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10 minutos contra a Dengue: UFLA mantém ações de combate ao mosquito Aedes aegypti

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O professor Gregório Guimarães com a turma de Anatomia Veterinária: varredura sistemática no câmpus

Uma semana tem mais de dez mil minutos. Que tal usar apenas 10 para afastar o perigo da dengue?

Essa é a proposta da iniciativa 10 Minutos Contra a Dengue.  Idealizada com base no conhecimento científico dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o projeto é inspirado em uma estratégia de controle do Aedes aegypti adotada em Cingapura, que foi capaz de interromper o pico de epidemia no país com ações semanais da população dentro de suas residências, de apenas 10 minutos, para limpeza dos principais criadouros do A. aegypti.

Na UFLA, a Coordenadoria de Prevenção de Endemias, vinculada à Diretoria de Meio Ambiente (Cope/DMA) adotou a iniciativa 10 Minutos Contra a Dengue, com o incentivo do Ministério da Educação (MEC). A ação teve início no dia 19/2, quando a UFLA participou da Mobilização Nacional da Educação para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Na UFLA, toda sexta-feira, no período de 8 às 10 horas, a ação é realizada nos departamentos e setores, sob a coordenação de servidores.

Agindo uma vez por semana na limpeza de criadouros, a comunidade pode interferir no desenvolvimento do mosquito vetor, já que seu ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão da doença.

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Campanha elaborada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

No Departamento de Medicina Veterinária (DMV/UFLA), o professor Gregório Guimarães, com o apoio da turma de Anatomia Veterinária, realizam uma varredura semanalmente nas dependências do departamento. Em equipe, a ação requer apenas 10 minutos para eliminar potenciais criadouros.

No Departamento de Ciências da Computação (DCC/UFLA), a coordenação da campanha ficou sob a responsabilidade do servidor Alex Fernandes de Araújo, que tem inovado em suas ações. Além de incentivar a manutenção do Departamento livre de possíveis focos do mosquito, ele tem divulgado charges da campanha, feitas por ele mesmo, para chamar a atenção de toda a comunidade da UFLA. “A ideia dos desenhos foi justamente extrapolar o Departamento, para que a ideia chegasse a todas as pessoas da Universidade”, comentou.

A mobilização continua com a participação de estudantes de graduação e pós-graduação, além de docentes e servidores, para a realização de varreduras sistemáticas em busca de possíveis focos e eliminação. As ações também são realizadas fora do câmpus, com palestras e distribuição de material informativo em escolas de Lavras.

Vale ressaltar que, na UFLA, as atividades de monitoramento e avaliação espaço-temporal do vetor Aedes aegypti, por meio de armadilhas de oviposição (ovitrampas), vem sendo realizadas desde 2011. O programa sistemático de controle e combate ao Aedes aegypti é uma das ações do Plano Ambiental e Estruturante.

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Charges criadas pelo servidor Alex Araújo, coordenador da campanha 10 Minutos Contra a Dengue – no DCC

 

UFLA intensifica trabalhos de controle e prevenção à dengue e leishmaniose

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Professora Joziana Barçante identifica espécies de mosquitos, por meio de larvas coletadas no câmpus da Universidade

A dengue e a leishmaniose tem sido motivo de preocupação em diversas regiões, assim como no município de Lavras. Essas doenças necessitam de um rígido monitoramento; dessa forma, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) tem intensificado os trabalhos relacionados à prevenção dos mosquitos causadores dessas enfermidades.

No câmpus da UFLA, há vinte armadilhas com a finalidade de capturar o Aedes aegypti, transmissor da dengue. Elas são feitas de garrafa pet, onde se coloca certa quantidade de água e feno, atraindo, assim, a fêmea do mosquito. Em seguida, é realizada a identificação das larvas para verificação das espécies.

Segundo a professora Joziana Muniz de Paiva Barçante (DMV), coordenadora de Prevenção de Endemias da UFLA, esse tipo de trabalho é importante para o monitoramento e ainda o controle dos mosquitos, visto que as armadilhas fazem com que diminua a quantidade de vetores.

De acordo com a professora, os mosquitos mais encontrados no câmpus são os Culex, popularmente conhecidos como pernilongos; em seguida, os Aedes albopictus, que transmitem a chikungunya e, por último, os Aedes aegypti. Contudo, a professora assegura que a quantidade de Aedes albopictus e Aedes aegypti localizada na UFLA é pequena quando comparada a outros lugares da cidade de Lavras. Isso se deve aos trabalhos realizados dentro da Universidade, como visitas aos departamentos, laboratórios, salas de aulas, a fim de verificar se há algo propício à proliferação dos mosquitos.

Armadilha no câmpus para captura do mosquito vetor
Armadilha no câmpus para captura do mosquito vetor

Mas essas ações não são restritas à Universidade. Joziana relata que há uma parceria entre a UFLA e a Prefeitura Municipal de Lavras, sendo realizadas capacitações dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, além de palestras e atividades nas escolas, e até mesmo participação nos mutirões que são feitos mensalmente no município. Também foi elaborada uma cartilha “Dengue, faça sua parte”, distribuída em eventos e escolas do município.

Mesmo com todas essas atividades, a professora alerta que é preciso uma maior conscientização da população, pois, de acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica de Lavras, somente neste período de 2015 já foram confirmados 47 casos de dengue na cidade.

Controle de Leishmaniose Visceral

Outro trabalho que tem sido desempenhado entre a UFLA e a Prefeitura de Lavras é o combate à leishmaniose visceral canina. As equipes do Laboratório de Biologia Parasitária (Biopar) e da Coordenadoria de Prevenção de Endemias (COPE/DMA) da UFLA apoiam a execução do Programa Nacional de Controle de Leishmaniose Visceral. Estudantes e profissionais da instituição atuam na realização de palestras em escolas durante todo o ano, assim como na aplicação dos testes.

A professora Joziana comenta que os mutirões no combate à leishmaniose já foram realizados em cerca de 20 bairros da cidade, e a proposta é abranger todo o município. Além das orientações, são feitos os exames nos cães.

Há ainda as armadilhas luminosas em pontos estratégicos para captura, identificação e monitoramento da ocorrência do inseto vetor da leishmaniose. No câmpus da UFLA, há duas armadilhas e a Prefeitura de Lavras disponibiliza outras 20 na cidade, sendo todo o material analisado na Universidade.

É válido ressaltar que os primeiros casos de leishmaniose visceral canina foram diagnosticados na UFLA, por meio das necropsias que são realizadas no setor de Patologia do Departamento de Medicina Veterinária (DMV/UFLA).

Aedes aegypti e A. albopictus. Foto: Florida medical Entomology Laboratory
Aedes aegypti e A. albopictus. Foto: Florida Medical Entomology Laboratory

Como diferenciar os mosquitos Aedes aegypti, Aedes albopictus, e Lutzomyia longipalpis:

Aedes aegypti: Marrom-escuro (quase preto); possuem no tórax duas listras brancas que formam a imagem de um violão, e no meio destas há mais duas listras também brancas.

Aedes albopictus: Possuem uma coloração preta brilhante, com apenas uma listra branca no meio do tórax.

Lutzomyia longipalpis: Sua cor é palha e é o menor de todos esses vetores. Quando esses mosquitos estão parados, suas asas ficam sempre abertas, pois são muito rígidas.

A professora Joziana Barçante ressalta que os mosquitos são muito difíceis de ser identificados a olho nu; é preciso ter pelo menos o auxílio de uma lupa que amplie os detalhes.

Controle Sistemático

A UFLA tem se destacado em diversas avaliações nacionais em razão das ações do Plano Ambiental e Estruturante, iniciado em 2009. Idealizado pelo então pró-reitor de Planejamento e Extensão e atual reitor, professor José Roberto Scolforo, a criação da Diretoria de Meio Ambiente, na qual está vinculada a Coordenadoria de Prevenção de Endemias, foi definida como uma das ação prioritárias do Plano Ambiental. A Coordenadoria é responsável por um controle sistemático de prevenção de zoonoses e endemias, como dengue, raiva, doença de Chagas, leishmaniose, enteroparasitoses, angiostrongilose, entre outras. Conta com o envolvimento de professores, servidores técnicos administrativos e a contribuição de estudantes para a realização de um trabalho preventivo de identificação de problemas, avaliação dos riscos e apresentação de soluções estratégicas.

Além desta ação, o Plano Ambiental tem se tornado referência para outras instituições públicas e privadas do País. Abordando conceitos de sustentabilidade, destacam-se a implantação de Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos, tratamento dos resíduos sólidos, saneamento básico, Estação de Tratamento de Esgoto, construções ecologicamente corretas, proteção de nascentes e matas ciliares, prevenção e controle de incêndios e uso racional de energia.

Informações da Coordenadoria de Endemias ou aviso de focos – 3829 5247 ou 3829 5250

Camila Caetano – jornalista bolsista/UFLA

 

 

Colóquios da Física aborda a Propagação da Dengue e diferentes formas de controle

01.04 aedisO estudante Sylvestre Aureliano Carvalho, do curso de Física da Universidade Federal de Lavras (UFLA), defende nesta quarta-feira (3) a monografia intitulada: Modelo Temporal e Espaço Temporal para a Propagação da Dengue, na programação do projeto Colóquios da Física. A apresentação será às 17 horas, no anfiteatro do Departamento de Ciências Exatas (DEX).

O estudante vai apresentar os resultados de duas abordagens sobre a propagação da Dengue, utilizando modelos compartimentais. Na primeira abordagem, são apresentados os métodos de controle do mosquito Aedes aegypti formado por um sistema de equações diferenciais ordinárias (EDO’s); na segunda, é feita uma análise da influência da difusão das populações do mosquito e humana na propagação da epidemia, formada por um sistema de equações diferenciais parciais (EDP’s) do tipo reação-difusão. Para a primeira abordagem, foram consideradas duas formas de controle: o controle químico e o controle biológico.

A análise dessas diferentes abordagens evidenciou alguns resultados que podem nortear futuras investigações na área de controle epidemiológico.

Data: 3/4/2013 (Quarta-feira)

Horário: 17 horas (Excepcionalmente)

Local: Anfiteatro do DEX