Tradutores e intérpretes do NAUFLA apresentaram trabalho no I Colóquio Interpretação de Línguas de Sinais em Contextos Comunitários

Apresentação por Welbert Vinícius de Souza Sansão

Os tradutores e intérpretes da Coordenadoria de Acessibilidade da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Wanderson Samuel Moraes Souza e Welbert Vinícius de Souza Sansão participaram do I Colóquio Interpretação de Línguas de Sinais em Contextos Comunitários: saúde, educação & justiça, realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Na ocasião, apresentaram o projeto de pesquisa desenvolvido na UFLA, intitulado “Uso de unidades de tradução no processo de transposição da Língua Portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais”. “Como coordenador do projeto de pesquisa, fico lisonjeado por levarmos o nome institucional num evento dessa magnitude, corroborando as ações desenvolvidas na área de Libras na UFLA, e por poder contribuir para o campo de pesquisa da Tradução nas línguas de sinais”, comentou Welbert. 

O evento teve como objetivo criar um espaço de discussão sobre a atuação de tradutores e intérpretes de Libras em diferentes espaços sociais que objetivam o acesso das pessoas Surdas aos serviços básicos de saúde, educação e justiça. O Colóquio contemplou interesses multidisciplinares, atraindo pesquisadores e profissionais com perfis diversificados, tais como linguistas, tradutores e intérpretes de Libras, professores de Surdos, profissionais da área de saúde e do direito e também as próprias pessoas Surdas usuárias dos serviços de tradução-interpretação de Libras.

Foto com a equipe organizadora (esq p/ dir): Silvana Aviar dos Santos (UFSC); Célia Magalhães (UFMG); Welbert; Adriana Pagano (UFMG); Guilherme Lourenço (UFMG), Wanderson Samuel.

A pesquisa

O estudo realizado por Wanderson Samuel Moraes Souza e Welbert Vinícius de Souza Sansão tem com o objetivo apresentar os mais diferentes métodos tradutórios existentes e propor um estudo comparativo, visando analisar as Unidades de Tradução (UT) e a equiparidade do texto fonte, em Língua Portuguesa (LP), para o texto alvo, em Língua Sinais Brasileira (LSB). A análise foi obtida através de testes realizados com tradutores partindo de um texto em comum, todavia com unidades de traduções diferentes, estrutura a nível frasal ou textual.

Os pesquisadores verificaram que houve adequações linguísticas no processo de transposição da LP para a LSB e que a qualidade tradutória, partindo da unidade de tradução a nível textual, é mais coesa e cultural, além disso, notaram maior paridade com o texto fonte, apresentando maior fidelidade de ideias e conectividade no corpo do texto em Libras.

“A visão de tradução é tão complexa e fascinante que mereceu um desdobramento especial no campo dos Estudos da Tradução. Conhecer a história da Tradução, bem como a análise sistêmica nos mais diversos idiomas, nos proporciona não apenas a ocasião para adquirimos conhecimentos, mas também para refletirmos e questionarmos diversos métodos relacionados com o processo tradutório”, afirmaram. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.