Estudantes classificados para a primeira lista de chamada na seleção do Programa Institucional de Bolsas (PIB-UFLA)/Ampla Concorrência têm até segunda-feira (21/3) para manifestar e formalizar o interesse pela vaga. O não comparecimento nesse prazo implica desclassificação.
Aqueles que não integram a primeira lista, estarão em lista de espera e poderão ser convocados em segunda chamada, após o período de manifestação de interesse dos primeiros classificados.
Para confirmar o interesse pela vaga, o selecionado deve comparecer à Pró-Reitoria de Graduação (PRG) ou à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), dependendo do edital pelo qual foi selecionado.
O PIB-UFLA inclui os seguintes programas da PRG: Programa de Aprendizado Técnico (Proat); Programa de Apoio à Produção de Material Didático (Promad); Programa de Educação Tutorial Institucional (Peti); e Programa de Mentoria para Calouros (Promec). Na Proec, os programas oferecem vagas para os interessados em habilidades específicas da extensão universitária. Nos dois casos, a dedicação é de 12 horas semanais e a remuneração é de R$300,00 mensais.
Confira outras informações no sites daPRG e da Proec.
Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o estímulo constante à inovação e ao empreendedorismo é um dos componentes integrantes do Projeto Pedagógico dos recém-criados cursos da Área Básica de Ingresso (ABI) das Engenharias. E a teoria já se torna prática: os estudantes terminam o período letivo 2015/2 com dezenas de trabalhos produzidos. São criações e experimentos que, a baixo custo, permitem a observação e a análise de fenômenos físicos, tanto relacionados à pesquisa básica quanto à pesquisa aplicada.
Na quarta-feira (16/2) à tarde, onze protótipos desenvolvidos por alguns grupos de estudantes foram expostos em um laboratório do Departamento de Ciências Exatas (DEX). O professor do Departamento de Física (DFI) José Alberto Casto Nogales Vera foi um dos cinco profissionais que ministraram aulas da disciplina de Projetos de Física Experimental I para os estudantes da ABI. É a disciplina pela qual os trabalhos foram propostos. Eram os alunos dele que estavam reunidos para expor e apresentar suas criações. “Os resultados são surpreendentes: percebi que eles cresceram, aprofundaram seus conhecimentos, se interessaram por pesquisa e conseguiram se articular muito bem em grupo”, avalia o professor.
Para as estudantes Camila Garcia Santos Ruas e Isadora de Oliveira Ramos, integrantes da turma, a experiência foi desafiadora. Elas desenvolveram um dispositivo chamando trena eletrônica, capaz de mostrar a influência da temperatura na velocidade do som. “Foi bem difícil, porque tivemos que pesquisar coisas que não havíamos aprendido ainda formalmente”, diz Camila. “Com disciplinas assim, saímos do ensino tradicional e temos a oportunidade de expandir nossos conhecimentos”, relata Isadora, enfatizando o apoio dos técnicos de laboratório da UFLA no desenvolvimento das atividades.
A referência de Isadora ao suporte recebido ocorre porque durante o período letivo o Laboratório de Física IV e Projetos ampliou seu horário de funcionamento para oferecer aos estudantes condições de trabalho. A servidora Isadora Braga e mais três colegas esteveram envolvidos no apoio aos estudantes. “Foi muito produtivo. Eles chegaram muito empolgados. Víamos as dificuldades enfrentadas por eles e a alegria que demonstravam ao conseguir obter resultados. Nesse processo todo, aprendemos muito também”, conta.
O professor do DFI Julio Cesar Ugucioni, que também ministrou a disciplina para outras turmas da ABI-Engenharia, compareceu à apresentação de trabalhos das turmas 31B e 33F para conhecer em detalhes os dispositivos desenvolvidos. Ele garante que, com a disciplina, não foram apenas os alunos que aprenderam. “Eu também aprendi muito com essa experiência. Foi aprendizado mútuo. Esta primeira turma que passou pela disciplina nos dá as bases para o aperfeiçoamento e para o investimento contínuo em tudo que deu certo”, diz.
Por estar envolvida com a criação de uma startup que pretende desenvolver produtos que sirvam à transmissão de conhecimentos e sejam construídos com materiais alternativos, a administradora Rosa Amélia esteve no DEX para conhecer os trabalhos. “O que foi feito aqui vai ao encontro das nossas ideias; por isso vim saber mais”.
Projetos
Os protótipos desenvolvidos pelos estudantes e apresentados na quarta-feira (16/3) permitem a observação de diferentes fenômenos físicos por meio de materiais de baixo custo. Aperfeiçoados, podem ser acessíveis a escolas públicas e outros grupos que desejem estimular o aprendizado prático da Física. Alguns deles reutilizaram materiais, como motor de máquina de costura, câmara de ar de bicicleta, entre outros. Veja mais:
Todos os trabalhos desenvolvidos pelas turmas 31B e 33F estão no Blog Projetos Física Experimental – UFLA. De acordo com o professor Nogales, ao longo dos cursos da ABI-Engenharia, os estudantes desenvolverão projetos em diferentes áreas a cada semestre letivo, reforçando uma proposta inovadora de ensino.
Pela segunda vez, um grupo de alunos e professores do curso de Engenharia Florestal da Universidad Autónoma de Chapingo (UACh), México, esteve em Missão de Estudos na Universidade Federal de Lavras (UFLA). A equipe, composta por 41 pessoas, realizou a visita entre os dias 7 e 16 de março. Os visitantes escolheram a Universidade por ser referência nas áreas Florestal e de Industrialização de Produtos Florestais.
A delegação mexicana foi recebida pelo professor do Departamento de Ciências Florestais (DCF) José Tarcísio Lima, com a participação do reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo. Para Tarcísio, esse tipo de programa representa uma oportunidade excepcional para melhorar a inserção internacional da Universidade.
De acordo com o professor Tarcísio, desta vez os estudantes puderam conhecer mais áreas de vegetação nativa, e contemplaram uma programação mais diversificada. Além disso, a delegação mexicana, segundo o professor, veio a UFLA para dar prosseguimento a um acordo de cooperação, que permitirá desenvolver mais trabalhos e parcerias.
A Universidad Autónoma de Chapingo foi fundada em 1854, como Escola Nacional de Agricultura, transformando-se em universidade federal em 1978. Atualmente, oferta cursos preparatórios, cursos de licenciatura, bacharelado e pós graduação (16 mestrados e 8 doutorados). São cerca de 2000 estudantes e a universidade dispõe de oito unidades regionais espalhadas pelo país.
Programação – Durante a permanência no Brasil, o grupo atendeu a uma intensa programação, que envolveu visitas às instalações da UFLA, às áreas de florestas nativas e florestas plantadas, além de indústrias de produtos florestais e parques. Também acompanharam atividades laboratoriais, e ainda visitaram locais turísticos e históricos da região.
No segundo dia de visita, a programação foi em Paraopeba, onde acompanharam atividades de melhoramento florestal, colheita e carbonização da madeira, na empresa Vallourec, parceira da UFLA, que se dedica à produção de carvão para uso siderúrgico. No dia seguinte, além de visitas técnicas em áreas de vegetação natural, eles participaram de uma reunião com estudantes da Empresa Junior, PETI e Centro Acadêmico de Estudantes Engenharia Florestal da UFLA.
Também estiveram em Campo Belo para visita à empresa Bela Vista na quinta-feira (10/3). E ainda observaram áreas de manejo da candeia e à Citróleo em Carrancas, na sexta-feira (11/3), e áreas de recuperação de solos em Nazareno na segunda-feira (14/3).
Uma nova parceria foi firmada na manhã desta sexta-feira (18/3) entre o Centro Regional de Iniciação ao Atletismo (Cria), o Programa Social de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente de Lavras (AABB) e o Centro de Atenção à Criança e ao Adolescente (Ceacad).
Por meio dessa medida, as crianças que integram os projetos sociais do município também poderão ser selecionadas para fazer parte do projeto Cria, programa educacional-esportivo desenvolvido pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, sob a coordenação do professor do Departamento de Educação Física (DEF/UFLA) Fernando Roberto de Oliveira.
O professor Fernando relata que serão oferecidas atividades na pista de atletismo da UFLA e na AABB. Serão mais de 300 crianças/adolescentes beneficiadas, com idade entre 6 e 15 anos. “Fizemos uma reunião e definimos que faríamos as atividades. Isto satisfaz uma antiga ansiedade. Voltamos a trabalhar com crianças, e um projeto que têm características similares às nossas”, comenta Fernando.
A parceria foi oficializada em uma solenidade na pista de atletismo da UFLA nesta sexta-feira. E logo após a cerimônia, crianças e adolescentes presentes já participaram de treinamentos com o professor Fernando.
Para as coordenadoras dos programas AABB e Ceacad, Veridiane Casarino e Beatriz Moura respectivamente, a participação das crianças no esporte faz com que tanto as crianças quanto os adolescentes tenham maior rendimento nos estudos, além de elevar a autoestima, a disciplina e o comprometimento. “Quem se ama não vai para o lado ruim da vida”, relata Beatriz.
Cria
Programa educacional-esportivo que tem como objetivo incentivar a inclusão acadêmica de crianças e jovens por meio do esporte. A iniciativa transforma a vida de aproximadamente 1.500 alunos das escolas públicas de Lavras e cidades da região, proporcionando-os contato com o ambiente acadêmico, além das práticas esportivas e culturais.
AABB Comunidade
Programa fundamentado no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que propõe uma complementação educacional, baseada na valorização da cultura do aluno e sua comunidade, efetivada por meio de atividades lúdicas ligadas à saúde, higiene, esporte e linguagens artísticas, promovendo a cidadania com a construção de novos conhecimentos. Em Lavras o programa atende 120 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade.
Ceacad
Entidade que atende em Lavras cerca de 230 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, por meio de atividades realizadas fora do período escolar: danças, teatro, atividades físicas, oficinas de boa conduta e educação ambiental, dentre outras.
Texto: Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA, com informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Lavras.
Felipe Fortes Braz, estudante da Universidade Federal de Lavras (UFLA), obteve aprovação na sua defesa de Mestrado na manhã dessa quinta-feira (17/3), com a temática “Transformação de decoração quântica para módulos de Spin”. O grande destaque está na sua história de superação. Felipe, natural de Santo André (SP), tem retinose pigmentar, uma doença que causa degenerescência na visão, fazendo com que ele perca a visão ao longo do tempo.
“Eu descobri com 14 anos e fui perdendo até os meus 20, quando realmente agravou. Quando comecei a ficar bem prejudicado, necessitei de uma bengala, aprender a andar, pegar um ônibus. Na minha cidade comecei a fazer curso de mobilidade, o que me deu autonomia. Tive que reaprender a estudar, ouvindo o material, com ajuda de monitores e colegas, que sempre foram fundamentais na minha vida. É emocionante falar, pois em todo lugar sempre tive pessoas do meu lado”, relata Felipe.
Apesar de todas as dificuldades, Felipe passou no vestibular na UFLA, em 2009, no curso de Física, uma área complexa e com poucos recursos para deficientes visuais. E, antes mesmo de concluir a graduação, foi selecionado em primeiro lugar no Programa de Pós-Graduação em Física para a turma de 2014, também na UFLA.
“Na época, não havia muito material acessível, mas, na medida em que fui avançando, os professores foram criando soluções e alternativas para o meu aprendizado. Após um tempo, foi criado o Núcleo de Acessibilidade, no qual tive todo o suporte. Houve muita mudança após a criação do Núcleo, como as rampas, locais específicos na Biblioteca para podermos estudar, os próprios departamentos que agora possuem elevadores. Ainda tem muito o que melhorar, mas já não é como era antes”, comenta Felipe.
Para o Mestrado, Felipe não contou apenas com um orientador, como o habitual. Foi elaborada uma comissão de apoio ao estudante, contando com o apoio dos professores: Onofre Rojas Santos, Sérgio Martins de Souza e Luiz Cleber Tavares de Brito (Departamento de Física – DFI/UFLA), e André Pimenta Freire e José Monserrat Neto (Departamento de Ciências da Computação – DCC/UFLA). Eles desenvolveram com Felipe um trabalho singular de tecnologias de acessibilidade para leitura de textos com fórmulas matemáticas.
“O Felipe também teve o apoio do Centro de Educação e Apoio às Necessidades Auditivas e Visuais (Cenav), uma instituição de Lavras, que ajudou com a produção de material e treinamento para o uso de tecnologias.
“É muito gratificante ver o Felipe chegar hoje na defesa, e ver o resultado de todo esse trabalho. Do ponto de vista da computação, foi um grande desafio para nós pois, na área de Física, o maior problema é que hoje ainda há uma grande limitação para leitura de fórmulas matemáticas em softwares. Tivemos que pesquisar formas de melhorar essa leitura”, conta o professor André Pimenta.
Para o professor Sérgio Martins de Souza também foi um grande desafio orientar Felipe. “No início, fiquei sem saber como lidar. Busquei alternativas em outros lugares, mas percebi que estávamos numa situação em que seríamos referência para todos. Uma das minhas preocupações era de não atrapalhar o entendimento dele. Mas, no final das contas, tudo foi uma agradável surpresa para nós. Percebíamos que a turma de mestrado estava o tempo todo lhe dando apoio. Esperamos que ele prossiga com o doutorado, e que tenha mais recursos”.
O Doutorado é sim a próxima etapa para Felipe. Ele conta que já está pesquisando o ingresso na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para dar continuidade à sua pesquisa. “Sempre tive muito apoio dos professores, monitores e colegas, assim fui vencendo aos poucos. O mestrado me abriu muitos leques, agora é continuar seguindo”, conclui.
Naufla
O Núcleo de Acessibilidade foi fundado na UFLA em 2012, vinculado à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec). Seu objetivo é garantir todos os direitos das pessoas com deficiência que ingressam na universidade, para que tenham os recursos necessários para desenvolver todo o seu potencial no ambiente acadêmico.
A coordenadora Helena relata que a busca por monitores parte da demanda que o Núcleo apresenta. Sendo assim, no caso do Felipe, foram selecionados estudantes que fossem das áreas afins à Física, para que pudessem auxiliá-lo da melhor maneira possível. O mesmo ocorre com os demais estudantes com deficiências na Universidade.