O Relatório Internacional de Tendências do Café, produzido e editado por pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), desde 2012, chega a sua última edição após cinco anos de atividades. Ele será substituído, em breve, por uma nova publicação, mais abrangente e moderna em termos de mercado editorial. O relatório fez parte do projeto Bureau de Inteligência Competitiva do Café, vinculado à Agência de Inovação do Café (InovaCafé/UFLA), sob coordenação do professor Luiz Gonzaga de Castro Junior e dos doutorandos Eduardo Cesar Silva e Angélica da Silva Azevedo.
Após entendimentos por parte da equipe, foi constatada a necessidade de ampliação dos conteúdos abordados. “O relatório estava limitado à coleta e à análise de informações publicadas por sites internacionais. Agora vislumbramos a criação de conteúdos próprios a partir de entrevistas, participação em eventos e pesquisas originais. Para isso, foi criada uma startup de mídia”, explicou Castro Junior.
Segundo o professor, existem muitos temas novos e importantes que ainda não foram discutidos em profundidade pela mídia especializada em café. “Queremos falar deles, mas precisamos de uma nova estrutura organizacional e de um plano de negócios”, completou.O primeiro número da nova publicação, cujo nome ainda não foi revelado, será publicado em abril. Os interessados em recebê-la gratuitamente devem enviar um e-mail para cimufla@gmail.com.
Edição Especial
De acordo com os coordenadores do Relatório Internacional de Tendências do Café, o último número possui um conteúdo especial. Além das tradicionais informações sobre a cafeicultura ao redor do mundo, foi incluído um resumo das principais mudanças do setor nos últimos cinco anos ao final de cada seção principal. O relatório termina com uma análise que mostra as contribuições que a publicação proporcionou à atividade (clique no link https://goo.gl/kE6k1R para acessar a última edição).
O primeiro número do relatório foi publicado em outubro de 2012. Ao todo, foram 62 edições que monitoraram e analisaram as tendências da cadeia produtiva do café no mundo todo. O relatório foi criado para fornecer informações estratégicas para todos os participantes do setor. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo desde o século XIX, e também o segundo maior consumidor. “Por se tratar de um segmento econômico de grande relevância para o País e, principalmente, para o estado de Minas Gerais, que concentra a maior parte da produção, julgamos importante que a UFLA gerasse informações estratégicas para o setor”, finalizou Castro Junior.
Uma contribuição histórica: “antecipamos muitas tendências importantes. Foi a primeira publicação em português, de acesso livre, a indicar a importância que as redes sociais teriam para o mercado de café”, explicou Castro Junior. Segundo ele, o relatório também ajudou a divulgar o conceito de “terceira onda do café” no País.
De acordo com Eduardo Cesar Silva, a equipe de analistas responsável pelo relatório, formada por estudantes de graduação e pós-graduação da UFLA, identificou e analisou muitas informações com exclusividade. “Nossa metodologia de trabalho permitiu que identificássemos acontecimentos importantes que não foram citados por nenhum veículo de mídia no Brasil. Assim, muitas informações e análises só existem naqueles relatórios”, pontuou. Por isso, o site onde eles se encontram (www.icafebr.com.br) continuará no ar.
Ascom InovaCafé


Pequenos, médios e grandes produtores rurais. A pirâmide do agronegócio brasileiro está dividida, atualmente, nessas três categorias, conforme legislação da área. Apesar disso, como enquadrar como apenas “grandes” aqueles que têm faturamento na casa dos muitos milhões de reais? Partindo dessa necessidade, o engenheiro agrônomo e administrador Patrick Fernandes Lopes desenvolveu o estudo “Megaprodutores: uma nova categoria nos sistemas agroindustriais brasileiros”, objeto de tese de Doutorado defendida no início de 2018 junto ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras (UFLA).




