Reitor da FURG representa Andifes em Seminário de Acesso ao Ensino Superior

O reitor João Carlos Brahm Cousin (FURG) representa a Andifes, na tarde de hoje (04/06), no “Seminário de Acesso ao Ensino Superior”, que acontece no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento termina na próxima quarta-feira (06/05) e tem a intenção de promover um amplo debate sobre o vestibular, avaliando sua forma de aplicação e seu aspecto pedagógico.

João Carlos Cousin participa como debatedor na mesa redonda “Reforma do Ensino Superior: Financiamento dos Processos Seletivos”. Também estarão discutindo o assunto a professora Betânia Leite Ramalho (UFRN) e o procurador federal, Eduardo Melo. A professora Verbena Moreira S. de Souza Lisita (UFG) será a mediadora. A mesa redonda debaterá especificamente o financiamento dos processos seletivos.

O evento reúne as Comissões do Concurso Vestibular das Universidades Públicas e Privadas de todo o país, sendo uma integração de três outros seminários realizados nas cinco regiões brasileiras: o XXXI Seminário de Acesso ao ensino superior das universidades do norte e nordeste (SAESSUN), o XI Seminário de acesso ao ensino superior das universidades do centro-oeste (SAESCO) e o III Seminário de Acesso de Ensino Superior das universidades Sul e Sudeste (SAESSUSE).

Durante os três dias do evento serão realizadas cinco mesas-redondas, formadas por profissionais de universidades de várias regiões do país e de universidades do Chile (USACH) e da Argentina (UNER). O encontro também conta com a participação de membros do MEC e da Procuradoria Geral.(Com informações da Assessoria de Comunicação da UFSC)

Servidores técnico-administrativos da Ufla deflagram greve

Os servidores da Universidade Federal de Lavras (Ufla), em Assembléia Geral Extraordinária realizada, hoje, dia 04/06/2007, no Salão de Convenções deflagraram Greve por tempo indeterminado.

Dentre as reivindicações a categoria luta em Defesa da Universidade Pública; Liberação das IFES das amarras impostas pela centralização das decisões sobre recursos humanos no MPGO; Ampliação dos cursos noturnos em todas as áreas de conhecimento; Compromisso, do MEC, em submeter à discussão com os Reitores e as entidades representativas da comunidade, qualquer projeto de alteração da legislação que se relacione com a autonomia ou seu exercício.

E também, pelo estabelecimento de Garantia da implantação da 2ª etapa da Carreira: Incentivo de Qualificação e Níveis de Capacitação; Aplicação de, no mínimo, 1% (hum por cento) da folha de pagamento na Capacitação dos Profissionais da Universidade; Suspensão imediata do processo de terceirização e de contratação temporária em curso e a instalação de mesa de discussão sobre o tema; Adoção do regime de trabalho de 30 horas semanais, sem redução salarial, agregado ao funcionamento em turnos, garantindo a ampliação dos nossos serviços e uma maior satisfação dos nossos usuários.

Os servidores lutam por liberação de vagas de técnico-administrativo para concurso público, com vistas à reposição da força de trabalho nas IFES; Manutenção do pagamento dos aposentados vinculados à folha geral de pagamento do pessoal das Universidades; Manutenção do tratamento isonômico e paritário; Extensão de todos os direitos e benefícios, como, por exemplo, o auxílio alimentação aos aposentados e pensionistas.

A próxima Assembléia Geral foi agendada para o dia 6 de junho, às 9 horas, no Salão de Convenções. Na pauta, discussão sobre a avaliação do movimento nacional e formação do Comando de Greve.

Mais informações: (35) 3829-1169

Professsor Magno Ramalho recebe, hoje, o maior prêmio nacional de ciência

A cerimônia de entrega do prêmio será realizada em São Paulo/SP, hoje, dia 4/6/2007, onde os vencedores receberão um troféu e uma premiação especial pela qualidade e eficiência da participação.

O professor e pesquisador do departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Magno Antônio Patto Ramalho é o ganhador do prêmio Fundação Conrado Wessel – FCW 2006, categoria “Ciência Aplicada ao Campo”, concedido a personalidades que atuam em Ciência Tecnologia e Inovação.

O “Prêmio Fundação Conrado Wessel” é destinado à personalidade ou entidade de reconhecimento nacional no campo da Arte, Ciência e Cultura, mediante critérios e normas estabelecidos em regulamento específico pela Diretoria Executiva e pelo conselho Curador da Fundação.

O perfil dos premiados em Ciência e Cultura, na visão da FCW, revela qualidades de talento inovador, liderança, abrangência social, trabalho incansável, integridade e ética.

Na Ciência, o prêmio contempla cinco modalidades: Ciência Geral, Ciência Aplicada à Água, Ciência Aplicada ao Campo, Ciência Aplicada ao Meio Ambiente e Medicina. As modalidades se distinguem pelo objetivo do cientista ou da entidade premiada, valendo a característica predominante, mantido o entendimento da Comissão Julgadora.

Indicado a essa premiação pelo Reitor Antônio Nazareno Mendes, em fevereiro de 2007, o professor Magno Ramalho foi vencedor da categoria Ciência Aplicada ao Campo e se destacou, principalmente, pelos trabalhos de melhoramento genético do feijoeiro.

“Um prêmio deste nível é como se fosse uma coroação de um trabalho de 36 anos em prol da Ciência brasileira!”, comenta o professor Magno.

Os concorrentes ao prêmio foram analisados por uma comissão julgadora, composta por representantes da Academia Brasileira de Letras, Fapesp, Capes, CNPq, SBPC, dos Ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Cultura, Educação, Meio Ambiente e Saúde, do Comando da Marinha e da Secretaria de Aqüicultura e Pesca.

Sobre a premiação
O prêmio foi criado em 2002, com o objetivo de incentivar atividades relacionadas a Arte, a Ciência e a Cultura, ganhando abrangência nacional. Para a Fundação esta premiação corresponde ao que de mais nobre se pode pensar para o Brasil: “o incentivo à Ciência, âncora do desenvolvimento nacional, o incentivo à Cultura, raiz do bem estar social e da paz mundial, o incentivo à Arte, veículo da perfeição espiritual”.

Segundo o reitor, prof. Antônio Nazareno Mendes, “é importante que o mérito daqueles que se dedicam à ciência com competência, liderança, integridade e ética seja reconhecido, como é o caso do prof. Magno. É um notável pesquisador na área de genética e melhoramento de plantas, com expressiva contribuição ao desenvolvimento do agronegócio brasileiro nas últimas décadas, inspirando-nos com seu estímulo e motivação nos trabalhos de melhoramento vegetal, particularmente aos nossos estudantes de graduação e de pós-graduação”.

Biografia
Magno Antônio Patto Ramalho, natural de Ribeirão Vermelho/MG, Engenheiro Agrônomo pela Ufla, mestre e doutor pela ESALQ/USP, é um apaixonado pela pesquisa e pela docência. Professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) desde 1971, já recebeu várias distinções e honrarias: Medalha de Honra como 1º colocado da turma de Agronomia da Esal, em 1970; Patrono da turma de Agronomia da ESAL em 1986; Homenagem da Comunidade Esaliana nas comemorações dos 85 anos de Fundação da Instituição em 1993; Prêmio Mérito Faepe – Categoria Ensino, em 1995; Homenagem da Revista Ciência e Prática por ter sido autor com maior número de artigos publicados no período de 1977 a 1995, Mérito Universitário pela Ufla em 2006, entre outros.

O professor Magno participou de mais de 60 bancas de trabalhos de conclusão e publicou 12 livros ou capítulos, participou de 139 eventos científicos e 212 artigos em Revistas Científicas, orientou mais de 70 dissertações de mestrado e 30 teses de doutorado.

Nesses 36 anos de dedicação à Ufla, o professor Magno tem marcado sua atuação pela capacidade de ensinar, de buscar novos conhecimentos e de coordenar projetos de pesquisa.

Conheça a Fundação Conrado Wessel: Incentivo à Arte, à Ciência e à Cultura e apoio a entidades filantrópicas pelo site: www.fcw.org.br

Faculdades privadas devem R$ 11 bilhões à Receita

BRASÍLIA – As dívidas das instituições privadas de ensino superior junto à Receita Federal somam cerca de R$ 11 bilhões, dos quais 70% (R$ 8,3 bilhões) referem-se a contribuições previdenciárias em atraso. Foi o que o secretário-adjunto da Receita Federal, Paulo Ricardo Cardoso, informou nesta quarta-feira, 30 de maio, à Comissão de Educação e Cultura, durante audiência sobre o Projeto de Lei 920/07. O projeto, de autoria do Executivo, amplia as possibilidades de regularização fiscal das instituições participantes do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

O Projeto de Lei 920/07 permite a quitação de débitos fiscais já inscritos na dívida ativa, usando os certificados de valor (títulos públicos) recebidos em contrapartida às bolsas de estudo concedidas. Atualmente, esses certificados só podem ser usados para pagar débitos fiscais e previdenciários correntes, isto é, ainda não inscritos na dívida ativa. O objetivo do governo é fortalecer o Fies e elevar as possibilidades de acesso ao ensino superior.

Segundo Paulo Ricardo Cardoso, do total da dívida de R$ 11 bilhões, apenas R$ 1,4 bilhão foi parcelado para ser pago, e não há previsão de pagamento do restante. Dos R$ 8,3 bilhões referentes às contribuições previdenciárias, apenas R$ 278 milhões foram parcelados.

O procurador-geral da Fazenda Nacional, Luis Inácio Lucena Adams, revelou que os débitos inscritos na dívida ativa alcançam R$ 494 milhões. São 1.107 inscrições, relativas a 372 diferentes instituições de ensino superior privado.

Por sua vez, o vice-presidente de Operações de Crédito da Caixa Econômica Federal (CEF), José Humberto Maurício de Lira, informou que o estoque de recursos financeiros destinados a bancar o Fies é de R$ 980 milhões, dos quais R$ 82 milhões oriundos do Orçamento da União; R$ 343 milhões da própria CEF, retirados da receita das loterias; e R$ 555 milhões da retro-alimentação do Fies, ou seja, os recursos referentes ao ressarcimento dos créditos antes concedidos.

Durante a audiência, o relator do PL 920/07, deputado Rogério Marinho (PSB-RN), sugeriu que os R$ 494 milhões inscritos na dívida ativa sejam aportados diretamente ao Fies. Também recomendou que os alunos com contrato do Fies possam começar a amortizar o principal da dívida somente a partir do 25º mês após a conclusão do curso. Atualmente, é a partir do 13º mês. As autoridades presentes comprometeram-se a estudar a proposta, mas advertiram que ela apresenta dificuldades para ser implementada.

O vice-presidente da CEF, José Humberto Maurício de Lira, por exemplo, explicou que a ampliação da carência provocaria atraso no retorno financeiro do programa, obrigando a redução da concessão de novos financiamentos nos semestres subseqüentes.

Ao encerrar a reunião, o presidente da comissão, deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), afirmou que o projeto representa um ‘ato de coragem do governo’, e comparou-o ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis). Também participaram da audiência pública representantes da Fazenda Nacional, Maria Carmosita Maia, e do Tesouro Nacional, Gustavo Lobo.

Seminário sobre Universidade Nova

A Reitoria da Universidade Federal de Lavras (Ufla) convida todos a participarem do seminário que discutirá a proposta de reestruturação da arquitetura curricular dos cursos de graduação, conhecida como ‘UNIVERSIDADE NOVA’.

O evento contará com a participação de convidados da UnB e do Confea e será realizado no Salão de Convenções da Ufla a partir das 13h00 do dia 13/6/2007.

Participe!

Chamada para a apresentação de trabalhos no Conex

No período de 22 a 26 de outubro de 2007, será realizado o III Congresso de Extensão da Universidade Federal de Lavras (Ufla) – III CONEX que faz parte da programação da I Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão em comemoração aos 100 anos da Ufla. Com o tema “Extensão Universitária e Desenvolvimento Sustentável”, o Congresso contará com a seguinte programação: 1) Conferências; 2) Minicursos; 3) Mostras e Clínicas Tecnológicas; 4) Experiências Comunitárias; 5) Oficinas e Apresentações Culturais; 6) Diálogo de Concertação e 7) Apresentação de Trabalhos de Extensão.

A Comissão Organizadora (Proex) convida docentes, técnicos e estudantes da Universidade Federal de Lavras e de outras Instituições para participarem da Apresentação de Trabalhos de Extensão. As inscrições já estão abertas e a chamada dos trabalhos está disponível no site: www.proex.ufla.br

Frente parlamentar em Defesa da Vida será reinstalada na ALMG

Será relançada, hoje, segunda-feira (4/6/07), às 20 horas, no auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto. Os deputados Eros Biondini (PHS) e Célio Moreira (PSDB) foram co-autores do requerimento que solicitaram o relançamento e serão os coordenadores da frente. ‘O aborto é um crime; a prevenção não é somente uma questão religiosa, é também moral e ética’, afirmou o deputado Cèlio Moreira. Eros Biondini é da mesma opinião: ‘A luta contra o aborto é uma bandeira que levantamos explicitamente e que se encaixa também na defesa da vida’.

Na opinião do deputado Eros Biondini, a vida, que é o bem maior de todo ser humano, vem sofrendo ataques contínuos através de inúmeras formas de violência, abortos, morte de anencéfalos, recém nascidos abandonados pelas próprias mães, crianças exploradas pelos próprios pais e abandonados nas ruas. ‘O relançamento dessa frente, com certeza, mobilizará vários segmentos da sociedade. É o grande marco do primeiro semestre deste início de mandato’, observou o deputado.

O deputado Célio Moreira lembrou que o direito à vida e à dignidade humana é um princípio consagrado internacionalmente, e vem sendo reafirmado ao longo dos séculos. ‘A Constituição da República de 1988 é nitidamente a favor da vida, ao inserir como cláusula pétrea o seu artigo 5º, que define como garantia fundamental a inviolabilidade do direito à vida’, observou o deputado. Para ele, a luta contra o aborto provocado é uma questão de ética, já que todos os seres humanos, independentemente da sua idade, ou de qualquer outra condição, dever ser tratados com dignidade.

O desafio da qualidade

O principal desafio de uma universidade é a qualidade. A qualidade do produto acadêmico. Qualidade da pesquisa e qualidade do ensino – a da extensão é decorrente das duas primeiras, na medida em que esta não deve ser assistencialismo, mas modalidade de formação em relação direta com a sociedade.

O fundamento da qualidade é o preparo e a competência dos atores do mundo acadêmico: professores atualizados em seu campo de conhecimento, inovadores e comprometidos com um projeto socialmente relevante de educação; técnico-administrativos capacitados na gestão universitária, do planejamento ao controle e eficiência dos processos; e alunos interessados em estudar e aprender, com envolvimento participativo. Tudo isso requer uma cultura acadêmica desenvolvida e aberta aos desafios delineados nos horizontes da contemporaneidade. Valores, projetos e tipos de ação coerentes com os objetivos institucionais mais exigentes e avançados.

Na moldura da universidade pública brasileira, este salto implica na transferência do foco dos investimentos político-institucionais das eleições para a gestão colegiada. Não que as conquistas do movimento docente – eleições diretas para dirigentes – não sejam importantes e não continuem a cumprir a sua finalidade democrática. O fato é que os tempos são outros, este valor já está consagrado na cultura universitária nacional, e a nova agenda, que é a busca da qualidade, exige, agora, inovação na arquitetura da gestão.

A construção de uma universidade sintonizada com as exigências e desafios do tempo presente, e apta a enfrentá-los, envolve a superação da fragmentação, do corporativismo e do individualismo acadêmicos. A necessidade de se resgatar a integridade dos campos de saber (interdisciplinaridade), ofuscada, nas últimas décadas, pela crescente especialização; a constatação da obsolescência do conhecimento ter deixado de ser um acidente para se tornar um fato esperado e, mesmo, programado; a crescente sofisticação dos recursos tecnológicos, tudo isso obriga a uma transformação profunda do ethos tradicional da academia brasileira, desafiada a cumprir novas funções, a exemplo da educação continuada, da pesquisa de ponta e a formação para a cidadania solidária.

O aumento da complexidade dos desafios postos pela dinâmica social hodierna, as exigências dos novos patamares de interatividade e o crescimento das redes de cooperação em escala planetária são fenômenos que alteram medularmente o tempo acadêmico, a lógica da relação professor-aluno e o espaço e a forma em que se desenrola o exercício da aprendizagem. Não é mais possível enfrentar a nova agenda com as estratégias e procedimentos tradicionais e obsoletos de gestão – tecnologias e mentalidades. Urgem sistemas computacionais adequadamente programados para circular as informações estratégicas e espaços mais públicos e partilhados de cooperação e comunicação: em nível interno à Instituição e em nível externo, na relação desta com outros agentes e atores sociais.

Não será a forma de eleição ou a fórmula de composição de colegiados e conselhos universitários que, em si, assegurarão essa transformação. O mais difícil é organizar ambientes adequados para a germinação de projetos e ações coletivamente partilhados, em vista de objetivos acadêmicos comprometidos com os interesses republicanos e nacionais mais legítimos e com lastro de qualidade.

A Universidade precisa estar aberta ao mundo, à sociedade, ao seu tempo. Os problemas da contemporaneidade são imensos e infinitos. Há muito que pensar, refletir, experimentar, sugerir, realizar. Novos paradigmas educacionais se impõem. Perfis profissionais de inéditos caracteres. Inovação em todas as áreas da atuação humana. Não há mais tempo para perder.

Diante das exigências da história não se pode brincar. Ou construímos Universidades com “U” maiúsculo, aptas ao enfrentamento dos desafios cognitivos crescentes do mundo contemporâneo, ou não se sai do lugar, não se vai a lugar nenhum, não se ilumina o futuro. A conhecida advertência de Ortega Y Gasset continua válida e mantém o seu poder de interpelação: “uma instituição em que se finge dar e exigir o que não se pode exigir nem dar é uma instituição falsa e desmoralizada”.

Sim, não se pode brincar! A superação do populismo e da demagogia em favor do mérito e da qualidade se anuncia, assim, como a nova palavra de ordem da universidade brasileira. A hegemonia desses novos valores é o único antídoto contra a obsolescência e a mediocridade dos chavões de sempre.

Confira os lançamentos de livros universitários

“Gestão da pesca de pequena escala: diretrizes e métodos alternativos”, Fikret Berkes, Robin Mahon, Patrick McConney, Richard Pollnac e Robert Pomeroy, tradução organizada por Daniela C. Kalikoski – Apresenta conceitos, ferramentas, métodos e estratégias de conservação alternativos e mostra como usar esses métodos de maneira prática, com forte ênfase no manejo de ecossistemas e na tomada de decisões participativas. Contém alguns exemplos de como a gestão da pesca de pequena escala está sendo desenvolvida no Brasil. (FURG)

“Metais em fertilizantes inorgânicos – avaliação de risco à saúde após a aplicação”, organizado pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) a partir da tradução e adaptação do original editado pela The Fertilizer Institute (TFI), nos EUA, em 2000. Adaptado pelos agrônomos Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Giuliano Marchi Louis Hay – Uma ferramenta científica e fundamentada em rigorosas avaliações técnicas que garantirá segurança alimentar aos brasileiros e confiabilidade nas exportações dos produtos e derivados do agronegócio. Distribuição gratuita para escolas de agronomia, agrônomos, técnicos, cientistas e indústrias ligadas ao agronegócio. (Ufla)

“Concepções contemporâneas da arte”, Luiz Nazario e Patricia Franca (organizadores) – Nesta coletânea, os organizadores reuniram textos de professores, artistas e pesquisadores de diversas instituições, a fim de oferecer um conjunto de reflexões sobre a natureza da arte e seus tangenciamentos – a arquitetura, o cinema, a conservação e restauração, a música, a tecnologia da imagem –, a partir de variados pontos de vista, abordando as condições onde emergem uma produção artística e sua contextualização. (UFMG)

“Filhos adotivos, pais adotados”, Lídia Weber – O livro tem a finalidade de contrapor-se a mitos e preconceitos sobre a adoção, através de depoimentos tanto de pais que adotaram como de filhos que ganharam uma família. (UFPR)

“Sobre a humilhação: sentimentos, gestos, palavras”, Izabel Marson e Márcia Naxara (Org.) – busca situar sua genealogia e apresentar a humilhação sob prismas diversos, estrecruzando as fronteiras da história, literatura, sociologia, psicanálise, filosofia, ciência política. (UFU)

“O baú das piratas poetas”, Maria Helena Sleutjes e Cláudia Freire Lima – composto por poesias e ilustrações e transmite uma mensagem lúdica e de brincadeira, mas ao mesmo tempo de reflexão. (UFJF)

“Caminhos por onde andei”, João Rolim da Cunha – o livro relata com firmeza a memória de um jovem de 92 anos, os caminhos vividos e andados por João Rolim da Cunha. É uma leitura com riqueza dos detalhes que levam o leitor a percorrer cidades, ruas e caminhos por onde passou o personagem. (UFPB)

Federais do Rio e Uerj fora da lista das 10 mais

Avaliação do Enade mostra a PUC-RJ em 8º lugar, a melhor posição conquistada pelo estado

BRASÍLIA Nenhuma universidade pública do Rio de Janeiro está entre as dez instituições do país com melhores resultados nas três edições do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) — teste do Ministério da Educação que substituiu o antigo Provão.

Levantamento realizado pelo GLOBO mostra que a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a instituição brasileira com melhor aproveitamento no Enade: 80% dos cursos avaliados tiraram o conceito 5, o maior na escala de 1 a 5. A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) ficou em 8ºlugar, com 40%, o melhor desempenho no estado. Foram consideradas apenas instituições de médio e grande porte que já receberam pelo menos 12 conceitos no exame, nos últimos três anos.

O ranking do Enade revela que as cinco instituições com maior proporção de notas 5 são públicas e de Minas Gerais.

Em segundo lugar, atrás da UFMG, aparece a Universidade Estadual de Montes Claros, com 59,09% de notas máximas, seguida pela Universidade Federal de Juiz de Fora (57,14%), a Universidade Federal de Viçosa (56,52%) e a Universidade Federal de São João delRei (53,84%). Em números absolutos, a UFMG tem também a maior quantidade de cursos com conceito máximo: 32.

A instituição pública fluminense em melhor posição é a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 12olugar, com 38,09% de conceitos máximos. Das 50 melhores instituições no ranking, apenas sete são privadas. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) ficou em 17a, com 29,72%, e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), ficou na 23aposição com 21,42%. Já a Universidade Federal Fluminense, em 25º com 19,56%. A Católica de Petrópolis ficou em 24º com 12,5%.

A Universidade de São Paulo (USP), a mais prestigiada no ensino superior brasileiro, e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não participam do Enade. Portanto, estão fora do ranking. Pela primeira vez, em 2006, um curso da Unicamp — o de teatro — fez o exame, tendo sido reprovado com o conceito 1, o que sugere boicote dos estudantes. Já a Universidade Estadual Paulista (Unesp) ficou em 14ºlugar no ranking proporcional, embora acumule o segundo maior número de notas máximas: 30.

O desempenho das universidades mineiras surpreendeu o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes. Ele ressalvou, porém, que seria apressado concluir que Minas Gerais tem o melhor sistema de ensino superior do país. Segundo Fernandes, é preciso analisar o rendimento médio dos estudantes em todas as instituições: — É uma surpresa. Pode-se falar que Minas tem as melhores instituições, mas não o melhor sistema de ensino superior. O estado pode ter também as piores instituições.

Criado em 2004, o Enade avalia áreas diferentes do conhecimento a cada ano. Em 2006, o exame completou o primeiro ciclo, cobrindo 48 áreas, o que abrange a maioria dos cursos de graduação do país: de direito a medicina, passando por administração, odontologia, comunicação social e todas as engenharias.

O objetivo do teste é avaliar os cursos isoladamente, revelando quais são os melhores e os piores. Ao analisar a maioria dos cursos do país, o Enade permite traçar um panorama das instituições de ensino. O máximo que o Provão avaliou foram 20 áreas.

O ranking elaborado pelo GLOBO considerou apenas instituições que tenham recebido pelo menos 12 conceitos nas três edições do Enade.

O número mínimo de 12 cursos equivale a 25% das 48 áreas avaliadas. O objetivo foi verificar o desempenho de instituições de médio e grande portes, que atuam em diferentes áreas. Do contrário, faculdades que oferecem um único curso ou instituições de excelência, como o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA), liderariam o ranking, uma vez que tiram a nota máxima na área em que lecionam.

Nas três edições do Enade, 529 cursos receberam nota máxima. Isso equivale a quase 6% do total de 9.144 cursos que ganharam conceitos de 1 a 5. O levantamento do GLOBO, feito a partir dos resultados divulgados na página do Inep na internet, mostra que 148 instituições de ensino receberam pelo menos um conceito 5.

A maioria das instituições privadas nunca recebeu uma única nota máxima.
Considerado o critério mínimo de 12 cursos avaliados, restaram 82 instituições.
Fernandes lembra que o Enade é feito de tal forma que, independentemente da nota dos alunos, sempre haverá cursos com conceito 1 e 5. A finalidade da prova é apontar qual curso é melhor do que outro, com efeito comparativo, e não afirmar que o curso é bom ou ruim.

Segundo ele, a predominância de universidades públicas no ranking não surpreende: — Já sabíamos, desde o Provão, que as públicas vão melhor. Elas têm um processo de seleção de estudantes mais difícil. E, que o Enade mostra, é que elas agregam, em média, mais conhecimento, seja por terem melhores professores ou infraestrutura.

Como é feito o exame

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) é uma prova anual feita por universitários que estão no início e no fim do curso.

A prova consiste em questões de conhecimento geral, iguais para todas as áreas, e conteúdos específicos.

Uma amostra de estudantes é sorteada para fazer o teste. Os alunos são obrigados a comparecer, mas podem entregar a prova em branco. Os resultados individuais dos universitários não são divulgados.

Eles não sofrem qualquer conseqüência, a não ser contribuir para baixar a nota do curso que expedirá seu diploma.

Já foram avaliados cursos de 48 áreas.