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Um projeto aprovado pela Capes vai promover a interação entre pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Wageningen University and Research Centre (WUR), na Holanda. Em estudo, 12 espécies arbóreas nativas do cerrado de Minas Gerais utilizadas para a alimentação humana, produção de madeira e recuperação de ambientes alterados. Intitulada “Dormência e tolerância ao estresse em sementes e mudas de espécies do cerrado brasileiro: para um uso mais sustentável de um hotspot da biodiversidade”, a pesquisa prevê missões de estudo e pesquisa entre os dois países para troca de experiências e tecnologia, realização de pós doutorado por três professores da Ufla e bolsas de estágio sanduíche, com duração de um ano, para estudantes de doutorado.

 

Para submissão ao edital publicado pela Capes, a pesquisa tem teve que estabelecer uma parceria entre programas de pós graduação das instituições envolvidas. Na Ufla, a execução dos estudos está sob responsabilidade do Programa de pós graduação em Engenharia Florestal. De acordo com o coordenador do Programa, prof. José Marcio Rocha Faria, a pesquisa será desenvolvida sob coordenação do Dr. Edvaldo Aparecido Amaral da Silva, pesquisador do Departamento de Ciências Florestais (Ufla) e vem ao encontro da necessidade de ações que precisam ser tomadas para permitir a conservação e o uso sustentável das espécies do Cerrado para o desenvolvimento tecnológico, social e econômico do Brasil. A proposta aprovada pelas Capes destaca que “a biodiversidade do bioma cerrado não vem sendo usada de uma maneira sustentável e está sob ameaça devido a diversas atividades humanas, como a agricultura moderna, o crescimento populacional, as queimadas, a produção de carvão vegetal e a mineração. Diante dessa realidade, é muito importante a realização de estudos com o objetivo de minimizar essa situação e as conseqüências dessas ações no mundo”.

 

A instituição holandesa é um dos maiores centros de pesquisa do mundo nas áreas de biotecnologia e biologia molecular vegetal. Já a Ufla, em sintonia com a riqueza da biodiversidade brasileira, desenvolve vários estudos que contemplam esta característica. “Uma importante colaboração que pretende estudar a diversidade vegetal em relação aos mecanismos de dormência, germinação e tolerância/sensibilidade à dessecação em sementes, propagação sexuada e assexuada, e tolerância das espécies a estresses bióticos”, revela o professor José Márcio.

 

Entre as 12 espécies que serão estudadas está o marolo, fruto típico do Cerrado mineiro,cujas sementes são de difícil germinação. Uma das fases da pesquisa prevê o estudo dos genes que existem nessa espécie e que dificultam sua propagação.