Estudo recebe Menção Honrosa no Prêmio Capes 2008

A tese “Characterization of poly-hydroxybutyrate-hydroxyvalerate (PHB-HV)/corn starch blend films” (Caracterização de filmes de blenda de polihidroxibutirato-hidroxivalerato (PHB-HV) / amido de milho), defendida pela então doutoranda Kelen Cristina dos Reis, recebeu uma Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2008.

O estudo foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (Ufla), sob a orientação da Profa. Joelma Pereira, do Departamento de Ciência dos Alimentos.

Divulgação

Misturando polímeros

Os filmes plásticos (obtidos a partir de polímeros), devido a características como transparência, resistência e baixo custo, são amplamente utilizados nas mais diversas aplicações, inclusive para embalagens de alimentos. No entanto, devido à sua dificuldade de degradação (mais de 100 anos) e à exaustão das reservas mundiais de petróleo, o uso de polímeros constitui um problema ambiental significativo.

Em contrapartida, as pesquisas na busca de materiais biodegradáveis sejam eles embalagens, materiais de consumo ou outros, estão avançando em ritmo acelerado. Novas tecnologias com polímeros biodegradáveis adicionados a plásticos convencionais e outros materiais que diminuem o tempo de degradação dos mesmos já estão disponíveis no mercado.

Um exemplo disso é o polihidroxibutirato-co-valerato (PHB-HV), um polímero 100% biodegradável que pode ser produzido por bactérias a partir da cana-de-açúcar. No entanto, apesar da vantagem no critério ambiental, o PHB-HV não é largamente utilizado devido ao seu alto custo e também por ser menos flexível, com aplicações mais limitadas que os sintéticos.

Em sua pesquisa, Kelen fez misturas de PHB-HV com amido de milho (um polímero natural) e realizou várias análises do material obtido a partir dessas misturas.

Feitas as análises necessárias, a então doutoranda conseguiu obter propriedades desejáveis para uma possível aplicação desse material como embalagem, o que certamente fará com que o material continue sendo alvo de pesquisas na Ufla. 

“A grande vantagem dessa mistura com o amido de milho é que, além de ser biodegradável, o novo material possui um custo muito mais baixo do que os polímeros convencionais, produzidos a partir do petróleo”, comentam as pesquisadoras Kelen e Joelma.

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