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Ufla participa de treinamento a produtores na Bahia

Com o objetivo de treinar produtores visando o uso correto na aplicação de produtos químicos utilizados na cultura do café, foi realizado nos dias 28 e 29 de novembro, na Cidade de Vitória da Conquista/BA, curso e palestras sobre tecnologia de aplicação com o uso de turbo pulverizadores empregados na cultura do café.

O treinamento foi ministrado pelo professor Wellington Pereira Alencar de Carvalho do Departamento de Engenharia da Ufla e contempla as atividades de extensão promovidas pela Universidade. Para 2008 estão previstos a realização de novos eventos tanto na cultura do café, como nas regiões produtoras de batata naquele estado.

Na etapa de campo foram feitas demonstrações sobre a qualidade de pulverização necessária ao bom controle fitossanitário, onde os participantes puderam avaliar as metodologias de avaliação na qualidade de deposição.

As palestras contaram com o apoio das Empresas Multisais e Du Pont, fortalecendo as parcerias entre a iniciativa privada e os órgãos de formação.

Ufla abre inscrições para cursos Lato sensu a distância

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) abriu matrículas(novos alunos) dos cursos de pós-graduação ‘Lato sensu’ a distância para o primeiro semestre de 2008.

Ao todo, são oferecidos 50 cursos nas áreas de Gestão,Computação,Exatas,Agrárias Engenharias, Educação, Veterinária, Zootecnia, Meio Ambiente e outras.

Informações estão disponíveis no endereço www.openufla.com.br, pelo telefone (35)3829-1843 ou e-mail informacoes@openufla.com.br.

Lei Rouanet de Inovação

Portal Universia, 03/12/07

Incentivo fiscal promete reforços à parceria universidade-empresa

Com alegria e esperança de que o Brasil pule algumas posições no ranking internacional da produção científica e de que circule mais na sociedade o conhecimento produzido dentro dos centros de pesquisa e das universidades públicas é que pesquisadores recebem a tão esperada lei nº 11.847 de autoria do MEC (Ministério da Educação), ainda em fase de divulgação e regulamentação. Para especialistas, a iniciativa que prevê isenção fiscal para empresas que atuarem em parceria com instituições científicas e tecnológicas e universidades públicas fomentando a inovação era o que faltava para aproximar ainda mais o setor produtivo da academia em prol da inovação científica no País.

‘Assim como a Lei Rouanet da Cultura trouxe benefícios para o setor, esperamos que estes resultados aconteçam para a pesquisa. Sabe-se que a produção científica do Brasil cresceu muito nos últimos anos, mas continua majoritariamente ligada à academia, diferentemente do que acontece em outros países. Por esta razão é que a lei Rouanet vem complementar a Lei do Bem (nº 11.196) num ponto extremamente importante: a aproximação da universidade com a empresa e um estímulo para o setor produtivo investir em inovação’, explica o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Daniel Pereira.

Vale lembrar que, em 1981, o Brasil representava apenas 0,4% da produção científica mundial. Em 2006, o índice chegou a quase 2%. ‘Esse número representa um salto que só foi possível graças ao esforço de muitos pesquisadores brasileiros e das universidades que, apesar de todos as dificuldades vêm depositando seus pedidos de patentes. Esperamos que, com mais recursos, seja possível melhorar este número e alcançar outros patamares mais significativos na produção científica internacional,’ diz o presidente da Andifes (Associação das Instituições Federais de Ensino Superior), Arquimedes Diógenes Ciloni.

Segundo o presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Jorge Guimarães, o Brasil ocupa a 15ª posição no cenário da geração de conhecimentos novos no mundo. Não é um avanço desprezível, uma vez que, juntamente com outros poucos países, temos crescidos, quatro, cinco, seis vezes mais do que o crescimento mundial. ‘Isso significa que a capacidade da nossa ciência de gerar conhecimentos novos está extraordinariamente avançada. Ou seja, o Brasil faz parte do clube restrito dos 15 maiores produtores de conhecimentos novos,’ diz.

Todavia, Guimarães lembra que a respeito da utilização desse conhecimento, a situação do Brasil não é confortável. Especialmente se compararmos com os mesmos países que cresceram substancialmente nesse período, vale dizer a Coréia, Taiwan, China e Espanha, e que também cresceram muito na produção de conhecimentos novos. Para ele, o que falta ao Brasil é que o setor industrial obtenha mecanismos, identifique e busque utilizar massa crítica de cientistas capazes de fazer inovação científica. Além disso, com a nova lei, as empresas poderão ter até 50% da titularidade dos direitos de propriedade intelectual da pesquisa conforme acordo feito com o pesquisador.

São estas as razões que levam o presidente da Capes a crer que a adição de um artigo à lei nº 11.196 consolidando os incentivos fiscais às empresas que investirem em pesquisa tecnológica, seja uma forma de garantir mais articulação entre universidade e empresa, já que a empresa teria a oportunidade de investir numa pesquisa de seu interesse, além de contar com o apoio de pesquisadores do meio acadêmico.

O cenário atual

Hoje, alguns segmentos estão um pouco mais adiantados na questão de identificar a vantagem dessa interação entre universidade e empresa. Em especial, áreas de Engenharias e cursos tecnológicos que cada vez mais têm buscado na universidade essas parcerias. ‘Os exemplos são muitos. Os cursos de pós-graduação em Engenharias em São Carlos, na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), na URFJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) são locais onde temos tido muitos casos bem sucedidos de empresas que, ainda sem o incentivo da lei, vêm aplicando investimentos para fazer a interação entre universidade e empresa’, ressalta o presidente da Capes.

Para alavancar outros exemplos bem sucedidos e até facilitar esse encontro de pesquisa e academia sobre o que é ou não interessante de se investir, o MEC deverá criar um banco de projetos articulado pela Capes no qual só entram planos aprovados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério do Desenvolvimento; Ministério da Indústria e Comércio; e Ministério da Educação. ‘Uma vez que o projeto entre aqui na Capes, passará por um comitê que julgará esses pleitos por meio de consultores especializados. Feito isso, daremos um sinal verde para a universidade e esses projetos poderão ser transferidos para as empresas utilizando as vantagens da lei de incentivo fiscais para a ciência e tecnologia’, diz Guimarães.

Segundo o presidente da Capes, hoje, se você é um pequeno empresário, tem um projeto e sabe que vai precisar investir, três, quatro anos e isso irá custar, 300 mil reais, você pensa duas vezes porque pode não da certo. Com o incentivo fiscal, você arrisca, porque não vai perder nada. Esse é o primeiro passo. O segundo passo é se a empresa tiver interesse em participar da parte de patente, aí terá de aplicar mais um pouco dos seus próprios recursos. Paralelamente aos recursos do incentivo fiscal, a empresa passa a ter direito sobre a segunda parte que é de interesse comercial. ‘A lei é duplamente benéfica, capaz de gerar a interação universidade-empresa com perspectiva de beneficiar esse enorme acervo de conhecimento científico que o Brasil concentrou, além de acumular todos os anos para o interesse de desenvolver o instrumento industrial, com matéria-prima e conhecimento gerado para todo o País.’

Para pleitear o uso do benefício, a universidade ou o centro de pesquisa deverão se apresentar dizendo: ‘temos um projeto desenvolvido por uma equipe nossa, com tais características, o qual gostaríamos de ver alguma empresa se candidatar a utilizar a lei de incentivo fiscais para transformá-lo em projeto de desenvolvimento e pesquisa’. A partir daí, a empresa utiliza os incentivos fiscais e abate no imposto de renda. A empresa, portanto, passa a ter direito a fazer a isenção fiscal. ‘O objetivo principal é estimular que as empresas utilizem esse instrumento para usar a competência instalada na universidade ou no centro de pesquisa para desenvolver aquele projeto aplicado o desenvolvimento industrial’, explica.

Ainda que vista com bons olhos, na opinião do pró-reitor de pesquisa da Unicamp, porém, o grande desafio será averiguar como essa aproximação irá ocorrer na prática. ‘Assim como a Lei do Bem tem aspectos positivos de flexibilização da participação de pesquisadores das universidades nas empresas, é preciso ver como ficará a questão do financiamento dentro da própria empresa. Estão são iniciativas muito positivas, mas que ainda encontram obstáculos do ponto de vista de sua aplicação concreta’, conclui Pereira.

O que muda com a nova lei?

A nova lei permite que haja dedução de no mínimo metade e no máximo duas vezes e meia o valor investido na pesquisa. Essa redução de impostos será inversamente proporcional à participação da empresa na propriedade intelectual do produto decorrente da pesquisa.

A empresa pode, por exemplo, escolher deduzir menos impostos e depois ganhar mais na repartição da patente. Ou, se não tiver interesse específico na tecnologia, pode abater até 250% do investimento em tributos, sem direito a patente.

A exemplo do que ocorre com projetos culturais na Lei Rouanet, só poderão se beneficiar projetos de P&D (pesquisa e desenvolvimento) que forem previamente aprovados por uma comissão formada pelo MEC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério da Ciência e Tecnologia.

Os projetos serão submetidos pelas instituições, mas já deverão vir acompanhados de uma proposta de investimento da empresa.

TCU promove fórum para debater questões de gerenciamento das IFES

Durante os dois dias de evento, cerca de 400 pessoas buscaram soluções para problemas como a falta de recursos humanos e financeiros das Instituições Federais de Ensino Superior

O presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), e os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior participaram, nos dias 27 e 28 de novembro, do 1º Fórum sobre as IFES, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e com o apoio da Andifes. O evento buscou soluções para os principais problemas enfrentados pelas instituições. Entre as dificuldades do setor está a necessidade de assegurar recursos para financiamentos de longo prazo.

O presidente do TCU, ministro Walton Alencar Rodrigues, afirmou que existem problemas estruturais recorrentes relativos às IFES. “Mas as soluções para serem perenes e concretas devem ser construídas a partir da participação ativa de todos os atores, comprometidos com a criação de políticas públicas para a educação brasileira”, ressaltou.

O ministro do TCU, Aroldo Cedraz, concorda com este ponto de vista. Para ele, o maior objetivo de todas as sociedades é criar condições para o desenvolvimento do ser humano e isso só será possível com a educação. Nesse sentido, ele afirmou ser necessária a busca de soluções para as questões mais urgentes das IFES, como a carência crônica de profissionais e de professores, a má remuneração dos trabalhadores e a crescente terceirização.

O 1º Fórum sobre as IFES contou com a participação dos diversos atores ligados à educação e à saúde brasileira, como ministros, parlamentares, procuradores, educadores, diretores de hospitais, pró-reitores e membros do governo federal. Este foi apenas o primeiro encontro para debater a problemática das instituições. Para os próximos anos, o TCU promoverá novos encontros com a finalidade de encontrar soluções para as demandas apontadas.

Repasses de Recursos e Fundações de Apoio

O reitor Arquimedes Ciloni fez questão de ressaltar o grave problema que as IFES enfrentam com o repasse de recursos provenientes do governo federal recebidos tardiamente. A inflexibilidade das leis permite que este repasse aconteça muitas vezes apenas na última quinzena do ano.

Sem tempo hábil para utilizar os recursos, os gestores se vêm diante de um impasse: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) determina que o recurso deve ser utilizado no ano em andamento ou devolvido. Para não perderem a verba recebida, as IFES repassam o dinheiro às fundações de apoio para elas gerirem esses recursos que serão imediatamente utilizados no início do próximo ano. A prática não é autorizada pelo TCU, que audita as gestões das IFES e autua os dirigentes por irregularidade.

De acordo com o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), Nival Nunes de Almeida, a falta de autonomia para que os gestores possam utilizar de forma mais flexível os recursos recebidos leva as instituições ao risco de ficar impossibilitadas de participar de editais. Ele afirmou ser importante um regime de colaboração entre União, Estados, Municípios e DF para solucionar a questão.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, esta é uma grave questão a ser equacionada. Ele defendeu que uma nova formulação jurídica de financiamento para as IFES seja apresentada ao Congresso Nacional, em abril de 2008, com a LDO. “Precisamos pensar soluções que permitam uma gestão mais autônoma de um ano para o outro. O financiamento precisa ser encarado como política pública de Estado e que ultrapasse os governos”, afirmou.

Mas Haddad entende que o repasse estável de recursos para as IFES deve trazer também compromissos das instituições, como, por exemplo, o aumento da oferta de cursos de magistério para a formação de professores da educação básica. O maior aporte de recursos também deve vir acompanhado, segundo Haddad, de mais qualidade e acesso aos cursos superiores.

Fontes de Financiamento

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) de 2006, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 24 milhões de jovens entre 18 e 24 anos. Destes, cerca de 3 milhões estão matriculados no ensino superior. Outra pesquisa do Instituto demonstra que, no ano passado, cerca de 6 milhões de alunos estavam matriculados na educação superior, sendo cerca de 1,5 milhões em instituições públicas e cerca de 4,5 milhões em instituições privadas.

Para o professor do Instituto de Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Nelson Cardoso Amaral, esses dados são suficientes para demonstrar um esgotamento do setor privado. Nesse sentido, as IFES devem se colocar metas para atingir o crescimento com qualidade necessário para suprir a demanda da sociedade.

De acordo com o subsecretário de Planejamento e Orçamento do Ministério da Educação, Paulo Rocha, os problemas de financiamento existentes nas IFES são resultado da falta de autonomia universitária, limitada pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Para ele, esse é o grande entrave, que faz com que as instituições repassem os recursos às fundações de apoio por estas terem mais flexibilidade de autonomia e gerenciamento.

O deputado federal e ex-ministro da Educação, Paulo Renato Souza, concorda com esse ponto de vista. Para ele, ainda não se conseguiu alcançar a autonomia universitária. “Precisamos fixar critérios para que essa meta seja alcançada. Mas é preciso que as IFES cobrem internamente a execução dessas metas”, afirmou.

Hospitais Universitários

Para o presidente da Associação Brasileira dos Hospitais Universitários e de Ensino (Abrahue), José Roberto Ferrado, a situação alarmante dos Hospitais Universitários é resultado de uma série de fatores, que vêm se somando ao longo dos anos, como a ausência de políticas de investimento, de melhoria tecnológica, de autonomia na gestão de pessoal e de reposição de recursos humanos.

Já para o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, José Carvalho de Noronha, o problema de recursos não está apenas relacionado aos Hospitais Universitários, mas a todo o setor de saúde do País. “É preciso aumentar o financiamento global do setor”, avalia.

Com relação à crise dos HUs, o diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, é enfático ao afirmar que ela é mais profunda e multifatorial. Existem muitos problemas de gestão, de falta de pessoal e de planejamento.

Nesse sentido, a solução seria reavaliar a forma de financiamento desses hospitais, criando um modelo de contrato de metas. “Com esse molde, podemos pagar pela qualidade do atendimento e não pela quantidade, como é feito hoje”, avalia o diretor Alberto Beltrame.

Mas o presidente da Abrahue vê com ressalvas a utilização deste novo modelo. Segundo ele, faltam muitos ajustes para adequar os hospitais ao contrato de metas, como o ajuste financeiro anual, o incremento nas metas acadêmicas, o financiamento adequado ao custo global gasto pelos hospitais e a flexibilização do modelo jurídico adotado nas instituições.

Fundações Estatais de Direito Privado

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, defendeu a criação das fundações estatais de direito privado como novo modelo de gestão para os Hospitais Universitários (HUs). “Este dispositivo já consta na Constituição Federal. Estamos propondo a sua regulamentação e prevendo a transformação de algumas áreas da Administração Pública”, ressaltou.

De acordo com o ministro Paulo Bernardo, a criação das fundações estatais de direito privado não irá resolver todos os problemas da Administração Pública, mas é o caminho ideal para livrar as instituições da crise financeira de forma rápida. Ele acredita que a mudança possibilitará solucionar a difícil crise enfrentada pelos 45 Hospitais Universitários ligados às IFES.

O diretor-geral do Hospital do Coração, Adib Jatene, discorda. Para ele, a solução para a crise dos Hospitais Universitários talvez não esteja na criação das fundações estatais de direito privado. “Sou a favor da fundação de apoio. Acredito que ela é mais adequada para resolver os problemas encontrados pelos hospitais. Mas não essa fundação que busca contratar pessoas, mas aquela que visa basicamente suplementar o salário dos servidores para que estes não abandonem o serviço público em virtude da má remuneração”, enfatizou.

Recursos Humanos

O presidente da Comissão de Recursos Humanos da Andifes, reitor Timothy Mulholland (UnB), falta de mão-de-obra, terceirização de serviços e a baixa remuneração são os principais problemas encontrados pelas IFES em sua gestão. Para ele, os baixos salários afastam os profissionais das instituições, provocando a terceirização de diversos serviços e uma piora no serviço prestados pelos trabalhadores.

Para o reitor Timothy Mulholland, uma alternativa para solucionar essa demanda é reestruturar o plano de carreira dos servidores das IFES. “Atualmente, um servidor de nível superior recebe R$ 1.424,00. Fica difícil reter um profissional qualificado com essa remuneração”, enfatiza.

De acordo com o diretor do Departamento de Relações e Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Nelson Luiz de Oliveira Freitas, a forma de pensar a gestão dos recursos humanos mudou nos últimos cinco anos. Agora, a tentativa do governo é criar um modelo que favoreça o diálogo e a negociação com os servidores para chegar às soluções.

O diretor Nelson Freitas explica que a reestruturação dos planos de carreiras, tanto dos docentes, quanto dos técnico-administrativos, tem sido trabalhada da mesma maneira. O governo busca uma maior paridade entre ativos e inativos e já definiu o aumento anual para os anos de 2008, 2009 e 2010.

Confira algumas opiniões

“Este primeiro fórum foi extremamente gratificante e nos faz vislumbrar os próximos. Nesses dois dias, pudemos colocar questões que vem sendo objeto de autuações sobre a prestação de contas das IFES para o TCU. Tratamos, neste primeiro momento, de questões como os Hospitais Universitários, as fundações de apoio e o repasse tardio de recursos. Como resultado, esperamos que os apontamentos feitos pelos palestrantes e mediadores possam auxiliar os dirigentes e o TCU a buscarem juntos caminhos para a superação dos problemas. No segundo fórum, pretendemos incluir outros agentes do processo de acompanhamento, como a CGU, a AGU, entre outros. Quero agradecer ao ministro Aroldo Cedraz por essa iniciativa, ao ministro Walton Alencar Rodrigues por sua liderança e a toda sua equipe pela viabilização deste fórum” – reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), presidente da Andifes.

“O evento foi extremamente importante e oportuno porque permitiu a quebra da barreira entre os órgãos de controle externo e as Instituições Federais de Ensino Superior. Este é um momento inédito e oportuno” – reitor Thompson Mariz (UFCG).

“O fórum foi muito produtivo e representou um avanço na relação do TCU com as instituições. Pudemos explicitar ao Tribunal muitos dos problemas enfrentados pelas universidades no seu dia a dia, muitas vezes auditados pelo controle interno e pelo próprio TCU. A amistosidade desse encontro nos permitiu uma maior proximidade com o Tribunal e permitiu, também, que este se aproximasse mais dos problemas vividos pelas instituições. Sabemos que muitos desses problemas precisam ser resolvidos por meio de legislação e devemos, agora, continuar a dialogar com o TCU, com os Ministérios da Educação, da Saúde e do Planejamento e com os parlamentares para encaminhar as soluções que entendemos fundamentais para essas questões”– reitor Helvécio Luiz Reis (UFSJ).

“Essa foi uma grande iniciativa que abriu uma nova possibilidade de diálogo com o TCU e de conhecimento mútuo. Este não foi um ponto de chegada, mas de partida para que as IFES possam conversar mais com o TCU buscando o melhor funcionamento das instituições. A partir de agora, o Tribunal entende mais de perto o trabalho desenvolvido nas IFES e as dificuldades existentes na sua gestão e o relacionamento será alimentado para a busca de soluções” – reitor Amaro Henrique Pessoa Lins.

“Foi dado um passo importante na relação institucional com o envolvimento do executivo, do legislativo, do TCU e das Instituições Federais de Ensino Superior. Os principais temas foram abordados e agora precisamos criar uma agenda de discussão desses pontos para acompanhar concretamente os avanços. É importante que as instituições busquem a autonomia plena para que possam melhor administrar, sem entraves e controles que as deixam muito vulneráveis” – reitor João Carlos Cousin (FURG).

“Essa foi a primeira oportunidade de realmente buscar soluções para as gestões públicas federais. Esse fórum permitiu que todos conhecessem a problemática enfrentada pelas Instituições Federais de Ensino Superior, demonstrando com clareza a intenção do TCU em encontrar soluções para essas demandas.”, reitora Ana Dayse Dórea (UFAL).

“Este foi um evento muito rico, onde se discutiram demandas importantes das IFES. É fundamental esse relacionamento institucional com o TCU porque o Tribunal passa a entender melhor o funcionamento das instituições. Estamos do mesmo lado, o da expansão e do crescimento do serviço público e este é um momento inédito, que quebra a barreira entre as instituições e os órgãos de controle e fiscalização” – reitor Timothy Mulholland (UnB).

(Lilian Saldanha – Assessoria de Comunicação da Andifes)

Menos de 1% dos alunos buscam curso tecnológico

Folha de São Paulo, 03/12/07

Fábio Takahashi

Em países desenvolvidos, cerca de 29% dos estudantes de ensino superior se formam em cursos técnicos de curta duração

Modelo brasileiro, voltado para cursos tradicionais, é ruim para crescimento do país, diz pesquisador; tese é polêmica entre educadores

Menos de 1% dos estudantes brasileiros se formaram em cursos superiores de curta duração, mais voltados para o mercado de trabalho, nos últimos dez anos. Nos países desenvolvidos, o índice é de 29%.

A constatação será apresentada amanhã pelo pesquisador Renato Pedrosa, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em um seminário que debaterá acesso e financiamento do ensino superior.

A comparação utilizou dados do Censo da Educação Superior brasileiro e da OCDE (organização que reúne os países desenvolvidos). Pedrosa considerou os estudantes formados nos últimos dez anos.

Segundo o pesquisador, o atual modelo brasileiro, focado nos cursos tradicionais de graduação, traz prejuízos ao desenvolvimento do país.

‘Estamos formando chefes e temos mão-de-obra de base. Falta a parte do meio da cadeia’, afirma Pedrosa. ‘Em uma empresa automotiva, por exemplo, precisa-se de um volume muito maior de técnicos do que de engenheiros. E não estamos formando técnicos.’

Os cursos de curta duração, também conhecidos como tecnológicos, duram de dois a três anos e focam numa área do conhecimento. Já as graduações convencionais, que procuram dar uma formação mais ampla ao aluno, duram pelo menos quatro anos. Exemplo: na área que pode ser entendida como engenharia, existe o curso tecnológico de obras hidráulicas.

Enquanto o primeiro tem uma duração de cinco anos, o segundo fica entre dois e três.
Para sustentar a avaliação de que é necessário criar maciçamente vagas em cursos tecnológicos, Pedrosa lembra um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado no mês passado.

No trabalho, o instituto afirma que a indústria nacional não encontrou trabalhador qualificado para uma em cada quatro vagas abertas neste ano, principalmente entre pessoas com até 13,1 anos de estudo.

É nesse perfil que se encaixam aqueles que cursam o ensino superior de curta duração (11 anos de educação básica e mais dois ou três de superior).

Outra vantagem dos cursos tecnológicos, segundo Pedrosa, é o custo por aluno, que chega a ser oito vezes menor do que em universidades tradicionais como a Unicamp ou a USP.
Conta para isso, além da duração dos cursos, o fato de as instituições convencionais se dedicarem também à realização de pesquisas e à prestação de serviços, como hospitais universitários.

Segundo o último Censo da Educação Superior, com dados de 2005, os centros tecnológicos e as faculdades de tecnologia possuíam apenas 83,2 mil dos 4,4 milhões de matrículas nas graduações presenciais no país (1,9% do total).

Críticas

Professor da Faculdade de Educação da USP, Cesar Minto é contrário ao modelo de curta duração. ‘Sem formação geral, com forte teor humanístico, você não cria cidadãos críticos. Forma apenas pessoas para seguirem ordens.’

Minto afirma ainda que, ‘nos países ricos, as pessoas formadas em cursos tecnológicos têm salários razoáveis, o que pode não ocorrer aqui’.

Presidente do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), Simon Schwartzman diz que ‘uma das limitações fortes de qualquer sistema de educação profissional, seja público ou privado, é o baixo prestígio junto à população’, o que pode ter má repercussão no mercado de trabalho.

Para o membro do Conselho Estadual da Educação e professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), João Cardoso Palma Filho, o ensino superior precisa expandir tanto pelos cursos tradicionais quanto pelos de curta duração.

‘Hoje, por exemplo, faltam engenheiros civis, um curso tradicional. Mas os tecnológicos também são importantes. Um dos fatores é que, com os mesmos recursos, consegue-se incluir muito mais alunos nesse modelo, que é mais barato.’

O seminário onde será apresentada a pesquisa de Pedrosa ocorrerá hoje e amanhã, na sede da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), na zona oeste de São Paulo. A iniciativa é da Presidência da Assembléia Legislativa, que pretende colher informações para possíveis novas leis sobre o assunto.

União e Estado pretendem ampliar ensino

Tanto o governo federal quanto o estadual paulista afirmam que pretendem expandir o número de escolas de ensino tecnológico.

Segundo o MEC (Ministério da Educação), a rede federal de educação profissional e tecnológica, que possuía 140 instituições em 2002, passará a contar com 354 até 2010 (aumento de 152,9% em oito anos).

O estudo a ser apresentado mostra a fotografia deste momento, não capta a tendência de crescimento na rede no país’, afirmou o secretário de Ensino Superior do governo Lula, Ronaldo Mota.

A gestão José Serra (PSDB-SP), em artigo publicado na última terça-feira na Folha, afirma que aumentará em 109% o número de matrículas deste ano até 2010. O texto foi assinado pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Alberto Goldman, e pela diretora do Centro Paula Souza, Laura Laganá -a instituição é responsável pelas Fatecs (Faculdades de Tecnologia). (FT)

Ufla em luto

Faleceu dia 03 de dezembro de 2007, o professor Eufêmio Steiner Gomes Juste Júnior, aposentado do Departamento de Ciência dos Alimentos, da Universidade Federal de Lavras (Ufla).

O professor Eufêmio Steiner foi presidente da AdUfla (1980-1982) e em sua gestão foi adquirida uma área nas proximidades da então ESAL, para construção do Clube de Campo da Associação, que teve sua infra-estrutura ampliada ao longo das gestões posteriores, consolidando diferentes espaços para lazer e prática de esportes pelo sindicalizado e seus dependentes. Foi também chefe de gabinete de 1973 a 1975, chefe do Departamento de Ciência dos Alimentos de 1977 a 1978, além de presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) de 1986 a 1987.

O corpo está sendo velado no Salão de Convenções da Ufla e o féretro será logo mais as 10h30 de hoje (terça-feira, 4/12) no Cemitério São Miguel.

Eles ensinam sem terem aprendido

O Globo, 01/12/07

Demétrio Weber

Dos professores de ciências, 70% não são formados na área; em física, índice é de 90%

BRASÍLIA Sete em cada dez professores das disciplinas de ciências nas escolas brasileiras não têm formação específica para lecionar, isto é, fizeram faculdade em outra área ou, em menor escala, não têm sequer diploma universitário. A situação é mais dramática em física e química, em que 90% e 86% dos docentes, respectivamente, não concluíram o curso apropriado.

É o que revela estimativa do Ministério da Educação (MEC) realizada com base em dados de 2003 para as turmas de 5aa 8asérie do ensino fundamental (6º ao 9 º ano onde o ensino fundamental dura nove anos) e de ensino médio. A projeção será atualizada nas próximas semanas, tão logo o MEC consolide o novo Censo Escolar (Educacenso).

A má formação dos professores é apontada por especialistas como uma das principais causas do fraco desempenho dos estudantes brasileiros na última prova do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), que deixou o Brasil em 52º lugar entre 57 países e territórios.

Os resultados foram divulgados anteontem.

A nota média dos alunos brasileiros foi 390 pontos, numa escala que vai até 800. A nota média dos países que integram a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne as nações do mundo desenvolvido e é responsável pelo exame, foi 500.

Despreparo torna ensino chato e distante do aluno

Além da falta de infra-estrutura das escolas públicas — apenas 6% delas tinham laboratório de ciências em 2005 —, o despreparo dos professores é apontado como um dos fatores que tornam o ensino chato e desvinculado da realidade dos alunos no Brasil. O Pisa avalia justamente o uso que os estudantes fazem do conhecimento científico no seu dia-a-dia.

O especialista em ensino da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil, Célio da Cunha, diz que o país precisa investir simultaneamente na melhoria da carreira do magistério, aumentando salários, e na formação dos professores, oferecendo cursos universitários mais voltados para a atuação prática em sala de aula.

Segundo ele, o problema da formação inadequada de professores não mudou nos últimos quatro anos, isto é, no período posterior à data da estimativa do MEC.

— A situação permanece, porque, enquanto não melhorar a carreira e, simultaneamente, a formação dada nos cursos de licenciatura, fica difícil resolver o problema. Há um grande esforço do MEC e de algumas universidades, o que significa que poderemos ter uma situação melhor nos próximos anos — diz Cunha, lembrando que a Universidade de São Paulo (USP) está reformulando seus cursos, com ênfase na formação prática.

O estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) analisou a situação de todas as disciplinas. Na área de ciências, foram feitas projeções para matemática, química, física e biologia. De um lado, os técnicos consideraram o número de professores formados nos cursos de licenciatura nos últimos 25 anos. Do outro, estimaram a quantidade necessária de professores de cada área para atender os alunos matriculados.

Em física e química, não há professores suficientes

Em matemática, 72% dos docentes não tinham a licenciatura adequada. Em biologia, 42%. Em física e química, mesmo que todos os profissionais formados fossem lecionar, ainda assim faltariam professores.

— A situação não melhorou e, onde houve aumento de matrículas, seguramente piorou.

Não acho que o governo tenha impulsionado políticas para reverter o quadro — diz a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Juçara Dutra.

Segundo ela, a recém-lançada Universidade Aberta do Brasil, que se propõe a formar professores em cursos a distância, não é a melhor forma de resolver o problema.

— Curso a distância é adequado para a formação continuada, não para a inicial. Queremos que o governo nos convença, quando formar médicos e enfermeiros a distância. O ambiente universitário é fundamental para a formação dos professores — diz Juçara.

A estimativa do Inep foi feita a pedido do Conselho Nacional de Educação. A formação inadequada de professores será discutida no próximo dia 11, em seminário da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensinos Superior (Andifes). O Educacenso, novo censo escolar, registra o nome dos alunos e professores. Com isso, o governo saberá exatamente o tamanho do problema da falta de docentes.

Professor não está preparado para alunos deficientes

O Estado de São Paulo, 02/12/07

Maria Rehder e Naiana Oscar, Jornal da Tarde

Pesquisa do Ibope mostra que 96% deles se dizem sem condições e 87% afirmam nunca ter recebido treinamento

No caminho para promover a inclusão de alunos especiais na rede pública brasileira dentro das escolas regulares, como defende o Ministério da Educação (MEC) e grupos de especialistas da área, há uma barreira essencial a ser superada: o treinamento do professor para receber e ensinar esse estudante. Pesquisa Ibope encomendada pela Fundação Victor Civita, obtida com exclusividade pela reportagem, revela que 96% dos professores da rede pública se dizem despreparados para a inclusão de alunos especiais e 87% deles nunca receberam nenhum treinamento para isso. Foram ouvidos 500 docentes, em uma amostra de todas as capitais.

“Há experiências maravilhosas de docentes que promovem a inclusão. Só que ainda temos redes de ensino e até escolas que não oferecem capacitação”, afirma Regina Scarpa, pedagoga da Fundação Victor Civita. Ela explica que o mais importante é garantir que o aluno especial aprenda os conteúdos do ensino fundamental. “Para isso o professor tem de estar preparado.” Nesse quesito, o conceito de inclusão precisa ser bem definido, e inclui muito mais do que manter o aluno dentro da sala de aula.

O tema tem recebido maior atenção de entidades não-governamentais que trabalham com a questão, inclusive pela proximidade de uma data especial: amanhã se comemora o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar a população do mundo a respeito do problema.

Em São Paulo, dos 250 mil professores da rede estadual de ensino, apenas 13.992 receberam capacitação para isso. A técnica do Serviço de Educação Especial da Secretaria Estadual de Educação, Marlene Machado, diz que o número é pequeno porque a capacitação é mais focada nos professores-coordenadores. “Eles são multiplicadores nas escolas.”

Para a professora das redes municipal e estadual Maria Senna do Nascimento, os profissionais das escolas públicas não estão preparados. Tanto que ela matriculou a filha de 18 anos, portadora de síndrome de Down, numa escola especial privada. “As escolas públicas têm muitos alunos por sala e nem todos professores recebem capacitação.”

FALHAS

A dona de casa Cleuza Aparecida, de 39 anos, e sua filha Pâmela, de 13, são outro exemplo dessa realidade. Matriculada na 3ª série da Escola Municipal de Ensino Infantil Alexandre de Gusmão, em Guaianases (zona leste), a menina, que tem um leve retardo mental, só podia freqüentar as aulas se a mãe estivesse junto. Foi uma ordem da direção, segundo Cleuza. “Fiquei meses com a Pâmela na sala. A professora nunca chegou perto da carteira”, conta a mãe.

Sem ter concluído o ensino fundamental, Cleuza Aparecida decidiu ensinar o que sabe para a filha, na própria casa. Ela identifica cores, canta músicas em inglês, mas não sabe nem ler nem escrever. “Prova de que minha filha tem capacidade.”

A dona de casa Tereza Torres da Silva, de 39 anos, também não gostou do atendimento dado para filha Angélica, de 7 anos, na Escola Estadual Itiro Muto, no Grajaú. Decidiu tirar a menina da escola. Mesmo sem entender das discussões sobre inclusão, Tereza viu que alguma coisa estava errada. Angélica não estava na turma regular. “Ela ficava numa sala só com crianças deficientes, bem maiores do que ela. Fiquei com medo”, disse a mãe.

A nova política do Ministério da Educação propõe que os alunos portadores de deficiência estudem em salas comuns – o que tem gerado diversos protestos, manifestos e abaixo-assinados por todo o País, organizados por grupos de apoio aos portadores de deficientes.

A Secretaria Estadual da Educação informou que Angélica estava em uma sala especial provisoriamente, até que conseguisse se adaptar. Na escola, entretanto, a informação era de que crianças com necessidades especiais são matriculadas nessas turmas e a “inclusão” ocorre nos intervalos e em festas. Na Emef João de Lima Paiva, alunos com deficiência ficam em salas comuns. Mas isso não faz da escola um bom exemplo, pois os professores faltam muito. A Secretaria Municipal de Educação justifica que na falta de professores a aula é suprida por outros educadores.

Regina Martins, professora de 3ª série da Emef Coronel Tenório de Brito (zona sul), porém, afirma que é possível fazer a inclusão de alunos deficientes na classe regular. “Dou aulas por agrupamento, mapeio as necessidades de cada aluno, mas essa didática só adquiri após 20 anos e por meio de uma capacitação. O problema é que nem todo professor é capacitado.”

Ufla realiza Vestibular nesse final de semana

O curso de Medicina Veterinária, mais procurado, apresentou 51,80 candidatos por vaga

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) realiza seu Vestibular (1º Processo Seletivo de 2008), nos dias 8 e 9 de dezembro. Para esse processo a Copese, recebeu 4.796 inscrições que concorrem a 240 vagas.

As obras literárias indicadas para o PAS 3ª Etapa e 1º Vestibular de 2008. Sagarana – Guimarães Rosa – adotados dois textos: “A hora e a vez deAugusto Matraga” e “Duelo” – Nova Fronteira. Nove Noites – Bernardo Carvalho – Companhia das Letras e Clara dos Anjos – Lima Barreto – Ediouro/Scipione.

As provas serão realizadas nas seguintes cidades: Estado de Minas Gerais: Lavras, Alfenas, Belo Horizonte, Divinópolis, Itajubá, Juiz de Fora, São João Evangelista, Uberlândia e Viçosa; Estado de São Paulo: São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto; Estado de Goiás: Goiânia.

Relação candidatos/vagas:

Administração – 18 vagas – 25,56 candidatos/vaga
Agronomia – 48 vagas – 17,25 candidatos/vaga
Ciência da Comutação – 15 vagas – 19,60 candidatos/vaga
Ciências Biológicas – 15 vagas – 32,33 candidatos/vaga
Educação Física (Licenciatura) – 15 vagas – 22,60 candidatos/vaga
Engenharia Agrícola – 15 vagas – 9,93 candidatos/vaga
Engenharia de Alimentos – 15 – 21,13 candidatos/vaga
Engenharia Florestal – 15 vagas – 25,67 candidatos/vagas
Matemática (Licenciatura) – 15 vagas – 7,40 candidatos/vaga
Medicina Veterinária – 15 vagas – 51,80 candidatos/vaga
Química (Licenciatura) – 15 vagas – 8,13 candidatos/vaga
Sistemas de Informação – 24 vagas – 12,04 candidatos/vaga
Zootecnia – 15 vagas – 16,00 candidatos/vaga

Mais informações:
www.copese.ufla.br
Tel: (35) 3829-1133/1120
E-mail: copese@ufla.br

Pesquisadores da Ufla em visita técnica a Holanda

Os professores do Departamento de Biologia, Renato Paiva e Antonio Chalfun Junior e do Departamento de Química, Luciano Vilela Paiva retornaram recentemente de uma missão de trabalho na Universidade de Wageningen, Holanda, como parte do programa de cooperação internacional Capes/Wageningen.

A missão proporcionou a consolidação da inserção internacional dos programas de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal e Biotecnologia Vegetal da Universidade Federal de Lavras (Ufla)permitindo a seus discentes a oportunidade de desenvolverem atividades relacionadas com seus temas de pesquisa na Holanda e a vinda de pesquisadores holandeses a Ufla.

Durante o período da visita técnica, os professores participaram da conferência “Sustainable Agriculture in Brazil” que contou com a presença de pesquisadores brasileiros e holandeses, além de autoridades como o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes e o Governador do Estado do Mato Grosso, Blairo Maggi.