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Inflação desacelera em setembro, de acordo com pesquisa feita na UFLA

 inflaçãoA inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da UFLA ficou em 0,92% no mês de setembro, a metade do aumento registrado em agosto (1,81%). Verificou-se uma desaceleração, mas a inflação medida pela UFLA, em 2013, está acumulada em 14,4%.

Entre os 11 grupos que compõem o IPC da UFLA, as maiores altas ficaram concentradas nos setores de vestuário (3,89%), despesas com bebidas (2,9%) e alimentos in natura (13,94%). Também aumentaram, em setembro, as categorias higiene pessoal (2,08%) e os gastos com transporte (0,33%) e serviços gerais (0,28%), grupo representado pela água, luz, telefone e gás de cozinha.

Os alimentos subiram para o consumidor, em média, 1,58%. Os in natura tiveram alta de 13,94%; os industrializados, de 2,81%; mas foram os semielaborados os responsáveis por segurar a pressão que os alimentos tiveram na inflação dos últimos meses, registrando uma queda de 0,43%. Essa categoria foi influenciada pelas cotações do feijão (-7,89%) e das carnes de frango (-4,28), bovina (-1,69%) e suína (-0,58%). Entre os produtos industrializados, leite e derivados deixaram de pressionar a inflação de setembro, ao contrário dos meses anteriores. Mas o trigo, milho e derivados ainda estão em alta no varejo. Entre os in natura, os maiores aumentos ficaram concentrados na batata (18,85%), vagem (24,12%), repolho (25,04%) e quiabo (33,02%).

Com a variação desses alimentos básicos, a cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou mais barata em setembro 0,85%, passando a custar R$ 417,32. Em agosto, seu valor era de R$ 420,92.

A taxa de inflação de setembro também foi segurada pela queda nos preços dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), que caíram 1,68%. Tais itens dependem fundamentalmente do crediário, o que indica que as recentes altas dos juros já atingem o mercado.

A estabilidade dos preços nos setores ligados aos gastos com moradia e lazer, que não apresentaram variações na média dos preços, também contribuiu para a estabilidade na inflação. Já o setor de educação e saúde apresentou uma alta de 0,16%.

 

Inflação divulgada pela UFLA ultrapassa os 13% neste ano

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE), registrou, no mês de agosto, uma taxa de inflação de 1,81%. Em julho, o IPC da UFLA ficou em 0,98%; com esses índices, a inflação acumulada no ano já chega a 13,36%.

Em agosto, as altas de preços ficaram concentradas nos grupos ligados a usos contínuos, como alimentos (4,78%), bebidas em geral (4,18%), material de limpeza (4,28%) e higiene pessoal (3,3%). Os alimentos, portanto, continuam a pressionar a inflação calculada pala UFLA.

Os produtos in natura tiveram alta de 13,26% e os industrializados, aumento de 8,53%. No entanto, esses aumentos foram, em parte, neutralizados pelas quedas dos preços do feijão (-1,18%), da carne bovina (-1,38%) e dos pescados (-1,09%). Já o arroz teve alta de 16,9% e a carne de frango, de 4,48%. Entre as maiores altas nos alimentos em geral, destacaram-se: batata (27,53%), pimentão (25,66%), inhame (50,52%), cenoura (26,8%), repolho (29,16%), trigo (27,4%), polvilho (26,97%), farinha de milho (39,29%), temperos (22,91%) e, no geral, leite e derivados e frutas – principalmente pera, maçã, goiaba, abacate e abacaxi.

Na categoria das bebidas, as maiores altas foram verificadas nos refrigerantes (16,89%) e nas cervejas, que tiveram aumento médio de 16,74%.

Os demais setores pesquisados mantiveram, em média, as seguintes altas em agosto: vestuário, 1,71%; despesas de transporte, 0,51%; educação e saúde, 0,15%; e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), 3,28%, devido principalmente à alta da energia elétrica.

Os grupos que mantiveram preços estáveis em agosto foram as despesas de moradia e lazer.  A exceção foi a queda média nos preços dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), que ficaram mais baratos, para o consumidor, 1,79%.

Cesta básica

Com esses comportamentos dos preços dos alimentos, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve um aumento de 4,26%, em agosto, passando a custar R$ 420,92. Em julho, o valor era de R$ 403,72%.

Fonte: prof. Ricardo Reis (DAE/UFLA)

 

IPC: prato típico do brasileiro fica 80% mais caro em dois meses

índice preços consumidorOs principais produtos que compõem o prato típico do brasileiro já apresentam elevação superior a 80% nos últimos dois meses. A conclusão é do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido na UFLA: o feijão, de acordo com a pesquisa, encareceu em 19,02% em maio e 21,86% em junho; e o arroz teve um aumento de 12,04% em maio e 15,33% no mês passado. No acumulado do período, a alta desses alimentos já atinge 87,39%. A inflação, no entanto, teve índices menos elevados, ficando em 1,59% em junho e em 1,83% em maio.

Os alimentos foram os “vilões” da inflação, apresentando uma média de elevação de 4,75%. Produtos in natura bastante consumidos contribuíram para o aumento, como a batata (41,52%), o tomate (13,78%), o limão (40,94%), a cebola (63,2%), o repolho (35,73%), a mandioca (24,21%) e a cenoura (23,25%). A elevação média na categoria foi de 12,04%.

Entre os alimentos industrializados, que ficaram mais caros em maio 8,48%, o leite e seus derivados se destacaram: foram registrados aumentos nos leites longa vida (11,42%), tipo C (25,35%) e em pó (8,48%). A pesquisa também identificou altas nos derivados do trigo, como a farinha de trigo (25,22%) e o macarrão (11,63%). No caso das carnes, os aumentos variaram entre 1,3% a 2,7%.

Com esses resultados, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou mais caro 1,31% em junho, passando a custar R$ 415,87. No mês anterior, o valor era de R$ 410,46. No acumulado do semestre, a inflação medida pelo IPC da UFLA já registra alta de 9,06%, indicando uma tendência de ficar com um valor acima de 12,0% em 2013, ou seja: o dobro da meta superior de inflação fixada pelo governo para todo o ano, que é de 6,5%.

Os demais setores pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes alterações de preços em junho: bebidas (-6,8%), material de limpeza (6,56%), higiene pessoal (2,68%), vestuário (1,03%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática (1,03%), educação e saúde (0,17%) e despesas com transporte, com alta de 0,32%. Já as despesas com moradia, lazer e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) não tiveram, em média, alterações de preços no mês.

A pesquisa é coordenada pelo professor Ricardo Reis, do Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE).

 

Confira aqui notícia sobre o IPC de maio

 

 

Moda e bebidas seguram inflação de março, mas alimentos pressionam

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da UFLA ficou em 1,04% no mês de março. O resultado é mais ameno em comparação com o final do ano passado, quando o IPC apresentou alta mais acentuada. As promoções da moda verão-outono seguraram os preços, assim como as bebidas, mas os alimentos – principalmente os produtos in natura – pressionaram o índice para cima.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da UFLA, as maiores altas ficaram concentradas nos setores de higiene pessoal (1,45%), despesas com material de limpeza (1,0%), vestuário (4,12%) e alimentos, com aumento de 1,84%.

De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Ricardo Reis, as tradicionais liquidações da moda e as promoções de bebidas (com queda média de -10,29) influenciaram o baixo índice. “A alta verificada no grupo vestuário está praticamente localizada no início das vendas da moda inverno. E, se não houvesse promoções de verão, as despesas com vestuário teriam ficado em 14,12%”, ressaltou.

Principais aumentos

Durante o último mês, os produtos in natura subiram 11,74%. Os semielaborados tiveram uma queda de 0,38% e os industrializados ficaram mais caros, em média, 5,19%.  As maiores altas nessas categorias foram as do tomate (61,39%), batata (21,58%), pimentão (29,25%), do inhame (22,41%), frutas em geral, trigo e derivados (10,17%), ketchup (28,81%), ervilhas (22,9%) e mortadela (32,3%). Os preços dos chocolates e bombons permaneceram estáveis, apesar da páscoa. Mas o grupo dos alimentos foi em parte segurado pelas quedas do feijão (-5,08%) e das carnes bovinas (-7,76%) e suínas (-0,09%). Já o arroz sofreu um aumento de 7,5% no mês.

Entre as demais categorias pesquisas pela UFLA, os bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática) ficaram em média mais baratos (queda de 3,18%), enquanto educação e saúde apresentaram aumento de 0,03% e as despesas de transporte ficaram mais caras em 0,32%. E as despesas com moradia, lazer e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) se mantiveram estáveis.

Cesta básica

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas aumentou 1,73% em março, passando a custar R$410,96. Em fevereiro, seu valor era de R$403,97. O professor Ricardo Reis afirma que, mesmo com a desoneração de impostos de alguns itens dessa cesta de alimentos, a alta está associada a outros fatores de mercado. Características dos produtos (como perecibilidade), da produção (sazonalidade, variações na qualidade, clima) e do consumo (hábitos alimentares e mudanças de comportamento da sociedade) influenciam o custo para o consumidor.

Com a alta de março, o IPC da UFLA já acumula um aumento de 5,98% no ano e deverá superar a meta de inflação definida pelo governo, cuja margem superior é de 6,5%.

Confira aqui a notícia sobre o IPC de fevereiro.

 

Índice de Preços ao Consumidor da UFLA ganha destaque no jornal Estado de Minas

19.02 estado de minasCusto de vida no interior já é maior que em BH – Essa foi a manchete do Jornal Estado de Minas dessa segunda-feira (18), trazendo como destaque o custo de vida nas cidades mineiras que têm índices próprios analisados pelas universidades e registraram avanços em 2012, com variações maiores que as da capital.

A reportagem traz análises do professor Ricardo Pereira Reis, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) medido pelo Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA). Sob pressão dos alimentos, serviços pessoais e de transporte mais caros, o fôlego da inflação de 2012 surpreendeu com as maiores altas dos últimos cinco anos. Em Lavras, o custo de vida subiu 11,82%, influenciado pelo encarecimento da comida dentro e fora de casa, dos itens de higiene pessoal, limpeza doméstica e dos gastos com vestuário.

O indicador da UFLA é estruturado sobre pesquisa própria de orçamentos familiares de 350 famílias do município, de todas as classes de renda e no levantamento de 7,7 mil preços. “O custo da logística e do frete do transporte encareceu os preços ao consumidor”, afirma. A cidade de 91,3 mil habitantes é abastecida pelos entrepostos de Contagem da Ceasa Minas, distante mais de 240 quilômetros, e da Ceagesp, de São Paulo (a 378 quilômetros).

Veja notícia completa em: http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2013/02/18/internas_economia,351094/custo-de-vida-no-interior-ja-e-maior-que-em-bh.shtml

 

 

Alimentos “in natura” pressionam inflação de janeiro

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da UFLA apontou uma inflação média de 2,33% em janeiro. O índice é menor que o de dezembro, que ficou em 2,98%. De acordo com o professor Ricardo Reis (DAE), coordenador da pesquisa, a taxa de inflação do primeiro mês do ano foi puxada principalmente pelas despesas com alimentação (3,01%), higiene pessoal (5,79%), material de limpeza (2,13%), e gastos com vestuário (9,69%).

O custo da cesta básica de alimentos subiu 2,62% em janeiro. A medição considera os preços de 17 produtos para uma cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas. Em janeiro, esta cesta passou a custar R$410,48, em comparação com o valor de dezembro, R$399,98. As altas nos preços do arroz, da carne de frango, dos óleos e do tomate foram os que mais influenciaram o aumento deste mês.

Entre os alimentos, as maiores altas aconteceram nos produtos in natura, com aumento no mês de 10,94%. Os “vilões” foram o tomate, (alta de 38,0%), couve-flor (22,68%), batata (17,77%), vagem (15,66%), pimentão (14,63%), mandioca (12,98%), cenoura (12,02%) e as frutas em geral.

Os produtos industrializados ficaram mais caros 7,36%, principalmente os derivados do trigo, açúcar e óleos em geral. No entanto, os semielaborados seguram em parte a alta dos alimentos, com quedas de preço do feijão (-7,0%) e das carnes suína (-1,17%) e bovina (-5,06%). Os itens que tiveram alta nesta categoria foram o arroz, que ficou 11,97% mais caro para o consumidor, e a carne de frango, com aumento de 6,47%.

Já o setor de educação, que normalmente pressiona a inflação no início do ano, praticamente se manteve estável, tendo um aumento médio de 0,02%.

Os demais grupos pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes variações: bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática) apresentaram queda média de preços de 1,6% e bebidas ficaram mais baratas 6,9%. As demais categorias do IPC da UFLA mantiveram, em média, preços estáveis em janeiro: serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), moradia, transporte e despesas de lazer.

 

Em alta, inflação deve fechar ano acima dos 9%

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da UFLA ficou em 2,39% no mês de novembro. Esse é o maior índice constatado desde janeiro de 2003, quando atingiu o patamar de 2,73%.

A taxa de novembro foi puxada, principalmente, pelas despesas com vestuário (que apresentaram aumento de 13,45%), higiene pessoal (9,47%) e material de limpeza (4,4%). Os alimentos também pressionaram a inflação de novembro, com alta média de 1,29%.

Entre os alimentos, as altas ocorreram em todos os segmentos: produtos in natura, (0,15%), semielaborados (0,63%) e industrializados (0,61%). Mas os alimentos que mais afetaram o bolso do consumidor foram a carne bovina (33,84%), carne suína (9,22%), carne de frango (7,25%), pescados (5,38%) e arroz (2,15%).

Já a alta com as despesas de vestuário está associada à entrada da moda primavera-verão no mercado. O calor também levou à procura por roupas à base de algodão, mais leves, porém, com preço superior às produzidas com material sintético.

Os demais grupos pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes variações em novembro: bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática) apresentaram queda média de preços de 6,82% e bebidas ficaram mais baratas 5,06%. As demais categorias mantiveram-se, em média, com preços estáveis no mês, entre elas serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), educação e saúde, moradia, transporte e despesas de lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou a custar R$ 389,20 em novembro, com alta de 0,25% em relação ao valor de outubro (R$ 398,20).

Inflação acima dos 9% em 2012

De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Ricardo Reis, esse resultado confirma a tendência de alta do IPC, observada desde junho. Nesse mês, atingiu 0,86%; Em julho, ficou em 0,59%, passando para 0,93% em agosto; 1,7% em setembro; 2,09% em outubro e, agora, 2,39%. No acumulado do ano, o índice divulgado pela UFLA está em 8,59% e acredita-se que possa ficar acima de 9% no ano.

 

Inflação em outubro foi a maior dos últimos anos

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da UFLA, referente a outubro, causou surpresa em seus pesquisadores: ficou em 2,09% no mês, sendo o maior Índice desde janeiro de 2003 (quando atingiu o patamar de 2,73%).

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, essa taxa de inflação de outubro foi puxada principalmente pelas despesas com alimentação (2,06%), higiene pessoal (7,49%), material de limpeza (7,72%) e gastos com vestuário (9,69%). “O resultado de outubro confirma a tendência de alta do IPC da UFLA desde o mês de junho, quando atingiu 0,86%. No acumulado do ano, o índice divulgado pela UFLA está em 6,06%”, apontou o professor.

Entre os alimentos, as maiores altas ocorreram nos produtos in natura, com aumento no mês de 6,97%. Alguns dos alimentos com maiores altas foram o tomate (31,52%), pimentão (28,52%), couve-flor (28,42%), cenoura (24,3%), limão (59,64%) e as frutas em geral.

Já os produtos industrializados ficaram 6,16% mais caros, principalmente os derivados do trigo. No entanto, os alimentos semielaborados seguraram em parte a alta dos alimentos, com as quedas de preço do feijão (-11,9) e das carnes suína (-0,28%) e bovina (-4,82%). Mesmo enquadrado nessa categoria, o arroz sofreu um aumento de 7,86%.

A pesquisa concluiu que a alta com as despesas de vestuário está associada à mudança de estação. Houve a entrada da moda primavera-verão e uma procura maior por peças mais leves, devido ao forte calor que vem ocorrendo nos últimos meses.

Os demais grupos pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes variações: os bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), apresentaram queda média de preços de 6,82%; e as bebidas ficaram mais baratas 3,06%. As outras categorias do IPC da UFLA mantiveram preços estáveis em outubro: serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), educação e saúde, moradia, transporte e despesas de lazer.

Cesta básica

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou a custar R$388,20 em outubro, com queda de 1,08% em relação ao valor de setembro (R$392,44). Ao contrário do grupo alimentos do IPC, com mais de 90 itens pesquisados, essa cesta básica é composta de apenas 17 produtos, sendo que as quedas dos preços do feijão e das carnes foram as que mais influenciaram seu valor no mês.

 

Inflação divulgada pela UFLA atinge 1,7% e é a maior do ano

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 1,7% no mês de setembro, sendo o mais alto índice do ano. Em agosto, essa taxa havia sido de 0,93%.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, o IPC da UFLA vem indicando tendência de alta desde junho, quando atingiu 0,86%. Em julho, ficou em 0,59%, passando para 0,93% em agosto e, agora, teve um aumento de 1,7%.  No acumulado do ano, o índice está em 3,89%.

Os alimentos tiveram alta média de 2,28%, influenciada pelos produtos in natura, com aumento de 7,25% e pelos industrializados, que ficaram mais caros 5,74%. Já os alimentos semielaborados seguraram parte da alta dos alimentos, com queda de 2,26%. As maiores altas de setembro ficaram localizadas nos seguintes produtos: tomate (34,71%), cenoura (30,88%), couve-flor (28,42%), iogurte (21,42%), ervilha (16,81%), ketchup (12,73%), pão de forma (9,27%), farinha de trigo (9,19%), arroz (7,3%) e as frutas em geral. No setor de carnes, a de frango teve alta de 3,21%, mas foi contrabalanceada pela queda da carne bovina, cujo preço caiu 3,47%, enquanto a suína teve alta de 0,53%. O destaque foi a queda no preço do feijão, que ficou 11,95% mais barato para o consumidor.

A inflação de setembro também foi puxada pelas altas nas despesas com material de limpeza (6,47%), higiene pessoal (6,58%) e vestuário, com aumento de 6,99% no mês.  Os gastos com bebidas ficaram mais baratos 3,34%, bem como as despesas com material de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), com queda média de 6,82%.

Os demais grupos pesquisados pela UFLA, serviços gerais (água, luz, telefone, gás de cozinha), educação e saúde, moradia, transporte e lazer, não tiveram alterações na média dos preços.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou a ser de R$392,44, em setembro, com queda de 6,67%% em relação ao valor de agosto, R$420,49. Ao contrário do grupo alimentos do IPC, que levanta os preços de mais de 90 itens, essa cesta básica é composta de apenas 17 produtos e foi, principalmente, a queda do preço do feijão, dos ovos, do macarrão e da carne bovina que influenciou seu valor no mês.

 

Materiais de limpeza e higiene pessoal “puxam” a inflação de agosto, maior do ano


A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da UFLA ficou em 0,93% no mês de agosto, apresentando-se como o mais alto índice do ano. Em julho, essa taxa havia sido de 0,59%. O aumento na inflação foi devido basicamente pelas despesas com higiene pessoal, material de limpeza e vestuário, de acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa. As altas nesses setores chegou a 9,35%, 7,97% e 4,67%, respectivamente.

O mercado consumidor esperava que o preço das carnes alavancasse a alta – devido aos aumentos nos preços do milho e da soja, provocados pela seca nos EUA. No entanto, segundo Ricardo Reis, a alta dessas commodities ainda deve atingir o bolso do consumidor em setembro, afetando principalmente os preços do frango e suíno. E outra expectativa de alta é o repasse ao consumo dos recentes aumentos no preço do feijão.

Os alimentos tiveram uma queda média de 0,52%, influenciados pelos produtos semielaborados, cujo valor médio caiu 5,93%. De modo geral, as carnes (bovina, suína e pescados) ficaram mais baratas, exceto a de frango, cuja alta foi de 2,82%. Também ficaram mais baratos para o consumidor os preços do arroz e do feijão.

Já os alimentos in natura ficaram mais caros (5,97%), puxados pelos preços do tomate (39,15%), pimentão (33,69%), cenoura (30,93%), couve-flor (21,84%) e limão (18,25%). Entre os industrializados, que ficaram 3,43% mais caros, destacam-se os aumentos da farinha de milho (8,14%), pão (2,03%) e do óleo (6%).

Cesta básica

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas voltou a ultrapassar a barreira dos R$ 400,00, passando a custar R$ 420,49 em agosto. Isso significa uma alta de 14,10% em relação ao valor de julho, que foi de R$ 368,50. Ao contrário do grupo alimentos do IPC, que levanta os preços de mais de 90 itens, essa cesta básica é composta de apenas 17 produtos, e foram aqueles que mais subiram em agosto (como o tomate, a carne de frango, o óleo e o pão) que influenciaram seu valor no mês.

Outros grupos pesquisados pela UFLA tiveram as seguintes variações de preços em agosto: bebidas (-4,44%) e bens de consumo duráveis – eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática (-0,75%). Já as categorias serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e despesas com moradia, educação, saúde, transporte e lazer não tiveram alterações de preços no mês.