A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 0,52% no mês de novembro. Em outubro, esse índice havia sido de 0,34%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela UFLA, em 2006, está acumulada em 5,32%, enquanto a poupança (data base do dia 1º) acumula um crédito de 7,52% no ano.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da Ufla, as maiores altas ficaram concentradas nos setores de vestuário (2,74%) e despesas com material de limpeza (1,17%). Também tiveram alta em novembro as categorias alimentos (0,4%) e os gastos com bebida (0,33%).

Esta alta nos preços dos alimentos ficou localizada no segmento dos produtos semi-elaborados, que subiram em média 1,38%. Os itens deste grupo que mais aumentaram foram o arroz (3,67%), a carne bovina (2,0%) e os pescados (4,67%). Por outro lado, o feijão ficou mais barato 3,58% e a carne de frango, -1,2%. Em novembro, os produtos in natura caíram 0,88% e o a média dos preços industrializados ficou mais barata 0,05%.

De acordo com o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, a taxa de inflação de novembro só não foi maior devido à queda nos preços dos grupos bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática), -0,42%, higiene pessoal, -0,02% e educação e saúde, com variação de -0,01%. Afirma também que contribuíram para segurar a inflação desse mês, a estabilidade dos preços nos setores ligados aos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), e aos gastos com moradia, transporte e lazer, que não apresentaram variações na média dos preços pesquisados no mês.

Em novembro, a cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou mais cara 1,97%, passando a custar para o consumidor R$254,82, contra R$249,89 no mês passado, influenciada pelos aumentos dos preços do: arroz (3,67%), café (1,9%), carne bovina (2,0%), laranja (3,84%), banana (1,73%), óleos de cozinha (1,03%) e tomate (21,4%).