Pesquisa da UFLA é publicada na revista de genética BMC Genomics

pesquisaA pesquisa Bayesian reversible-jump for epistasis analysis in genomic studies, do professor Márcio Balestre do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Lavras (DES/UFLA), desenvolvida na área de modelagem em genética vegetal, foi publicada neste mês na renomada revista de genética BMC Genomics.

Na pesquisa foi proposto um modelo para estudar a interação entre genes em diferentes espécies (fenômeno denominado epistasia).  “Uma vez que existem vários genes responsáveis pelo controle de determinados caracteres, o número de interações a ser estudado pelo geneticista é extremamente elevado, por exemplo, se uma característica de certa espécie é controlada por 100 genes, existem 4.400 interações possíveis entre os genes”, descreve o professor.

Além disso, o professor relata que o número de marcadores moleculares utilizados em estudos de genômica em determinadas espécies chega a cerca de 500.000, ou seja, se todas as interações possíveis fossem estudadas haveria aproximadamente 125 bilhões de combinações epistáticas. “Os modelos estatísticos atuais são incapazes de lidar com esse número de informação. Neste sentido, nossa proposta busca estimar as interações entre genes sem aumentar em demasia a complexidade do modelo estatístico”, afirma Balestre.

O estudo foi conduzido no Departamento de Estatística da UFLA em parceria com o professor Cláudio Lopes de Souza Junior do Departamento de Genética e Melhoramento de Plantas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP). Também contou com apoio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFLA.

Clique aqui para ter acesso ao trabalho

Espaço de interações epistáticas de primeira ordem em 400 marcadores. Quanto mais próxima do vermelho mais vezes o par de epistasia foi mantido no modelo (BALESTRE ; SOUZA, 2016)
Espaço de interações epistáticas de primeira ordem em 400 marcadores. Quanto mais próxima do vermelho mais vezes o par de epistasia foi mantido no modelo (BALESTRE ; SOUZA, 2016)

Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.