A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) apresentou tendência de desaceleração em fevereiro, ficando em 0,79%. Em janeiro, esse índice foi de 1,88%.

Foram quatro os fatores que determinaram essa perda de ritmo da inflação: os gastos com alimentação, que tiveram uma variação de 0,09% e também as despesas com vestuário, cuja queda média foi de 2,08%, além das variações negativas nos preços médios dos materiais de higiene pessoal (-0,37%) e de limpeza doméstica (-0,07%).

Entre os segmentos que compõem o setor alimentos (produtos in natura, semi-elaborados e industrializados), foram os semi-elaborados os que mais influenciaram essa queda relativa na inflação de fevereiro, principalmente aquelas verificadas nos preços das carnes em geral (suína, -2,33%; bovina,-0,6% e frango, -2,89%) e do arroz, -4,55%.

No entanto, o setor educação e saúde ainda continuou pressionando a taxa de inflação de fevereiro, a exemplo do que ocorreu no mês da de janeiro. Os remédios ficaram, em média, mais caros 2,25% e as mensalidades escolares tiveram um reajuste residual de 11,08% neste mês, pois algumas as escolas informaram os valores das mensalidades após a data de coleta dos dados da pesquisa no mês anterior a fevereiro.

Em fevereiro, as bebidas ficaram mais caras 2,81%, os bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática) aumentaram 0,2%, os serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), 0,02%, despesas de moradia, 0,04%, de lazer, 0,14% e os gastos com transporte tiveram acréscimo de 0,29%, puxados pela aumento do álcool combustível de 5,07%.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou em R$246,02 em fevereiro, tendo sido de R$250,53 no mês passado. Esta variação negativa de 1,8% foi resultado das quedas dos preços ao consumidor de produtos como arroz, carnes de frango e bovina, ovos, leite fluído e pão.