Alimentos em alta no campo

Os indicadores da economia rural continuam sinalizando, neste ano, melhorias da renda no campo. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário acumula alta, em 2008, de 14,32% e o índice que mede a variação dos custos de produção atingiu 4,47%, no ano. A pesquisa do DAE/Ufla faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários

Neste mês de maio, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 3,66%, puxado, principalmente, pelo setor dos hortifrutigranjeiros, que teve alta, em média, de 20,85%. É o segundo mês consecutivo que os hortifrutigranjeiros mudam o panorama da renda agrícola, antes influenciada pelas altas dos grãos. Em abril, já havia aumentado 16,4%.

Entre as principais altas dos hortifrutigranjeiros em maio, destacam-se os aumentos da laranja (11,59%), da beterraba (32,87%), da cenoura (36,92%), da couve-flor (27,63%), do tomate (45,45%), do repolho (15,52%), e do quiabo e do pimentão, que aumentaram 148,33% cada.

No caso do setor leiteiro, o preço pago ao pecuarista não se alterou no mês, tanto para o leite fluido tipo B como o tipo C. Já as cotações dos grãos reverteram a tendência de alta dos últimos meses. O preço recebido pelo café caiu 6,33%; pelo feijão, queda de 8,54% e, pelo milho, -10,34%. A pesquisa não identificou variação no preço pago ao produtor de arroz.

Maio de 2008 foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas ficaram 3,41% mais baratos, resultado do Índice de Preços Pagos (IPP) por esses insumos. Entre os itens pesquisados, as maiores quedas estão ligadas aos setores dos inseticidas (5,63%), dos antibióticos (5,23%), dos vermífugos (3,19%), das vacinas (3,02%) e da energia elétrica, com queda média de 18,18%. As maiores altas entre os insumos aconteceram nos grupos dos herbicidas (7,69%), de sementes e mudas (6,64%) e das rações, com alta de 2,69%.

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