Inflação de abril foi de 1,23%: alimentos continuam liderando as altas de preços

IPCDe acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a inflação no mês de abril ficou em 1,23%, contra 1,75% registrado em março. Considerando os quatro meses do ano, a alta acumulada chega a 5,32%.

Como nos meses anteriores, o aumento no preço dos alimentos teve grande influência. Em abril, essa elevação foi de 3,28%. No período de janeiro a abril, a alimentação ficou 15,08% mais cara, com incremento de 7,86% no custo da cesta básica.

Segundo o coordenador da pesquisa, professor Ricardo Reis, além dos alimentos, também contribuíram para a alta na taxa de inflação de abril os gastos com vestuário (2,61%), higiene pessoal (0,65%), material de limpeza (0,57%), bebidas (0,81%), moradia (0,42%), educação e saúde (0,2%), serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha/ 0,28%), e gastos com lazer (0,07%).

Das despesas com alimentos, as que mais pesaram em abril foram com produtos in natura, que chegaram a ficar 17,49% mais caros. É o caso da batata (66,33%), do tomate (33,75%), da vagem (31,06%), do pimentão (31,25%), da alface (8,89%), da mandioca (23,28%) e da cenoura (22,15%), por exemplo. Já entre os industrializados, a média geral de aumento foi de 5,76%, o que inclui os derivados do trigo (farinhas e pães) e dos lácteos (creme de leite, leite em pó, leite condenado, leite fluído e longa vida).

Os produtos/serviços que sofreram queda de preço e contribuíram para segurar, em parte, o índice de inflação do mês foram os bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática apresentaram-se mais baratos em média 2,61%) e aqueles ligados aos transportes (-0,80%).