Intercâmbio de alunos entre Brasil e Canadá deve aumentar

Portal MEC, 30/08/07

Aumentar a mobilidade de estudantes e professores brasileiros e canadenses, por meio de programas de intercâmbio, foi um dos temas discutidos na reunião que ocorreu na quarta-feira, 29, entre a delegação de Quebec, Canadá, liderada pela ministra de relações internacionais de Quebec, Monique Gagnon, e dirigentes do Ministério da Educação.

Para o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, operações de intercâmbio são valorosas para o Brasil. Atualmente, há 119 bolsistas de pós-graduação no Canadá: 40 são do doutorado pleno, 22 do doutorado-sanduíche — o estudante se matricula em programa de PhD no Brasil e passa apenas uma temporada no exterior — e 38 do pós-doutorado. “Temos grande necessidade de cooperações internacionais. Dois pontos importantes são projetos conjuntos de pesquisa e o intercâmbio de estudantes”, enfatiza.

Segundo o secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota, é essencial que, a exemplo do que já ocorre na pós-graduação, os estudantes de graduação possam ter oportunidade de cursar pelo menos um semestre em uma instituição estrangeira. “O Canadá é um dos destinos preferidos dos jovens, por isso, temos máximo interesse em manter contato com Quebec”, afirma.

Os canadenses que participaram da reunião consideram fundamental a parceria entre Brasil e Canadá na área de pesquisa. Monique Gagnon sugeriu que se estabeleçam um ou dois programas de mútuo interesse, no momento, para que o Ministério da Educação canadense possa trabalhar em projetos brasileiros, em regime de colaboração. Designar pessoas-chave para fazer a interlocução entre os dois países foi a proposta da ministra.

Aniversário — No próximo ano, a província canadense do Quebec, onde a maior cidade é Montreal, completa 400 anos. Monique Gagnon aproveitou para fazer um convite aos dirigentes do MEC, para que compareçam às comemorações, que culminam com a Cúpula da Francofonia.

Letícia Tancredi

Esclarecimentos sobre o Cead na Ufla

Em função de dúvidas que estão surgindo a respeito da discussão do Regimento do Centro de Educação a Distância (Cead) nos departamentos e outras instâncias, o professor Marcelo Silva de Oliveira, membro da comissão encarregada de propor o Regimento, presta alguns esclarecimentos:

1. Qual o propósito geral do Cead?
– Não é ocupar o lugar de qualquer órgão ou instância já estabelecida, mas ocupar um lugar hoje que não é ocupado por ninguém: prestar assessoria interna integrada para estabelecer ações de Ensino a Distância (EAD) com excelência.
– Não é submeter departamentos e outros órgãos a si, mas auxiliar, em cooperação, colaboração, co-planejamento, co-execução, co-avaliação, todas as ações em EAD da Ufla. O Cead não terá poder deliberativo sobre outros órgãos: os Regimentos da Ufla, Departamentos, PRPG, PRG, PROEX, etc, todos permanecem os mesmos. Isto implica que, por exemplo, um curso de Lato sensu continua sendo criado nos Departamentos,aprovado na PRPG, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), e Conselho Universitário (Cuni), e executado pelos mesmos, exatamente como é hoje. O que muda é que o sistema universitário passa a contar com um órgão dedicado a EAD, para auxílio em tudo que se refere a aspectos de Projeto, Pedagogia, Tecnologia de Informação, e Apoio Técnico. A idéia não é submeter o EAD na Ufla ao Cead, mas sim vincular o EAD na Ufla ao Cead. Submeter e vincular são conceitos diferentes: vincular é harmonizar, servir como plataforma de disseminação de benefícios, recursos, conhecimento, etc. É fazer todos ganharem, todos crescerem juntos, harmoniosamente. Vincular tem a idéia de formação de um corpo, de um sistema, que trabalha ajustado e consolidado, com o auxílio de todas as partes, para a saúde do todo. Hoje não é assim, e, sem o Cead, não será alcançada esta configuração de ótimo do todo. Quanto a submissão, esta continua, do mesmo jeito que é hoje, aos Departamentos,Pró-Reitorias, Cepe e Cuni.

2. Por que um Cead-Ufla?
– Antes, um dado importante: Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Mato Grosso e Universidade Federal de Viçosa, entre outras, tem Cead. Essas universidades federais são menos fragmentadas que a Ufla (o que poderia, teoricamente, tornar menos necessário um Cead nelas) e mesmo assim o tem. Seriam todas estas insensatas? O próprio MEC criou uma secretaria só para cuidar de EAD: a Secretaria de Educação a Distância – SEED.
– Porque a legislação para EAD tem se tornado cada vez mais complexa e exigente, demandando expertises cada vez mais, específicas em EAD, e gerais institucionalmente falando: uma combinação que exige um centro especializado, transversal e colaborador em relação aos outros órgãos.
– Porque a exigência por qualidade é um imperativo de responsabilidade social, além de capacidade empreendedora. É um resultado comprovado da Gestão da Qualidade moderna que não é possível fazer qualidade de qualquer coisa, inclusive de educação, sem um núcleo (centro) dedicado e comprometido.
– Porque os órgãos internos tem chegado a conclusão que a estrutura atual para EAD tem um patamar limitador de crescimento: não conseguiremos, sem um Cead, vencê-lo, a não ser por ações pontuais com escopo limitado a frações da universidade. O problema com estas ações pontuais é que elas são, sempre: não compartilhadas, desperdiçadoras de recursos, subótimas, com respaldo institucional menor do que o necessário, pesadas e difíceis de gerenciar, operadas por pessoal não especializado, e não amparadas por regulamentos e diretrizes internas (tornando-as, possivelmente, irregulares)! Ninguém agüenta mais tamanha ineficiência e ineficácia! ‘Sem o Cead esse quadro não irá mudar’!!

3. Por que outros órgãos não fazem o que está proposto para o Cead?
– Por que nenhum órgão da Ufla (nem Departamentos, nem Pró-Reitorias, nem etc) está regulamentado e nem estruturado para lidar adequadamente com EAD!
– Se fossemos estruturá-los e regulamentá-los estaríamos na contra-mão dos princípios mais elementares de boa gestão. Pense bem: estruturar cada um dos 16 Deptos com laboratórios, equipe de TI, pedagogos, expertise em projetos, acompanhamento de legislação específica, padrões de qualidade, participação em eventos, etc, etc ! Seria impossível, mesmo porque seria uma tremenda falta de bom senso fazer isto!! O mesmo valeria para as Pró-Reitorias.
– Retalhar a assessoria específica em EAD pelos órgãos já existentes (TI com o CIN-Ufla, Projetos com respectivas Pró-Reitorias, Legislação com Procuradoria Jurídica, etc) não funcionaria porque já não pode funcionar com a estrutura atual, e reestruturar estes órgãos para atender volta ao problema anterior. Enfim, não vai funcionar.

4. Por que vincular o CEAD a Reitoria?
Porque EAD toca em mais de um nível de ensino e em mais de uma necessidade de apoio. Toca em graduação (temos cursos de graduação a distância na Ufla) e pós-graduação. Vincularia a PRG? A PRPG? Ora, não há, hoje, outra opção. Outros órgãos já são assim, o CIN-Ufla, por exemplo. Porém, isto não precisa ser monolítico: quando da mudança de estruturação interna, ou mesmo por outro motivo, se achado uma vinculação melhor, muda-se.

5. Como você vê a discussão atual nos Departamentos?
– Muito bem-vinda, pois certamente teremos uma melhoria substancial no Regimento a partir das sugestões departamentais.
– Sabemos que, por exemplo, algumas palavras no Regimento proposto devem ser alteradas, para deixar mais exato o propósito do Cead, que alguns artigos devem ser reescritos, etc. e é isto que queremos: sugestões de melhorias, para o órgão que veio para somar melhorias.

6. Qual sua opinião sobre EAD na Ufla?
– Já existe há 20 anos! Não é uma coisa nova para nós. Porém, nunca houve tanta necessidade de fazermos EAD de um modo excelente com agora, até por causa da reputação que temos. Como diz o ditado: ‘o pior inimigo de um campeão é a sua própria vitória’!
– Mas não só por causa da reputação, nem principalmente por causa dela. Nós não podemos mais, como universidade pública, fazermos de conta que o acesso ao ensino superior está bom. Não é só por causa de escola pública ruim, ou faixa de renda, que um cidadão fica de fora da universidade: é também porque para ele o ensino presencial é inviável. Também não é prudente considerar que ‘isto é um problema dele’, que só o ensino presencial é que presta.Ensinar a distância, nos moldes preconizados pelos bons métodos (que é o que nós queremos com o advento do Cead), é uma questão de compromisso social, de cidadania, de atender a diretrizes governamentais, de atender a um ‘grande anseio e necessidade social’, enfim, de amor ao próximo.

7. Você acredita, realmente, que sendo criado o Cead, na Ufla a reestruturação e melhoria irá acontecer?
Não há dúvida quanto a isto. Não é nem mesmo uma questão de “acreditar”, mas sim uma certeza absoluta. A EAD na UFLA vai experimentar uma melhoria sem precedentes, e, mais ainda, vai entrar num nível de qualidade de EAD estabelecido pelo Estado através de leis e diretrizes, e desejado pela sociedade e comunidade universitária.

8. Quem será o responsável pela fiscalização dessa qualidade?
A fiscalização será, como já é, um trabalho conjunto de todos. A diferença é que o Cead ajudará a alcançar efetivamente um padrão de qualidade que toda fiscalização espera.

9. Quais são as garantias para que esse não seja apenas mais um órgão, entre tantos na Ufla?
As garantias são, como sempre são para todos os demais órgãos da UFLA, a soma de uma boa equipe, um Regimento que lhe dá base para trabalhar, e o apoio e o trabalho colaborativo da Administração e da comunidade universitária. O somatório destes fatores, com seus respectivos coeficientes de ponderação, determinam o tamanho do êxito final. Neste momento, contamos com o apoio da comunidade universitária no sentido de contribuir para que o Regimento a ser aprovado no Cuni faça do Cead um efetivo órgão auxiliador para a excelência de nossa Ead.

Bolsa para pós-graduação master “Utilities and Waste” na Alemanha

A Universidade (TH) de Karlsruhe está recebendo inscrições para candidatos a bolsas de estudo do DAAD para seu novo master internacional “Utilities and Waste – Sustainable Processing”. O curso terá sua estréia em outubro de 2008.

Engenheiros químicos, mecânicos e de processamento e graduados em geral na área ambiental formam o público-alvo. Ministrado em inglês, o curso terá apenas 25 alunos por turma e duração de quatro semestres.

O programa multidisciplinar enfatiza a prática, permitindo uma especialização, com foco em planejamento e manejo, bem como aspectos da engenharia de processamento, de serviços públicos de gás, água, tratamento e armazenamento de lixo. As disciplinas abordam temas de ciências naturais, tecnologia avançada, sócio-economia e gestão.

O investimento é de 7.372 euros ao ano. Os interessados numa bolsa DAAD devem candidatar-se até 15 de setembro, diretamente com a universidade. As inscrições regulares no curso seguem até 30 de abril de 2008.

A TH Karlsruhe foi uma das três vencedoras da Iniciativa pela Excelência, na categoria “Universidade de Elite”, que selecionou os melhores projetos de clusters de pesquisa científica. Patrocinado pelo Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF), a iniciativa teve seu júri formado unicamente por cientistas, indicado pela Fundação Alemã de Pesquisa (DFG).

Mais informações:
http://www.utilwaste.de

Brasileiro gasta mais com carro do que com educação

Folha de São Paulo, 30/08/07

Fenômeno ocorre mesmo entre famílias com filhos, mais ricas e escolarizadas

Valor gasto com impostos também supera despesas destinadas a cursos, escolas ou material didático, aponta análise feita pelo IBGE

Os brasileiros, mesmo os mais escolarizados, mais ricos ou os que têm filhos, gastam mais mensalmente com carro do que com educação. O valor que pagam em impostos também supera os pagamentos destinados a cursos, escolas ou aquisição de material didático.

Segundo a análise feita pelo IBGE na POF, o valor destinado à educação nas famílias em que o responsável pelo domicílio tem ao menos o ensino médio completo (11 anos ou mais de estudo) corresponde a 4,9% de seu orçamento. Já o gasto com aquisição de veículos ou combustível representa 10,8%.

Entre brasileiros que chegaram a cursar o primeiro ciclo do ensino fundamental (que vai da 1ª à 4ª série), mas não o concluíram, o gasto familiar com educação é de 1,4% do orçamento, percentual igualmente menor do que o verificado para os gastos com aquisição de veículos ou combustível (6,9%).

O gasto com impostos também supera, nessas faixas de escolaridade, a despesa com educação. No caso dos mais escolarizados (11 anos ou mais de estudo), ele chega a 6,4%. Entre os que têm entre 1 e 3 anos de estudo, é de 2,1%.

A mesma realidade -gastos com veículos superando o investimento em educação- é verificada mesmo quando se compara apenas casais com filhos -que, em tese, teriam mais gastos educacionais. Nesse caso, a proporção do orçamento que vai para a educação, independentemente do nível socieconômico do chefe de família, é de 3,9%, enquanto o gasto com aquisição de veículo e combustível fica em 10,2%.

Para o pesquisador do IBGE José Mauro de Freitas Júnior, é preciso considerar nessa comparação que, no caso da educação, famílias com filhos na escola pública não têm gastos com mensalidades escolares. Como se sabe -pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio- que 87% das crianças de 7 a 17 anos estudam na rede pública, isso pode fazer a diferença na comparação.

‘É preciso lembrar que, até um determinado nível de ensino, a educação é uma obrigação do Estado. Também não estamos discutindo a qualidade da escola pública’, diz Freitas.
Porém, tabulação feita pela Folha nos dados da POF mostra que, mesmo quando se analisa apenas as famílias de maior renda – e com mais capacidade de pagar escola particular- e onde há mais de dois moradores no domicílio -não se tratando, portanto, de casal sem filhos-, o maior dispêndio em veículos em comparação com a educação se mantém.

Quando o investimento em educação é comparado com a faixa etária do chefe de família, o maior gasto proporcional aparece entre os brasileiros que estão entre os 40 e 49 anos.
O gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares, Edilson Nascimento da Silva, explica que essa é a população que está em seu pico de produtividade em termos de rendimento no mercado de trabalho. Com mais renda, é natural que sobrem recursos para despesas com educação.

A POF revela também que a presença de uma pessoa com nível superior eleva significativamente a renda familiar.Essa situação, no entanto, corresponde a apenas 16% das famílias. Nas demais, nenhum membro atingiu nível superior.

Em todas as classes sociais analisadas, no entanto, alimentação, habitação e transporte são os itens que mais pesam no orçamento familiar.

Curso de Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos

Em Agosto de 2007, o Curso de Ciência da Computação da Ufla comemora 10 anos de atividades. Para comemorar, o Departamento de Ciência da Computação – DCC, elaborou uma série de eventos a serem realizados entre os dias 29 de Agosto de a 01 de Setembro de 2007.

A solenidade de abertura foi realizada no dia 29 de agosto com o início de dois eventos que conta com o apoio da SBC (Sociedade Brasileira de Computação), o IV SMSI – Simpósio Mineiro de Sistemas de Informação e VI ERI-MG – Escola Regional de Informática de Minas Gerais.

Estiveram presentes à solenidade de abertura o reitor, Antônio Nazareno Guimarães Mendes, chefe do Departamento de Ciência da Computação, Guilherme Bastos Alvarenga, coordenador geral do Congresso de Ciência da Computação e Sistemas de Informação, Willian Soares Lacerda, coordenador do Curso de Graduação em Ciência da Computação, Heitor Augustus Xavier Costa, coordenador do Curso de Graduação em Sistemas de Informação, André Luiz Zambalde, pró-reitor de Graduação, Gabriel José de Carvalho e o ex-reitor e prefeito de Itutinga, Fabiano Ribeiro do Vale.

A abertura contou com a apresentação do Coral Vozes do Campus, regido pela maestrina Norma Lúcia de Matos; a homenagem ao ex-reitor Fabiano Ribeiro do Vale, pela implantação do curso em sua gestão e ainda a palestra “ O profissional de Tecnologia da Informação e o mercado de trabalho”, proferida pelo Rafael Vanselow, gerente da Divisão de TI da Michael Page.

No dia 30 de agosto, as comemorações continuam com a realização dos eventos IV SMSI e IV ERI-MG nas dependências do novo prédio a partir das 07 horas. O dia encerra às 16h30 com uma palestra de um convidado externo no Anfiteatro do DCC.

Na sexta-feira, dia 31 de agosto às 7 horas, acontecerá a abertura de mais um evento, o VI WEIMIG – Workshop de Educação em Computação e Informática do Estado de Minas Gerais. Este evento é também promovido pela SBC através da Diretoria de Educação e da Diretoria de Secretarias Regionais e apoiado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE/MG). Ao final do dia, ocorrerá a solenidade de encerramento dos eventos: IV SMSI, IV ERI-MG e VI WEIMIG.
No sábado, dia 01 de setembro, será realizado o encerramento da semana de comemoração do Curso de Ciência da Computação com uma grande festa de confraternização a partir das 10 horas, contanto com a participação de ex-alunos do curso.

O Curso – O Projeto de criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla foi concebido em meados de 1996, pela iniciativa dos professores Lucas Chaves (DEX – Ufla), Mirla (DEX-Ufla), Sandro (Unilavras), Olinda (DCC –Ufla), Wilian (DCC –Ufla) e Rêmulo (DCC – Ufla), na época, membros do Departamento de Ciências Exatas – DEX. A consolidação da criação do curso de Bacharelado em Ciência da Computação deu-se com a resolução do Conselho Universitário, no mandato do reitor professor Fabiano Ribeiro do Vale.

O primeiro vestibular ocorreu em julho de 1997 com 25 vagas a serem preenchidas. Os candidatos aprovados no vestibular formaram a Primeira Turma do curso iniciando suas atividades no mês de agosto desse mesmo ano.
No ano de 2000, foi criado o Departamento de Ciência da Computação (DCC) da Ufla, que ficou responsável pelo curso de Bacharelado em Ciência da Computação. O curso foi reconhecido pelo MEC, conforme Portaria nº. 2.011 de 11 de setembro de 2001, publicada no D.O.U. de 12 de setembro de 2001, de acordo com o parecer do Conselho Nacional de Educação.

A primeira turma concluiu o curso em julho de 2001. Na solenidade de colação de grau, formaram-se os primeiros vinte e um bacharéis em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Lavras. Até hoje, já se formaram onze turmas em um total de duzentos e setenta e cinco alunos.

O Curso Bacharelado em Ciência da Computação da Ufla objetiva formar profissionais com sólidos conhecimentos na área de computação. O curso tem a duração média de 8 semestres (4 anos) totalizando 36 disciplinas obrigatórias e 7 disciplinas eletivas.

Atualmente, o curso de Ciência da Computação possui um corpo docente formado por mais de sessenta professores compreendendo os Departamentos de Ciência da Computação (DCC), Departamento de Ciências Exatas (DEX) e Departamento de Administração e Economia (DAE). Seu corpo discente conta com cerca de 200 alunos de graduação.

Desigualdade persiste em educação e saneamento

O Estado de São Paulo, 30/08/07

Lisandra Paraguassú

País conseguiu diminuir pela metade a fome e a pobreza, mas está longe de cumprir até 2015 metas traçadas por países membros da ONU

Brasília – O terceiro relatório brasileiro sobre os Objetivos do Milênio (ODMs) – uma série de metas traçadas pelas Nações Unidas e acordadas com países membros – mostra que, se avançou nas conquistas sociais, o Brasil tem dificuldade de alcançar os mais pobres entre os mais pobres. O exemplo mais gritante dessa dificuldade para atacar o chamado “núcleo duro da pobreza” está, por exemplo, nos dados sobre os jovens que o Estado não consegue manter na escola por tempo suficiente para lhes dar, ao menos, a educação básica.

“A comparação entre estudantes segundo a renda familiar demonstra a persistência de desigualdades”, diz o relatório feito pelo próprio governo brasileiro. No ensino fundamental, apesar da dita universalização, 96,5% das crianças de 7 a 14 anos mais ricas freqüentam a escola. Entre as mais pobres, são 91,4%. No ensino médio a diferença é muito maior: 71,9% dos jovens entre 15 e 17 anos estão no ensino médio. Apenas 22,4% dos mais pobres.

Mesmo com os programas sociais, como o Bolsa Família, que exigem a freqüência escolar em troca do pagamento, ainda são os mais pobres que ficam mais tempo na escola sem avançar, repetem o ano, deixam de estudar mais cedo.

“Apesar dos avanços da sociedade brasileira, ainda é muito alta a proporção de alunos que progridem de forma lenta e dos que abandonam os estudos – o que contribui para manter em patamares baixos a taxa de conclusão no ensino fundamental”, diz o texto. Por isso, admite o governo, a taxa esperada de conclusão do ensino fundamental é de pouco mais de 50% dos estudantes, muito abaixo do que diz a meta: que até 2015 todas as crianças concluam um ciclo completo de ensino.

Concentrados especialmente nas regiões Norte e Nordeste, esse “núcleo duro da pobreza” tem um perfil claro: é formado pelas tais crianças que o Estado não consegue manter na escola, perde mais mães e filhos para doenças endêmicas e convive com falta de água tratada e esgoto sanitário.

A oito anos da data limite para o cumprimento dos objetivos, em 2015, o Brasil já cumpriu o primeiro deles, de diminuir pela metade a fome e a pobreza no País. Também conseguiu alcançar a meta de reduzir o desmatamento. Nas restantes, os resultados avançaram, mas o próprio relatório admite que as médias nacionais ainda escondem uma enorme desigualdade, mesmo que tenha havido uma aproximação entre os mais pobres e os mais ricos.

Outro objetivo em que o País aparece com problemas é também ligado diretamente à qualidade de vida das famílias mais pobres, o saneamento básico. O objetivo 7, que trata da sustentabilidade ambiental, trata da reversão da perda de recursos ambientais – onde o Brasil tem avançado -, do acesso à água potável e esgoto sanitário e a melhora na vida da população de assentamentos precários.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que chegou a imaginar, no início do mandato, que poderia incentivar empresas a doar um dia da sua produção para ajudarem no cumprimento dos Objetivos do Milênio. A idéia surgiu ao conhecer a iniciativa do empresário gaúcho Daniel Tevah, que faz essa doação na sua indústria de confecções. “Mas aí eu achei que isso era impossível e não haveria tanta sensibilidade humana para isso”, disse o presidente durante a cerimônia em que foi apresentado o relatório brasileiro dos ODMs.

De acordo com o presidente, não é difícil atingir as metas. “Não é tão difícil. Muitas vezes não existe foco.”

Inscrições abertas para intercâmbio de doutores

Portal Capes, 29/08/07

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC) abre oportunidade para estudantes de doutorado de instituições brasileiras que queiram participar de intercâmbio na França. Até 31 de outubro, estão abertas as inscrições para o Programa Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB), realizado em parceria com o Conselho de Presidentes de Universidades da França (CPU). O objetivo do programa é formar recursos humanos de alto nível nos dois países, nas diversas áreas do conhecimento.

Os estudantes brasileiros devem estar matriculados em cursos de doutorado avaliados pela Capes, com nota preferencialmente igual ou superior a 5. As universidades francesas devem ser consorciadas com a CPU. Os doutorandos deverão ter completado um total de créditos compatível com o programa de estudos e o projeto de pesquisa a ser desenvolvido na instituição de destino.

O programa concede bolsas de estudos na modalidade doutorado-sanduíche em regime de co-orientação ou co-tutela. No caso de co-tutela, o doutorando deverá permanecer na instituição de destino pelo período de 12 a 18 meses e poderá ter o reconhecimento oficial dos títulos conferidos nos dois países. No caso de co-orientação, a permanência do doutorando será de 12 meses, sem prorrogação. As atividades serão desenvolvidas sob a supervisão de um co-orientador, e não haverá garantia de reconhecimento pela França, do título obtido no Brasil.

Mensalidades – Os selecionados receberão passagens aéreas, mensalidades no valor de 1.100 euros, auxílio instalação e seguro saúde proporcionais. As candidaturas serão avaliadas, em uma primeira etapa, por consultores da Capes. Serão analisados pontos como o mérito científico, considerando histórico acadêmico e Currículo Lattes do candidato. A responsabilidade da segunda etapa da avaliação é do Comitê de Monitoramento do Programa CDBF, integrado por reitores de universidades brasileiras. As atividades na França terão início a partir de fevereiro de 2008. Para saber mais sobre o programa acesse o Edital. (Fátima Schenini)