Repensar a Universidade é preciso

Os mercados cada vez mais globalizados e competitivos estão exigindo profissionais dotados de um senso crítico/criativo em relação aos problemas do setor onde desenvolverão suas atividades, considerando-o como um todo, seja nos aspectos técnicos, humanos, sociais ou políticos. O profissional deve estar suficientemente preparado e capacitado para discernir o grau de importância do desenvolvimento do setor onde trabalha, tanto na economia nacional como internacional, bem como nos seus inter-relacionamentos com outros setores da economia.

Formar um profissional com esse perfil requer professores qualificados, currículos coerentes e atualizados e estruturas adequadas. Analisando algumas universidades brasileiras, observa-se que em muitas há carência de alguns desses requisitos. Em algumas faltam professores qualificados, em outras os currículos estão ultrapassados e em outras tantas as estruturas organizacionais são antigas e pouco produtivas.

Aliada à carência de alguns requisitos, encontra-se a adoção de estratégias inadequadas ou, mesmo, a falta delas para solução dos problemas. Muitas universidades públicas não dispõem de estratégias de curto, médio e longo prazo, em termos de ensino, pesquisa, extensão, financiamento e gestão. Com isso, observa-se desperdício de tempo e de recursos físicos, humanos e financeiros, formando profissionais desalinhados em relação ao mercado de trabalho, desenvolvendo pesquisas incoerentes com a realidade e com o futuro e não interagindo com a sociedade na busca de soluções para seus problemas.

Em muitas universidades, os sistemas educacionais construídos para a formação intelectuais se tornaram insatisfatórios para um ambiente cuja característica marcante é a mudança. Apesar dos esforços para sanar este problema, muitas universidades continuam a formar indivíduos pouco adaptáveis às mudanças constantes, resultando na rejeição de seus produtos pela sociedade. A nova educação deve ser baseada em um currículo flexível, organizado em torno de mudanças de interesses e necessidades dos estudantes, oferecendo oportunidades de entrada e saída em diferentes momentos com menos ênfase em certificados como pré-requisitos para participação nas atividades. O aluno deve ter alternativas para escolher, em termos de nível de formação. Ao entrar na universidade, ele deve ter a opção de escolher se quer sair com o nível técnico, graduado ou pós-graduado. Nesse sentido, é bom salientar que, no mercado brasileiro de trabalho, existe uma carência muito grande de profissionais de nível técnico.

Com relação à freqüência, hoje em dia, grande parte da educação acontece fora do horário escolar, em local e hora da própria escolha do indivíduo. O que precisamos é de um processo educacional continuado e permanente, uma vez que a educação formal não é suficiente para que o indivíduo possa viver o resto de sua vida.

Além disso, o processo educacional deve ser capaz de desenvolver indivíduos com capacidade de continuar sua própria educação. O currículo deve promover oportunidade para que ele aprenda, principalmente, a ler, ouvir, observar, expressar-se e adquirir técnicas de obter informações. Nesta nova visão do processo educativo, é necessário redefinir o papel do aluno, do professor e das universidades, rever as formas de avaliação, bem como refletir sobre o papel do educador e da educação. No tocante ao papel do aluno, este deve caracterizar-se por assumir a própria educação, ou seja, como autodidata. O autodidatismo orientado deve ser privilegiado na medida que experiências têm demonstrado que as pessoas, em sua maioria, admitem que foi o convívio com os outros, na troca de experiências, no debates de idéias, por meio de experiências vividas que aprenderam a maior parte das coisas úteis de que precisam. O essencial é ensinar a aprender, fornecendo aos indivíduos instrumento para mudar de tipo de atividade, de trabalho, várias vezes, durante a vida.

Quanto ao papel do professor, a sua função será, cada vez mais, a de “preparar situações de aprendizagem, organizar a recepção das informações televisionadas ou radiofundidas, orientar grupos de trabalho a cargo de monitores não especializados”. O papel do professor passa de instrutor para o de diagnosticador, cooperador, estrategista, guia, amigo e colega de aprendizado.

Em se tratando do papel da universidade, esta deve ter três funções: transmissão da cultura, ensino das profissões e a pesquisa científica. Estas funções devem ser realizadas com sobriedade e austeridade, ensinando somente o que os alunos podem aprender e não o que os professores desejam. A universidade não pode ser um sindicato nem um partido político, mas deve ser uma instituição universitária com o papel de agente de reforma social e acelerador do processo evolutivo da civilização contemporânea. A universidade é uma organização composta de pessoas, tecnologias, conhecimentos e práticas; posicionada na sociedade no sentido de olhar para esta, visando entender seus problemas, desenvolver tecnologias coerentes aos seus problemas, conhecimento e práticas, bem como capacitar pessoas para utilizá-los na solução dos problemas. Infelizmente, muitas universidades no Brasil, no meu entender, tomaram outra conotação. Elas construíram, em volta de si, um muro que a sociedade tenta escalar para saber o que se está acontecendo dentro dela. Somada a esse fato predomina, dentro de muitas universidades, a “filosofia do bicho da seda”, segundo o qual professores se encasulam em torno de sua área, disciplina ou linha de pesquisa, esquecendo da integração. Quando esses professores se aposentam, não há continuidade dos estudos e pesquisas ou, mesmo, o aproveitamento dos conhecimentos gerados, morrendo, assim, uma célula da universidade.

O advento dos novos tipos de estruturas e estratégias educacionais implica em uma revisão profunda nos métodos de avaliação de resultados e, principalmente, de gestão das universidades. Se for adotada a autodidaxia como estratégia, a avaliação tenderá ser mais para abordagens subjetivas, sendo os testes objetivos usados para diagnosticar falhas e deficiências. Deve ser dada ênfase especial a autoavaliação.

Com relação à gestão, há necessidade de revisão das estruturas organizacionais, com a adoção de formas mais alinhadas ao ambiente de negócio. Nesse sentido, é necessária à utilização de organogramas mais flexíveis e que permitam uma maior interação entre os setores envolvidos, além de possibilitar a profissionalização destes. Hoje em dia, já existem estruturas mais adequadas ao ambiente de educação universitária, como a matricial, as unidades de negócio e a governança coorporativa.
Em síntese, precisamos reestruturar o sistema educacional, ligando a educação à vida, associa-la a objetivos concretos, estabelecer uma correlação estreita com a sociedade e a economia, e, finalmente, criar e redescobrir uma educação em estreita simbiose com o ambiente. A situação atual não pode continuar, em face da importância das universidades no contexto de uma sociedade. Por isso, é preciso repensar suas estruturas e estratégias. Do contrário, corre-se o risco de cair no descrédito da sociedade ou, mesmo, o de não conseguir parceiros para apoiar suas atividades.

Antônio Carlos dos Santos
Engenheiro Agrônomo, mestre e doutor em administração rural e chefe do Departamento de Economia e Administração da Universidade Federal de Lavras
E-mail: acsantos@ufla.br

Inscrições abertas para os programas Unibral e Probral de intercâmbio acadêmico e científico

O DAAD e a Capes estão recebendo até 30 de junho inscrições de projetos de cooperação acadêmica e científica entre instituições de ensino superior da Alemanha e do Brasil, dentro dos programas Unibral (graduação) e Probral (pesquisa científica).

O Unibral visa estimular o intercâmbio de estudantes e docentes de graduação, bem como a aproximação curricular entre as instituições parceiras e o reconhecimento mútuo de créditos, por meio de projetos conjuntos de pesquisa.

Já o Probral apóia projetos conjuntos de pesquisa e cooperação científica, que promovam a formação em nível de pós-graduação (doutorado sanduíche e pós-doutorado) e o aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores.

Atualmente, existem 21 projetos Unibral e 77 Probral em andamento, em diferentes áreas do conhecimento.

Artigo sobre programas Unibral bem-sucedidos, publicado na newsletter do DAAD em maio 2007: http://rio.daad.de/DOWNLOAD/mai2007%20-%20unibral%20e%20probral%20-%20novos%20editais%20e%20historias%20de%20sucesso.doc

Unibral: Mais informações
no site do DAAD http://rio.daad.de/shared/inter_institucional.htm
e da Capes http://www.capes.gov.br/bolsas/cooperacao/alemanha/unibral.html .

Probral: Mais informações
no site do DAAD http://rio.daad.de/shared/inter_institucional.htm
e da Capes http://www.capes.gov.br/bolsas/cooperacao/alemanha/probral.html .

Bolsa para Curso Avançado de Alemão

Saiu o edital 2007 para bolsas do tradicional e concorridíssimo Curso de
Inverno de Língua e Cultura Alemãs (Deutschlandkundlicher Winterkurs) do
Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD).
Como nos anos anteriores, o programa distribuirá bolsas para os cursos de
inverno nas universidades de Freiburg, Essen e Leipzig, que em 2008 serão
realizados de 7 de janeiro a 15 de fevereiro (seis semanas).
Inscrições via escritório do DAAD no Rio de Janeiro somente até 6 de julho.

Mais informações:

http://rio.daad.de/shared/graduacao.htm

Programação do Museu de História Natural integra 5ª Semana Nacional de Museus

O Museu de História Natural, vinculada a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Comunitários e Culturais (Praecc), da Coordenadoria de Cultura passou a fazer parte das atividades da Política Nacional de Museus sendo cadastrado no Sistema Brasileiro de Museus, do Ministério da Cultura. O Museu é reconhecido junto a outros 2.405 museus universais espalhados por todo o Brasil.

Segundo Vânia Natal de Oliveira, chefe do MHN “é importante o nosso reconhecimento e agradecimento, à iniciativa de pessoas representativas e visionárias da comunidade universitária, incluindo professores, pesquisadores, estudantes e, também, profissionais de outras instituições que se interessaram em reunir, em um único espaço na Universidade Federal de Lavras, um rico acervo que descreve a formação do planeta Terra e os seus seres vivos. Um agradecimento especial deve ser feito à professora Lea Rosa Mourgués-Schurter, do Departamento de Biologia da Ufla, que elaborou o projeto de criação do museu e coordenou a sua implantação”.

A programação inclui apresentação do Coral Vozes do Campus, Teatro de Fantoches, oficinas, visitas guiadas, exposição de fotografias “Flores e Cores”, pelo professor Silvério José Coelho, do Setor de Paisagismo do Departamento de Agricultura da Ufla

Em parceria com o Setor de Epidemiologia da Vigilância Sanitária do município de Lavras, foi realizada a palestra e exposição sobre a importância de medidas de prevenção da dengue na cidade e na Universidade.

A programação comemorativa continua até o dia 18 de maio.

Mais informações: (35) 3829-1206

Abertas as inscrições para o Seminário Ética e Inovação Tecnológica

Estão abertas as inscrições para o Seminário Ética e Inovação Tecnológica, que será promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), nos dias 5 e 6 de junho, no Hotel BH Platinum, em Belo Horizonte.

O evento vai reunir especialistas do Brasil e de outros países, a fim de estimular a reflexão sobre os avanços científicos e tecnológicos nas diversas áreas do conhecimento e suas conseqüências para a sociedade. “O seminário é fruto da preocupação da Fapemig de estabelecer contato direto com sua clientela e de se manter em sintonia com as diretrizes emanadas das políticas públicas para a área e com os anseios e questões originadas da produção científica e tecnológica”, diz o presidente da Fundação, José Geraldo de Freitas Drumond.

Sob o ponto de vista da ética e da inovação, serão discutidas questões como tecnologia e informação, bioética, projeto genoma humano, tecnologia e meio ambiente, medicina e inovação e impacto social das novas tecnologias. Além do anfitrião, José Geraldo de Freitas Drumond, estão entre os palestrantes o coordenador geral do Grupo de Conjuntura Internacional da Universidade de São Paulo e presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI), Gilberto Dupas; o diretor da Unidade de Bioética OPS/OMS de Santiago (Chile), Fernando Lolas Stepke, e o professor do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Sérgio Danilo Pena.

Inscrições e outras informações no endereço www.fapemig.br/seminario

Ufla sediará Pólo de Excelência do Café

Minas Gerais: referência mundial em Ciência, Tecnologia e Inovação no Agronegócio Café

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Sectes, implantará o “Programa de Pólos de Excelência”. O objetivo é consolidar a liderança de Minas Gerais em setores estratégicos, nos quais possua tradição, massa crítica e vantagens competitivas. Pretende-se instalar pólos em setores produtivos como o Mineral, Metalúrgico, Gemas e Jóias, Café, Leite, Floresta e Milho.

O secretário Alberto Duque Portugal já apresentou a proposta ao Governador Aécio Neves, que autorizou a implantação imediata dos Pólos de Excelência do Café e do Leite. Em reunião recente com o secretário Alberto Portugal, a superintendente de C&T Déa Fonseca e a coordenadora do Programa Rede Mineira de Inovação na Agroindústria Efigênia Brandão Póvoa, o reitor Antônio Nazareno Mendes, o pró-reitor de Pesquisa José Roberto Scolforo e o pró-reitor de Extensão Rubens José Guimarães, negociaram a vinda do Pólo de Excelência do Café para a Ufla, na área do Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Agronegócio Café – Cepecafé.

O Pólo de Excelência do Café será na região Sul de Minas, por agregar o maior número de instituições geradoras de conhecimento no Agronegócio Café, como a Ufla, Epamig, Embrapa-Café, Fundação Procafé, Escola Agrotécnica Federal de Machado, Centro de Excelência do Café da Seapa-MG, além da Emater-MG e outras instituições que atuam nos vários segmentos da cadeia (produção, industrialização e comercialização), como o Centro de Comércio de Café, o Sindicafé, Associações de Cooperativas e de Sindicatos.

O Pólo terá um comitê gestor e um conselho deliberativo que serão responsáveis pela gestão dos recursos destinados às pesquisas e atividades desenvolvidas. O Comitê provisório para instalação do Pólo foi constituído por representantes da Sectes, Seapa, Ufla e Embrapa-Café. A instalação oficial deverá ocorrer em Três Pontas, no próximo dia 26 de junho, durante a abertura da Expocafé-2007, que contará com a presença do governador Aécio Neves. No evento, será assinado um termo de outorga pelo governador Aécio Neves e pelo reitor Antônio Nazareno Mendes, assegurando a alocação inicial de R$ 400 mil para elaboração do diagnóstico, plano de divulgação e marketing, realização de seminários, estruturação do Pólo, elaboração do plano de negócios e concessão de bolsas para gerenciamento.

Também, o Pólo de Excelência do Leite será instalado em breve. A sede será na cidade de Juiz de Fora e contará com a atuação direta do Instituto Cândido Tostes–ILCT, da Epamig e da Embrapa-Gado de Leite na coordenação; a Ufla também participará do Comitê Gestor, juntamente com a UFJF e UFV. Em reunião realizada no ILCT no último dia 4, em Juiz de Fora, participaram pela Ufla o reitor Antônio Nazareno Mendes e a professora Nadja Gomes Alves, do Departamento de Zootecnia, que fará parte do Comitê Gestor representando a Universidade.

Livro de autoria de professor e de ex-doutorando da Ufla, ajuda aumentar segurança alimentar

Uma ferramenta científica e fundamentada em rigorosas avaliações técnicas que garantirá segurança alimentar aos brasileiros e confiabilidade nas exportações dos produtos e derivados do agronegócio. De forma resumida, são estas as características principais do livro “Metais em Fertilizantes Inorgânicos – avaliação de risco à saúde após a aplicação”, organizado pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) a partir da tradução e adaptação do original editado pela The Fertilizer Institute (TFI), nos EUA, em 2000.

Adaptado pelos agrônomos Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Giuliano Marchi, a publicação terá tiragem de 1 mil exemplares e será distribuída, gratuitamente, para escolas de agronomia, agrônomos, técnicos, cientistas e indústrias ligadas ao agronegócio. A biografia dos dois autores da adaptação confere à edição seriedade e respeitabilidade, pois ambos são eminentes estudiosos da questão. Luiz Roberto tem mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Esal (Universidade Federal de Lavras-Ufla) e é Ph.D. em Ciência do Solo, pela Universidade de Michigan (EUA) e em Toxicologia Ambiental, pelo Center for Integrative Toxicology at MSU, também nos EUA. Ele estuda o comportamento de metais pesados no ambiente há cerca de 15 anos, tendo orientado 10 acadêmicos de Mestrado e 8 de Doutorado.

Já Giuliano Marchi é mestre e doutor em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal de Lavras (Ufla) e realizou parte de seu doutorado na University of California at Riverside. Sua tese de doutorado foi considerada, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, como uma das três melhores defendidas na área de Ciências Agrárias de 2005. Aprovado em concurso na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, atualmente está na Embrapa Cerrados na área de Sistemas de Produção Sustentáveis.

Eminentemente técnico, o livro coordenado pelos dois especialistas, deve se constituir num importante instrumento para tornar mensurável o impacto dos chamados metais pesados, denominados “elementos-traço” no jarguão agronômico, na agricultura brasileira. Segundo os organizadores, com a edição dessa publicação, a Anda abandona uma postura reativa, onde ela respondia aos questionamentos – muitas vezes infundados e, ou, tecnicamente discutíveis – de uma sociedade ávida de informações, para assumir uma posição pró-ativa.

Além do conter a análise e os estudos fundamentados em medições e pesquisas feitas no mercado americano, a publicação terá ainda um capítulo que contempla um ensaio feito no Brasil, de acordo com dados e informações colhidas na realidade de solo do País. Sua edição coincide com o início da aplicação da Instrução Normativa 27 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que dispõe sobre os limites máximos de metais pesados que podem conter os fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes.

Professor José Augusto será homenageado pelo Conselho de Medicina Veterinária e Zootecnia

O professor José Augusto de Freitas Lima, do departamento de Zootecnia da Ufla será homenageado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia de Minas Gerais, em reconhecimento aos trabalhos realizados na área de Ensino de Zootecnia.

O evento acontecerá no dia 15 de maio, na sede do Conselho, em Belo Horizonte.

Em 2007 estão sendo homenageados zootecnistas na área de Ensino, Pesquisa e Extensão, que têm prestado contribuição relevante na formação de profissionais de zootecnia no Estado de Minas Gerais.

Formandos da Ufla recebem premiação

Na última quarta-feira, oito formandos da 2ª turma de 2006 receberam premiação de empresas nacionais e multinacionais. A entrega dos prêmios foi realizada na tradicional “Aula da Saudade”, no Salão de Convenções da Ufla.

Os critérios de avaliação para a escolha dos estudantes foram determinados pelas próprias empresas. A premiação visa contemplar e reconhecer aqueles estudantes que se destacaram durante todo o curso de graduação, seja pelo melhor desempenho acadêmico no conjunto de disciplinas cursadas ou em disciplinas relacionadas à área de atuação das empresas ou ainda pelas atividades desenvolvidas em área específica do conhecimento, de particular interesse das empresas.

Para o representante da Syngenta, Eduardo Henrique Borin, que premia o formando que se destaca em “cafeicultura”, esta premiação é uma maneira de destacar as boas ações destes estudantes. “Empresas procuram profissionais com espírito de liderança, que saibam trabalhar em equipe, que aceitam desafios, que tenham disciplina, atitude e que sejam éticos e honestos. O interessante é contratar caráter e investir em habilidade”, disse o engenheiro agrônomo.

Bárbara Fernandes, engenheira agrônoma assessora da Bunge Fertilizantes, que entregou o prêmio para o formando que se destacou nas disciplinas relacionadas às “ciências do solo”, também destacou a importância do momento: “Além do reconhecimento, estamos incentivando os estudantes.”

Já o diretor comercial da Ouro Fino Saúde Animal, Carlos Henrique, demonstrou confiança nos estudantes: “A universidade é o berço para os futuros profissionais, se um aluno se destaca na universidade, acredito que se destacará no mercado de trabalho.” A empresa Ouro Fino premia o estudante destaque do curso de Medicina Veterinária.

Os estudantes prestigiados foram unânimes em reconhecer a importância do prêmio e o estímulo que o reconhecimento representa em suas futuras carreiras profissionais.

Natália Ribeiro Corrêa, formanda do curso de Administração, se emocionou ao falar sobre o prêmio: “Para mim, este prêmio significa o reconhecimento do meu esforço, foram anos de estudo e dedicação.”

Estiveram presentes na solenidade, o pró-reitor de Graduação professor Gabriel José de Carvalho, a chefe de Gabinete professora Valéria da Glória Pereira Brito, professores, coordenadores e formandos de todos os cursos de graduação da Ufla.

Estudantes premiados

Gregório Murilo de Oliveira, do curso de Zootecnia, com o Prêmio da Guabi Nutrição Animal;
Lucas Amaral de Melo, do curso de Engenharia Florestal, com o Prêmio “Tubo Verde”, da Vallourec & Mannesmann Tubes;
Eduardo Gorga Bortoletto, do curso de Engenharia Agrícola, com o Prêmio da Pinhalense Máquinas Agrícolas;
Alex Mendonça de Carvalho, do curso de Agronomia, com o Prêmio “Destaque em Cafeicultura”, da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda;
Rodrigo Pereira dos Santos, do curso de Ciência da Computação, com o Prêmio da Sociedade Brasileira de Computação;
Clayton Israel Nogueira, do curso de Medicina Veterinária, com o Prêmio da Ouro Fino Saúde Animal;
ric Victor de Oliveira Ferreira, do curso de Agronomia, com o Prêmio da Bunge Fertilizantes S. A;
Natália Ribeiro Corrêa, do curso de Administração, com o Prêmio do Conselho Regional de Administração.

(Colaborou Fernanda Botelho)

Ufla amplia Programa de Bolsas Institucionais

O reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), professor Antônio Nazareno Mendes, assinou em 30/04/2007 portaria ampliando, no 1º semestre letivo de 2007, o programa de bolsas institucionais destinadas aos estudantes de graduação. O número de bolsas foi aumentado em 15%, passando de 305 para 350 e o valor foi reajustado em 20%, passando dos atuais R$ 150,00 para R$ 180,00, para uma jornada semanal de 12 horas em atividades diversas. Com a expectativa de alteração nos valores praticados pelo CNPq e pela Fapemig no Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC e PIBICT), o valor da bolsa institucional na Ufla poderá atingir R$ 210,00 a R$ 230,00, ainda no atual semestre letivo.

Com essa medida o professor Antônio Nazareno atinge mais uma meta de sua gestão à frente da Instituição, igualando o número de bolsas institucionais à cota obtida junto às agências de fomento (CNPq e Fapemig), que é de 350 bolsas de Iniciação Científica neste semestre, nos Programas PIBIC, PIBICT e em projetos individuais. Outra conquista é a equiparação do valor pago por hora-atividade, que passa a ser o mesmo para todas as modalidades de bolsa (R$ 15,00 mensais por hora-atividade semanal). As bolsas concedidas pelo CNPq e Fapemig exigem excelente desempenho acadêmico dos estudantes, que é avaliado pela média próxima ou superior a 7 e ausência ou reduzido número de reprovações. Por essa razão, a jornada semanal de dedicação em atividades de iniciação científica pode chegar a 20 horas, o que não acontece com as bolsas institucionais, que não têm essa exigência e contam com no máximo 12 horas semanais de dedicação dos estudantes bolsistas em atividades diversas, não prejudicando seus estudos.

São 4 as modalidades de bolsas institucionais na Ufla: Monitoria, Extensão, Apoio à Rede de Informática e Atividade, esta última destinada aos estudantes com maior dificuldade financeira, desde o ingresso na Instituição.
O Programa teve início na primeira gestão do reitor Fabiano Ribeiro do Vale e é considerada uma das mais bem sucedidas experiências de apoio aos estudantes de baixa renda, possibilitando sua permanência na Instituição. Essa é uma das razões para que a Ufla apresente um dos menores percentuais de evasão nos cursos de graduação, da ordem de apenas 1%, em média. Merece destaque, ainda, o estímulo ao bom desempenho que o programa permite: de 2006 para 2007, 32 estudantes com bolsa-atividade conseguiram migrar para o Programa de Iniciação Científica.

A Instituição destina recursos financeiros oriundos de rendas próprias, principalmente os serviços acadêmicos, para o pagamento das bolsas. Até o ano de 2004 o programa destinava pouco mais de 200 bolsas aos estudantes e o valor pago era de R$ 100,00/mês. Nos últimos anos, houve aumento no número de bolsas, atingindo 305 em 2006 e 350 em 2007, com aumento no valor pago, atingindo R$ 180,00 no semestre que se inicia.

Segundo o reitor, professor Antônio Nazareno, desde o ano de 2005 os recursos oriundos dos serviços acadêmicos são insuficientes para o pagamento das bolsas, sendo necessária sua complementação com recursos de outras fontes, captados pela Reitoria. “Estamos mantendo os valores dos serviços acadêmicos sem qualquer reajuste desde o ano de 1998, a exemplo da taxa semestral de matrícula, de R$ 10,00 para os estudantes considerados carentes e de R$ 50,00 para os não carentes, assim como o preço da refeição servida no Restaurante Universitário, de R$ 1,00 para os carentes e de R$ 2,00 para os não carentes, com custo em cerca de R$ 4,50 para a Instituição”.

“O apoio aos estudantes somente tem sido possível graças à maior captação de recursos financeiros que implementamos desde 2004/2005, com a negociação de convênios e de emendas parlamentares, o que tem possibilitado a aplicação de maior parcela de recursos próprios e mesmo de parte dos recursos de custeio (OCC) em assistência estudantil. Em 2006 foram captados pouco mais de R$ 200 mil com as taxas de matrícula e já aplicávamos R$ 460 mil para pagamento das bolsas institucionais. Em 2007 aplicaremos no mínimo R$ 630 mil somente com as bolsas, podendo chegar a R$ 830 mil no ano, caso os valores pagos pelo CNPq e Fapemig sejam novamente alterados, como esperamos que aconteça em breve”, informou o professor Antônio Nazareno.

“Pretendemos, enquanto estivermos à frente da direção da Ufla, manter essa trajetória de investimento crescente em assistência estudantil, sem qualquer majoração nos preços dos serviços acadêmicos. Já em 2007 esperamos investir cerca de R$ 1,2 milhão no pagamento de bolsas, no subsídio à alimentação no Restaurante Universitário e na moradia estudantil, um considerável avanço quando comparamos com o que foi investido em 2004, primeiro ano de nossa gestão, cerca de R$ 280 mil”.

Além das bolsas institucionais, a Ufla tem expandido consideravelmente sua participação em outros programas, como é o caso da Iniciação Científica, apoiada pelos Governos Federal e Estadual, via CNPq e Fapemig, além de empresas privadas que participam de projetos na Universidade. No início de 2007, o número total de bolsas distribuídas pela Pró-Reitoria de Pesquisa foi de aproximadamente 500, das quais 350 nos Programas PIBIC, PIBICT e em projetos de pesquisa e as demais concedidas pelas empresas privadas e pelo programa BIC-Júnior, com 90 bolsas destinadas aos estudantes de escolas do ensino médio de Lavras, que acompanham projetos na Ufla. Nos vários programas, a Ufla apóia hoje cerca de 1/3 de seus estudantes de graduação com alguma modalidade de bolsa.