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Pesquisa da UFLA utiliza borracha de pneu para a produção de cimento madeira e painéis MDP

No Brasil são produzidos cerca de 40 milhões de pneus por ano e quase metade dessa produção é descartada nesse período, sendo, muitas vezes, armazenada de forma inadequada, servindo de criadouro para mosquitos como o Aedes-Aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Uma alternativa para o reaproveitamento desse material foi proposta por uma pesquisa do Programa de pós-graduação em Engenharia de Biomateriais, da Universidade Federal de Lavras (UFLA). A ideia foi utilizar a borracha do pneu para produzir painéis de MDP (Medium Density Particleboard) e cimento-madeira.

O MDP é um painel constituído de partículas de madeira e adesivos, os quais são submetidos ao processo de pressão e temperatura. Seu uso é limitado em artigos de linha reta, como portas, prateleiras, gavetas, entre outros. Já os painéis cimento-madeira são muito utilizados na construção civil em países como Alemanha, Japão e Rússia; no Brasil, sua fabricação ainda é limitada.

Alan Pereira Vilela, autor da pesquisa

Alan Pereira Vilela, autor da pesquisa, explica que para a produção dos painéis MDP  e cimento madeira foi utilizada a madeira de Pinus oocarpa em, associação com partículas da borracha de pneu, modificadas com o tratamento corona. A utilização de 5% de partículas de borracha de pneu modificada superficialmente gerou melhorias nas propriedades físico-mecânicas e de isolamento térmico de ambos os tipos de painéis avaliados.

O resíduo do pneu é um material hidrofóbico, ou seja, não absorve água, o que contribui de maneira positiva para as propriedades de inchamento em espessura e absorção de água dos painéis. Para Alan, o seu uso é abrangente: “Esses MDP poderão ser usados na fabricação de móveis e, no caso do cimento-madeira, ele pode ser usado na construção civil em casas pré-fabricadas, divisórias internas de ambiente, forros, pisos. Lembrando que é um material que proporciona um melhor isolamento térmico do ambiente. ”

A fabricação de produtos com a utilização de resíduos da reciclagem de pneus ainda é pouco empregada no mercado brasileiro. O professor Rafael Farinassi Mendes, do Departamento de Engenharia (DEG), orientador do projeto, explica a importância de pesquisas propostas como alternativas ecologicamente corretas para materiais como os pneus “As vantagens de utilizarmos os pneus se devem ao fato da destinação adequada do material – evitando o acúmulo de água e a relação com doenças –  a agregação de valor, a disponibilização de novas fontes de matéria-prima e a obtenção de novas propriedades, permitem a produção de materiais mais sustentáveis e com características adequadas para serem utilizados no mercado.”

Pesquisas com o uso de resíduos de pneus, tendo em vista seus diferentes tipos de aplicações, continuam sendo desenvolvidas pelo professor Rafael e seus orientados de pós-graduação em Engenharia de Biomateriais. Atualmente, Alan desenvolve sua tese de doutorado com o aproveitamento de resíduos da extração de mineração para a criação de tijolos e outros materiais para a construção civil.

Reportagem e imagens:  Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo: Lídia Bueno, jornalista – bolsista Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Estudo na UFLA relaciona o cultivo da moringa com a intensidade da radiação solar

Árvores de Moringa oleifera

A espécie Moringa oleifera, conhecida popularmente como moringa ou acácia-branca, é uma árvore nativa da Índia. Com hábito de crescimento rápido, a planta possui grande utilidade para o ser humano devido ao seu alto valor nutricional,  sendo bastante empregada nas indústrias farmacêutica, alimentícia, de cosméticos e ainda na produção de biodiesel. Suas folhas podem ser consumidas frescas em saladas ou  em  pó, podendo desta forma ser adicionado a sucos, sopas e outros alimentos para se obter seus benefícios.

Por seus inúmeros usos, o interesse para o cultivo da moringa e os estudos sobre o vegetal têm crescido bastante, principalmente por ser uma planta tolerante à seca, usada inclusive para conter a erosão dos solos. Em sua pesquisa de doutorado, intitulada “Relações da radiação no crescimento e teor e compostos fenólicos em plantas de Moringa Oleifera”, Raphael Reis da Silva avaliou o desempenho fisiológico, o crescimento e o acúmulo de compostos fenólicos em plantas de moringa em função da alteração na qualidade e intensidade da radiação solar.

“Sabe-se que a radiação emitida pelo sol é a nossa principal fonte de energia, diretamente responsável também pela manutenção da vida na terra e, em última análise, é a força motriz de todos os processos fisiológicos nas plantas. O experimento foi realizado durante cinco meses em condições parcialmente controladas em casa de vegetação. As plantas foram cultivadas em diferentes ambientes como pleno sol e malhas de sombreamento nas cores: preta, azul e vermelha. Foram observadas diferenças em todas as variáveis analisadas: de crescimento, trocas gasosas e compostos fenólicos.”

Segundo o pesquisador, os resultados obtidos mostraram que as plantas cultivadas em pleno sol apresentaram menor crescimento em altura e acumularam maior parte da biomassa seca no sistema radicular. Já as moringas cultivadas em ambiente protegido, sob malhas de sombreamento, tiveram maior crescimento em altura e melhor partição de biomassa seca entre a parte aérea e o sistema radicular, além de apresentarem menores danos decorrentes de altos níveis de irradiância, sendo que aquelas cultivadas sob a malha vermelha, foram as que apresentaram melhor comportamento quanto às características avaliadas.

O trabalho de tese de Raphael é considerado pioneiro, uma vez que estudos nessa espécie ainda são iniciais, sobretudo no que diz respeito a estudos que relacionam a alteração na intensidade e qualidade da radiação solar sobre o crescimento e a produção de compostos fenólicos em moringas. Além disso, a pesquisa poderá fornecer suporte para futuras pesquisas sobre otimização da produção de compostos fenólicos para essa espécie. A pesquisa foi a 100ª tese apresentada pelo Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal da Universidade Federal de Lavras (PPGFV-UFLA). Acesse aqui a reportagem sobre o evento.

Mais detalhes sobre a pesquisa no vídeo abaixo:

 

Reportagem e imagens:  Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo: Panmela Oliveira, comunicadora – bolsista Fapemig/Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Estudantes da UFLA constroem drone com materiais de baixo custo

Idealizadas inicialmente para fins militares, as aeronaves remotamente pilotadas (ARPs), conhecidas como drones, são cada vez mais comuns. Seu uso abrange diversas áreas, de segurança a entretenimento. No Brasil, assim como em outros países, diversas pesquisas apontam a sua eficácia na agricultura de precisão.

Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), dois estudantes de Engenharia de Controle e Automação usaram como base diversas disciplinas do curso (eletrônica de potência, circuitos elétricos e programação) para a construção de um drone. O projeto teve início há pouco mais de um ano, sob orientação do professor Gabriel Araújo e Silva Ferraz, do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA). Após a projeção inicial, as peças foram adquiridas no mercado “A primeira parte foi projetar quais peças seriam necessárias, depois comprar esses equipamentos e iniciar a montagem. O drone ainda não está pronto; porém, testes em bancada já mostraram que os resultados são bem promissores.”

Ainda de acordo com o professor, a intenção é que posteriormente a aeronave seja testada para aplicações diretas como na agricultura. Marcello Gonçalves Moreira e Eduardo Massayuki Iwasaki, graduandos do 8º período foram responsáveis pela iniciativa do projeto. Segundo Marcello, o drone possui os equipamentos comuns a outras aeronaves remotamente pilotadas, como receptor do controle remoto, sensor de inclinação, bateria e motor. A diferença está na placa controladora, que, neste caso, é um arduino montado no centro de sua estrutura. “Geralmente os drones para a agricultura de precisão exigem um voo autônomo, cujo processamento é muito potente, sendo para isso utilizada outra placa controladora. Nossa intenção foi desenvolver um controlador de voo que é bem mais barato do que os utilizados, reduzindo muito o custo e ainda, assim, com a garantia de que não haverá uma queda da aeronave. Na agricultura, nosso drone poderá ser utilizado para uso geral: como sobrevoar as plantações e registrar as fotos”. 

O estudante explica todo o processo para a construção. “Para a programação dessa aeronave remotamente pilotada (ARP), do tipo quadricoptero com câmera acoplada, a estrutura mecânica foi comprada, modelo F450, toda em plástico firme para suportar o peso. Assim, nós analisamos o peso da estrutura com a bateria e a câmera para saber qual teria que ser a potência dos motores e das hélices para ele voar. Depois foram compradas as hélices e programamos a placa controladora arduino, tudo com a intenção de fazer um voo mais estável possível para conseguir tirar fotos de qualidade com baixo custo”. De acordo com os pesquisadores, o custo do drone construído foi de R$ 2 mil; no entanto, uma aeronave para o mesmo fim proposto é encontrada no mercado por cerca de R$ 10 mil.

O uso de aeronaves remotamente pilotadas (ARPs) para a coleta de imagens na agricultura permite ao produtor obter dados sobre o solo, a planta e microclimas da plantação, auxiliando no planejamento e alocação de recursos como água, fertilizantes, pesticidas, entre outros. O professor Gabriel ressalta ainda que a intenção é de divulgar o  projeto à comunidade, para que qualquer pessoa possa tentar desenvolver sua própria aeronave.

Reportagem:  Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo:  Mayara Toyama, bolsista Fapemig/Dcom

Confira o vídeo: 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

 

Semana de Planejamento e Formação Docente: professores trocam experiências de práticas pedagógicas

Como parte da 3ª Semana de Planejamento e Formação docente, foi realizada nesta quinta-feira (15), no Anfiteatro do Departamento de Agricultura (DAG) uma oficina com o relato de práticas docentes inovadoras como forma de fomentar  a interação com os estudantes de graduação da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A professora Francine de Paulo Martins Lima, da Diretoria de Avaliação e Desenvolvimento de Ensino (Dade) explica que o objetivo da oficina foi promover um momento para os docentes da universidade terem voz e espaço para falar das suas boas práticas em diferentes áreas. Foram convidados os professores Alfredo Scheid (DCS), Welison Andrade (DBI) e Cléria Donizete (DAE), que relataram suas experiências com olhar específico para o discente, o  que de acordo com Francine é a chave para um ensino de qualidade. “Para que esse aluno possa aprender, é preciso saber que por trás desse ensino há tem um professor preocupado com o processo de aprendizagem dele.”

O evento  foi uma iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), por intermédio das Diretorias de Avaliação e Desenvolvimento de Ensino (Dade) e da Diretoria de Educação a Distância (Dired). Durante toda semana,   uma série de atividades formativas ofertadas por meio de diferentes e diversas oficinas de práticas, com foco nas reflexões sobre a graduação na UFLA, os desafios e as possibilidades para inovação.

Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom

Projeto busca incentivar o interesse de mulheres pela área de Ciências Exatas

Um projeto criado há pouco mais de um ano na Universidade Federal de Lavras (UFLA) propõe incentivar e despertar o interesse de mulheres por profissões e pesquisas na área de ciências exatas, computação e engenharias. Segundo o levantamento realizado pelo projeto, as mulheres são menos de 40% nos cursos de Engenharias, Física, Matemática, Química, Computação e Sistemas de Informação da Instituição.

A pesquisa ainda aponta diversos fatores que têm contribuído para essa desigualdade de gênero na área de Ciências Exatas; “As causas são variadas, como problemas de socialização desde o início da vida, por exemplo: as meninas não são estimuladas a brincar com carrinhos, blocos de montar ou a seguir carreira na área de exatas; isso porque falam que elas não dariam conta, que é difícil, etc. Preconceitos das mais diversas ordens, falta de reconhecimento do trabalho de outras mulheres são algumas dessas possíveis causas”, comenta a professora Amanda Castro Oliveira, do Departamento de Ciências Exatas, coordenadora do projeto.

A professora ressalta que não há nenhuma evidência científica que relacione capacidade intelectual com gênero. “Nenhuma mulher deve ser impedida de escolher uma área profissional por gênero; essa escolha deve vir por gosto e aptidão. Se alguém faz aquilo que gosta, faz bem feito e isso contribui para um mundo melhor”.

O projeto será apresentado à comunidade acadêmica  durante a palestra “Mulheres e as Ciências Exatas: um diálogo possível”, às 19h, desta quarta-feira (14), na sala 2, do Pavilhão 5. Na segunda fase do projeto, será realizada a divulgação dos trabalhos realizados por mulheres cientistas em escolas do ensino básico, através de oficinas, rodas de conversa, entrevistas debates, e cine-debates.

Reportagem:  Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo:  Mayara Toyama, bolsista Fapemig/Dcom;

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Pesquisadores da UFLA participarão da Exposição Mangalarga Marchador em Lavras

A  25ª edição da exposição especializada Mangalarga Marchador será realizada de 14 a 17 de março, no Parque de Exposições de Lavras.

A programação contará  com uma palestra na sexta-feira (16), às 15h, no recinto ao lado da pista principal, sobre “Melhoramento Genético de Equinos“,  a ser ministrada pelo pós-doutorando Alessandro Procópio do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (DZO-UFLA). A palestra é aberta e gratuita para toda a população.

Além disso, pesquisadores da Universidade realizarão atividades como parte do projeto “Caracterização genética e fenotípica de equinos da raça Mangalarga Marchador”. O programa tem apoio do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (MAPA) e da   Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM).

Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom

 

UFLA publica editais de concursos para professor – são 45 vagas disponíveis no total

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) publicou esta semana dois editais de concurso para professores.

O concurso regido pelo Edital PRGDP nº 16/2018 (Retificado pelo Edital PRGDP nº 17/2018) prevê 20 vagas para professores Adjunto A (com exigência mínima de doutorado na titulação) e Assistente A (com exigência mínima de mestrado). As vagas são para os Departamentos de Biologia (DBI) e Engenharia (DEG). As inscrições devem ser realizadas pelo site da PRGDP, a partir das 9h de 9/3/2018, até às 23h59 de 27/3/2018 (horário oficial de Brasília).

As vagas deste edital são para as áreas de:

DBI: Bioquímica e Metabolismo Vegetal (uma vaga); Bioinformática Aplicada à Microbiologia  (uma vaga); Crescimento e Desenvolvimento de Plantas  (uma vaga) e Taxonomia Vegetal/subárea – taxonomia de fanerógamas (uma vaga).

DEG: Aproveitamento e Conversão de Energia; e Ciência e Tecnologia de Materiais (duas vagas). As demais áreas oferecem uma vaga: Construção Civil, Engenharia de Estruturas, Geotecnia, Hidráulica, Materiais Metálicos, Máquinas Térmicas e Hidráulicas, Modelagem e Simulação de Processos Químicos, Processos de Fabricação Mecânica, Processos Térmicos e Equilíbrio de Soluções, Projeto Mecânico, Projetos de Processos da Indústria Química e Sistemas Particulados.

O regime de trabalho é de dedicação exclusiva, regido pela Lei no 8.112, de 1990. O candidato aprovado receberá as remunerações iniciais para os cargos de Professor Adjunto A e Professor Assistente, Nível 1, compostas de vencimento básico e retribuição por titulação – RT (comprovada e não cumulativa), conforme a tabela abaixo, acrescido do auxílio-alimentação e do auxílio-transporte, nos termos da legislação vigente. 

Cargo Regime de trabalho Vencimento Básico Retribuição por Titulação
Especialização Mestrado Doutorado
Adjunto A Dedicação exclusiva 4.455,22 5.130,45
Assistente A Dedicação exclusiva 4.455,22 2.172,21 5.130,45

 

Já o concurso regido pelo edital PRGDP Nº18/2018 destina-se ao preenchimento de 25 vagas para professores Adjunto A e Assistente A (com exigência mínima de doutorado na titulação) e Auxiliar  Nível 1  (com exigência mínima de especialização, além do mestrado e doutorado na área). As vagas são para seis departamentos da Instituição: Departamento de Agricultura (DAG); Ciência do Solo (DCS); Ciências Exatas (DEX), Nutrição (DNU), Química (DQI) e Ciências da Saúde (DSA). 

As inscrições serão realizadas somente via Internet e deverão ser efetuadas por meio do site da PRGDP, a partir das 9 horas do dia 13/3/2018, até o dia 28/3/2018 (horário oficial de Brasília).

As vagas são destinadas às seguintes áreas do conhecimento:

DAG: Fitotecnia / Manejo e Produção de Cana de Açúcar e Culturas de Potencial Energético; Fisiologia de sementes e Biologia molecular aplicada em sementes e Proteção de Plantas: Subárea Manejo de Plantas Daninhas

DCS: Microbiologia e bioquímica do solo

DEX: Ensino de Física; Matemática

DNU: Avaliação Nutricional e Saúde Coletiva ; Nutrição Clínica: Dietoterapia

DQI: Química Orgânica

DSA: Cirurgia Geral; Direito Médico e Gestão Hospitalar; Gastroenterologia; Ginecologia e Obstetrícia; Infectologia; Medicina de Família e Comunidade; Medicina Preventiva; Oftalmologia; Ortopedia; Pediatria; Pneumologia; Psiquiatria; Saúde do Adulto

O regime de trabalho é de dedicação exclusiva, regido pela Lei no 8.112, de 1990, para as denominações de Adjunto e Assistente; e de 40 horas semanais para o cargo de Auxiliar . As remunerações iniciais para os cargos de Professor Adjunto A, Professor Assistente e Auxiliar  Nível 1 são compostas de Vencimento Básico e Retribuição por Titulação – RT (comprovada e não cumulativa), conforme a tabela abaixo:

Cargo Regime de trabalho Vencimento Básico Retribuição por Titulação
Especialização Mestrado Doutorado
Adjunto A Dedicação exclusiva 4.455,22 2.172,21 5.130,45
Assistente A Dedicação exclusiva 4.455,22 2.172,21 5.130,45
Auxiliar 40 horas

semanais

3.121,76 430,32 2.172,21 2.620,38

Orientações gerais

Antes de efetuar a inscrição, o candidato deverá tomar conhecimento dos editais e certificar-se de que preenche todos os requisitos para a investidura no cargo/área para o qual pretende concorrer, sem os quais estará impedido de tomar posse.

As seleções serão feitas por meio de prova escrita, didática, de defesa de Plano de Trabalho e de títulos. As avaliações serão realizadas no câmpus da UFLA, em datas a serem divulgadas de acordo com o previsto em cada edital. Os dias, horários e locais de realização serão divulgados oficialmente, no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/site/concursos/professor.

Não será emitido comprovante definitivo de inscrição. É de exclusiva responsabilidade do candidato informar-se sobre as datas, horários e locais de prova.

Outras informações poderão ser obtidas na Coordenadoria de Seleção da PRGDP pelo telefone (35) 3829-1146, ou na íntegra do Edital, disponível no site www.prgdp.ufla.br/site/concursos/professor.

 

UFLA anuncia concurso público para professores nos cursos de Biologia e Engenharia

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) informa a abertura de concurso público para preenchimento de vinte vagas para professores Adjunto A (com exigência mínima de doutorado na titulação) e Assistente A (com exigência mínima de mestrado). As vagas são para os Departamentos de Biologia (DBI) e Engenharia (DEG). As inscrições devem ser realizadas no endereço eletrônico http://www.prgdp.ufla.br/site/concursos/professor/, a partir das 9h de 9/3/2018, até às 23h59 de 27/3/2018 (horário oficial de Brasília).

As vagas são para as áreas de:

DBI: Bioquímica e Metabolismo Vegetal (uma vaga); Bioinformática Aplicada à Microbiologia  (uma vaga); Crescimento e Desenvolvimento de Plantas  (uma Vaga) e Taxonomia Vegetal/subárea – taxonomia de fanerógamas (uma vaga).

DEG: Aproveitamento e Conversão de Energia; e Ciência e Tecnologia de Materiais (duas vagas). As demais áreas oferecem uma vaga: Construção Civil, Engenharia de Estruturas, Geotecnia, Hidráulica, Materiais Metálicos, Máquinas Térmicas e Hidráulicas, Modelagem e Simulação de Processos Químicos, Processos de Fabricação Mecânica, Processos Térmicos e Equilíbrio de Soluções, Projeto Mecânico, Projetos de Processos da Indústria Química e   Sistemas Particulados.

O regime de trabalho é de dedicação exclusiva, regido pela Lei no 8.112, de 1990. O candidato aprovado receberá as remunerações iniciais para os cargos de Professor Adjunto A e Professor Assistente, Nível 1, compostas de vencimento básico e retribuição por titulação – RT (comprovada e não cumulativa), conforme a tabela abaixo, acrescido do auxílio-alimentação e do auxílio- transporte, nos termos da legislação vigente. 

 

Cargo Regime de trabalho Vencimento Básico Retribuição por Titulação
Especialização Mestrado Doutorado
Adjunto A Dedicação exclusiva 4.455,22 5.130,45
Assistente A Dedicação exclusiva 4.455,22 2.172,21 5.130,45

 

Antes de efetuar a inscrição, o candidato deverá tomar conhecimento do Edital, disponível no endereço eletrônico http://www.prgdp.ufla.br/site/edital-prgdp-16-2018/  e certificar-se de que preenche todos os requisitos para a investidura no cargo/área para o qual pretende concorrer, sem os quais estará impedido de tomar posse.

 A seleção será feita por meio de prova escrita, didática, de defesa de Plano de Trabalho e de títulos. As avaliações serão realizadas no câmpus da UFLA, em data a ser divulgada a partir de 4/4/2018. Os dias, horários e locais de realização serão divulgados oficialmente, no endereço eletrônico www.prgdp.ufla.br/site/concursos/professor .

Não será emitido comprovante definitivo de inscrição. É de exclusiva responsabilidade do candidato informar-se sobre as datas, horários e locais de prova.

Mais informações poderão ser obtidas na Coordenadoria de Seleção da PRGDP pelo telefone (35) 3829-1146, ou na íntegra do Edital, disponível no site www.prgdp.ufla.br/site/concursos/professor.

 

 

 

Professora da UFLA fala sobre a relação entre o salmão e o ômega 3

Presente na mesa de muitos brasileiros, principalmente nesta época, o peixe é um aliado na busca por uma alimentação saudável.  Segundo publicações especializadas, a estimativa para 2018 é de que as vendas de peixes e frutos do mar na quaresma cheguem a crescer 50% em relação ao ano passado. A coordenadora do Núcleo de Estudos em Aquacultura (NAQUA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professora Priscila Vieira e Rosa, explica que o consumo tem crescido no Brasil: “Temos uma conscientização maior do consumidor nos últimos anos de ter uma alimentação mais saudável e também um incentivo maior ao consumo por meio do extinto Ministério de Pesca e Aquicultura, que realizou várias campanhas para aumentar o consumo de pescado. Vale ressaltar que o consumo per capta ano no Brasil gira em torno de 11kg/habitante/ano, aquém do preconizado de OMS, que é de 15 kg/habitante/ano e muito abaixo do consumo Europeu, que gira em torno de 22 kg/habitante/ano. ”

Ainda de acordo com a especialista, o aumento do consumo do pescado é extremamente importante, já que o peixe tem um alto teor nutritivo: “O peixe é fonte de proteínas, minerais, vitaminas e principalmente de lipídeos. O perfil lipídico dos peixes se diferencia dos outros produtos de origem animal, pois tem uma proporção maior de ácidos graxos insaturados, que promovem uma melhor digestão, sendo esse um benefício adicional à saúde. Além disso, alguns peixes têm uma grande concentração de ácidos graxos essenciais da série ômega 3, uma característica exclusiva do pescado. O ômega 3 atua no metabolismo e na fisiologia do nosso organismo, e deve ser um complemento à alimentação humana.”

Um dos peixes mais apreciados pelos brasileiros, incluindo os mineiros, é o salmão. Um estudo da Diretoria da Aquicultura e Pesca da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostrou que o salmão, seguido da merluza e do bacalhau, são os peixes importados de maior preferência em Minas Gerais. Já a tilápia é a principal espécie consumida no estado. O grande sucesso do salmão na mesa dos consumidores é devido às recomendações desse peixe como fornecedor de ômega 3, que possui uma grande concentração de ácidos graxos da série n-3 e principalmente pela expansão de pratos japoneses, que geralmente são preparados com essa espécie.

Mas será que o salmão possui realmente tanto ômega 3 quanto dizem? A professora Priscila explica: “ A deposição dos ácidos graxos no corpo é reflexo da composição dos ácidos graxos dos alimentos que o peixe ingere, ou seja, se ele tem na ração ômega 3, ele vai depositá-los na carcaça. Em rações para peixes carnívoros, como é o caso do salmão, até 10 anos atrás, utilizava-se na ração a farinha e/ou óleo de peixe na sua formulação. Consequentemente, ele depositava os ácidos graxos ômega 3 na carcaça. Como a farinha ou o óleo de peixe é caro, além de ser uma fonte finita, os nutricionistas de peixes trabalharam para substituí-los por fontes vegetais, como a soja e o milho, e como essas fontes são ricas em ácidos graxos ômega 6, as concentrações de ácidos graxos ômega 6 aumentaram e de ômega 3 reduziram praticamente à metade; por isso, essa recomendação da ingestão de ômega 3 baseada no consumo do salmão deve ser revista, explica Priscila.

Atualmente, a maior parte do salmão que consumimos é criada em cativeiros, principalmente no Chile, Canadá, Estados Unidos e norte da Europa. O salmão selvagem é proveniente do Alasca e da Rússia. A professora explica que, no caso do salmão selvagem, a captura só é permitida após o período reprodutivo, quando as reservas de gordura do peixe estão reduzidas e, consequentemente a concentração dos ácidos graxos ômega 3 é mais baixa.

Uma outra dúvida que muita gente tem é com relação à cor do salmão. “Em ambiente natural, o salmão consome alimentos que possuem pigmentantes e o depositam na carne. Já no salmão de cativeiro, nós colocamos pigmentante, o mesmo utilizado na avicultura, e ele vai depositar essa cor, que não faz nenhum mal para a saúde”, enfatiza a especialista.

A pesquisadora destaca que no Brasil não há a produção de salmão, mas há muitos peixes tropicais de água doce disponíveis no território nacional que possuem a capacidade de converter os ácidos graxos ômega 3, precursores com 18 carbonos, presentes em alguns óleos vegetais, como a linhaça, por exemplo, nos ácidos graxos fisiologicamente essenciais ômega 3, como o ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosaexaenoico (DHA) e depositar na carcaça. “Essa é uma das linhas de pesquisa que são estudadas na UFLA. Nosso objetivo é colocar no mercado brasileiro uma opção de pescado, como a tilápia e o tambaqui, com uma concentração maior de EPA e DHA e com alto teor de ômega 3”, enfatiza.

Consumo na quaresma

De acordo com o proprietário de uma peixaria em Lavras, a venda de peixes na quaresma aumentam cerca de 30%, chegando a dobrar na Semana Santa. A espécie mais procurada é a Tilápia, principalmente como filé, seguido do Salmão e da Sardinha. Por semana, são comercializados no local (atacado e varejo), em média, 350 quilos de salmão vindos do Chile. Por ser importado, o preço varia conforme a cotação do dólar.

 

 

Imagens e Texto Karina Mascarenhas, jornalista- bolsista Fapemig/Dcom.

Edição: Mayara Toyama – bolsista Fapemig/Dcom.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Projeto de extensão da UFLA inicia uso de filtro agroecológico em Moçambique

De fácil manejo, o modelo permite que águas antes não potáveis sejam reaproveitadas para consumo humano

Uma alternativa para populações carentes com dificuldade de acesso à água potável para o consumo humano: o filtro de água agroecológico. Essa proposta é do projeto do Núcleo de Estudos em Agroecologia, Permacultura e Extensão Universitária Inovadora, do Departamento de Engenharia, da Universidade Federal de Lavras (NEAPE/DEG/UFLA), coordenado pelo professor Gilmar Tavares.

Um protótipo do filtro foi construído no NEAPE em 2013; porém, como a aplicação no Brasil poderia ser feita por tecnologias mais avançadas, a proposta ficou esperando uma oportunidade para ser adotada. Foi quando através do Projeto Vozes da África, também coordenado pelo professor Gilmar, os extensionistas passaram a perceber a sua utilidade em Moçambique e outras regiões da África.

Em parceria com a Organização não governamental Fraternidade Sem Fronteiras, um modelo foi construído e está sendo testado desde o final de novembro do ano passado na comunidade de Muzumuia. A intenção, de acordo com o professor, é estender o projeto para outras comunidades, como Madagascar. Antes de ser utilizada nas comunidades africanas, a água do filtro foi testada por laboratórios credenciados, para análises de potabilidade, conforme recomendações de normas internacionais.

O professor explica que o filtro é uma tecnologia socioambiental sustentável que pode ser aplicada em qualquer lugar do mundo. Ele é construído com materiais simples, baratos e fáceis de ser encontrados: cano PVC, areia, brita ou seixos e carvão. “Através da renovação contínua da água no interior do filtro, por um período de carência de 30 dias, a passagem de água lentamente, através da areia, forma um biofilme de microorganismos biófogos, que irão digerir todos os contaminantes, inclusive coliformes da água no interior do filtro, sem a necessidade de nenhum insumo químico. O próprio carvão utilizado, por exemplo, retém muitos desses elementos químicos; já os seixos deixam a água fresca, ideal para ser consumida pelo ser humano”, complementa o professor.

Importante ressaltar, segundo o professor Tavares, que a grande vantagem desta tecnologia socioambiental sustentável é o custo muito baixo. “Nessas comunidades, se usa o fogão a lenha, isso gera uma grande quantidade de cinzas e carvão, as cinzas  são utilizadas para a compostagem e a biofertilização; já o carvão vamos usar para a construção dos filtros agroecológicos. Já os outros materiais podem ser facilmente encontrados, até mesmo na falta do tubo de PVC, pode ser utilizado um vasilhame de plástico, usado normalmente como reservatório de água e, às vezes, até mesmo como lixeira”, relata.

Como fazer o filtro

Para a construção do filtro, são utilizados um cano PVC 300mm, com 1 metro de altura, uma tampa de PVC 300mm, veda-rosca, cola plástico, uma torneira para o filtro, tela mosqueteira plástica, suporte para entrada da água e os materiais: areia fina, brita zero ou seixos e carvão vegetal fragmentado, ativado ou comum.  O importante é limpar e desinfetar todo o material com água sanitária comercial, antes do uso e secá-los ao sol.

Para a montagem:

Fure o cano de PVC no diâmetro da torneira, aproximadamente 8 cm acima da base inferior do filtro, cole a tampa de PVC 300mm. Na base inferior do filtro, coloque 15 cm de brita ou seixos, como primeira camada, depois adapte 3 discos da tela mosquiteira com o mesmo diâmetro do tubo; sobre esta camada, acrescente  5 cm de fragmentos de carvão ativado ou 10 cm de carvão comum, como segunda camada; colocando novamente os 3 discos da tela mosqueteira, complete como última camada, 25 cm da areia e mais 4 camadas de tela mosqueteira; para finalizar, adapte o suporte de entrada da água  bruta e lembre-se de renovar a água bruta a cada 24h, por 30 dias consecutivos, antes de consumir a água filtrada.  

Importância do filtro

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que a falta de saneamento básico afeta a vida de 27 milhões de pessoas na África. Segundo a ONU, o consumo de água suja provoca diversas doenças, como diarreia, infecção intestinal, hepatite, entre outras que podem levar à morte. De acordo com o relatório “Água Doente”, divulgado pela entidade, o consumo e o uso de água não tratada e poluída mata mais do que todas as formas de violência, inclusive guerras.

Texto e Imagens: Karina Mascarenhas, jornalista- bolsista Fapemig/Dcom.

Edição: Mayara Toyama, bolsista Fapemig/Dcom.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.