Universidade Federal de Lavras amplia número de cursos e de professores

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) expandiu seu número de cursos de graduação em 40%, passando de 10 para 14 cursos ofertados regularmente. A partir do próximo ano a Ufla oferecerá cursos com turmas noturnas em Sistemas de Informação, Educação Física e Matemática. Além disso será oferecido a partir deste ano o curso de graduação a distância em Administração. Para atender à expansão, o número de professores no quadro permanente será aumentado em 14%.

Também na pós-graduação, foram criados mais 4 mestrados e 3 doutorados Stricto sensu, totalizando 34 cursos e atingindo mais de 15 cursos em nível de doutorado, passando a integrar o seleto grupo das 15 Instituições de Educação Superior classificadas como Universidades de Pesquisa. Na categoria Lato Sensu (cursos de pós graduação a distância), a Ufla oferta semestralmente mais de 60 cursos, totalizando cerca de 8,5 mil alunos em todo o país;

Interessados no concurso para professor devem contactar a Divisão de Seleção e Desenvolvimento da Diretoria de Recursos Humanos. As inscrições estão abertas até 5 de maio, para professor na Carreira de Magistério Superior do Quadro Permanente, com regime de trabalho de Dedicação Exclusiva. As áreas oferecidas são: Ciência dos Alimentos (2), Biologia (1), Química (2), Zootecnia (1), Medicina Veterinária (1), Engenharia (2), Ciências Exatas (6), Administração e Economia (3), Ciência da Computação (7), Educação Física (3) e Educação (2), totalizando 30 vagas.

Mais informações: (35) 3829 – 1146 ou 3829 – 1129 no site – www.drh.ufla.br

Campo perde renda em abril

O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), com base no levantamento mensal dos índices de preços agrícolas, constatou perda de renda no campo em abril. Neste mês, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agrícolas teve uma queda de 0,93%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agropecuários aumentou 1,61%. Esses índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.

A pesquisa do DAE/Ufla faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários.

Esses indicadores revelam que, em abril, os custos para produzir, no setor agrícola superaram, em média, os preços pagos ao produtor rural pela venda de seus principais produtos.

No mês de abril, a queda da renda agrícola foi influenciada pelas cotações nos preços dos grãos, principalmente pela baixa no preço recebido pelo milho, de 13,53% e quedas nos preços do feijão, de 8,06% e na cotação do café, de 1,83%. Alguns produtos que compõem o grupo formado pelos hortifrutigranjeiros também ficaram mais baratos para o produtor no mês pesquisado, como batata (-49,1%), couve-flor (-40,0%), repolho (18,03%), arroba do suíno (25,0%) e do boi (4,16%). No entanto, houve uma recuperação nos preços recebidos pelo frango vivo (20,68%) e pelo frango abatido (64,28%), revertendo a tendência do mês passado. Já o preço pago ao pecuarista pela venda do leite fluido tipo C teve uma alta de 10,52%.

De acordo com o professor de economia rural, Ricardo Pereira Reis, o surgimento da febre aftosa no rebanho bovino no Brasil acabou prejudicando também a cotação dos suínos, pois a Rússia levantou barreiras também contra a carne suína brasileira. Já a reversão do preço da carne de frango este mês está associada ao aumento do consumo nos países europeus, que chegou, nos primeiros meses do ano, a ter uma queda de mais 50% devido aos efeitos da gripe aviária. Espera-se, ainda, que a retomada das exportações da carne de frango influencie positivamente os preços pagos pelo milho, uma vez que haverá aumento da produção e, consequentemente, aumento de consumo deste grão.

Com relação aos preços dos insumos agrícolas, as maiores altas, em abril, ficaram nos segmentos dos herbicidas (3,33%), formicidas (3,52%), máquinas e equipamentos (3,13%), energia elétrica (6,66%), manutenção de equipamentos (3,92%) e serviços gerais (dia/homem, hora/trator, assistência técnica), com alta de 3,58%.

Reajuste do salário mínimo influencia inflação de abril

O Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) divulgou a taxa de inflação de abril, que ficou em 0,43%. Em março, a inflação ficou em 0,35% e no ano está acumulada em 3,48%. Essa taxa de inflação é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), estimado mensalmente pelo DAE/Ufla.

A maior alta registrada no mês de abril foi localizada no grupo despesas com moradia, que foi de 3,92%, especificamente nos custos dos serviços domésticos, com variação média de cerca de 16,66%, influenciada pelo valor do novo salário mínimo. O outro setor que teve reajuste médio acima da inflação do mês foi a categoria vestuário, cuja alta atingiu 2,59%, com a entrada da moda outono-inverno.

A inflação de abril medida pelo IPC da Ufla só não foi maior devido à queda média nos preços dos alimentos, de 0,93%, e da maioria dos grupos pesquisados. Os alimentos semi-elaborados caíram 3,86%, puxado pelo preço da carne de frango, cuja queda para o consumidor foi de 10,22%. Já os produtos in natura aumentaram 1,1% e os industrializados tiveram alta de 0,95%. As bebidas tiveram uma queda de preços, no mês, de 1,36%.

Em abril, os preços dos bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática – tiveram uma queda média de 2,85% e o setor de serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) não registrou variação na média dos preços desses itens.

Os demais grupos pesquisados pela Ufla tiveram quedas de preços no mês: material de limpeza (-1,82%), higiene pessoal (-0,37%), educação e saúde (-0,03%), despesas de transporte (-0,17%) e de lazer (-0,24%).

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma alta de 2,95% em abril, passando a custar R$258,49, influenciada pelas altas do açúcar, tomate, laranja e feijão. Em março, esse valor era de R$251,08. Em 2006, o custo dessa cesta de alimentos já registra uma alta de 3,17%. Ela é composta por apenas 17 produtos básicos, enquanto que no grupo alimentos do IPC da Ufla são levantados os preços de mais de 100 itens, divididos em in natura, semi-elaborado e industrializados, e que tiveram queda para o consumidor de 1,19% no acumulado do ano.