Indicadores agrícolas sinalizam alívio no campo

Depois de um ano em que as estimativas da Ufla indicaram queda no faturamento no campo, os indicadores agrícolas sinalizam uma reversão da economia rural em 2010, em que a renda do setor agropecuário supera os custos de produção no acumulado do ano, conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla). por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas.

Até o mês de novembro de 2010, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural, teve alta de 17,13%%, ao contrário dos principais insumos agrícolas, que, em média, tiveram queda. Os dados levantados estimaram que o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos teve uma queda acumulada até novembro de 0,9%, refletindo nos custos de produção.

As contribuições para a melhoria da renda agrícola em 2010 vieram do setor graneleiro (milho, feijão e arroz), cuja alta acumulada no ano atingiu 62,5%, seguido da cotação do café, com aumento no ano de 24,28%. O setor leiteiro também viveu um momento de tranqüilidade, com alta acumulada de 6,34% de janeiro a novembro. No sentindo inverso, vivenciaram os produtores de hortifrutigranjeiros, cuja queda média dos preços recebidos ficou em 21,56%.  

No caso específico do mês de novembro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) aumentou 2,4% e o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos teve uma alta de 0,3%.

No segmento dos produtos agrícolas, as maiores altas no mês foram as do café (4,84%) e do milho (5,53%). No sentido contrário, o preço pago aos produtores de feijão teve uma queda de 7,48% no mês. Já o leite tipo B se manteve estável e o tipo C teve uma queda de 0,3%. E entre os hortifrutigranjeiros, as maiores altas ficaram localizadas no quiabo (104,35%), na berinjela (48,15%), na couve-flor (24,0%) e no tomate, cuja alta foi de 20,0%.

Entre os insumos agrícolas, as maiores altas em novembro ficaram localizadas nos fertilizantes (7,35%), sementes e mudas (27,06%) e herbicidas, com aumento médio de 41,02% no mês.

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