.

Embora observem a discriminação como um grave problema a ser enfrentado, a maioria (67%) não se sente vítima de preconceito. Porém, entre os que assim se sentem, 20% apontam o fato de serem pobres como motivo para serem destratados. Os indígenas (44%) são os que mais se sentem discriminados. A primeira etapa da pesquisa, intitulada “Adolescentes e jovens do Brasil”, foi realizada entre 11 e 18 de julho de 2006. O estudo foi concluído em 9 de agosto do ano passado, e divulgado ontem.

Educação poderá ganhar R$ 19 bilhões a mais

Portal MEC, 29/11/07

O ministro da Educação, Fernando Haddad, comemorou o anúncio da possibilidade do fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) na área educacional a partir de reduções graduais, até 2011. A proposta foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quarta-feira, 28, e condiciona o fim da incidência da DRU à aprovação da CPMF pelo Congresso Nacional. Com a medida, a educação poderá receber R$ 19 bilhões a mais em quatro anos. Guido Mantega lembrou que a CPMF assegura a arrecadação anual de aproximadamente R$ 40 bilhões, a maior parte destinada à área social.

Para Haddad, a proposta demonstra que existe uma corrente nacional em favor da educação. “Serão R$ 19 bilhões a mais ao longo de quatro anos. Isso demonstra que existe uma pactuação em torno da melhoria da educação no país”, ressaltou durante lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação, em Cuiabá.

O mecanismo da DRU, aprovado em 1994, permite que o governo gaste como quiser 20% do total de impostos arrecadados pela União, independentemente das vinculações previstas na Constituição.

De acordo com a Carta de 1988, 18% do total de recursos arrecadados com impostos federais deveriam ser destinados à educação. Mas, com a DRU, esse percentual passou a ser calculado depois de descontados os 20% da desvinculação. Assim, os 18% do total de recursos federais que deveriam financiar a educação foram reduzidos para cerca de 14%. Por causa disso, o Ministério da Educação deixou de investir R$ 45,8 bilhões entre 2000 e 2007.

O governo federal propõe reduzir a incidência da DRU para a educação até zerá-la em 2011. Em 2008, a desvinculação passaria de 20% para 15%, 10% em 2009, 5% em 2010 e zero em 2011. Em valores atuais, esses percentuais representariam cerca R$ 1,9 bilhão a mais sobre o orçamento da educação em 2008, R$ 3,8 bilhões em 2009, R$ 5,7 bilhões em 2010 e R$ 7,7 bilhões em 2011.

Maria Clara Machado e Ana Guimarães

Vias alternativas para acesso a Ufla na Festa dos 100 dias dos formandos

Amanhã 30/11, acontecerá a tradicional festa dos formandos ‘festa dos 100 dias’ nas proximidades do Posto Shell (Postinho).

Na tentativa de minimizar os possíveis transtornos e engarrafamentos no principal Portão de acesso a Ufla, serão abertas duas vias alternativas de acesso. Uma pelo Clube de Campo do Sindufla e outra pela Subestação da Epamig a partir das 7 horas da manhã.

É necessário que esta informação seja repassada aos departamentos / setores da Ufla.

Ufla sedia Festival de Dança Conquista

Mais que um simples evento de Dança, o Festival Conquista abre, dentro das comemorações do Centenário, uma campanha em prol dos direitos das pessoas portadoras de deficiências

Aneliese Castro

Acontecerá no próximo sábado, 01 de dezembro, a quarta edição do “Festival de Dança Conquista” de pessoas portadoras de deficiências. No palco 48 artistas e 07 produtores. O grupo Conquista é fruto da iniciativa corajosa de um grupo pequeno de deficientes – incentivados pela profissional de Educação Física, Michele Barreto – que com o tempo conseguiu o apoio da Prefeitura Municipal de Lavras. Dentre os participantes pode-se perceber os mais diversos tipos de necessidades especiais advindos de alguns problemas como: deficiências visuais, alguns tipos de paralisia, acometidos por AVC (Acidente Vascular Cerebral), portadores de esclerose múltipla, Síndrome de Down, entre outros. Cada participante tem seu espaço no espetáculo.

De acordo com o coordenador do evento Dudu Melo, também deficiente visual, esta é uma forma de inserir o diferente na sociedade, sem causar sentimentos de piedade ou estranheza. “Tudo começou com uma brincadeira onde nós mesmos não tínhamos certeza de que seríamos capazes. Mas a professora Michele Barreto nos ajudou a perceber, por intermédio da dança, que a superação é possível”, comenta.
O festival de dança tem como objetivo mostrar a todos que a deficiência não faz com que a pessoa fique incapacitada e que a arte pode ser o grande impulsionador desse pensamento, acrescenta Dudu.

Presidente da Comissão do Centenário, professor Luiz Antônio Lima, ressalta a importância do evento e aproveita para falar do lançamento da campanha Ufla 100 Anos – Sem Obstáculos, Sem preconceitos. “Infelizmente ainda temos obstáculos físicos e psicológicos a serem superados e nosso objetivo é removê-los” Luiz Lima, ressalta ainda a importância da presença da comunidade no evento: “Através da divulgação maciça com cartazes, flyers, inserções em rádio, na TV Universitária, convites direcionados às instituições ligadas ao trabalho com deficientes, esperamos realizar um grande encontro. A Ufla sabe da importância dessa iniciativa e espera com isso despertar em todos o sentimento solidário que permitirá remover as dificuldades encontradas atualmente pelas pessoas portadoras de deficiências”.
O evento acontecerá às 20h no Ginásio Poliesportivo da Ufla. Haverá transporte gratuito a partir de 19h, na praça Augusto Silva, em frente ao Banco do Brasil. Entrada Franca.

Opinião: O que espero dos próximos dirigentes da Ufla

Antônio Carlos dos Santos

Estamos em pleno processo de escolha dos próximos dirigentes da Universidade Federal de Lavras. Considero o momento de extrema importância, pois uma escolha errada pode comprometer grande parte dos sonhos de professores, servidores técnico-administrativos e alunos de graduação e pós. Devemos escolher os dirigentes pelas suas reais competências para direção, execução e controle das ações planejadas e não pelas suas titulações e intenções políticas. Pode-se dizer que o futuro da universidade está em nossas mãos.

Como professor do quadro da universidade desde 1993, espero que os próximos dirigentes transformem a Ufla em uma HIPER organização de ensino, pesquisa e extensão. A escolha do prefixo HIPER se deve a fato de ele significar grande e por ele conter as letras iniciais de cinco estratégias básicas para se construir a universidade de nossos sonhos.

A primeira estratégia a ser utilizada a da Humanização da universidade. Não se constroem grandes organizações sem a valorização dos seres humanos envolvidos. Os futuros dirigentes da Ufla precisam valorizar tanto os clientes internos (professores, servidores técnico-administrativos e alunos) como os externos (visitantes, parceiros, apoiadores, etc.).

Nesse sentido, se faz necessário o estabelecimento de políticas de incentivos, capacitação, treinamento e relacionamento, além das atividades cartoriais. Os seres humanos apresentam necessidades e desejos que precisam ser satisfeitos. Sem essas ações, jamais teremos uma grande universidade.

Uma segunda estratégia, fundamental para o desenvolvimento da universidade, é a da Integração. Em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, a estratégia de integração tem sido utilizada por pequenas e grandes corporações para se manter no mercado. A integração deve ocorrer tanto no nível interno como externo da universidade. No nível interno, precisamos aproximar os setores para que tenhamos maior sinergia. Infelizmente, temos situações em que departamentos não interagem, setores que não se relacionam e direções se isolam em prol de seus objetivos individuais. Parece que a filosofia predominante é a do bicho-da-seda.

No nível externo, precisamos de maior integração da universidade com a sociedade, com as demais organizações de ensino, pesquisa e extensão, com os órgãos de fomento, com os governos, as empresas de pesquisa e as ONGs, entre outros. Precisamos, também, de uma integração no âmbito internacional. Não é possível formar profissionais dotados de um senso crítico-criativo em relação aos problemas do setor onde desenvolverá suas atividades sem considerar o contexto internacional. Muitas tecnologias e processos que utilizamos são desenvolvidas por organizações transnacionais.

A integração permitirá a participação de professores, pesquisadores e alunos do desenvolvimento tecnológico, o que contribuirá para construção da grande universidade desejada.
A terceira estratégia, não menos importante, é a da Profissionalização. Profissionalizar significa dotar os postos de trabalho da organização de pessoas habilitadas para tal. No atual contexto do desenvolvimento econômico, político, sociológico e tecnológico em que vivemos é inadmissível utilizar pessoas despreparadas nos postos de trabalho. Isso é muito comum em nossa universidade. Encontramos pessoas com boa vontade, porém, desqualificadas e deslocadas dos postos de trabalho. Como resultados, têm-se a baixa produtividade dos servidores, a insatisfação de clientes internos e externos, reclamações, os desperdícios de talentos e tecnologias, o retrabalho e, até mesmo, os problemas de saúde. Isso não pode continuar.

A quarta estratégia é a da Estruturação. Nenhuma organização alcançará seus objetivos se não dispuser de uma boa estrutura organizacional, física e de pessoal. No mundo atual, a competitividade da organização moderna depende muito do alinhamento da sua estrutura organizacional aos seus ambientes de negócio. Nesse sentido, os próximos dirigentes precisam investir muito. A estrutura organizacional atual da Ufla não corresponde à sua evolução; transformou-se em universidade, mas continuou com a estrutura organizacional da antiga Esal Falta alinhamento, em termos de sistema de atividade, autoridade, comunicação e gestão.

Não há separação entre as atividades fim das atividades meio; não temos uma linha de assessoria coerente e o modelo de departamentalização não é adequado às características da organização.

No que se refere à estrutura física, a situação não é das melhores. Apesar de termos crescido muito, as estruturas que foram construídas não oferecem as condições necessárias para que haja um bom aproveitamento. A qualidade das estruturas deixou a desejar. Há carência de apoio audiovisual, controle térmico, de luminosidade e até um mínimo de conforto em termos de acomodações não existe. Não precisamos de estruturas luxuosas, mas conforto é importante no processo ensino aprendizagem.

Em termos de estrutura de pessoal, a situação apresenta-se muito boa pelo lado do corpo docente, tendo em vista a quantidade e a qualidade dos mesmos, porém, no que tange a servidores técnico-administrativos, além de faltar em quantidade, faltam investimentos em qualidade e motivação. Conseqüentemente, muitos servidores estão desvalorizados, estressados, revoltados, improdutivos, cansados, sobrecarregados e insatisfeitos com a atual situação. A terceirização foi uma opção, em face da ausência de vagas para a contratação de servidores para o quadro. Entretanto, devido a maneira como foi realizada fez surgir uma categorias de colaboradores que se confronta com o pessoal do quadro permanente e os divide em os que ganham bem e os que ganham mal, os que trabalham e os que não trabalham; os que possuem benefícios e os que não os possuem. Essa situação gera conflitos internos que colaboram para improdutividade, baixa qualidade dos serviços e um clima organizacional ruim.

A última estratégia, e de grande importância, é a do Reconhecimento. Um dos requisitos essenciais para evoluir e crescer no meio organizacional é a construção de marcas reconhecidas. Não se consegue construir grandes organizações sem que suas ações sejam reconhecidas no seu contexto interno e externo.

No caso das organizações universitárias não é diferente. A sua avaliação é, na maioria das vezes, realizada com base no seu reconhecimento pela sociedade. Nesse sentido, espero que os futuros dirigentes da Universidade Federal de Lavras façam um excelente trabalho visando manter e ampliar o reconhecimento da marca Ufla tanto no contexto nacional como no internacional. Não será fácil, pois a concorrência é muito grande e, às vezes, desleal. Precisamos, urgentemente, de equipes que trabalhem a programação visual da universidade, no sentido de profissionalizar e padronizar o processo de comunicação interno e externo da organização. Precisamos mostrar para sociedade brasileira e estrangeira que queremos ser uma das melhores universidades do planeta. Não podemos ser tímidos nesse sentido.

Em suma, considero o momento de extrema importância e acredito que, com as cinco estratégias apresentadas, será possível, com relação às atividades fim, construir uma universidade educacionalmente orientada, cientificamente alinhada e socialmente integrada. No que tange às atividades meio, teremos uma universidade bem estruturada, com servidores valorizados e profissionalmente gerenciada. Essa é a minha esperança.

Antônio Carlos dos Santos
Engnheiro Agrônomo, mestre e doutor em administração e chefe do Departamento de Economia e Administração da Universidade Federal de Lavras.
E-mail: acsantos@ufla.br

Antônio Nazareno é reeleito reitor na Ufla

Encerrada às 22h40, do dia 28/11 as apurações do processo de consulta do Segundo Turno para a escolha de reitor e vice para a Universidade Federal de Lavras, gestão 2008/2012.

A Comissão Eleitoral, Associação dos Docentes – AdUfla, Associação de Pós-Graduandos – APG, Conselhos de Centros Acadêmicos – CA`s e Sindicatos dos Servidores – SindUfla informam que a Chapa 1 – Universidade Viva composta por Antônio Nazareno Guimarães Mendes e Elias Tadeu Fialho, obteve 53,03% dos votos válidos na proporcionalidade. A Chapa 1 recebeu 1226 votos dos estudantes; 197 dos professores e 233 dos técnico-administrativos, totalizando 1656 votos.

A Chapa 2 – Humanizar integrada por Luiz Edson Mota de Oliveira e André Luiz Zambalde, obteve 46,97% dos votos válidos na proporcionalidade. A Chapa 2 recebeu 979 votos dos estudantes; 191 dos professores e 201 dos técnico-administrativos, totalizando 1371 votos.

Votos nulos e brancos totalizaram 6.54%.

O universo eleitoral com direito a voto na Ufla é de 4.947, sendo 4.022 estudantes, 457 professores e 468 técnico-administrativos.

Compareceram no Segundo Turno, 3101 eleitores, registrando 37,32% de abstenções.

Saiba mais sobre o Programa de Gestão da Chapa UNIVERSIDADE VIVA – www.vivauflaviva.com.br

Primeiro Turno
O Primeiro Turno, realizado no dia 21/11, registrou o seguinte resultado proporcional:
A chapa Universidade Viva – Antônio Nazareno Guimarães Mendes e Elias Fialho obteve 36,88% dos votos válidos e a chapa Humanizar – Luiz Edson Mota de Oliveira e André Luiz Zambalde, 27,49%.

A chapa – Antônio Eduardo Furtini Neto e Messias José Bastos Andrade obteve 14,21% e a chapa – José Tarcísio de Lima e Mário César Guerreiro registrou 15,01%.

Votos nulos e brancos totalizaram 6,41%. Compareceram às urnas 3.140 eleitores.

Votos nominais
Chapa Nazareno/Fialho – 842 votos de estudantes; 171 de professores e 158 votos de técnico-administrativos.
Chapa Luiz Edson/André Zambalde = 415 votos de estudantes; 103 de professores e 167 votos de técnico-administrativos.
Chapa Furtini/Messias – 336 votos de estudantes; 51 de professores e 75 votos de técnico-administrativos.
Chapa Tarcísio/Guerreiro – 697 votos de estudantes; 72 de professores e 22 votos de técnico-administrativos.

Comissão Eleitoral
Presidente – José Maurício de Resende
Vice-presidente – Samuel Pereira de Carvalho
Secretaria – Ângela Maria da Silva Santos
Membros – Juan Ramon Olalquiaga Perez – Kátia Daniela Ribeiro – Eduardo Torres Magalhães
Colaborador – Marcelo Ângelo Cirilo do Departamento de Ciências Exatas.

Brasil entra no grupo dos países com mais alto IDH

Folha de São Paulo, 28/11/07

Antônio Gois

Documento anual das Nações Unidas afirma que brasileiros vivem em elevado grau de desenvolvimento humano

Relatório coloca país em 70º lugar no ranking mundial; Brasil já figurou na elite, em 1998, mas foi retirado dela após revisão nos critérios

Impulsionado principalmente por uma revisão nas estatísticas de expectativa de vida, o Brasil ingressou no grupo dos países considerados de alto desenvolvimento humano pelas Nações Unidas. O dado aparece no Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008, divulgado ontem pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

Para fazer parte desse grupo, é preciso ter IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) superior a 0,800 -numa escala que vai de zero a um. Foi justamente a este patamar de 0,800 que chegou o Brasil -o último dos 70 países que estão no topo do ranking no Relatório 2007/ 2008. Foram comparados 177.

Não foi a primeira vez que o país apareceu em um relatório da ONU com este patamar de alto desenvolvimento humano. No relatório de 1998, com dados de 1995, o país já havia ultrapassado a marca de 0,800.

No entanto, como o Pnud mudou a forma de cálculo do PIB per capita no relatório de 1999, vários países tiveram, como o Brasil, queda significativa no indicador. Considerando a série atual, com dados de anos anteriores revisados pelo Pnud, é a primeira vez que o Brasil atinge o patamar de alto desenvolvimento humano.

O IDH é calculado a partir de indicadores de expectativa de vida, proporção de adultos alfabetizados, taxa de matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior e PIB per capita. Os dados divulgados são, em sua maioria, referentes a 2005.

Apesar de 2005 ter marcado a mudança de patamar do Brasil, foi no qüinqüênio que se encerrou naquele ano que foi verificada a menor variação do IDH brasileiro desde 1975. De 2000 a 2005, o IDH cresceu 1,4%. Antes, de 1995 a 2000, a variação havia sido de 4,8%. O maior aumento foi registrado de 1975 a 1980 -5,5%.

No relatório deste ano, o Brasil caiu de 69º para 70º lugar. Em 2006, no entanto, apenas 63 países tinham IDH superior a 0,800. Neste ano, são 70.

O Pnud alerta, entretanto, que as comparações de um ano para outro são imprecisas porque os dados estão sujeitos a revisões, que fazem com que a posição se altere artificialmente num curto período. Foi o que aconteceu com o Brasil. No relatório de 2006, o país aparecia com esperança de vida de 70,8 anos. Agora, subiu para 71,7.

Esse aumento de quase um ano na expectativa de 2004 para 2005 (o relatório traz dados de ao menos dois anos antes) foi fruto da revisão em 62 países onde as estimativas de incidência, transmissão e sobrevida dos infectados com HIV/ Aids estavam desatualizadas.
Ao rever o dado de 2005, o Pnud refez o cálculo de 2004. Em vez dos 70,8 anos divulgados no relatório do ano passado, o Brasil já estaria com esperança ao nascer de 71,5 anos.

PIB per capita

O mesmo foi feito com os dados de PIB per capita, calculado em dólares, mas levando em conta o poder de compra da moeda de cada país. Foram revisados dados de 159 países. No Brasil, o PIB per capita chegou a 8.402 dólares PPC (Poder de Paridade de Compra).
Em relação ao dado do relatório do ano passado (8.195 dólares PPC), a variação teria sido de 2,5%. No entanto, com a revisão, o valor de 2004 foi corrigido para 8.325, o que significou uma variação real de 0,9%.

De 2004 para 2005, a ONU registrou pouca alteração nos dados da educação para o Brasil. Nesse caso, Flávio Comin, assessor especial do Pnud, alerta que os dados de 2005 não foram atualizados a tempo de entrar no relatório deste ano, o que explica essa estagnação.

Numa comparação mais abrangente, considerando só os 141 países com dados comparáveis de 2000 a 2005, o Brasil perdeu seis posições (da 51ª para a 57ª). Já na comparação de dez anos (1995 a 2005) com 144 países, o país teria caído apenas uma posição (da 57ª para a 58ª).

IDH alto esconde desigualdade, dizem especialistas

Dados indicam evolução gradativa, mas desempenho é visto como oportunidade para acelerar melhorias dos indicadores sociais

Para especialistas consultados pela Folha, a linha que separa países de alto desenvolvimento humano (IDH igual ou superior 0,800) é uma marca arbitrária que oculta, no caso brasileiro, a desigualdade.

O feito, no entanto, é uma oportunidade para acelerar a melhoria dos indicadores sociais caso o Brasil se compare apenas com os países que pertencem ao grupo do qual agora fazemos parte, com índices muito melhores que os nossos.

Para o ex-presidente do IBGE no governo FHC Simon Schwartzman, os dados indicam um processo de melhoria gradativa e de longo prazo.

´Vão dizer que ´nunca antes na história deste país´ o IDH esteve tão alto e que, finalmente, entramos para os países de ´alto desenvolvimento´, como se fosse mais um trunfo do governo Lula. Na verdade, a linha divisória entre o alto e o médio desenvolvimento é arbitrária e o Brasil, último da lista, tem à frente vários países latino-americanos. É um resultado medíocre, mas que será comemorado com grande fanfarra.´

Kevin Watkins, diretor de desenvolvimento do Pnud, diz que a tendência de melhoria do Brasil é contínua ao longo do tempo, mas lembra que há países com PIB per capita menor que o brasileiro e que possuem resultados melhores em educação e saúde.

Como exemplo, ele cita o Vietnã, país cujo PIB per capita é bem menor do que o brasileiro (3.071 dólares, ante 8.402). O país asiático, no entanto, tem expectativa de vida de 73,7 anos (a do Brasil é de 71,7) e 90,3% de sua população adulta está alfabetizada (enquanto no Brasil, são 88,6%).

Flávio Comin, assessor do Pnud, lembra também que o IDH permite a comparação de rankings de desenvolvimento humano e do PIB per capita. No caso brasileiro, o país está três posições abaixo do que seu PIB permitiria, relação inversa a de outros países latino-americanos, como Cuba (43 posições acima), Uruguai (16 lugares), Chile (15), Argentina (nove) e México (sete).

´São países que deram mais prioridade à dimensão social. O Brasil já está fazendo o mesmo, mas é preciso acelerar´, diz o assessor do Pnud.

Comin identificou no relatório cinco áreas em que o Brasil está muito defasado em relação aos demais países de alto desenvolvimento e que, por isso, podem apressar, no futuro, a melhoria do IDH: saneamento básico, pobreza, mortalidade infantil, mortalidade materna e desigualdade.

Ele cita como exemplo o fato de, entre os 20% mais pobres, a mortalidade na infância ser de, até cinco anos, 83 mortes por 1.000 nascidos vivos. Entre os 20% mais ricos, a relação é de 29 a cada 1.000.

´A mortalidade entre os mais pobres ainda segue um padrão africano. Nesse e em outros indicadores, ainda estamos muito distantes dos países de maior desenvolvimento humano, mas o fato de estarmos agora simbolicamente nesse grupo faz com que tenhamos obrigação de acelerar nosso progresso social´, diz ele.

Na avaliação de Wanda Engel, ex-chefe da divisão de Desenvolvimento Social do Banco Interamericano de Desenvolvimento e ex-secretária de Assistência Social do governo FHC, é preciso continuar investindo em políticas destinadas prioritariamente aos municípios com menor IDH e à população mais pobre.

Concentração de renda ainda é muito grande

O Brasil permanece como um dos países mais desiguais do mundo, mas a queda de 2000 a 2005 no índice de Gini -que mede a concentração de renda- faz com que, aos poucos, o Brasil vá se afastando dos países que lideram esse ranking negativo.

Há cinco anos, quando o Pnud divulgou seu Relatório de Desenvolvimento Humano de 2002 -com dados até o ano de 2000-, o Brasil tinha um indicador de desigualdade de renda inferior apenas ao de cinco países africanos.

O índice de Gini em 2000 estava em 0,607. Cinco anos depois, caiu para 0,570 -quanto mais próximo de 1, mais desigual. Foi uma redução tímida, mas suficiente para o país perder cinco posições no ranking. Hoje, países como Namíbia, África do Sul, Bolívia e Haiti apresentam padrão de concentração de renda pior do que o brasileiro.

Mas, se forem comparados apenas as nações de alto desenvolvimento humano, o país apresenta a maior desigualdade medida pelo índice de Gini. O país menos desigual é o Japão (índice 0,249).

Na avaliação de Kevin Watkins, diretor do escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud, a tendência de queda da desigualdade brasileira é robusta e isso tem tido impacto também na redução da pobreza.

´O país está se movendo na direção certa, mas ainda há um longo caminho a percorrer´, diz Watkins.

Proex abre inscrições para Projeto Rondon 2008

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), da Universidade Federal de Lavras (Ufla) informa que estão abertas, até o dia 30/11/2007, inscrições para alunos interessados em participar da “OPERAÇÃO 2008 DO PROJETO RONDON”, a realizar-se em janeiro/2008, nas cidades de OEIRAS DO PARÁ-PA e BOA HORA-PI.

Os alunos interessados deverão preencher formulário específico disponível na PROEX.

O resultado será divulgado a partir de 3/12/2007, na PROEX e no site www.proex.ufla.br