Ensino, Pesquisa e Extensão debatem fertilidade de solo e adubação de cafeeiros

Cibele Aguiar

Quando o assunto é fertilidade do solo e adubação de cafeeiros, há diferentes pontos de vista e tendências. Com a cotação do café em alta, surgem ofertas de produtos que prometem fazer milagres, e técnicos e produtores ficam perdidos em meio a orientações diversas.

Para tentar um consenso sobre a adubação de cafeeiros de forma racional e com base na ciência, o Polo de Excelência do Café realizou reunião nessa segunda-feira (26), no setor de cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), com o objetivo de aproximar profissionais ligados ao ensino, à pesquisa e à extensão. Participaram da reunião profissionais da Emater, da UFLA, da Fundação Procafé e da Associação Hanns R. Neumann Stiftung do Brasil (Força Café).

A demanda partiu da Emater/MG, mediante a necessidade de um nivelamento entre os técnicos que atendem a cerca de 180 municípios do sul de Minas, representantes de cinco escritórios regionais. Para Edson Spini Logato, coordenador técnico regional da Emater de Lavras, os extensionistas que estão diretamente ligados aos produtores necessitam de um padrão de recomendação técnica para atender aos diferentes públicos de referência, com prevalência para pequenas propriedades e de base familiar.

Presente à reunião, o professor da UFLA Antônio Eduardo Furtini Neto expôs seu ponto de vista e resultados de pesquisa acerca de diversas questões. O professor ressaltou a importância da troca de experiências e transferência de tecnologias, colocando a Universidade à disposição para treinamentos e encontros de atualização em fertilidade do solo e adubação, área em que o professor Furtini é uma das referências no país. “O sucesso das parcerias não está na relação entre as instituições, mas no envolvimento entre as pessoas”, destacou. 

Na avaliação do gerente executivo do Polo de Excelência do Café, Edinaldo José Abrahão, a ideia é intensificar as reuniões que promovam a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, visando à sinergia de conhecimento em prol da cafeicultura mineira. “É preciso promover a interação entre os segmentos para fazer com que o conhecimento gerado seja efetivamente difundido”, abordou.

Participaram da reunião: professores da UFLA (Antônio Furtini Neto, Rubens José Guimarães e Douglas Ramos Guelfi Silva), extensionistas (Edson Logato, Edmundo Modesto de Melo, Elter Rodrigues Vieira e Hely Corrêa de Rezende), pós-graduandos (pesquisadores Sérgio Parreiras Pereira e Clayton Grillo Pinto), o pesquisador da Fundação Procafé Alysson Vilela Fagundes e o representante da Associação Hanns R. Neumann Stiftung do Brasil (Força Café), Patrik Avelar Lage.