Solo amazônico é investigado

Estudar a biodiversidade do solo de modo a maximizar a contribuição dos processos biológicos para aumentar a sustentabilidade dos ecossistemas e garantir produtividade agrícola. Estas são as principais metas do projeto de Conservação, manejo e sustentabilidade da biodiversidade do solo. A idéia do projeto começou em 1995 quando um grupo de 44 cientistas de 15 países se reuniu em Hyderabad, India. Em 1998 ele foi submetido ao programa ambiental (Unep) da Organização das Nações Unidas com sede em Washington e aprovado em 2002 quando então foi implantado em sete países com predominância de florestas tropicais (Brasil, México, Uganda, Costa do Marfim, Quênia, Indonésia, Índia).

Cerca de 80 especialistas de renome mundial, entre cientistas e pesquisadores da área participaram de um encontro, em Manaus/AM para discutir a importância das pesquisas realizadas em solo amazônico.

Os investimentos vindas da Organização Mundial das Nações Unidas somam US$ 9 milhões. No Brasil, o projeto que recebeu verba de US$ 875 mil para ser utilizada durantes 5 anos (a partir de 2002), ganhou o nome de Bios Brasil (www.biosbrasil.ufla.br). Os 36 cientistas e mais de 70 pessoas ligadas ao projeto entre técnicos, estudantes de iniciação cientifica, mestrado e doutorado escolheram o Amazonas para o início das pesquisas.

A profª Fátima Maria Moreira, do Departamento de Ciência do Solo, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), coordenadora do Projeto, comenta que “ o solo de Benjamin Constant/AM foi escolhido entre vários solos brasileiros por ser uma área preservada, sem aceso a estradas, onde existe ainda uma biodiversidade quase intocada, o que facilita o trabalho inicial”.

A meta é estudar animais como minhocas, cupins e ácaros, além de microrganismos (fungos e bactérias) que desempenham papel fundamental para manter a fertilidade do solo. “Esses animais e microrganismos se alimentam de matéria orgânica como: folhas e madeira e nutrem o solo, o que pode trazer benefícios específicos aos agricultores”, afirma a profª Fátima Moreira.

(Extraído do Jornal Amazonas em Tempo, 13/04/2005, texto de Mariana Rocha )

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