Preços agrícolas continuam em queda

O ritmo de queda dos preços agrícolas se manteve no mês de maio, quando o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários apontou uma variação negativa de 4,14%. Desde fevereiro deste ano, o índice que mede a renda do setor agropecuário vem tendo quedas sucessivas de preços: em fevereiro caiu 6,41%; em março, -2,58%; em abril, -0,93% e, agora em maio, queda de 4,14%. São levantados mensalmente os preços de 42 produtos, numa pesquisa feita pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla).

As maiores quedas em maio ficaram concentradas nos grãos e em alguns hortifrutigranjeiros. A cotação do preço do café caiu 8,67%, a do feijão teve uma variação negativa de 28,97% e a do milho, -10,2%. Entre os hortifrutigranjeiros, as maiores quedas foram registradas nos preços da laranja (-51,67%), mandioca (-80,6%), batata (-34,0%), pimentão (-28,21%) e repolho (-27,87%). A pesquisa também registrou queda no preço da arroba paga ao suinocultor (-25,0%) e nos preços dos animais ligados à pecuária leiteira, a exemplo da queda da novilha de recria (-22,66%), novilho para o abate (-6,82%) e bezerro ½ sangue (-33,68%). No entanto, o preço do leite tipo C pago ao pecuarista reagiu no mês e teve uma alta de 15,78%.

Já para os preços pagos pelos insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em maio foi positiva, com alta de 0,48%. No caso destes insumos, são pesquisados 187 produtos.

Nos últimos quatro meses, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pelos produtos agrícolas acumulou uma queda de 14,73%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários teve uma variação negativa de 7,22%.

Analisando o comportamento dos índices agrícolas nos últimos doze meses (junho/2005 a maio/2006), os preços dos produtos agropecuários que compõem o IPR acumularam uma queda média de 19,01%, enquanto os insumos agrícolas tiveram uma alta de 2,67%. Nestes doze meses, a cotação do café caiu 21,49%, os preços médios dos grãos (milho, arroz e feijão) pagos aos produtores ficaram mais baratos 16,79% e o do leite C acumulou uma perda de 19,87%.

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