Depois da Andifes, MEC lança plano de assistência estudantil

Correio Braziliense, 27/08/07

Priscilla Borges

MEC vai liberar R$ 120 milhões para programas de moradia, alimentação, transportes e inclusão digital

Os projetos de assistência estudantil das universidades federais ganharão novo fôlego e atenderão mais alunos. No dia 6 de setembro, o Ministério da Educação (MEC) lançará o Plano Nacional de Assistência Estudantil, que prevê a criação de um fundo que destinará 10% do orçamento de custeio das instituições exclusivamente para financiar programas de moradia, alimentação, transporte, pesquisa e inclusão digital para estudantes de baixa renda. A partir do ano que vem, o fundo receberá cerca de R$ 120 milhões. Os recursos dobrarão em relação ao que foi investido na área de assistência estudantil neste ano.

O Plano Nacional de Assistência Estudantil é uma reivindicação antiga de estudantes e dirigentes das instituições. Não há regras nem verba destinada exclusivamente a custear programas de auxílio a jovens de baixa renda atualmente. As universidades mantêm projetos com recursos próprios e não conseguem atender à demanda de todos os alunos que necessitam de apoio para concluir a graduação. Segundo o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), que representa decanos e reitores das federais, 65% dos universitários precisam de algum tipo de ajuda para se manter na universidade. Hoje, apenas 13% dos estudantes são atendidos. Muitos não conseguem se manter longe de casa, bancando alimentação, transporte e livros e são obrigados a deixar a graduação.

O Fonaprace realizou duas pesquisas para traçar o perfil dos estudantes que freqüentam as instituições federais brasileiras. O último estudo, feito em 2004, mostrou que 43% dos universitários têm renda familiar de até R$ 927. Nessa época, foram avaliados 530 mil alunos. Pelo menos 227 mil deles eram candidatos em potencial aos programas de assistência estudantil. De acordo com os dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), o número de jovens de baixa renda é ainda maior. As respostas dos questionários socioeconômicos apontam que 30,1% dos universitários das instituições públicas possuem renda de até três salários mínimos. Considerando o número de matriculados atual (1.192.189 nas públicas), há 358 mil jovens nessa condição.

Ronaldo Mota, secretário de Educação Superior, lembra que, com as políticas de ampliação das vagas nas universidades públicas, será necessário ampliar ainda mais as políticas de assistência. “As federais já desenvolviam projetos nessa área há um bom tempo. O plano unifica as ações, respeitando as diferenças regionais, e amplia a capacidade de atendimento das instituições”, destaca. O secretário ressalta também que os jovens de baixa renda estão entrando cada vez mais nas federais. Com isso, torna-se imprescindível oferecer condições para que eles permaneçam no curso.

Regras básicas

Na portaria que estabelecerá o plano, o MEC não determina os programas que devem ser criados pelas universidades. Mas define áreas básicas para investimento, que nortearão as atividades desenvolvidas nas instituições de ensino. Entre os pontos principais, estão moradia estudantil, alimentação, transporte, assistência de saúde, inclusão digital, cultura e esporte (veja quadro). Para Raquel Figueiredo Lima, de 22 anos, estudante de letras-espanhol na Universidade de Brasília (UnB), o principal é garantir ampliação da oferta de moradia. “É a parte mais difícil”, reflete.

Raquel, Ana Bárbara Benjamim, 24, e Cid Fragoso, 25, são moradores da Casa do Estudante Universitário (CEU) da UnB. Os três enfrentam a saudade de casa — a família de Raquel vive em Monte Belo (GO), a de Ana Bárbara, em Santa Maria da Vitória (BA), e a de Cid, em Uberlândia (MG) — e as dificuldades financeiras para concluir o curso de graduação. Para os três, os programas de assistência estudantil são fundamentais. Sem o auxílio da universidade, eles admitem que seria difícil levar o curso. “Sem a bolsa, não teria condições de me manter”, afirma Cid. O estudante de licenciatura em enfermagem e obstetrícia faz estágio e paga R$ 0,50 pelas refeições no restaurante universitário.

Cid lembra que as vagas não são suficientes para atender à demanda. Ana Bárbara decidiu tentar uma vaga na UnB porque havia moradia estudantil. Agora, ela participa da associação dos moradores da casa e luta pela construção de mais um prédio na UnB. Para os jovens, o plano de assistência será um avanço. “Tudo o que for para melhorar a situação nos deixa felizes”, destaca Ana.

Recursos insuficientes

Os critérios para distribuição do dinheiro destinado ao fundo do Plano Nacional de Assistência Estudantil ainda não estão completamente definidos. Mas, de acordo com Mota, algumas características serão levadas em conta: o número de alunos de cada instituição e a existência de políticas de ação afirmativa e inclusão de egressos da rede pública na universidade. Segundo o secretário, todo o projeto está sendo discutido e estabelecido com a participação da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Para o reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), presidente da entidade, Arquimedes Ciloni, a proposta está de acordo com os anseios da comunidade acadêmica. “Com o plano, vamos ampliar o que já fazíamos e aumentaremos as taxas de conclusão de curso dos estudantes. Muitos desistem por falta de apoio hoje”, diz.

A Andifes recomendará aos reitores que ouçam os estudantes para definir onde o dinheiro será aplicado. Para a presidente da UNE, Lúcia Stumpft, é preciso criar creches para as mães universitárias, reformar e aumentar o número de vagas nas moradias estudantis. O decano de Assuntos Comunitários da UnB, Pedro Sabi, planeja fazer uma pesquisa com os estudantes de baixa renda para que apontem as prioridades. A instituição pretende criar cursos de línguas e informática para os alunos de baixa renda. Hoje, a CEU possui 368 vagas, são oferecidas 300 bolsas-permanência, 1.492 estudantes pagam R$ 1 nas refeições do Restaurante Universitário e outros 617, R$ 0,50. “Pela primeira vez, temos a certeza de que existirão recursos para a assistência”, reforça.

Até a semana passada, Lúcia Stumpft não havia lido o documento final produzido pelo MEC. Mas ela ainda não está satisfeita com os valores anunciados. “Entendemos que essa é uma ação emergencial, mas são necessários R$ 200 milhões. Lutaremos para alcançar esse valor”, garante. De acordo com o secretário, até 2.010, esse montante será atingido. “Essa é parte da solução. O orçamento de custeio das universidades deve aumentar nos próximos anos”, afirma.

Como funcionará

O documento que será divulgado pelo MEC não estabelece quais os projetos de assistência que as instituições devem adotar, já que cada universidade tem autonomia para definir suas prioridades. Mas o plano enumera as áreas que precisam ser atendidas. Saiba o que deve ser apresentado no dia 6:

A primeira providência (e mais importante) será a criação de um fundo específico para a assistência estudantil, cujos recursos chegarão a 10% do orçamento anual de custeio das federais. Em 2008, quando começará a distribuição do dinheiro do fundo, a soma atingirá cerca de R$ 120 milhões. Os critérios de distribuição dos recursos ainda não estão completamente definidos, mas levarão em conta o número de alunos das universidades, os programas de ação afirmativa e de inclusão de egressos de escolas públicas. O MEC espera aumentar essa verba no futuro

O documento prevê a ampliação e a reforma das moradias estudantis

Um dos pontos fundamentais para o MEC é que as instituições promovam a inclusão digital dos estudantes de baixa renda. Por isso, o plano sugere que as universidades planejem a aquisição de equipamentos e a criação de cursos de capacitação na área de tecnologia para atender a esses alunos

As universidades poderão investir também em transporte para os estudantes de baixa renda. A idéia é evitar que os universitários deixem de freqüentar as aulas ou de realizar projetos de pesquisa porque não podem custear a locomoção de uma localidade para outra

As instituições deverão garantir alimentação aos estudantes que precisam de auxílio, seja por meio dos restaurantes universitários ou de outros projetos

Está previsto também o investimento em assistência de saúde. As instituições devem garantir aos alunos de baixa renda o acesso aos serviços de atendimento básico em ambulatórios. Isso inclui também assistência psicológica

Garantir atividades de esporte, cultura e lazer aos alunos também faz parte do pacote. As instituições poderão, por exemplo, financiar apresentações teatrais e musicais, criar cineclubes e construir ou reformar quadras esportivas

Incentivo aos educadores

Outro projeto do Ministério da Educação será lançado no dia 6 de setembro. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) pretende complementar o Plano Nacional de Assistência Estudantil. Serão investidos outros R$ 72 milhões no projeto, que distribuirá 20 mil bolsas a estudantes de cursos de licenciatura. A idéia é estimular os jovens a concluir os cursos e aumentar a qualidade da formação profissional deles. Terão prioridade os alunos dos cursos nas áreas de física, química, biologia e ciências (áreas em que há mais carência de professores na rede pública), artes e música. Os bolsistas ganharão R$ 300 por mês e desenvolverão projetos para melhorar os indicadores de desempenho escolar de colégios das redes municipais e estaduais de ensino.

Manifestações pela educação

A União Nacional dos Estudantes (UNE) iniciou, na semana passada, uma Jornada Nacional de Lutas. Foram realizadas passeatas e manifestações por todo o país em defesa da educação. Um dos 18 pontos da pauta de reivindicações é a criação imediata do Plano Nacional de Assistência Estudantil. Além disso, os estudantes pedem a regulamentação do ensino privado para combater o aumento abusivo de mensalidades, a ampliação dos investimentos em educação para, no mínimo, 7% do PIB, a expansão de vagas nas universidades e o benefício do passe livre estudantil. Foram feitas ocupações nas universidades federais de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina e São Paulo. Na Faculdade de Direito da USP, cerca de 400 estudantes foram retirados da instituição pela tropa de choque da Polícia Militar. Os atos foram organizados em parceria com entidades sindicais e movimentos sociais, como o MST e a CUT.

Educação Infantil: Na formação das crianças, desafios de gente grande

Folha Dirigida, 24/08/2007

Frequentemente, a alfabetização é vista como a primeira etapa da vida educacional. Afinal, ler e escrever são atividades essenciais para que qualquer criança continue a aprender ao longo da vida. Até por isso, não são poucos os casos em que, na Educação Infantil, as atividades têm como foco a linguagem verbal. Porém, a base necessária para um bom nível de aprendizado nas séries seguintes não depende só da leitura. Habilidades como raciocínio lógico, criatividade, expressividade, também decisivas para uma vida escolar sem sobressaltos, estão ligadas ao desenvolvimento cognitivo que se dá em outras frentes, que vão além da comunicação oral.

Aos poucos, o início do processo educacional se veste de formas cada vez mais diversificadas de ensinar. Atividades que preparam a criança para a leitura continuam com lugar cativo nas turmas de Educação Infantil. Porém, segundo especialistas, as escolas já começam a perceber que vale a pena apostar em novos paradigmas educacionais para explorar e desenvolver o potencial criativo das crianças.

‘A escola de hoje ainda prioriza muito a linguagem verbal, mas as crianças se expressam de muitas outras maneiras. Por isso, é importante abrir espaço na Educação Infantil para outras formas de expressão que envolvam música, arte, desenho, o próprio corpo, entre outras’, avalia a professora Denise Pozas, mestra em Psicologia e Especialista em Educação Infantil pelo Centro de Tecnologia em Gestão da Educação do Senac-Rio.

A utilização de múltiplas linguagens pelo professor foi abordada em um seminário internacional de Educação Infantil, promovido pelo Senac nos dias 18 e 19 deste mês, no Rio, onde temas como Arte e Estética na formação do educador, as Crianças e a Natureza, Infância e Mídia, entre outros, foram debatidos por especialistas. Segundo Denise Pozas, o próximo passo é a criação de um portal em que os participantes poderão voltar às discussões do evento, com especialistas. ‘Será um espaço de qualificação permanente dos educadores’, salientou.

Um segmento ainda marcado por vários desafios

Se, no campo científico, a consciência da contribuição trazida pela Educação Infantil já é uma realidade, no das políticas educacionais a ampliação do acesso à creche e à pré-escola ainda está longe de figurar entre as prioridades do poder público. Segundo dados do Censo Educacional de 2006 e do Censo Populacional de 2000, cerca de 7 milhões de crianças entre 0 e 5 anos estavam matriculadas em creches ou pré-escolas no país, o que representa cerca de 12% de nossos estudantes e 35% das crianças nesta faixa etária. A situação é mais complicada no segmento de 0 a 3 anos, onde, dos 13 milhões de brasileiros com esta idade, apenas 1,43 milhão (o equivalente a 11%) freqüentam a escola.

Se, de acordo com a legislação, o segmento ainda não possui status de obrigatória, no meio educacional cresce a compreensão de que a Educação Infantil, na prática, antes de um processo separado, é a primeira etapa da Educação Básica. Por isso, mesmo diante de um acesso tão restrito à creche e à pré-escola, as perspectivas são animadoras, segundo a professora da PUC-Rio e da UniRio e especialista em Educação Infantil, Maria Fernanda Nunes.

‘Uma conquista que a Educação Infantil alcançou no país foi sua inclusão no Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica). Precisamos ver como se dará este financiamento e que fatia do fundo corresponderá às creches e pré-escolas. Mas, de qualquer forma, uma fonte de recursos para a Educação Infantil é algo significativo’, avalia a professora Maria Fernanda Nunes, também doutora em Educação pela UFRJ.

É preciso avançar na formação dos professores

Superada a batalha da fonte de recursos, as atenções se voltam para a qualificação dos educadores. Para Maria Fernanda Nunes, como o professor da Educação Infantil lida com uma atividade em que precisa entender questões como o papel das várias linguagens no desenvolvimento cognitivo, a interação entre crianças e adultos na construção do conhecimento, entre outras, o ideal seria que todos tivessem ensino superior. Porém, ela acredita que já representaria um avanço investir na capacitação e atualização dos profissionais. ‘É preciso que as Secretarias Municipais de Educação possibilitem a seus professores a oportunidade de fazer este aperfeiçoamento’, destacou Maria Fernanda.

A maior presença das múltiplas formas de aprendizado e desenvolvimento de habilidades na Educação Infantil também exige uma nova análise da formação dos profissionais. É cada vez mais necessário que, nos cursos universitários, os professores também aprendam a lidar com metodologias e práticas que contemplem o trabalho pedagógico com a música, a comunicação gestual e verbal e o uso de ilustrações com as crianças. ‘O educador tem de ser formado também em sua sensibilidade, em sua emoção. E, para isso, além de trabalhar várias formas de expressão com as crianças, este mesmo profissional precisar ter acesso a elas. Por isso, é também necessária uma política de apoio cultural a estes professores’, comentou a professora Denise Pozas.

Mídia e Educação como tema de debate na escola

Das várias formas de linguagem e de expressão que existem, a mídia talvez seja aquela à qual as crianças tenham acesso mais fácil e que, até por isso, não poderia ficar fora do cotidiano escolar, segundo especialistas. Mas, como tirar proveito pedagógico da influência dos programas, principalmente de televisão, tema que ainda divide opiniões? Para a professora da Uerj e doutora em Educação pela PUC-Rio, Rita Ribes, a melhor estratégia é discutir o assunto na escola.

‘A inserção da mídia na proposta pedagógica precisa ser assunto das reuniões de professores e pais. Esta é uma discussão essencial. Não se trata de a escola definir o que é certo ou errado, e sim colocar em discussão para, com isto, também evoluir’, frisou.

Para a educadora, estimular este debate permite escapar de certas idéias que já se tornaram uma espécie de lugar-comum, como a de que a mídia não contribui de forma alguma para a educação e a formação das crianças. ‘Quando se fala em influência da mídia, nunca se diz que, por exemplo, ela permite o acesso a um vocabulário mais rico na infância. A mídia influencia tanto quanto as ações dos adultos’, defendeu a educadora.

Cada vez mais presentes no dia-a-dia das crianças, embora em escala bem menor que a televisão, a tecnologia também tem sido incorporada ao cotidiano educacional. É cada vez mais comum ver anúncios de escolas que utilizam laboratórios de Informática e recursos multimídia com alunos de até cinco anos. Para a professora da Uerj, a prática é válida, desde que faça parte de um planejamento pedagógico.

‘Em muitos casos, o uso da tecnologia tem um caráter apenas mercadológico, ou seja, serve apenas como instrumento de marketing para as escolas vencerem a concorrência que existe no mercado. Virou corriqueiro criar salas de computadores para as crianças, como se isto fosse sinônimo de qualidade. Mas, antes de tudo, é preciso ouvir as próprias crianças para saber se gostam da forma como as máquinas são usadas com elas’, salientou Rita Ribes, lembrando que o mesmo vale para outros recursos multimídia.

‘A TV é usada, em muitos casos, para distrair a criança. As escolas precisam repensar o uso que fazem das mídias. Certamente não há um único modo de fazer isto, assim como não existe uma só realidade. Ou seja, é importante estimular este debate dentro da escola, pois os recursos tecnológicos, se utilizados de acordo com a proposta pedagógica, são, sem dúvida, muito úteis ao aprendizado’, completou Rita Ribes.

Qual o principal desafio da Educação Infantil?

‘Acho que é preciso fazer com que a sociedade reconheça a importância da Educação Infantil para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Não são só brincadeiras. Além disso, os profissionais também necessitam conhecer bem as características da faixa etária dos alunos deste segmento para impor menos e respeitar e aprender mais. Para isto, os cursos de formação continuada têm papel decisivo.’

Rosania Martins Gomes, Professora de Educação Infantil

‘Um desafio nesta área seria ampliar a produção de conhecimento sobre Educação Infantil, para conscientizar as pessoas de que a creche e a pré-escola não são ambientes onde as crianças só brincam ou recebem cuidados ao longo do dia, enquanto os pais trabalham. As brincadeiras têm sua lógica. Elas não são preparadas de forma isolada. São propostas para levar à construção do conhecimento. Mas muitos não sabem disto.’

Claudia Maria Soares, Professora de Educação Infantil

‘Acho que é fundamental investir mais na formação continuada dos profissionais que atuam na Educação Infantil. E esta formação deve estar focada no desenvolvimento da criança, na sua interação com a natureza e com a realidade, na forma como ela vê o mundo em que vive. Também seria importante para o professor trabalhar mais com as múltiplas linguagens em sala, principalmente com o uso da mídia no processo de ensino.’

Maria Cristina de Aragão, Professora de Educação Infantil

Confira os lançamentos das editoras universitárias

“Psicologia e saúde: desafio às políticas públicas no Brasil”, Edinete Maria Rosa, Helenira Aparecida Novo, Maria Elizabeth Barros de Barros e Maria Inês Moreira (Orgs.) – A obra é resultado do Encontro Regional de Psicologia Social do Espírito Santo, realizado em 2005, em Vitória, onde se discutiu o papel dos profissionais na construção e implementação de políticas de saúde no Brasil. (UFES)

“Iniciação Esportiva Universal 2 – Metodologia da Iniciação Esportiva na Escola e no Clube”, Pablo Juan Greco (org.) –Trata da iniciação esportiva na escola e no clube, sendo esse o diferencial desta obra frente às demais publicações sobre esportes disponíveis no mercado. Não basta ter talento, é preciso ter método. Versa sobre a importância da competição, mas ressalta os perigos de uma precoce necessidade de competir e vencer. (UFMG)

“Amor Bandido – as teias afetivas que envolvem a mulher no tráfico de drogas”, Elaine Cristina Pimentel Costa – Apresenta um estudo que teve como objetivo demonstrar que a afetividade aparece com um fator preponderante para o envolvimento da mulher no tráfico de drogas. (UFAL)

“Algumas abordagens na educação sexual na deficiência mental”, Lília Maria de Azevedo Moreira – a obra apresenta, de forma acessível, questões ligadas à sexualidade de pessoas com deficiência mental. Oferece uma visão integrada da sexualidade e desenvolvimento, além de propor dinâmicas de grupo e oficinas pedagógicas para a promoção da educação sexual de jovens. Fornece informações atualizadas sobre a genética e o desenvolvimento, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis. (UFBA)

“Povos Indígenas de Pernambuco – Identidade, Diversidade e Conflito”, Renato Athias (Org.) – a publicação é composta por textos de vários pesquisadores que abordam questões como a identidade indígena, estudos no campo da saúde, educação e cultura para os povos indígenas dos territórios pernambucanos. Estão entre os autores Vânia Fialho, Renato Athias, Maximiliano Carneiro da Cunha, Jozelito Alves Arcanjo, Marcondes de Araújo Secundino, Rita de Cássia Maria Neves, Liliane Cunha de Souza, Heloisa Eneida Cavalcante, Carolina Farias Leal Mendonça, Geórgia da Silva e Bartolomeu Figueirôa de Medeiros. (UFPE)

“Territórios de Confrontos: Campina Grande – 1920-1945”, Fábio Gutemberg Ramos Bezerra de Sousa – o livro faz parte da coleção ´Outras Histórias´, idealizada por professores da Unidade Acadêmica de História e Geografia com o objetivo de mostrar a produção das pesquisas desenvolvidas no âmbito da UAHG, e faz uma análise das tensões e múltiplas formas dos moradores viverem, na cidade de Campina Grande, nas décadas de 1920 a 1940, buscando compreender como jornaleiros, operários, artistas, comerciantes, prostitutas, industriais e agricultores viviam, onde moravam, amavam, se divertiam, trabalhavam e como usavam os espaços e territórios da cidade, num período em que sua área central passava por um processo de reforma urbana. (UFCG )

“Gestão da Tecnologia da Informação – Aspectos da realidade do Estado do Rio Grande do Norte”, Manoel Veras de Souza Neto e André Maurício Cunha Campos (Orgs.) – o livro trata dos aspectos da tecnologia e gestão da informação com capítulos sobre planejamento dos sistemas de informação e comunicação no setor público, inclusão digital (telecentros de inclusão digital) e a questão dos softwares livres, mostrando a realidade dessas tecnologias no Estado. (UFRN)

“Ensino-Trabalho-Cidadania: Novas marcas ao ensinar integralidade no SUS”, Roseni Pinheiro, Ricardo Burg Ceccim e Ruben Araujo de Mattos (Orgs.) – apresenta iniciativas concretas de inovações pedagógicas e educativas implantadas nos mais diversos recantos do Brasil. Os textos, escritos por 47 profissionais, estão organizados regionalmente, respeitando as especificidades de cada local. Desse amplo painel fazem parte projetos implantados no Acre, Juazeiro do Norte, Campo Grande, Botucatu, Belo Horizonte, Londrina, Santa Maria e Caxias do Sul. (UFF)

“A figura do filósofo: ceticismo e subjetividade em Montaigne”, Luiz A. A. Eva – este é, seguramente, um dos melhores livros de filosofia publicados nos últimos anos no Brasil. Luiz Eva conseguiu desvendar uma das grandes obras filosóficas e, ao mesmo tempo, oferecer um modo original de apresentar o sentido da filosofia. “A filosofia de Michel de Montaigne é um dos momentos mais instigantes e criativos da história da filosofia”, diz. (UFBA)

“Corridas e Comilanças do Jacaré e do Peixe”, Giullian Filho – livro infantil escrito pelo menino Giullian Filho, ilustrado por Felipe Soares e com prefácio da poeta Micheliny Verunschk, conta a história da competição entre um peixe e um jacaré. (UFPE)

“Televisão Digital”, Marcelo Sampaio de Alencar – tratando de diversos temas sobre a televisão no Brasil, desde seu surgimento até o recente desenvolvimento da TV digital no país, este é o primeiro livro sobre o tema no país, o que o torna fundamental para o estudo da TV digital nos cursos de Engenharia Elétrica, Eletrônica, Teleinformática e Telecomunicações. A obra apresenta desde os fundamentos da televisão, codificação dos sinais e compressão de vídeo, até aspectos de codificação contra erros. (UFCG )

“Rosa de ouro”, Afonso Arinos de Melo Franco e Afonso Arinos (Organização, Transcrição e Apresentação) – os ensaios reunidos neste livro demonstram o interesse que Afonso Arinos de Melo Franco sempre nutriu pela cultura mineira. Com o objetivo de ser “um simples ensaio de síntese cultural” e não um livro de História, Rosa de ouro revisita Minas do século 18, com seus poetas árcades, a sociedade bandeirante das minas, a arte de Aleijadinho e as idéias revolucionárias da Inconfidência. A sensibilidade e a erudição reveladas na interpretação desses temas se incorporam ao que de melhor até hoje se produziu sobre nossa cultura. (UFMG)

“O Poder Quilombola”, Dirceu Lindoso – O objetivo desse estudo é uma abordagem compreensível sobre o fato histórico da formação dos quilombos, sociedades de fundamentos primitivos criadas por negros escravos capturados da África. (UFAL)

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)