Em 2007, preço do leite tipo C sobe 22,46% para o consumidor

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,23% no mês de agosto. Em julho, esse índice havia sido de 0,48%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela Ufla, em 2007, está acumulada em 3,22%.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da Ufla, a taxa de inflação de agosto ficou localizada, principalmente, na categoria alimentos, a exemplo do mês anterior, que teve alta, em média, de 1,19%. Os preços dos produtos in natura caíram 1,37%, mas os semi-elaborados registraram uma ligeira alta, de 0,58%, principalmente o feijão, que ficou mais caro 4,92%. Já os alimentos industrializados aumentaram 2,29%.

E foram as altas do leite e laticínios que puxaram, mais uma vez, a taxa de inflação do mês. Para o consumidor, o leite tipo C aumentou 4,23%; o longa vida, 8,62%; o leite em pó, 5,78%; o queijo, 6,27%; o iogurte, 5,8%; o creme de leite, 6,06%; o leite condensado, 4,81% e a mussarela ficou mais cara 1,75%.
Em 2007, o leite tipo C acumula alta, para o consumidor, de 22,46%; o longa vida está mais caro no ano 16,95% e o leite em pó já acumula aumento de 10,52%.

No campo, essa alta também foi identificada pelo levantamento dos Índices de Preços Agrícolas, que são calculados pela UFLA. Em agosto, os pecuaristas receberam 7,6% a mais pela venda do leite fluido tipo C e 34,29% pelo tipo B. No acumulado do ano, o preço do leite recebido pelos pecuaristas acumula alta de 22,89% e, de maio a agosto, esse aumento atinge 70,04%.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador das pesquisas do IPC e dos Índices de Preços Agrícolas da Ufla, a taxa de inflação de agosto só não foi maior em razão da queda nos preços das despesas com vestuário (-1,22%), influenciada pelas promoções de final de estação. Mas, chama a atenção pela pressão na taxa inflacionária que se inicia com a alta nos derivados do trigo, a exemplo do pão francês, que subiu 4,2% e o macarrão, aumento de 4,13% no mês.

Além dos alimentos, a pesquisa da Ufla identificou altas nos preços dos itens pertencentes às seguintes categorias: bebidas (0,26%), material de limpeza (2,53%), higiene pessoal (0,49%) e bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática (0,79%).
As demais categorias pesquisadas não tiveram alterações, em média, nos preços dos itens que as compõem: educação e saúde, gastos com lazer, moradia e transporte e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha).

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma variação de 1,52% em agosto, passando a custar R$275,34. Em julho, esse valor foi de R$271,20.

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