Nos últimos 12 meses, três projetos de pesquisa, que juntos somam aproximadamente R$ 1,5 milhão, foram aprovados pela equipe de patologistas de sementes da Ufla junto ao CNPq/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Sob a coordenação do prof. José da Cruz Machado, do Departamento de Fitopatologia (DFP), os trabalhos foram propostos para a realização de estudos sobre desenvolvimento de metodologias para diagnosticar microorganismos que causam doenças em sementes. As pesquisas prevêem, também, o estabelecimento de padrões sanitários e tratamento para alguns dos mais importantes patossistemas do Brasil.
De acordo com o prof. Machado, a aprovação de tais projetos é uma forma de reconhecimento ao importante trabalho desenvolvido na Universidade ao longo dos últimos 25 anos. “Vale destacar a atuação de cada um dos integrantes da nossa equipe na luta pela implementação do aspecto sanitário de sementes junto aos setores produtivos agrícolas em todos os níveis e regiões do país. Graças à parceria estabelecida com outros grupos, o Brasil é hoje reconhecido em todo o mundo pela sua atuação no campo da Defesa Fitossanitaria, da qual a patologia de sementes faz parte”.
Pesquisas de ponta
As contribuições do setor de patologia da Ufla são destaques tanto em nível nacional como no exterior. Atualmente, são realizadas pesquisas de ponta, como por exemplo, a aplicação de técnicas moleculares no desenvolvimento de testes de sanidade de sementes mais precisos e rápidos para a detecção de inúmeros agentes causadores de doenças.
Machado explica que grande parte dos conhecimentos gerados por estudos conduzidos na Universidade é aplicada fora do Brasil, como é o caso da tecnologia específica de infecção de sementes. “Esta tecnologia representa uma das mais importantes contribuições nos últimos tempos por possibilitar o aprofundamento dos estudos sobre as relações de patógenos com sementes de espécies hospedeiras”.
As pesquisas e os experimentos são desenvolvidos no Laboratório de Patologia de Sementes. O local é o único com infra-estrutura exclusiva nessa área em uma instituição de ensino em todo o mundo, sendo o primeiro a ser credenciado no Brasil pelo Ministério da Agricultura, em 1987, para análises sanitárias de sementes.
Com uma capacidade operacional para a análise de mais de cinco amostras de sementes por ano, o laboratório dá suporte aos programas de órgãos oficiais e produtores em Minas Gerais e outros estados. “A participação dos patologistas da Ufla foi fundamental para a elaboração de padrões sanitários e no estabelecimento de novas regras para análises de sementes, cujo texto final foi publicado em 2009 e já encontra-se em vigência no país”.
Parceria
Com o apoio do CNPq, MAPA, Fapemig, Capes e de parcerias com pesquisadores da Universidade e Centro de Pesquisa de Wageningen (Holanda) e Universidade de Guelph (Canadá) os trabalhos no campo da patologia de sementes na Ufla assumem uma condição mais favorável. “Com a aquisição dos novos equipamentos, de ultima geração no âmbito da biologia molecular, e a adequação da atual estrutura do Laboratório, a Universidade dá mais um importante passo na busca de melhoria e consolidação da qualidade de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão”, finaliza Machado.