UFLA sedia o Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil com lançamento do livro “Borbulhando enfrentamentos às violências sexuais nas infâncias”

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou nesta quinta-feira (30/3) o 125º Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil. Em mais uma edição, o evento teve ampla representatividade, com a participação de profissionais de 27 cidades mineiras. Na ocasião, houve o lançamento do livro “Borbulhando enfrentamentos às violências sexuais nas infâncias no sul de Minas Gerais”.

Esta obra é fruto de um projeto aprovado pelo Ministério da Educação (MEC), sob a coordenação das professoras do Departamento de Educação (DED/UFLA) Cláudia Ribeiro e Carolina Alvarenga, que contaram com a contribuição de professores e conselheiros tutelares do Sul de Minas Gerais. A obra também contempla desenhos premiados de adolescentes que participaram da I Mostra Cultural, no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

A professora Cláudia salientou que apesar de ser uma situação de tristeza é necessário estar sempre em discussão. “É preciso lidar com o abuso em qualquer circunstância. Precisamos abordar de uma maneira especial, mostrando para nossas crianças que elas precisam e podem dizer não, por isso é de extrema importância sabermos como discutir essa questão com elas. Para esse livro, trouxemos uma abordagem que levou em conta o ensino juntamente com a extensão universitária e as participações em pesquisas”.

Para a coordenadora do Comitê Gestor do Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil, professora Kátia Batista Martins (DED/UFLA) é essencial movimentar as lutas em prol das crianças, promovendo uma educação infantil de qualidade. O pró-reitor de Extensão e Cultura, professor João José Granate, enfatizou a mobilização de tantos profissionais no evento: “É muito gratificante ver o espaço com tantas pessoas atuantes na área de Educação, pois é um grande desafio conseguir essa participação expressiva”.

A professora Alana Maximo Buscacio, participante do evento, relatou que a inserção ao Fórum de Educação Infantil foi fundamental no exercício da sua profissão, facilitando a sua abordagem com as crianças vítimas de violências. “É uma questão muito deliciada, e percebemos que há algo errado em pequenos detalhes, seja em algumas brincadeiras ou ao conversar com a criança. E nós educadores temos a obrigação de procurar saber o que está acontecendo, não podemos ser coniventes com a situação. Por isso, participar do Fórum é tão importante, pois começamos a ver como é possível ajudar e o que devemos fazer, quais são as atitudes corretas”.

   

Texto: Camila Caetano, jornalista-bolsista DCOM/Fapemig.