Preços agropecuários garatem inflação mais baixa em maio

O Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) divulgou a taxa de inflação de maio, que ficou em 0,05%. Em abril, a inflação foi de 0,43% e, no ano, está acumulada em 3,53%. Essa taxa de inflação é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), estimado mensalmente pelo DAE/Ufla, e é a menor do ano.

A desaceleração da taxa de inflação no mês foi influenciada pela queda média nos preços dos alimentos, de 1,1% e pelos gastos com transporte, que tiveram redução de 0,18%. Os alimentos semi-elaborados caíram 2,9%, puxados pelos preços da carne suína, cuja queda para o consumidor foi de 10,11%, a carne bovina, -4,36% e o arroz, que ficou mais barato no varejo 7,95%. Já os produtos in natura aumentaram 1,04% e os industrializados tiveram queda de 0,21%. Para o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, “este baixo patamar de variação dos preços dos alimentos está ligado à valorização do real frente ao dólar, aumentando a oferta no mercado interno. Além disso, trata-se de um mercado altamente competitivo, amplamente aberto à entrada de concorrentes e com cadeias produtivas relativamente mais curtas, com facilidade de repasse da variação cambial. Somem-se ainda as dificuldades de exportação de derivados de carne devido às barreiras sanitárias e a queda de consumo nos mercados compradores”, conclui.

Em maio, os preços das bebidas subiram 1,76%, do vestuário, 1,28%, os gastos com lazer tiveram alta de 1,03%, os bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática – aumento médio de 0,72%, material de limpeza, 0,59% e educação e saúde, acréscimo de 0,24%. A pesquisa não constatou altas nos setores de moradia e de serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha).

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma queda de 3,4% em maio, passando a custar R$249,70. Em abril, seu valor era de R$258,49.

Em 2006, o custo dessa cesta de alimentos já registra uma queda de 0,33% e o gasto médio com alimentos registra deflação (queda média de preços) de 2,28%.

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