Altas nos preços dos grãos e do leite revertem tendência de queda da renda agrícola

Depois de diversas quedas na renda do setor agrícola este ano, as altas nos preços pagos ao produtor pelo feijão (25,0%), milho (6,29%), além dos preços recebidos pelo leite tipo C (3,61%) e tipo B (9,71%), criaram um clima mais favorável no campo em maio. Isso é o que revelaram os dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas.

No entanto, em 2007, a renda agrícola acumula uma perda média de 7,78%, enquanto os insumos agrícolas tiveram uma queda no ano de 3,01%. A renda agrícola é medida pelo Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural e os custos pelo Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários.

Em maio, o DAE/Ufla divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR), que teve alta de 1,18%, puxado pelas cotações dos grãos e leite, exceto o café, cuja queda no mês foi de 1,52%.

Entretanto, o mês de maio se caracterizou pela queda dos hortifrutigranjeiros, que, em média, ficaram mais baratos 14,46% para o produtor.

As maiores quedas observadas foram para banana (-17,86%), beterraba (-43,53%), cenoura (-25,0%), pepino (-45,86%), quiabo (-25,0%), repolho (-40,0%), tomate (-33,67%) e frango abatido (-14,81%).

Maio foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas estiveram em alta. O Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 6,09%. Entre os mais de 180 itens pesquisados, as maiores altas ficaram com os setores ligados a adubos (22,76%), sementes e mudas (9,82%), fungicidas (7,62%), carrapaticidas (6,48%), vacinas (4,05%) e serviços gerais (dia/homem, hora/trator, consultoria técnica), com alta de 5,57%.

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